quinta-feira, 29 de junho de 2023

SÃO PEDRO E SÃO PAULO - 29 DE JUNHO

E

m homenagem a São Pedro, fogueiras são acesas, mastros são erguidos com as suas bandeiras e fogos são queimados. Porém, não há na noite de 29 de junho a mesma empolgação que está presente na festividade de São João.

Em homenagem a este santo são realizadas procissões terrestres, organizadas pelas viúvas e as fluviais, pois, São Pedro é caracterizado como protetor dos pescadores.

São Paulo também é festejado com São Pedro, pois os dois foram julgados e condenados no mesmo dia, sendo que o primeiro não é destacado nas festividades deste mês. Encerra-se assim, o ciclo das celebrações dos santos juninos.

SÃO PEDRO

O apóstolo - pescador do lago de Genezareth, cativa seus devotos por sua história pessoal. Homem de origem humilde, que foi apóstolo de Cristo e posteriormente encarregado de fundar a Igreja católica, tendo sido assim, o primeiro papa.

Depois da sua morte, São Pedro segundo a tradição católica, São Pedro foi nomeado o chaveiro do céu. Para entrar no céu, é necessário que São Pedro abra as portas.

Também lhe é atribuída a responsabilidade de fazer chover, assim quando começa a trovejar, e as crianças choram com medo, suas mães tentam acalmá-las dizendo: "é a barriga de São Pedro que está roncando" ou "ele está mudando os móveis do lugar".

No dia 29 de junho, São Pedro é cultuado como protetor das viúvas (sendo estas mulheres que, geralmente, organizam a sua festa) e dos pescadores e são realizadas procissões marítimas em sua homenagem em todo o Brasil.

Dizem que as pessoas, quando chega o dia de São Pedro, estão muito cansadas por causa da noite joanina e já não têm resistência para grandes folias, sendo os fogos e o pau-de-sebo as principais atrações da festa.

No dia de São Pedro, todo homem que tem Pedro ligado a seu nome deve acender fogueiras na porta das suas casas e amarrando-se uma fita no braço de um Pedro, ele se vê na obrigação de dar um presente ou pagar uma bebida a pessoa que o amarrou, em homenagem a São Pedro.

A bondade, a simplicidade e boa - fé deste santo, pode ser exemplificada através da seguinte história:

São Pedro, discípulo de Jesus nascido em Betsaida, cujas principais fontes de informação sobre sua vida são os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), os Atos dos Apóstolos, as epístolas de Paulo e as duas epístolas do próprio Pedro.

Irmão do apóstolo André, seu nome original era Simão e na época de seu encontro com Cristo morava em Cafarnaum. Pescador, tal como os apóstolos Tiago e João, trabalhava com o irmão e o pai e foi apresentado a Jesus por seu irmão, em Betânia, onde tinha ido conhecer o Cristo, por indicação de João Batista.

No primeiro encontro Jesus o chamou de Cefas, que significava pedra, em aramaico, determinando, assim, ser ele o apóstolo escolhido para liderar os primeiros propagadores da fé cristã pelo mundo.

Convertido, transformou-se em líder dos apóstolos, foi o primeiro a perceber em Jesus o filho de Deus. Teve, também, seus momentos controvertidos, como quando usou a espada para defender Jesus e na passagem da tripla negação, e de consagração, pois foi a ele que Cristo apareceu pela primeira vez depois de ressuscitar.

Após a Ascensão, presidiu a assembleia dos apóstolos que escolheu Matias para substituir Judas Iscariotes, fez seu primeiro sermão no dia de Pentecostes e peregrinou por várias cidades.

Após se encontrar com São Paulo, em Jerusalém, passou a viver em Roma, onde, segundo a tradição, foi executado por ordem de Nero. Conta-se, também, que pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por se julgar indigno de morrer na mesma posição de Cristo.

É festejado no dia 29 de junho, um dia de importantes manifestações folclóricas, principalmente no Nordeste brasileiro.

