sábado, 28 de dezembro de 2019

Reflexão Litúrgica do DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA



Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

O
 Natal não se reduz a um único dia festivo. O tempo do Natal se estende até a festa do Batismo do Senhor, a ser celebrada no próximo dia 12 de janeiro. Por isso, continuamos a celebrar o nascimento do Salvador, com alegria e louvor a Deus, procurando viver o que celebramos. O primeiro domingo após o Natal é dedicado à Sagrada Família, Jesus, Maria e José, modelo permanente para toda família. Neste domingo, nós bendizemos ao Senhor pela Família de Nazaré e pelas nossas famílias, suplicando as bênçãos de Deus para cada família, especialmente, pelas que passam por maiores sofrimentos.

O Evangelho segundo Mateus nos apresenta a Sagrada Família perseguida por Herodes, em fuga para o Egito (Mt 2,13-23). José e Maria enfrentam as dificuldades de uma longa viagem e da vida em terra estranha para salvar a vida do menino Jesus. Esta situação vivida pela Sagrada Família nos faz pensar nos sofrimentos de tantas famílias, especialmente, nas angústias e sacrifícios de tantos pais que lutam para salvar a vida de seus filhos.

A Carta de S. Paulo aos Colossenses nos mostra como devem viver as nossas famílias e as nossas comunidades. O Apóstolo nos recorda o mandamento do amor, “amai-vos uns aos outros”, oferecendo-nos valiosas indicações sobre como colocá-lo em prática. Ele destaca “a sincera misericórdia, a bondade, a humildade, a mansidão e a paciência” e, sobretudo, o perdão: “perdoando-vos mutuamente se um tiver queixa contra o outro; como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também” (Cl 3,13). O perdão não poderá jamais faltar nos relacionamentos entre pais e filhos e entre irmãos. Sem o perdão, não pode haver unidade e paz numa família.

No livro do Eclesiástico, encontramos outra atitude a ser mais cultivada em nosso tempo: “honrar pai e mãe”. O amor e o respeito pelos pais, especialmente quando se encontrarem enfermos ou em idade avançada, são motivos de bênçãos para os filhos. Conforme o texto meditado, quem assim faz, “alcança o perdão dos pecados”, “será ouvido na oração” e “terá alegria com os próprios filhos” (Eclo 3,3-17).

Para viver bem o Natal é fundamental a participação na Igreja, família que acolhe todas as famílias. É preciso organizar-se para participar das missas neste período natalino, que para muitos é também período de férias. Em tempo de férias é necessário continuar a viver a fé. Ao organizar viagens e períodos de lazer, não deixe de dar prioridade à participação na missa dominical. Seja este um tempo especial também para a convivência fraterna com os familiares e amigos. Assim fazendo, as alegrias do Natal continuarão no novo Ano.

Bom dia... 28/12/2019


sábado, 21 de dezembro de 2019

Reflexão Litúrgica do IV Domingo do Advento - O “SIM” DE MARIA E JOSÉ




Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

E
stamos nos aproximando do NATAL DE JESUS. A Liturgia da Palavra nos apresenta a figura de José, esposo de Maria, humilde carpinteiro de Nazaré, que “era justo”, o que significa “santo”. Por isso, mesmo sem entender tudo o que se passava com Maria, ele diz o seu “sim” a Deus. A narrativa se conclui afirmando que “José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado” (Mt 1,24).

Além de ser modelo de fidelidade, por cumprir fielmente a palavra de Deus, José mostrou ser um marido que ama a sua esposa. Ao invés de denunciar Maria, por estar grávida antes de viverem juntos, o que segundo as leis daquele tempo poderia levá-la ao apedrejamento, ele preferiu abandoná-la em segredo (Mt 1,19). Contudo, Deus veio em seu auxílio, ajudando-o a compreender o que se passava e a cumprir a sua missão. Ao aceitar Maria como esposa, José acolheu também a Jesus, de quem cuidou paternalmente. A profecia de Isaías, proclamada na primeira leitura, se cumpria através do “sim” de Maria, contando também com o “sim” de José: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe porá o nome de Emanuel” (Is 7,14), “o que significa Deus está conosco”, explica o Evangelho segundo Mateus (Mt 1,23).  Além da expressão “Emanuel”, a origem divina de Jesus é ressaltada pela repetida afirmação de que ele foi concebido pelo Espírito Santo.

