sexta-feira, 29 de junho de 2018

Recado do Papa Francisco aos novos cardeais: colocar-se aos pés dos outros para servir




N
a tarde desta quinta-feira, 28/06, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco presidiu, o Consistório Ordinário Público para a criação de catorze novos cardeais.

"Estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia na frente deles."

Com este trecho do Evangelho de São Marcos, o Papa iniciou a sua homilia.

"O início desta passagem paradigmática de Marcos sempre nos ajuda a ver como o Senhor cuida do seu povo com uma pedagogia incomparável. No caminho para Jerusalém, Jesus não Se esquece de preceder os seus", disse Francisco.

Francisco interpreta essa passagem: "Jerusalém representa a hora das grandes resoluções e decisões. Todos sabemos que, na vida, os momentos importantes e cruciais deixam falar o coração e manifestam as intenções e as tensões que vivem em nós".

"Tais encruzilhadas da existência nos interpelam e fazem surgir questões e desejos nem sempre transparentes do coração humano; é o que nos mostra, com grande simplicidade e realismo, o texto do Evangelho que acabamos de ouvir."


Ciúmes, invejas, intrigas

"Em contraponto ao terceiro e mais duro anúncio da Paixão, o Evangelista não teme desvendar alguns segredos do coração dos discípulos: busca dos primeiros lugares, ciúmes, invejas, intrigas, ajustes e acordos; esta lógica não só desgasta e corrói a partir de dentro as relações entre eles, mas os fecha e envolve em discussões inúteis e de pouca importância", disse o Pontífice para logo continuar:

"Entretanto Jesus não Se detém nisso, mas continua adiante, precede-os e diz-lhes vigorosamente: ‘Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo'. Com este comportamento, o Senhor procura centrar de novo o olhar e o coração de seus discípulos, não permitindo que discussões estéreis e autorreferenciais tenham espaço na comunidade”, diz Francisco que de imediato pergunta:

"Que adianta ganhar o mundo inteiro, se se fica corroído por dentro? Que adianta ganhar o mundo inteiro, se todos vivem prisioneiros de asfixiantes intrigas que secam e tornam estéril o coração e a missão? Nesta situação - como alguém observou -, poder-se-iam já vislumbrar as intrigas de palácio, mesmo nas cúrias eclesiásticas", frisou.

A Missão

E o Papa Francisco continuou: "Não deve ser assim entre vós": é a resposta do Senhor, que constitui primeiramente um convite e uma aposta para recuperar o que há de melhor nos discípulos e, assim, não se deixarem arruinar e prender por lógicas mundanas que afastam o olhar daquilo que é importante. ‘Não deve ser assim entre vós': é a voz do Senhor que salva a comunidade de se fixar demasiado em si mesma, em vez de dirigir o olhar, os recursos, as expectativas e o coração para o que conta, a missão."

"Deste modo, Jesus nos ensina que a conversão, a transformação do coração e a reforma da Igreja são feitas, e sempre devem ser, em chave missionária, pois pressupõem que se deixe de olhar e cuidar dos interesses próprios para olhar e cuidar dos interesses do Pai."

Seguindo seu raciocínio assinala o Pontífice para os novos cardeais: "A conversão dos nossos pecados, dos nossos egoísmos não é nem será jamais um fim em si mesma, mas visa principalmente crescer em fidelidade e disponibilidade para abraçar a missão; e isto de tal maneira que na hora da verdade, especialmente nos momentos difíceis dos nossos irmãos, estejamos claramente dispostos e disponíveis para acompanhar e acolher a todos e cada um e não nos transformemos em ótimos repelentes por termos vistas curtas ou, pior ainda, por estarmos pensando e discutindo entre nós quem será o mais importante".

Esquecer a Missão

Nesse ponto da Missão, o Papa foi muito claro e peremptório: "Quando nos esquecemos da missão, quando perdemos de vista o rosto concreto dos irmãos, a nossa vida fecha-se na busca dos próprios interesses e seguranças." E, então, ele tira consequências:

"começam a crescer o ressentimento, a tristeza e a aversão. Pouco a pouco diminui o espaço para os outros, para a comunidade eclesial, para os pobres, para escutar a voz do Senhor. Deste modo perde-se a alegria, e o coração acaba na aridez."