SÃO PAULO

Nasceu em Tarso da Sicília, por volta do ano 10 da era cristã. Além de ser judeu, era também cidadão romano. Desde pequeno foi educado conforme a doutrina dos fariseus. Destacou-se como um implacável perseguidor das primeiras comunidades cristãs.

Foi conivente com o assassinato de Santo Estevão. Sua conversão ocorreu de modo inesperado quando ele estava a caminho de Damasco, liderando uma perseguição contra os cristãos daquela cidade.

Jesus Ressuscitado apareceu-lhe e o derrubou do cavalo, transformando-o de cruel perseguidos dos cristãos em ardoroso apóstolo dos gentios. Paulo consagrou toda a sua vida a serviço de Cristo, viajando por todo o mundo, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo.

Percorreu a Ásia Menor, a Grécia e Roma. São Paulo era o mais culto dos apóstolos. Era homem de grande poder de liderança.

Mensagem do dia... 29/06/2023

 


sábado, 24 de junho de 2023

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O XII DOMINGO DO TEMPO COMUM – 25/06/2023

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

EXISTE UM DITADO QUE DIZ

“QUEM AVISA, AMIGO É!”

O

 Profeta Jeremias, na primeira leitura da liturgia deste domingo, vive essa situação e, em nome de Deus, alerta os israelitas a se precaverem contra a destruição de Israel e o consequente exílio para a Babilônia. Como seu anúncio é de uma desgraça, ele é visto como traidor, perturbador da paz pública e é jogado em uma cisterna com lama no fundo.

Fazendo voz a esse trecho de Jeremias, temos o Salmo 68 como o canto de resposta. Nele o salmista pede a Deus que o atenda através de Seu amor imenso.

Jeremias não se intimidou e viveu sua missão. Também no seu Evangelho, Mateus coloca Jesus nos alertando que seremos perseguidos por causa dele e que não deveremos ter medo. Diz ainda o Senhor que valemos muito mais que pardais, passarinhos sustentados pelo Pai. Por isso deveremos estar certos, seguros de seu amor e proteção por cada um de nós.

Ao mesmo tempo o Senhor nos chama à lucidez ao dizer que deveremos temer, isto é obedecer, quem pode decidir o destino da pessoa.  Esse sim deve ser temido. Jeremias demonstrou temer o Senhor, isto é, O obedeceu anunciando a situação calamitosa que se avizinhava, mesmo sendo coagido e ameaçado com prisão e morte, pelas autoridades civis e religiosas para que se calasse.

Essa situação é vivida hoje em muitos países asiáticos e africanos onde os cristãos são ameaçados, sequestrados, violentados, tendo seus bens confiscados por causa de sua fé em Jesus Cristo. Também em países europeus e americanos isso sucede, talvez de modo mais disfarçado, mas não menos perverso. Que diremos do “bullying”, onde uma pessoa ou um grupo agride uma outra ou outros por questões religiosas, políticas, ideológicas ou simples motivação fútil?

São Paulo, em sua Carta aos Romanos, nos fala que através do pecado do primeiro homem, entrou a morte no mundo. Mas pela obediência de Cristo, entrou a vida. Ora, o homem lúcido deverá se identificar com Cristo e optar sempre pela vida, mesmo quando sofrer situações dolorosas, de morte, de destruição. Nisso mostraremos que somos obedientes seguidores da vida, de Jesus. Mostraremos qual nossa opção quando procedermos de acordo com a Vida e não quando espicaçados, retribuirmos com a mesma ação. A vida é mais forte que a morte!

Mensagem do dia... 24/06/2023

 


quarta-feira, 21 de junho de 2023

A IMPORTÂNCIA DO MINISTÉRIO EXTRAORDINÁRIO DA COMUNHÃO EUCARÍSTICA DENTRO DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA.

Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística
Paróquia de Santa Catarina Labouré - Maceió - AL.

