quinta-feira, 31 de maio de 2018

O que é Corpus Christi...





C
orpus Christi significa Corpo de Cristo. É uma festa católica que tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo.

A festa de Corpus Christi acontece sempre 60 dias depois do Domingo de Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à quinta-feira santa quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia.

Durante esta festa são celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão onde é conduzido geralmente pelo Bispo, ou pelo pároco da Igreja, o Santíssimo Sacramento que é acompanhado por multidões de fiéis em cada cidade brasileira.

A tradição de enfeitar as ruas começou pela cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. A procissão pelas vias públicas é uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina ao Bispo Diocesano que tome as providências para que ocorra toda a celebração, para testemunhar a adoração e veneração para com a Santíssima Eucaristia.

ORIGEM DO CORPUS CHRISTI
A festa do Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV no dia 8 de Setembro de 1264.

A procissão de Corpus Christi lembra a caminhada do povo de Deus, peregrino, em busca da Terra Prometida. O Antigo Testamento diz que o povo peregrino foi alimentado com maná, no deserto. Com a instituição da eucaristia o povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo.

Bom dia... 31/05/2018


quarta-feira, 30 de maio de 2018

Papa Francisco: O mundanismo tira a liberdade, impede de sermos santos.


 
Papa Francisco
E
 o chamado à santidade, que é o chamado normal, é o chamado a viver como cristão, isto é, viver como cristão é o mesmo que dizer “viver como santo”.

Tantas vezes nós pensamos na santidade como algo extraordinário, como ter visões ou orações elevadíssimas... ou alguns pensam que ser santo significa ter uma cara de santinho. Não!

Ser santos é outra coisa. É caminhar no que o Senhor nos diz sobre a santidade. E, o que é caminhar na santidade? E Pedro diz: “ponde toda a vossa esperança na graça que vos será oferecida na revelação de Jesus Cristo”.

Essas afirmações são do Papa Francisco em sua homilia da Missa rezada na terça-feira, 29/05, na Capela da Casa Santa Marta. Suas palavras foram inspiradas na primeira leitura do dia (1Pd 1, 10-16) quando São Pedro exorta os cristãos a caminhar para a Santidade.

Francisco reforçou seu pensamento afirmando que nos momentos de provação não se deve voltar aos esquemas do mundo. Estes esquemas tiram a liberdade: é preciso, pelo contrário, permanecer no caminho para a santidade.

CAMINHAR PARA A SANTIDADE, PARA A LUZ
O Santo Padre sublinhou que "Caminhar para a santidade" consiste, portanto, no caminhar para aquela graça que vem ao encontro, caminhar para a esperança, estar em tensão rumo ao encontro com Jesus Cristo.

É como quando se caminha em direção à luz: tantas vezes não se vê bem o caminho porque a luz nos ofusca, "Mas não erramos porque vemos a luz e conhecemos o caminho", destacou o Papa.

Quando, ao invés disso, se caminha com a luz nas costas, se vê bem a estrada, porém, na realidade, diante de nós existe a sombra, não luz.

A VOLTA AOS ESQUEMAS QUE O MUNDO OFERECE
Francisco continuou sua homilia assegurando que para caminhar para a santidade é necessário "ser livres e sentir-se livres". O Papa adverte também que existem muitas coisas que escravizam e que é por isso que São Pedro exorta a não conformar-se aos desejos "do tempo da vossa ignorância".

São Paulo na Primeira Carta aos Romanos também faz a mesma advertência: "não conformai-vos", o que para Francisco significa o mesmo que dizer "não entrem nos esquemas":

"Esta é a tradução correta destes conselhos - não entrem nos esquemas do mundo, não entrem nos esquemas, no modo de pensar mundano, no modo de pensar e de julgar que o mundo oferece a você, porque isso tira sua liberdade". E para andar na santidade, devemos ser livres: a liberdade de andar olhando a luz, de seguir em frente. E quando voltamos, como diz aqui, ao modo de viver que tínhamos antes do encontro com Jesus Cristo ou quando nós voltamos aos padrões do mundo, perdemos a liberdade".

COMO SER SANTO: LIBERTAR-SE DOS ESQUEMAS DO MUNDO
Para continuar com seu pensamento, Francisco recordou a história dos hebreus no livro do Êxodo quando vemos que muitas vezes o povo de Deus não quis olhar para frente, para a salvação, mas voltar atrás.