“ ‘Não deve ser assim entre vós - diz o Senhor - (...) e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos'. É a bem-aventurança e o magnificat que somos chamados a entoar todos os dias. É o convite que o Senhor nos faz, para não esquecermos que a autoridade na Igreja cresce com esta capacidade de promover a dignidade do outro, ungir o outro, para curar as suas feridas e a sua esperança tantas vezes ofendida.”

“É lembrar que estamos aqui porque fomos enviados para ‘anunciar a Boa-Nova aos pobres, proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; para mandar em liberdade os oprimidos, para proclamar um ano favorável da parte do Senhor'."

Servir a Cristo, colocando-se aos pés dos outros

"Amados irmãos cardeais e novos cardeais! Estando nós na estrada para Jerusalém, o Senhor caminha à nossa frente para nos lembrar mais uma vez que a única autoridade crível é a que nasce do se colocar aos pés dos outros para servir a Cristo. É a que deriva de não esquecer que Jesus, antes de inclinar a cabeça na cruz, não teve medo de Se inclinar diante dos discípulos e lavar os seus pés."

Para Francisco, "esta é a mais alta condecoração que podemos obter, a maior promoção que nos pode ser dada: servir Cristo no povo fiel de Deus, no faminto, no esquecido, no recluso, no doente, no toxicodependente, no abandonado, em pessoas concretas com as suas histórias e esperanças, com os seus anseios e decepções, com os seus sofrimentos e feridas. Só assim a autoridade do pastor terá o sabor do Evangelho e não será ‘como um bronze que soa ou um címbalo que retine' (1 Cor 13, 1)”.

"Nenhum de nós deve se sentir ‘superior' aos outros. Nenhum de nós deve olhar os outros de cima para baixo; só podemos olhar assim uma pessoa, quando a ajudamos a se levantar", conclui.

Com informações da Gaudium Press e Vatican News

Bom dia... 29/06/2018


domingo, 24 de junho de 2018

Natividade de São João Batista




Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

A
 Igreja celebra, neste domingo, o nascimento de São João Batista, pela sua especial importância na história do Povo de Deus. Além do nascimento de Jesus e de Maria, o calendário litúrgico da Igreja celebra apenas o nascimento de São João Batista. Por isso, a Liturgia da Palavra, própria desta solenidade, nos apresenta o seu nascimento e a sua missão profética.

O profeta Isaías se refere à figura do “servo” do Senhor, comumente denominada, “servo de Javé”. Sua missão profética vem de Deus, sendo por ele chamado “desde o ventre materno” (Is 49,1), “preparado desde o nascimento para ser seu servo” (Is 49,5). A atuação do “Servo” vai além de Israel. Isaías destaca a universalidade de sua missão profética, enquanto “luz das nações”, a fim de que a “salvação chegue aos confins da terra”.  A profecia de Isaías a respeito do “Servo” se cumpre plenamente em Jesus Cristo, mas se aplica, ao menos em parte, a todo verdadeiro profeta. Por isso, esse trecho é escolhido para a natividade de S. João Batista.

S. Paulo se dirige aos judeus de Antioquia da Psídia, na sinagoga da cidade, num sábado, anunciando que Jesus Cristo é o Salvador (At 13,23). Para tanto, ele se refere a Davi e a João Batista, pondo em relevo a missão de preparar o povo para acolher Jesus, realizada por João. Paulo esclarece que João Batista não é o Messias esperado, ao contrário do que alguns acreditavam. Apesar da sua importância, João Batista não ocupa o lugar de Jesus; ao contrário, veio conduzir o povo a Jesus. Por isso, a celebração do seu nascimento, hoje, deve também nos levar a sermos discípulos de Cristo.