A

 Eucaristia é “fonte e centro de toda a vida cristã”(cf. Lumen Gentium, 11), de tal forma que se pode afirmar que “a Igreja vive da Eucaristia”.(cf. Ecclesia de Eucharistia, 1) Neste sentido, o serviço litúrgico dos MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA COMUNHÃO deve ser entendido como expressão do cuidado pastoral para promover a devoção ao mistério eucarístico. Por isso é preciso ressaltar a importância do MINISTÉRIO EXTRAORDINÁRIO DA COMUNHÃO EUCARÍSTICA dentro da Igreja Católica Apostólica Romana.

Todos os MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA COMUNHÃO EUCARÍSTICA devem, não só no seu período formativo, mas em todo o tempo de seu ministério extraordinário estar em sintonia com os documentos que pedem a Igreja: primeiramente a que foi promulgada pela Sagrada Congregação da Disciplina dos Sacramentos, Instrução Immensae Caritatis, de 29.01.1973. Vale a pena refletir o que pede a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, com a Instrução Redemptionis Sacramentum, de 25.03.2004. No Ritual Romano – Sagrada Comunhão e culto do Mistério eucarístico fora da Missa. O Conselho Pontifício para os Leigos promulgou a Instrução acerca de algumas questões sobre a colaboração dos fiéis leigos no sagrado ministério dos sacerdotes, 15.089.1997.

Os MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA COMUNHÃO EUCARÍSTICA  devem ser homens e mulheres reconhecida idoneidade cristã, fé esclarecida, adequada preparação doutrinal, comunhão eclesial e vida cristã íntegra; ter recebido os três sacramentos da iniciação cristã; ter recebido o sacramento do matrimônio, se viver em união conjugal; demonstrar fé na presença sacramental do Senhor, sólida piedade eucarística e comunhão frequente; ter compromisso na vida pastoral da comunidade que vão servir; ter a devida maturidade humana, honestidade reconhecida e comportamento equilibrado; possuir nível cultural adequado à comunidade que vão servir; ter boa aceitação pela comunidade a que se destinam.

Os MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA COMUNHÃO exercem este ministério sob a responsabilidade do sacerdote responsável da comunidade que tiver pedido a sua nomeação, no âmbito da sua paróquia ou comunidade; a não ser em caso de urgência, não levem a comunhão a doentes de outra paróquia ou comunidade, sem consentimento do respetivo responsável. Os MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA COMUNHÃO esforçar-se-ão por desempenhar bem, com dignidade e nobreza, o seu ministério, quer no serviço à comunidade celebrante, quer aos doentes ou ausentes.

São suas missões: a distribuição da sagrada comunhão na Missa; a distribuição da sagrada comunhão aos doentes, em suas casas; a distribuição da sagrada comunhão fora da Missa, na igreja; a exposição do Santíssimo Sacramento para adoração, não lhes sendo permitido em ocasião alguma dar a bênção com o Santíssimo;  em caso excecional, animar a assembleia dominical na ausência de presbítero, tendo presente que o exercício regular deste ministério carece de expressa nomeação do Bispo diocesano e não se confunde com a nomeação para ministro extraordinário da comunhão.

O Papa Francisco ensinou que: “O gesto de Jesus que deu aos seus discípulos o seu Corpo e o seu Sangue na última Ceia – explicou – continua ainda hoje pelo ministério do sacerdote e do diácono, ministros ordinários da distribuição aos irmãos do Pão da vida e do Cálice da salvação”. “Depois de ter partido o Pão consagrado, isto é, o Corpo de Jesus, o sacerdote o mostra aos fiéis, convidando-os a participar do banquete eucarístico”, dizendo as palavras: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor: eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”. Este convite inspirado em uma passagem do Apocalipse – recordou o Santo Padre – “nos chama a experimentar a íntima união com Cristo, fonte de alegria e de santidade”: “É um convite que alegra e ao mesmo tempo impele a um exame de consciência iluminado pela fé. Se por um lado, de fato, vemos a distância que nos separa da santidade de Cristo, por outro acreditamos que o seu Sangue é “derramado pela remissão dos pecados”. Todos nós fomos perdoados no batismo e todos nós somos e seremos perdoados cada vez que nos aproximarmos do Sacramento da Penitência. E não esqueçam, Jesus perdoa sempre. Jesus não se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir perdão.