Lamentavam-se e "imaginavam a bela vida que passavam no Egito", onde comiam cebolas e carne, recordou, afirmando que "Nos momentos de dificuldade, o povo volta atrás", "perde a liberdade": é verdade que comiam coisas boas, mas na "mesa da escravidão":

"Nos momentos de provação, sempre temos a tentação de olhar para trás, de olhar para os esquemas do mundo, para os padrões que tínhamos antes de iniciar o caminho da salvação: sem liberdade. E sem liberdade não se pode ser santos. A liberdade é a condição para poder caminhar olhando a luz à frente. Não entrar nos esquemas da mundanidade: caminhar em frente, olhando para a luz que é a promessa, na esperança; essa é a promessa como o povo de Deus no deserto: quando olhavam para frente, iam bem; quando vinha a nostalgia porque não podiam comer as coisas boas que lhes davam lá, erravam e esqueciam que lá não tinham liberdade", disse o Santo Padre.

O MUNDO SÓ PROMETE, NÃO DOA NADA

Já caminhando para a conclusão, o Papa Francisco, recordou seu pensamento ao afirmar que o Senhor chama à santidade de todos os dias e que existem duas referências para sabermos se estamos no caminho para a santidade: antes de tudo, se olhamos para a luz do Senhor na esperança de encontrá-lo e, depois, se quando chegam às provações, olhamos em frente e não perdemos a liberdade, refugiando-se nos esquemas mundanos que "prometem tudo e não te dão nada".

SEJAM SANTOS: TENHAM LIBERDADE
"Sejam santos porque eu sou santo", é o mandamento do Senhor. Francisco recorda isso ao concluir, exortando a pedir a graça de entender bem o que é o caminho da santidade: "um caminho de liberdade, mas em tensão de esperança rumo ao encontro com Jesus". E entender bem também o que é ir em direção aos "esquemas mundanos que todos nós tínhamos antes do encontro com Jesus", conclui o Papa.

(Com informações da Gaudium Press e Vatican News)

Bom dia... 30/05/2018


domingo, 27 de maio de 2018

Santíssima Trindade - Estarei sempre convosco!



Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

O
 mistério da Santíssima Trindade, hoje celebrado, encontra-se revelado na Sagrada Escritura. O texto do Evangelho sobre o envio dos discípulos em missão apresenta a fórmula trinitária usada no Batismo (Mt 28,19). A fé trinitária, recebida no Batismo, se expressa continuamente através da oração, como o Creio e o sinal da cruz. Ao fazer o sinal da cruz, expressamos a nossa fé no Deus Trindade, a ele confiando a nossa vida.

Somos convidados a crescer na fé diante do mistério de um só Deus que se revela em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito, repetindo, hoje, a atitude de adoração dos discípulos perante Jesus Ressuscitado. Os discípulos “prostraram-se diante dele” (Mt 28,17) em sinal de reconhecimento de que Ele é o Senhor da vida e da história. Contudo, a referência às dúvidas sentidas por alguns mostra a necessidade de crescimento e fortalecimento da fé. Ela deve ser alimentada pelo encontro com o Deus vivo que se manifesta na história, como nos mostra o livro do Deuteronômio, na primeira leitura.  A palavra “mistério” não significa algo obscuro ou distante, pois Deus é amor.  A Santíssima Trindade expressa o mistério infinito do amor de Deus por nós. O Deus Trino é o Deus-conosco!

A fé deve ser testemunhada e transmitida através do anúncio do Evangelho. O fato narrado por Mateus se passa na Galileia, região marcada pela presença de gente proveniente de diferentes povos em meio aos judeus, o que levava muitos a desprezar a Galileia e a considerar que de lá não podia sair nada de bom. Contudo, foi ali que Jesus passou a maior parte de sua vida, começou a anunciar o Evangelho e a chamar os discípulos. Nesse contexto, torna-se ainda mais relevante o envio dos apóstolos para evangelizar “todos os povos”, batizando-os em nome da Santíssima Trindade. Todos são amados por Deus. Os pagãos são chamados à vida nova dos batizados em nome da Trindade Santa.

Jesus promete estar sempre com os discípulos enviados em missão. “Ele está no meio de nós”, conforme respondemos diversas vezes na celebração eucarística. Tal resposta expressa uma verdadeira proclamação de fé da Igreja reunida em oração. Nós cremos que Jesus Ressuscitado está no meio de nós! A Eucaristia é o sacramento da presença de Cristo vivo entre nós.


Bom dia... 27/05/2018


sábado, 26 de maio de 2018

20ª Festa de Frei Damião de Bozzano vai até domingo, em Recife.




T
eve inicio na última quinta-feira (24), a 20ª FESTA DE FREI DAMIÃO. A programação teve início às 19h, com celebração de uma missa na Igreja Nossa Senhora do Rosário do Pina. A festa acontecerá até o domingo (27) e com contará com a presença do Padre Antonio Maria.