Na Carta aos Romanos, S. Paulo testemunha a grandeza da graça de Deus na sua vida, reconhecendo que o seu apostolado é dom de Deus e que também nós somos “chamados a ser discípulos de Jesus Cristo” (Rm 1,6). Para tanto, a liturgia das missas do Advento tem nos convidado a abrir as portas para que o rei da glória possa entrar, conforme o Salmo 23. Deus conta também com o nosso “sim”, assim como, ele contou com Nossa Senhora, S. José e com o apostolo S. Paulo.

Estamos chegando ao final do Advento. É importante pensar como está a nossa preparação para o Natal de Jesus. A preocupação com festas ou presentes não pode ofuscar ou substituir o verdadeiro sentido do NATAL DO SENHOR, nem a devida preparação espiritual. Para que o Natal seja o “NATAL DO SENHOR” é preciso que a preparação seja feita de oração, escuta da Palavra de Deus, participação na eucaristia e amor fraterno. Participe da missa no Natal. Procure testemunhar a razão maior da alegria natalina: o menino Jesus, Deus-conosco!

Bom dia... 21/12/2019


sábado, 14 de dezembro de 2019

Reflexão Litúrgica do III Domingo do Advento - CRIAI ÂNIMO, NÃO TENHAIS MEDO!




Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

O
 terceiro Domingo do Advento é denominado “Domingo da Alegria” ou “Domingo Gaudete”. A palavra latina gaudete vem da antífona de entrada da missa de hoje, “Gaudete in Domino”, isto é, Alegrai-vos no Senhor, extraída da Carta de S. Paulo aos Filipenses (Fl 4,4s), que se completa com a afirmação “O Senhor está perto”, motivo dessa alegria.

O anúncio de que Deus vem para salvar traz ânimo, esperança e alegria, para o povo sofrido, conforme a profecia de Isaías. Na Liturgia da Palavra, as imagens utilizadas para expressar a vinda do Senhor são carregadas de esperança: “a terra que era deserta e intransitável” vai “florescer como um lírio” (Is 35,1); o “agricultor espera o precioso fruto da terra e fica firme até cair a chuva” (Tg 5,7). Contudo, a alegria se torna plena com os sinais da chegada da salvação em Jesus Cristo. Segundo o Evangelho proclamado, em Jesus realizam-se os sinais anunciados pelo profeta Isaías: “os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados” (Mt 11,5). Esses sinais realizados por Jesus revelam que ele é o Messias anunciado pelos profetas e esperado pelo povo, em resposta à pergunta dos discípulos de João. Muitos esperavam um messias rei poderoso, diferente do modo como Jesus se apresentava. Por isso, ele afirma que é “feliz aquele que não se escandaliza” por causa dele (Mt 5,6).

As palavras de Isaías ecoam neste Advento: “Criai ânimo, não tenhais medo!” (Is 35,4). Nós somos convidados a levar esperança e alegria especialmente aos que mais sofrem. Nossa esperança se fundamenta na fé em Deus, que vem nos visitar e permanecer conosco. É ele quem fortalece as mãos enfraquecidas e firma os joelhos debilitados. Entretanto, ele conta conosco, esperando a nossa resposta ao seu chamado à conversão, reproposto pela Igreja neste Advento: “ficai firmes e fortalecei vossos corações”, evitando a murmuração e o julgamento contra o próximo (Tg 5,8).

A Igreja necessita anunciar, cada vez mais, o Evangelho. Necessitamos formar comunidades missionárias. No III DOMINGO DO ADVENTO, a cada ano, realiza-se a coleta nacional para a evangelização, sinal de comunhão eclesial e de corresponsabilidade na promoção e sustentação da missão evangelizadora da Igreja na Arquidiocese e em todo o Brasil. Colabore com a sua oferta e participe da ação pastoral e missionária em sua comunidade!

Aproveite este tempo litúrgico para preparar-se bem para o Natal. Ajude sua família e seus vizinhos a participarem dos encontros de preparação para o Natal. Promova a reconciliação e a paz!