O MINISTÉRIO EXTRAORDINÁRIO DA SAGRADA COMUNHÃO faz eco às palavras do Papa Francisco, quando de seu pronunciamento aos jovens argentinos, durante a Jornada Mundial da Juventude – JMJRio 2013: “…quero que a Igreja saia pelas estradas, quero que nos defendamos de tudo o que é mundanismo, imobilismo, nos defendamos do que é comodidade, do que é clericalismo, de tudo aquilo que é viver fechados em nós mesmos. As paróquias, as escolas, as instituições são feitas para sair; se não o fizerem, tornam-se uma ONG e a Igreja não pode ser uma ONG….”.

Os MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA COMUNHÃO são evangelizadores levando a Santíssima Eucaristia como sacramento de salvação, pão da vida, alimento que nos sustenta para darmos testemunho do Evangelho pela nossa fé na Eucaristia que faz a Igreja e transforma o mundo. Amém!

Mensagem do dia... 21/06/2023

 


sábado, 17 de junho de 2023

REFLEXÃO LITÚRGICA DO 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 18/06/2023

Cônego Rui José de Barros Guerreiro

SEREIS PARA MIM UMA NAÇÃO SANTA

A

pós o pecado dos primeiros pais Deus prometeu-lhes a vinda dum salvador que os libertasse da escravidão do demónio. Muitos séculos mais tarde chamaram Abraão para fazer dele o pai dum grande povo. Nele seriam abençoadas todas as nações da terra.

Passados quatrocentos anos Deus tirou os descendentes de Abraão da escravidão do Egipto e conduziu-os pela mão de Moisés para a terra de Israel, que prometera ao santo patriarca. No deserto do Sinai celebrou com eles uma aliança. Seriam o Seu povo, que Ele protegeria entre todos os povos da terra. E eles comprometiam-se a cumprir as leis que o Senhor lhes entregava. Ensinou-os por meio de Moisés e dos profetas, preparando-os para a chegada do Messias.

O povo de Israel foi como que um alfobre preparado por Deus. Dele sairia o Messias para levar a Sua luz a todos os povos da terra, como prometera a Abraão.

Esse povo foi muitas vezes infiel à aliança. O cativeiro de Babilónia serviu para o purificar. O Senhor anunciou então, pelos profetas, uma nova aliança. Derramaria sobre os seus corações uma água pura e escreveria neles a Sua lei.

Jesus veio lavar-nos com o Seu sangue e santificar os corações pela água do Baptismo. Foi Ele o mediador da aliança nova e eterna e o fundador do novo Povo de Deus, a Santa Igreja.

RECONCILIADOS COM DEUS

Pelo Batismo fomos reconciliados com Deus no sangue de Jesus e ficámos a fazer parte da Sua Igreja. Ele entregou-se por ela para que fosse santa e imaculada a Seus olhos (Ef.5,25-26). No Credo dizemos: Creio na Igreja Santa. E é-o de verdade. Formada por pecadores não deixa de ser santa, porque tem em si a fonte da graça e é guiada e santificada pelo Espírito Santo, que transforma os corações dos seus membros. É formada pelos santos do Céu, que chegaram já à meta, pelas almas do Purgatório, que se purificam dos restos do pecado e pelos que, na terra, receberam a graça do Baptismo, que os torna santos. Apoiados pela graça e conduzidos pela ação do Paráclito, vamos lutando por alcançar a santidade a que Deus nos chama.