O Evangelho segundo Lucas relata o fato que motiva a solenidade litúrgica de hoje, o nascimento de João Batista, motivo de alegria e de admiração para os vizinhos. Sua mãe, Isabel, era estéril e, assim como o marido Zacarias, estava em idade avançada. O menino recebe de seus pais um nome que não era comum e, por isso, questionado pelas pessoas. Zacarias, o pai do menino, se põe “a louvar a Deus” (Lc 1,64). O povo admirado se perguntava: “o que virá a ser deste menino?” (Lc 1,66). E o texto proclamado se conclui com a afirmação de que “a mão do Senhor estava com ele”, como ocorreu com os grandes profetas.

Perante o nascimento de S. João Batista e o nascimento de cada criança, reconhecemos que a vida é dom de Deus a ser acolhido com alegria e responsabilidade e, por isso, rezamos, com o Salmo 138: “Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!”. É preciso hoje, valorizar e defender a vida, desde a concepção até o seu fim natural. Bendito seja Deus pelo dom da vida!

Bom dia... 24/06/2018


sábado, 23 de junho de 2018

Sem essa arma (oração) não há vitória!



Num momento em que, pelo mundo todo ecoa a “palavra de ordem” do desarmamento, parece temerário difundir uma arma...

E
stamos certos de que não é por causa da célebre afirmação de que "se queres a Paz, prepara-te para a guerra" que difundimos esta arma.
Lendo a matéria que hoje transcrevemos, você verá por que...

Constante Luta
- "A vida do homem sobre a Terra é uma constante luta" (Jó 7, 1).
Não há um só homem que, em meio às circunstâncias da vida, não encontre batalhas tenebrosas e inimigos vorazes a enfrentar.

No entanto, é realmente impossível entrar numa guerra sem conhecer as táticas desta; não se estaria à altura de um verdadeiro cavaleiro.

Foi, sem dúvida, em vista disso que quis Nosso Senhor instituir o Sacramento da Confirmação que nos faz verdadeiros soldados de Cristo.

Assim, a Santa Mãe Igreja, neste Sacramento, reunindo todas as tradições antigas, envia seu representante para armar, numa magnífica cerimônia, o jovem cavaleiro de Jesus Cristo.

"Meu filho, vós deveis ser um soldado vencedor; vossa carreira deve ser uma longa seguidilha de vitórias. Eis aqui vossos inimigos: o demônio, a carne e o mundo. Eis aqui vossas armas: a vigilância, a mortificação e a fé. Atleta de Deus, filho de tantos heróis, é sob o olhar de todos estes nobres vencedores, sob o olhar dos Anjos e de vossa Mãe que vós ides combater. Sede digno do nome que vós levais". [1]

Uma vez feito combatente, fortalecido e robustecido pelo inapreciável dom do Espírito Santo, mas conhecedor dos riscos pelos quais passará durante os conflitos de sua peregrinação terrena, o homem depositará sua confiança na arma que lhe é oferecida pelo Supremo General.

Que arma é esta?
"Orai sem cessar" (I Ts 5, 17), eis a ordem de comando para se obter o triunfo final. Qual é esta arma?

"A oração, que move de certo modo a própria vontade de Deus a fim de nos conceder suas graças, é uma força incomparavelmente mais formidável que todas as máquinas de guerra que se tenha inventado ou possa inventar o homem". [2]

Possuindo essa artilharia tão possante e valiosa, que poderá temer a milícia de Cristo?

Se queremos ser fiéis soldados de Cristo e não quisermos sucumbir durante a batalha e, quiçá, sairmos dela vergonhosamente derrotados, recorramos ininterruptamente a essa milagrosa "metralhadora" de graças, a qual nos concede a vitória nessa vida passageira e, em consequência, na eternidade.

"A oração [...] é a mais poderosa arma para nos defendermos dos nossos inimigos. Quem não se serve dela está perdido". [3]

Por Ir. Lays Gonçalves de Sousa, EP

[1] GAUME, apud MORRAZZANI ARRAIZ, Teresita. Aula de Teologia Sacramental no Instituto Filosófico-Teológico Santa Escolástica - IFTE. Caieiras, [s.d.]. (Apostila).
[2] ROYO MARÍN, Antonio. Teología de la Caridad. 2. Ed. Madrid: BAC, 1963, p. 16. (Tradução da autora).
[3] SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO. A Oração. Trad. Henrique Barros. 24. Ed. São Paulo: Santuário, 2012. P. 22.



