sábado, 8 de junho de 2013

FAMÍLIA E POLÍTICA: UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA


Clarice, Geraldo, Juvanês e Olímpio
                                                          Equipe Base Sagrada Família
MFC Rondonópolis-MT

P
or que falar em política numa reflexão sobre famílias? A palavra "política" vem do termo "pólis", palavra grega que quer dizer cidade. Viver com honra numa cidade grega era participar das discussões sobre as decisões a serem tomadas; daí o termo política para designar a arte de tomar decisões numa cidade. Nesse sentido, todos somos políticos, pois nossas ações, de um modo ou de outro, estão inseridas no espaço urbano, ou seja, todos deveriam se sentir responsáveis pelas decisões a serem tomadas no município.

Contudo, percebe-se claramente o desinteresse da maioria das pessoas, especialmente dos jovens, em participar, conhecer ou se interessar por assuntos políticos. Isso acontece devido a uma série de fatores, tais como: descrédito das ações de muitos eleitos; falta de incentivo dos pais com relação ao assunto; falta do sentimento de pertença à cidade e uma cultura alienante que desvia os jovens de discussões mais críticas em relação à política.

Muitos se esquecem de que as decisões de um país passam pela questão política, pois são os representantes eleitos que aprovam as leis trabalhistas, da saúde, da educação, da aposentadoria, de moradia, enfim, as leis que regulam nossos direitos e deveres; as leis que definem o modo de viver de uma sociedade.

Deste modo, todos nós somos responsáveis tanto pelos políticos que governam atualmente quanto pelos que assumirão futuramente os cargos políticos. É no seio das famílias que acontece a educação dos filhos: crianças bem educadas em princípios éticos e morais, certamente serão lideranças honestas e comprometidas com a sociedade.

Ao contrário, crianças que aprendem desde pequenos que uma mentira não faz mal; que pegar objetos de repartições públicas (mesmo que seja um clips) e levar para a casa é algo correto; que não é necessário zelar pela escola pública porque é de todos; que não aprende a preservar o meio ambiente porque não é um espaço privado, etc, certamente serão péssimos governantes. Daí a importância de se pensar seriamente nas questões políticas a partir dos nossos lares.

Nos últimos dez anos, em decorrência da acelerada degradação do meio ambiente e das ameaças em relação ao uso da água potável; das denúncias de corrupção e da ação da polícia na caça aos desonestos e da proposta educacional de inclusão social e dos temas transversais na educação, acompanhamos um “despertamento” de muitas pessoas e o interesse e participação em questões mais coletivas, por meio de abaixo- assinados, de campanhas educativas, etc, mas ainda é pouco diante dos desafios que exigem a participação política. Para uma formação mais sólida, é interessante educar os filhos na fé cristã e na perspectiva de cidadãos conhecedores de seus direitos e deveres, engajados na luta por uma sociedade mais justa.
              
Aproveitando as reflexões propostas pela Semana Nacional da Família, poderíamos conhecer melhor como funcionam os órgãos responsáveis pela política em nosso meio. Por exemplo, na cidade de Rondonópolis-MT foi criada a Lei Municipal Nº 4.005, de 25 de agosto de 2003, que institui a Semana Municipal da família a ser comemorada sempre do 2º ao 3º domingo do mês de agosto.  Para efeito desta lei, deverá o Executivo Municipal mobilizar suas secretarias, bem como convidar para parceria: a câmara municipal, a imprensa, as escolas, as igrejas, as empresas, os clubes de serviço entidades em geral, a fim de que todos possam, de forma articulada, colaborar para o bom êxito deste projeto.

Como família, qual tem sido o nosso papel na história de nossa cidade? O que temos feito para melhorar a nossa cidade? Reclamamos de uma série de problemas, mas o que temos feito para ajudar a solucioná-los? Um bom começo seria dedicar parte do tempo para conversarmos sobre esse tema em nossos lares, lembrando que os princípios básicos que aprendemos na família repercutem em toda a sociedade, como dizia um antigo ditado popular: “o costume de casa vai à praça”.


Que nós possamos, como famílias comprometidas, participar ativamente da vida política, econômica, cultural, religiosa e social de nossa cidade, especialmente no que se refere à nossa própria formação e à formação de nossos filhos, pois como canta Geraldo Vandré “quem sabe faz a hora/ não espera acontecer”. A hora é agora... Pense nisso.

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