Somos de verdade, como diz S. Pedro, o povo santo de Deus: “Vós, porém, sois uma geração escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo adquirido por Deus, para que publiqueis as perfeições d’Aquele que das trevas vos chamou à luz admirável.

 Vós, que outrora “não éreis Seu povo”, agora sois povo de Deus: vós, “que não tínheis alcançado misericórdia”, agora alcançastes misericórdia (1Ped 2, 9).

Alguns olham para os defeitos dos cristãos e não conseguem reconhecer a santidade da Igreja. Para nós a sorte é que a Igreja tenha pecadores, senão estaríamos nós excluídos da salvação. Mas não podemos ficar tranquilamente em nossos pecados. Temos de lutar por lavá-los uma vez e outra e parecer-nos com Cristo. Temos de dar testemunho da santidade da Igreja com as nossas vidas.

 Caríssimos, - continua o Apóstolo – rogo-vos que, como estrangeiros e peregrinos nesta terra, vos abstenhais dos desejos carnais que combatem contra a alma. Comportai-vos exemplarmente entre os gentios, para que, mesmo naquilo que vos caluniam como malfeitores, cheguem, reparando nas vossas boas obras, a dar glória a Deus no dia em que Ele os visitar. (1Ped 2,10)

OS DOZE APÓSTOLOS

Jesus escolheu os Doze para andarem com Ele e para os preparar para a missão de anunciar a Boa Nova a todos os homens. Escolheu homens com defeitos. Um deles viria mesmo a atraiçoá-Lo. O Senhor sabia disso e quis ensinar-nos a vê-Lo a Ele nos que pôs à frente da Sua Igreja ao longo dos tempos. Muitos foram grandes santos, outros nem tanto, alguns até escandalizaram com a sua vida.

Há anos, na visita de Bento XVI aos Estados Unidos os meios de comunicação puseram em primeiro plano escândalos de sacerdotes. Alguns aproveitaram isto para atacar a Igreja, exagerando e falando só das coisas negativas.

Alguns casos foram verdadeiros, o que o Santo Padre deplorou. Mas foi apenas uma pequeníssima minoria de sacerdotes. Noutras profissões, como de professores, a percentagem era bem maior -dizia, há anos, um estudo realizado. Mas disso não falavam os jornalistas.

Jesus correu o risco de escolher homens com defeitos. Ele quer que rezemos por sacerdotes e bispos. E para que haja vocações e os seminários funcionem bem. Não atiramos pedras aos outros. A Igreja condena os erros seja de quem for, mas ama as pessoas e oferece-lhes sempre o perdão de Deus.

Não é assim com os meios de comunicação. Primeiro incitam as pessoas a fazer o mal, defendendo todas as perversões e empurrando-as para elas com espetáculos degradantes que apresenta. Depois vêm para a praça pública julgá-las e condená-las sem lhes dar sequer possibilidade de se defender.

Jesus entregou aos Apóstolos e aos seus sucessores até ao fim dos tempos os Seus poderes divinos: ensinar o Seu Evangelho, santificar as almas com a Eucaristia e os outros sacramentos e guiá-las em Seu nome e com a Sua autoridade. A Igreja de Cristo é Apostólica. Está fundada sobre Pedro e os Apóstolos. E só essa é a Igreja de Cristo em que podemos encontrar a salvação.

O demónio fez guerra à Igreja ao longo dos séculos. Através das perseguições, das heresias, dos escândalos de alguns eclesiásticos, através de cismas e divisões. Mas não conseguirá destrui-la e vencê-la, como Jesus prometeu a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18).

Temos de estar bem seguros e dizer com entusiasmo: Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Temos de estar bem unidos ao sucessor de Pedro e agradecer a Jesus os papas extraordinários que tem dado à Sua Igreja nos últimos séculos.