Com informações de  Gaudium Press

Bom dia... 23/06/2018


quarta-feira, 20 de junho de 2018

Exploração de Mulheres é um pecado contra Deus, diz Papa Francisco


 
Papa Francisco
R
efletindo durante a homilia da Santa Missa, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco comentou o trecho do Evangelho quando São Mateus mostra as palavras de Cristo:

"Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério" e "todo aquele que repudiar sua mulher, a expõe ao adultério".

Francisco recomendou uma oração "pelas mulheres descartadas, pelas mulheres usadas, pelas jovens que têm que vender a própria dignidade para ter um emprego".

Homem e Mulher são "imagem e semelhança de Deus"
Jesus pronuncia palavras cheias de sabedoria que "mudam a história", porque até aquele momento a mulher "era de segunda classe", "era escrava", "não gozava sequer de plena liberdade", afirmou o Pontífice:

"E a doutrina de Jesus sobre a mulher muda a história. Uma coisa é a mulher antes de Jesus, outra coisa é a mulher depois de Jesus”.

Jesus dignifica a mulher e a coloca no mesmo nível do homem, porque utiliza aquela primeira palavra do Criador, ambos são "imagem e semelhança de Deus”, os dois; não primeiro o homem e, depois, um pouquinho mais em baixo, a mulher. Não, os dois.

“E o homem sem a mulher ao lado - tanto como mãe, como irmã, como esposa, como companheira de trabalho, como amiga - este homem sozinho não é imagem de Deus".

Mulheres como objeto de desejo: pecado contra Deus Criador
Em suas palavras, o Papa procura concentrar em particular na expressão "desejar" uma mulher, evocada na passagem do Evangelho e observa que "Nos programas de televisão, nas revistas, nos jornais, mostram as mulheres como objeto de desejo, de uso", como em um "supermercado".

Para se vender certa qualidade de "tomates", faz-se da mulher um objeto, "humilhada, sem roupas", fazendo assim com que se esqueça do ensinamento de Jesus que "dignificou" a mulher, constata o Papa.

E acrescenta em suas observações que não é necessário ir "tão longe": isso acontece também "aqui, onde vivemos", nos "escritórios", nas "empresas", as mulheres "objeto da filosofia usa e joga fora", como material “descartável”, quando nem parece mais serem "pessoas":

"Isto é um pecado contra Deus Criador, rejeitar a mulher, porque sem ela nós homens não podemos ser imagem e semelhança de Deus. Há uma fúria contra a mulher, uma fúria feia. Mesmo sem dizer isso... Mas quantas vezes as jovens precisam se vender para ter um emprego, como objeto usa e joga fora? Quantas vezes? "Sim, padre eu ouvi naquele país...". Aqui em Roma. Não ir longe".

Olhe ao nosso redor para ver a exploração
O Papa se pergunta o que veríamos se fizéssemos uma "peregrinação noturna" em certos lugares da cidade, onde "muitas mulheres, muitos migrantes, muitos não-migrantes" são explorados "como em um mercado".

Para aqueles que lavam "a consciência" chamando-as estas mulheres de "prostitutas", o Pontífice diz:

"Você fez dela uma prostituta, como Jesus diz: quem a repudia a expõe ao adultério, porque você não trata bem a mulher, a mulher acaba assim, também explorada, escrava, tantas vezes."

Portanto, será bom olhar para essas mulheres e pensar que, diante da nossa liberdade, elas são "escravas desse pensamento de descarte":

E, afirma o Papa, "Tudo isso acontece aqui, em Roma, acontece em todas as cidades, as mulheres anônimas, as mulheres - podemos dizer - "sem um olhar" porque a vergonha cobre o olhar, as mulheres que não sabem rir e muitas delas que não sabem, não conhecem a alegria de amamentar e de sentir-se dizer mamãe. Mas, mesmo na vida cotidiana, sem ir a esses lugares, esse pensamento feio de rejeitar a mulher, é um objeto de "segunda classe". Devemos refletir melhor. E fazendo isto ou dizendo isto, entrando neste pensamento desprezamos a imagem de Deus, que fez o homem e a mulher juntos à sua imagem e semelhança. Esta passagem do Evangelho nos ajuda a pensar no mercado de mulheres, no mercado, sim, tráfico, exploração, que vemos; também no mercado invisível, que se faz e não se vê. A mulher é pisoteada porque é mulher".