São esperados mais de 100 mil romeiros de todos os Estados do Nordeste e de outras regiões do País, que devem participar da festa, que acontece no Convento São Félix de Cantalice, no bairro do Pina, em Recife.

Este ano, quando se comemoram os 21 anos de morte de Frei Damião de Bozzano, aconteceu na abertura da Festa uma caminhada em direção ao Convento de São Felix com bênção do Santíssimo Sacramento, Missas, confissões, Benção de Felix, e no sábado (26), às 19h30, uma mesa redonda com o tema "Frei Damião um apaixonado pela Missão", com a presença do Frei Jaciel Gomes - postulador da causa da beatificação de Frei Damião; e no domingo (27) haverá um momento de louvor com o Padre Antônio Maria, às 8 horas.

A festa também celebrará o processo de beatificação de Frei Damião, que teve início em 2003, quando os materiais dos milagres começaram a ser coletados oficialmente. Em 2012, os documentos elaborados pela Arquidiocese de Olinda e Recife foram enviados ao Vaticano para serem analisados. Em fevereiro deste ano, o processo de beatificação de Frei Damião foi aprovado pela Comissão dos Cardeais em Roma, na Itália, conforme postulador da causa, Frei Jociel Gomes.

O resultado desta nova etapa deve ser divulgado em cinco meses. No caso de uma nova aprovação, o papa Francisco deve autorizar o decreto de venerável a Frei Damião. Com a comprovação de um milagre ocorrido, apos a morte do frade, ele poderá ser declarado beato. E com outro milagre, após a beatificação, ele será canonizado, sendo chamado como Santo Frei Damião.

O trânsito na Avenida Domingos Ferreira, que dá acesso ao Convento não será alterado por conta da festa e os fiéis que optarem por ir de carro, poderão estacionar no antigo Aeroclube. Durante todos os dias de celebração, haverá aproximadamente 500 policiais militares ajudando na segurança. Agentes de Trânsito e Policiais estarão ajudando desde a orla de Boa Viagem até o Convento, passando pela avenida Domingos Ferreira.

PROGRAMAÇÃO DA FESTA
24/05 (Quinta-feira)
19h30- Missa de Abertura (Igreja Matriz do Pina)
20h30- Caminhada em direção ao Convento São Félix com bênção do Santíssimo Sacramento.

25/05 (Sexta-feira)
Missas às 6h, 11h, e 17h
Confissões
Bênção de São Félix

26/05 (Sábado)
Missas às 6h e às 17h
19h30 – Painel “Frei Damião um apaixonado pela Missão” – Mesa redonda

27/05 (Domingo)
Missas às 4h, 6h, 10h, 14h e 17h
8h – Louvor com Padre Antônio Maria


Bom dia... 26/05/2018


segunda-feira, 21 de maio de 2018

Dicas para um casamento feliz.



O
 que faz com que alguns casais vivam anos e anos juntos e desfrutem felicidade?

Natural que não seja a felicidade plena e absoluta. Mas uma vida de alegrias, de compartilhamento.

Casais que superam dificuldades das mais árduas e prosseguem juntos.

Os reveses financeiros, a saúde comprometida, os filhos-problema, tudo é enfrentado a dois, de mãos dadas, consolidando sempre mais a relação.

Cada casal tem sua fórmula especial. Mas algumas dicas, com certeza, auxiliam.

Como o casamento feliz é um PORTO SEGURO onde se pode relaxar e recuperar das tensões do dia-a-dia, algumas frases não deve ser esquecido.

Você recorda quando foi à última vez que olhou para sua esposa ou esposo e lhe disse: VOCÊ ESTÁ DESLUMBRANTE HOJE?

Quantas vezes vocês se preparam para ir a uma festa, colocam sua melhor roupa, se alinham. E nem olham um para o outro?
Pensem: antes de parecerem bem apresentáveis para os outros, vocês estão no lar, um frente ao outro.

Observe como ele continua um gato, um rapaz sarado. Veja como os fios de prata lhe conferem um ar de maturidade.

Aproveite para dizer: ESTOU FELIZ POR TER ME CASADO COM VOCÊ.

Já pensou em despertar pela manhã, olhar para o seu cônjuge e dizer: É BOM ACORDAR A SEU LADO!

Que tal uma surpresa no meio do dia com um telefonema breve para dizer: VOCÊ SEMPRE SERÁ O MEU AMOR!