É muito bonita a história contada pelo grande escritor inglês Chesterton, convertido à fé católica: Um dia foi bater à porta do faraó um mendigo de cabelos desgrenhados que lhe disse: -passa para cá os teus tesouros. O faraó no seu trono disse aos soldados: – expulsai daqui este insolente. Mas o mendigo respondeu-lhe: -Eu sou mais forte do que tu. Eu sou o tempo.

O mendigo foi bater à porta de outros grandes impérios e a cena foi-se repetindo.

Um dia apareceu na praça de S. Pedro, em Roma e encontrou-se com um velhinho vestido de branco que lhe disse: – Bem-vindo, ó tempo. Eu sou mais forte do que tu: eu sou a eternidade.

Vamos rezar mais pelo Santo Padre e estar atentos aos seus ensinamentos. E peçamos à Virgem, Mãe da Igreja, que os cristãos saibam estar bem unidos a ele.

Mensagem do dia... 17/06/2023

 


quarta-feira, 14 de junho de 2023

AMIGOS E AMIGOS...!


E
xistem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.

A todas elas chamamos de amigos. Há muitos tipos de amigos. O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem. Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros e nos trazem muitas alegrias.

Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos pertos.

Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra. O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas.

Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é que os que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria através das lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho.

Infelizmente existem também os amigos falsos, que são infinitamente piores do que inimigos. São aquelas pessoas que nos abraçam querendo, no fundo, nos machucar, que quando estão de bem conosco é sempre com segundas intenções, querendo algo em beneficio próprio.

Um amigo falso e maldoso é mais temível que um animal selvagem; o animal pode ferir seu corpo, mas um falso amigo irá ferir sua alma.

Um falso amigo deixará que tu sigas livremente por qualquer direção. Apenas os amigos verdadeiros farão advertências, por que quem ama de verdade critica e se preocupa, tal modo que sempre te apontarão os obstáculos, as limitações e o abismo no final do caminho, enquanto o falso amigo se regozijará de ver-te tropeçando e caindo no precipício.

Um falso amigo é um inimigo infiltrado e camuflado de amizade, muitas vezes até pior do que os que você já conhece.

A amizade é um sentimento concreto, absoluto e sem igual. Somente aqueles que entendem o valor de uma sincera amizade são capazes de ler o que se passa no coração do seu próximo. Com ela, aprendemos a amar e a perdoar, dar sem receber, semear a esperança sem dar-se conta do que se faz... E sabe por que tudo isso acontece? Porque onde há fé e esperança, sonho sem sair da realidade, há amor, compaixão e o mais importante: pureza de espírito!

Mensagem do dia... 14/06/2023

 


sábado, 10 de junho de 2023

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 10º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 11/06/2023

Vatican News

A

 Palavra de Deus deste 10º Domingo do Tempo Comum repete, com alguma insistência, que Deus prefere a misericórdia ao sacrifício. A expressão deve ser entendida no sentido de que, para Deus, o essencial não são os atos externos de culto ou as declarações de boas intenções, mas sim uma atitude de adesão verdadeira e coerente ao seu chamamento, à sua proposta de salvação. É esse o tema da liturgia deste dia.

Na primeira leitura, o profeta Oseias põe em causa a sinceridade de uma comunidade que procura controlar e manipular Deus, mas não está verdadeiramente interessada em aderir, com um coração sincero e verdadeiro, à aliança. Os atos externos de culto – ainda que faustosos e magnificentes – não significam nada, se não houver amor (quer o amor a Deus, quer o amor ao próximo – que é a outra face do amor a Deus).

Na segunda leitura, Paulo apresenta aos cristãos (quer aos que vêm do judaísmo e estão preocupados com o estrito cumprimento da Lei de Moisés, quer aos que vêm do paganismo) a única coisa essencial: a fé. A figura de Abraão é exemplar: aquilo que o tornou um modelo para todos não foram as obras que fez, mas a sua adesão total, incondicional e plena a Deus e aos seus projetos.