Só Cristo restitui a dignidade
Jesus, lembra o Papa, "teve uma mãe", teve "muitas amigas que o seguiram para ajudá-lo em seu ministério" e para apoiá-lo. E encontrou "tantas mulheres desprezadas, marginalizadas e descartadas", que ele ajudou com tanta "ternura", restituindo a elas dignidade.

Com Informações Vatican News e da Gaudium Press

Bom dia... 20/06/2018


segunda-feira, 18 de junho de 2018

Arcebispo celebra Missa pela Paz em Maceió


 
Dom Antônio Muniz Fernandes
A
conteceu na ultima quinta-feira (14), no Ginásio Poliesportivo Arivaldo Maia, em Maceió, a MISSA PELA PAZ DA ARQUIDIOCESE DE MACEIÓ. A Celebração tem o intuito de promover e fortalecer a Cultura da Paz na cidade de Maceió. O Arcebispo Dom Antônio Muniz Fernandes iniciou a Celebração Eucarística clamando a paz em toda a cidade.

Em sua homilia, o prelado destacou a simplicidade da paz e de como Nosso Senhor Jesus Cristo a insere em nossas vidas. "Infelizmente o mundo e quem é do mundo não entende o que celebramos aqui. Porém, a paz é uma coisa simples, que chega de maneira oculta, que quebra todas as barreiras e a gente nem percebe. O primeiro ponto que vamos refletir sobre ela hoje é que a paz só chega quando fazemos harmonia. Sem harmonia na Igreja, na comunidade e na família nós não iremos entender a paz de Jesus".

Dom Antônio, que é o idealizador da "MISSA DA PAZ" há nove anos, continuou: "o segundo ponto não é ligado mais a harmonia, mas sim a leveza de nossas vidas e de nossa Igreja. Jesus nos dá a paz e as vezes isso é contra a nossa natureza, mas precisamos entender Jesus, quando diz: meu julgo é suave, e o meu fardo é leve”.

No final de sua homilia, o Arcebispo de Maceió enalteceu a leveza da paz de Deus e como esta segue tendo significativa importância na Igreja:

"A palavra de Jesus gera paz porque ela é leve. Tão leve que Jesus anda sobe as águas e não se afunda. Ele enfrenta a tempestade e não é engolido. Jesus entra pela parede quando as portas estão fechadas e nos vem trazer a paz. Assim como Ele nos traz esta paz, nós do clero também temos que ser instrumentos desta paz, assim como os pais dentro de suas casas", concluiu.

*Com informações da Arquidiocese de Maceió

Bom dia... 18/06/2018


domingo, 17 de junho de 2018

11º Domingo do Tempo Comum - A semente pequenina do Reino




Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

O
 trecho do Evangelho segundo Marcos, proclamado nas missas de hoje, nos apresenta duas breves parábolas do Reino. Jesus compara o Reino de Deus à semente que “vai germinando e crescendo” até produzir frutos, sem que o semeador saiba como isso acontece (Mc 4,27). Deste modo, ressalta a força e o dinamismo da própria semente, independente da ação humana.  O Reino se expande pela força de Deus. Jesus também compara o Reino de Deus ao “grão de mostarda”, planta que não se confunde com a verdura que conhecemos. A sua semente era considerada pelo povo a menor de todas, mas que depois se tornava uma das maiores árvores daquela região. O acento sobre a pequenez da semente contrasta com as ideias de grandeza e glória terrenas, atribuídas ao Reino de Deus por muitos, naquele tempo, e ainda hoje. Na atual cultura, em que se valoriza o que é grandioso e espetacular, é preciso redescobrir a presença amorosa de Deus na simplicidade da vida cotidiana. Ao contrário, deixamos de discernir e acolher os sinais do Reino presente entre nós. Apenas os “pequeninos” foram capazes de compreender e aceitar a boa nova do Reino, e não os que se achavam sábios e poderosos (cf Lc 10,21). Além disso, a referência aos grandes ramos estendidos, capazes de abrigar os pássaros do céu nos faz pensar na universalidade do Reino de Deus, aberto a todos e não restrito a alguns.