No jantar em família, olhem nos olhos um do outro. Agora, é o momento de falar: ADORO VER O BRILHO EM SEUS OLHOS QUANDO VOCÊ SORRI.

E, assim por diante. Não perca a chance de dizer como é bom estarem juntos, compartilharem a mesma casa, as alegrias, as dores.

Tenha sempre em sua mente, frases como:

O que você fez foi muito bom. Não posso imaginar viver sem você. Você é muito especial.

Sinto muito, o erro foi meu. Confio em você. Aprecio cada momento que passamos juntos.

E, quando ele errar o caminho, aproveite para brincar, para rir: - ESTE É O MEU MARIDO! JÁ SEI POR QUE VOCÊ SE PERDEU DE NOVO. QUER FICAR MAIS TEMPO COMIGO A SÓS, SEU DANADINHO!

Quando ele estiver muito quieto, pergunte: EM QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO?

Quando pequenas brigas acontecerem, seja o primeiro a ceder admitindo: EU GOSTARIA DE SER UM(A) COMPANHEIRO(A) MELHOR. 

Finalmente, não se esqueçam de dizer ao outro - quando se despedem, quando cada qual ruma para a sua atividade profissional: - REZE POR MIM. VOU REZAR POR VOCÊ.

E, mais importante que tudo, sejam gratos um ao outro, com frases como:

OBRIGADO POR ME AMAR...
OBRIGADO POR ME ACEITAR...
OBRIGADO POR SER MEU COMPANHEIRO...
VOCÊ TORNA MEUS DIAS MAIS BRILHANTES.

Bom dia... 25/05/2018


Bom dia... 21/05/2018


domingo, 20 de maio de 2018

Pentecostes - Enviai o Vosso Espírito, Senhor!




Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

E
nviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai, nós cantamos com o Salmo 103, nesta solenidade de Pentecostes, celebrando a vinda do Espírito Santo. Esta súplica se completa com o belíssimo e antigo hino rezado na “Sequência” referindo-se a ação do Espírito Santo na vida da Igreja, que “espera e deseja” os seus sete dons.    
 
Dentre os sinais da presença do Espírito, encontramos na Palavra de Deus proclamada, nesta Eucaristia, a unidade e o entendimento, ao contrário de Babel que gerou divisão e desentendimento. Conforme os Atos dos Apóstolos, em Pentecostes, gente de diferentes culturas e línguas entendem e acolhem a pregação dos Apóstolos, pela ação do Espírito Santo. “Todos nós os escutamos anunciar as maravilhas de Deus na nossa própria língua” (At 2,11), testemunham as pessoas que estavam em Jerusalém naquele dia. O Espírito é luz que aquece e ilumina, animando os discípulos na pregação do Evangelho e abrindo os corações para a sua acolhida.         

São Paulo aos Coríntios também ressalta a unidade na diversidade de dons e ministérios provenientes do mesmo Espírito “em vista do bem comum”, da construção do corpo que é a Igreja. “Formamos um único corpo”, proclama o Apóstolo (1Cor 12,13). Quem vive no orgulho e na vaidade provoca brigas e divisão. Quem se deixa conduzir pelo Espírito de Deus, a ele atribuindo os dons que possui e o bem que faz, promove a unidade, a reconciliação e a paz. O Evangelho segundo João nos mostra que o Espírito Santo é dom do Ressuscitado aos seus discípulos, confiando-lhes a missão de perdoar os pecados. O perdão é sinal de uma vida conduzida pelo Espírito Santo. 

Num tempo de tantos conflitos e divisões, necessitamos muito do Espirito Santo para promover a união e o entendimento entre as pessoas, na família, na comunidade e na sociedade. A súplica que dirigimos a Deus neste Pentecostes deve continuar em nossos lábios e em nossos corações durante o ano todo. Necessitamos valorizar mais o Espírito Santo que recebemos por ocasião dos sacramentos do Batismo e da Crisma, suplicando a sua presença e deixando-nos por ele conduzir. Num tempo de renovação missionária da Igreja, estimulada pelo Papa Francisco, necessitamos sempre mais acolher a presença do Espírito, através da oração e de uma vida santa, para colaborar na missão evangelizadora da Igreja.  Por isso, reze todos os dias à oração ao Espírito Santo, especialmente quando estiver perante decisões difíceis, a fim de ter a luz necessária e a força para praticar o Evangelho. Procure corresponder ao dom do Espírito que recebemos através da vivência da caridade, que segundo S. Paulo, é o dom maior e o critério para nossas ações.