O Evangelho apresenta-nos uma catequese sobre a resposta que devemos dar ao Deus que chama todos os homens, sem excepção. O exemplo de Mateus sugere que o decisivo, do ponto de vista de Deus, é a resposta pronta ao seu convite para integrar a comunidade do “Reino”.

O relato da vocação de Mateus (vers. 9) não é substancialmente distinto do relato do chamamento de outros discípulos (cf. Mt 4,18-22): em qualquer dos casos fala-se de homens que estão a trabalhar, a quem Jesus chama e que, deixando tudo, seguem Jesus. Os “chamados” não são “super-homens”, seres perfeitos e santos, estranhos ao mundo, pairando acima das nuvens, sem contato com a vida e com os problemas e dramas dos outros homens e mulheres; mas são pessoas normais, que vivem uma vida normal, que trabalham, lutam, riem e choram… No entanto, todos são chamados ao seguimento de Jesus. O verbo “akolouthéô”, aqui utilizado na forma imperativa, traduz a ação de “ir atrás” e define a atitude de um discípulo que aceita ligar-se a um “mestre”, escutar as suas lições e imitar os seus exemplos de vida… É, portanto, isso que Jesus pede a Mateus. Mateus, sem objecções nem pedidos de esclarecimento, deixa tudo e aceita ser discípulo. A esta adesão ao chamamento de Deus chama-se “fé”.

        Deus chama todos os homens sem excepção. Os que se consideram bons e justos, frequentemente acham que não precisam do dom de Deus, pois eles merecem, pelos seus atos, a salvação; mas a verdade é que a salvação é sempre um dom gratuito de Deus, não merecido pelo homem… O que Deus pede ao homem (seja ele bom ou mau, pecador ou santo, justo ou injusto) é que aceite o dom de Deus, escute o chamamento de Jesus e, sem objeções, com total confiança e disponibilidade, aceite o convite para seguir Jesus, para ser seu discípulo e para integrar a comunidade do “Reino”.

Mensagem do dia... 10/05/2023

 


terça-feira, 6 de junho de 2023

CORPUS CHRISTI! Adoramos, agradecemos, louvamos e nos alegramos no Senhor.

TÃO SUBLIME SACRAMENTO!

Reflexão do Cardeal Odilo Scherer

A

 solenidade de CORPUS CHRISTI que acontece nesta quinta-feira, 08, nos coloca diante do grande tesouro da Igreja, a Eucaristia. Todos os domingos celebramos, e também todos os dias; desta vez, porém, nossa atenção concentra-se sobre o próprio Mistério da Eucaristia; acolhendo mais uma vez este dom inefável, adoramos, agradecemos, louvamos e nos alegramos no Senhor.

Os textos da liturgia de Corpus Christi fazem menção a diversos significados e percepções da fé da Igreja na Eucaristia. É “memorial” da paixão, instituída por Cristo na última ceia, pouco antes de padecer a cruz. As palavras de Jesus dão significado ao gesto da entrega do pão e do vinho aos apóstolos: “é meu corpo entregue por vós; é meu sangue, derramado por vós”.

Jesus refere-se àquilo que aconteceria logo em seguida: ele se entregou “por” nós sobre a cruz, em nosso favor; seu sangue derramado é redentor, como para os hebreus, no Egito, foi o sangue dos cordeiros pascais, untado nos umbrais das portas. A última ceia de Jesus com os apóstolos era a ceia da Páscoa judaica, na qual se comia o cordeiro pascal. Jesus lhe dá novo significado, como “ceia da nova e eterna aliança”, selada no seu próprio sangue.

A Liturgia faz constantes referências a este aspecto “sacrifical” da Eucaristia, ceia pascal dos cristãos. Antes da comunhão, a Eucaristia é apresentada ao povo com estas palavras: “eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Na cruz, Jesus é o “cordeiro imolado” entregue inteiramente pela nossa redenção, “para que não pereça todo aquele que nele crê”. Por esta “entrega por nós”, alcançamos misericórdia, perdão e vida sem fim.