Ao rezar o “Pai Nosso”, nós sempre pedimos “venha a nós o vosso Reino”.  Assim fazemos, porque sabemos que o Reino é dom, deve ser entendido na perspectiva da graça. Ao mesmo tempo, a acolhida desse dom se expressa através do louvor e da atuação responsável dos cristãos na história. São Paulo nos recorda que “somos peregrinos” (2Cor 5,6) que caminham na fé, rumo à morada eterna,  junto do Senhor. Ao mesmo tempo, nos motiva a viver com responsabilidade a nossa vida neste mundo, pois deveremos prestar contas a Deus da nossa peregrinação.

Nos dias 17 a 24 de junho, realiza-se a Semana Nacional do Migrante, neste ano, com o tema “A vida é feita de encontros. Braços abertos sem medo para acolher”. O Papa Francisco tem ressaltado, frequentemente, a necessidade da acolhida fraterna aos migrantes, principalmente aos refugiados. Brasília foi edificada por migrantes, que continuam a formar a maior parte da sua população. Somos convidados a rezar e a refletir sobre a realidade dos nossos migrantes, assim como dos imigrantes dos diversos países, desenvolvendo ações pessoais e comunitárias de acolhida fraterna, respeito e solidariedade.

O Pai ama a todos como seus filhos e nos quer amando a todos como irmãos. O dom do Reino de Deus é oferecido a todos!


Bom dia... 17/06/2018


quinta-feira, 14 de junho de 2018

Terço das Mulheres em Alagoas celebra 11 anos de atividades com dia de orações no Ginásio do SESI




O
 Ginásio do SESI, no bairro Cambona, em Maceió, acolheu no último sábado, dia 10 de junho, o Terço das Mulheres de Alagoas para comemorar o aniversário de 11 anos, inspirado no tema "MARIA MÃE DA MISERICÓRDIA!".

O evento acolheu centenas de fieis de várias regiões do Estado de Alagoas e de Estados da Região Nordeste.

O movimento foi fundado em maio de 2007, na Diocese de Palmeira dos Índios, por Maria José Cardoso Ferro, que durante um sonho com sua mãe, recebeu a seguinte mensagem: "a Eucaristia é tudo!".

Logo, o movimento que começou com oito comunidades em Palmeira dos Índios hoje se encontra espalhado em várias dioceses do país.

Segundo a Dra. Maria José Cardoso Ferro, o Terço das Mulheres não consiste apenas em oração, mas também em ações para com os mais necessitados.

As comemorações tiveram início com um momento de reza do terço feito por representantes de alguns bairros da capital, cidades diversas e comunidades do interior do Estado. Em seguida, houve Adoração ao Santíssimo Sacramento.

Às 15 horas teve inicio a celebração da Santa Missa, presidida pelo Padre Sérgio Tenório, da Paróquia Nossa Senhora das Dores (Santa Lúcia) e animada pelo “Coral do Segue-me da Paróquia Santa Catarina de Labouré (Aldebaran).

Finalizando o encontro, houve palestra acerca da temática "MARIA MÃE DA MISERICÓRDIA", na qual foi citado o momento em que o Papa Francisco declarou que "Jesus é o rosto da Misericórdia e Maria é a Mãe da Misericórdia".

Foram momentos de muita religiosidade e fé, que deixaram marcadas nas mentes dos participantes a fé em Deus Salvador e em Maria Santíssima, nossa intercessora, Mãe de Jesus e nossa também.

Com informações da Arquidiocese de Maceió

Bom dia... 14/06/2018