Bom dia... 20/05/2018


sexta-feira, 18 de maio de 2018

Ano Litúrgico




DIFERENÇA ENTRE O ANO CIVIL E O ANO LITÚRGICO
Durante o ano inteiro celebramos a vida de Cristo, desde a sua Encarnação no seio da Virgem Maria, passando pelo seu Nascimento, Paixão, Morte, Ressurreição, até a sua Ascensão e a vinda do Espírito Santo.

Mas enquanto civilmente se comemoram fatos passados que aconteceram uma vez e não acontecerão mais (muito embora esses fatos influenciem a nossa vida até os dias de hoje), no Ano Litúrgico, além da comemoração, vivemos na atualidade, no dia a dia de nossas vidas, todos os aspectos da salvação operada por Cristo. A celebração dos acontecimentos da Salvação é atualizada, tornada presente na vida atual dos que crêem. Por exemplo: no dia 7 de Setembro comemoramos o Dia da Independência do Brasil. Pois bem, esse fato aconteceu uma única vez na História do mundo. Já do ponto de vista religioso, no Ano Litúrgico, a cada Natal é Cristo que nasce no meio das famílias humanas, é Cristo que sofre e morre na cruz na Semana Santa, é Cristo que ressuscita na Páscoa, é Cristo que derrama o Espírito Santo sobre a Igreja no dia de Pentecostes. De forma que, ao fazermos memória das atitudes e dos fatos ocorridos com Jesus no passado, essas mesmas atitudes e fatos tornam-se presentes e atuantes, acontecem hoje, no aqui e agora da vida dos crentes.

ORGANIZAÇÃO DO ANO LITÚRGICO
Com base no que comentamos acima, podemos perceber que existiu a necessidade de organizarmos essas comemorações. E assim a Igreja fez, ao longo de séculos, estabelecendo um calendário de datas a serem seguidas, que ficou sendo denominado de “Ano Litúrgico” ou “Calendário Litúrgico”.

O Ano Civil começa em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro. Já o Ano Litúrgico começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele. Podemos perceber, também, que o Ano Litúrgico está dividido em “Tempos Litúrgicos”, como veremos a seguir.

Antes, porém, vale a pena lembrar que o Ano Litúrgico é composto de dias, e que esses dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do povo de Deus, principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pela Liturgia das Horas. Por esses dias serem santificados, eles passam a ser denominados dias litúrgicos. A celebração do Domingo e das Solenidades, porém, começa com as Vésperas (na parte da tarde) do dia anterior.

Dentre os Dias Litúrgicos da semana, no primeiro dia, ou seja, no Domingo (Dia do Senhor), a Igreja celebra o Mistério Pascal de Jesus, obedecendo à tradição dos Apóstolos. Por esse motivo, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa.

Cada rito litúrgico da Igreja Católica tem o seu Calendário Litúrgico próprio, com mais ou menos diferenças em relação ao Calendário Litúrgico do Rito romano, o mais conhecido. No entanto, para todos os ritos litúrgicos é idêntico o significado do Ano litúrgico, assim como a existência dos diversos tempos litúrgicos e das principais festas litúrgicas.

A Igreja estabeleceu, para o Rito romano, uma sequência de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses dias são divididas em ano A, B e C. No ano A lêem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.

Nos dias da semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos pares e para os anos ímpares, tirando o Evangelho, que se repete de ano a ano. Deste modo, os católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão lido quase toda a Bíblia.

TEMPOS LITÚRGICOS
Estes tempos litúrgicos existem em toda a Igreja Católica. Há apenas algumas diferenças entre os vários ritos, nomeadamente em relação à duração de cada um e à data e importância de determinadas festividades. A descrição que se segue corresponde ao Rito romano.

TEMPO DO ADVENTO
O Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que comemoramos a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, se voltam os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa expectativa da vinda do Messias, além de se apresentar como um tempo de purificação de vida. O tempo do Advento inicia-se quatro domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro, desembocando na comemoração do nascimento de Cristo. É um tempo de festa, mas de alegria moderada.

TEMPO DO NATAL
Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da Epifania, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Santa Maria, Mãe de Deus e do Batismo de Jesus.

TEMPO DA QUARESMA
O Tempo da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cerca de quarenta dias. Neste período não se diz o Aleluia, nem se colocam flores na Igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Glória a Deus nas alturas, para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã de Quinta-feira Santa.

TRÍDUO PASCAL
O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.

Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de “Ação ou Ato Litúrgico”.

Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer ato litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto e sepultado. Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.

TEMPO PASCAL
A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinquenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.

TEMPO COMUM
Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade, os Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. É um período sem grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não tem nada de vazio. É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino.

O Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus. A segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência do Reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.

O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.