A Eucaristia é também “sinal de unidade e vínculo da caridade” (S. Agostinho). Chamando a atenção da comunidade de Corinto para a dignidade da celebração Eucarística, Paulo recorda que “o pão que partimos é comunhão com o corpo e o sangue de Cristo” e, portanto, “nós todos somos um só corpo”, em Cristo (cf 1Cor 10,16-17).

No Prefácio da Santa Eucaristia, o celebrante proclama: “fazeis de todos nós um só coração, iluminais os povos com a luz da mesma fé e congregais os cristãos numa mesma caridade”. A Eucaristia é banquete de irmãos à mesma mesa, unidos todos numa só família, “em Cristo”. Nela, nossa comunhão no amor de Cristo e na mesma fé da Igreja é significada e realizada. Por isso, o dissenso da fé eclesial e a orientação individualista e egoísta da vida são atitudes contrárias à participação neste sacramento.

A Eucaristia é também “pão da vida eterna”. Após o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus convida as pessoas a procurarem “o pão vivo descido do céu”, que é ele próprio: “eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jo. 6,51). Cristo quer continuar a ser o alimento da nossa fé. E quem dele se nutre, “viverá para sempre” (cf Jo.6,58).

A Eucaristia é celebrada aqui na terra “até que Ele venha”. Por isso, ela também é sinal e anúncio profético da grande esperança que vem da nossa fé: aquilo que acolhemos na penumbra da fé e celebramos por sinais na terra, é o mesmo que ainda esperamos e se tornará plenamente manifesto na vida eterna: “anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”.

Quanta riqueza, na Eucaristia! Não é sem razão que, em Corpus Christi, a Igreja adora e aclama este “sublime Sacramento” – “Sacramento de Jesus Cristo e da sua Igreja”! Vinde, todos, adoremos e rendamos graças ao Senhor!

Mensagem do dia... 06/05/2023

 


sábado, 3 de junho de 2023

REFLEXÃO LITÚRGICA DA SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE – 04/05/2023


Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

H

oje, de um modo especial, celebramos Deus. Mas quem é Deus? Como explicá-lo? Como defini-lo? Como conhecê-lo? Nenhuma pergunta sobre Deus pode ser respondida por nós humanos. Deus nos supera!

Temos noção de quem Ele é, mas não conseguimos defini-lo. É impossível! Ele é a eterna surpresa. Nosso Deus não é o Deus dos filósofos, mas é o Pai de Jesus Cristo, é o próprio Cristo, é o Espírito de Amor.

Para conhecê-lo deveremos abrir a Sagrada Escritura, principalmente o Novo Testamento, e ver o que Jesus, o Verbo Encarnado, nos diz.

O Evangelho de hoje, tirado de São João, nos fala que Deus é o Amigo do Homem, não apenas o seu Criador, mas o seu Redentor, aquele que o protege e que foi capaz de sofrer e morrer para que o Homem tivesse a plena felicidade.

Já São Paulo em sua Carta aos Coríntios nos orienta sobre a resposta a ser dada ao Deus Amigo. O homem deverá deixar-se transfigurar através  dos dons, das qualidades divinas, especialmente pelo amor, pelo perdão e pelo serviço.

Falar com Jesus é falar com Deus. Sua bondade foi tanta que Ele se revelou a nós na pessoa de Jesus.

Filipe, quem me vê, vê o Pai. Dirijamo-nos ao Deus de Amor, a esse Deus que, por amor, rasgou seu coração, e sintamos a plenitude de seu querer bem a nós. Se o mandamento se resume em amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo, do mesmo modo como Ele nos amou, saibamos que antes de tudo o Senhor não só nos criou, mas, por amor a nós, se entregou até a morte.

O Espírito é escuta e disponibilidade.

Mensagem do dia... 03/06/2023