Bom dia... 14/12/2019


sábado, 7 de dezembro de 2019

Reflexão Litúrgica da Solenidade da Imaculada Conceição - EIS AQUI A SERVA DO SENHOR!




Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

C
ontinuamos a viver o tempo do Advento, voltando o nosso olhar para Maria, a Mãe do Salvador, recorrendo à sua intercessão e aprendendo com ela a dizer “sim” à Palavra de Deus. Unidos a toda a Igreja, nós celebramos a solenidade da IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA. Além da importância desta grande festa mariana no calendário litúrgico universal, recordemos que a padroeira do Brasil é invocada com o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Nesta Eucaristia, a Igreja nos convida ao louvor e a alegria, conforme rezamos no Salmo 97: “cantai ao Senhor um cântico novo: o Senhor fez maravilhas”; “aclamai o Senhor, terra inteira, exultai de alegria e cantai”. A razão maior deste louvor e alegria encontra-se no Evangelho proclamado: a anunciação do nascimento de Jesus Cristo a Maria e o seu “sim” diante de Deus, que lhe confiou a missão de ser a mãe do Messias esperado. Maria é a Imaculada, desde a sua concepção, pela graça de Deus, em vista de seu filho Jesus. Na anunciação, o anjo Gabriel a ela se dirige, chamando-a de “cheia de graça”, isto é, toda pura, sem mácula, plena do amor de Deus. “Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo” é a saudação angélica imortalizada na oração da Ave-Maria.

A nossa resposta diante de Deus deve assemelhar-se à de Maria. Quem nele crê e confia, pratica a sua palavra e cumpre a sua vontade, permanecendo fiel, em qualquer situação. “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se se em mim segundo a tua palavra” deve ser também a nossa resposta a Deus, lembrando que Maria se fez serva do Senhor na Anunciação, mas também no serviço prestado à Isabel e nas bodas de Caná. Ela permaneceu a serva fiel do Senhor também na hora da cruz.

Diante das tarefas e dos desafios, Deus também nos diz: “Não temas”. O anjo disse a Maria: “Não temas, porque encontraste graça diante de Deus”. Não temas porque “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra”. Quem se dispõe a cumprir a palavra de Deus não deve temer, mas nele confiar e permanecer fiel, na certeza de contar com a sua presença amorosa e com a força do seu Espírito.

A Palavra de Deus desta solenidade anuncia a vitória sobre o pecado, representada pela imagem da cabeça da serpente esmagada pela mulher, conforme a primeira leitura (Gn 3,15). Na Carta aos Efésios, São Paulo anuncia que Deus nos chamou “antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor” (Ef 1,4). Possamos dizer “sim” a este chamado à santidade, contando com a intercessão e o exemplo da Senhora da Imaculada Conceição.

Bom dia... 07/12/2019


sábado, 30 de novembro de 2019

Reflexão Litúrgica do 1º Domingo do Advento – Ano A



Advento:
Jesus que vem, mas que também é presença viva em nosso meio.

Pe. Leomar Antonio Montagna
Arquidiocese de Maringá

I
niciaremos, neste domingo, o ano litúrgico. Ano litúrgico é a celebração do mistério, vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus, em quatro tempos: Advento, Quaresma, Páscoa e Comum.

Na Liturgia deste domingo, celebramos o primeiro domingo do Advento. Advento é tempo de espera, espera de Jesus que chega a qualquer hora. Jesus é o Reino e o Reino é uma vida melhor, dias melhores, paz, alegria, liberdade...

Advento é tempo de preparar a chegada de Jesus, não só pelo ambiente externo: comidas, bebidas, luzes, festas..., mas é tempo de arrumar o coração. Como? Onde? Pela prática das virtudes, principalmente a caridade, a partilha, participação na Novena de Natal com os vizinhos, visitas aos doentes e necessitados, buscar o sacramento da confissão, frequentar a missa e a vida de comunidade.

Um dos símbolos do Advento é Maria grávida, após o anúncio do anjo. Isso nos indica que devemos gestar, em nós, o “Verbo”. Devemos nos encarnar no Projeto de Deus. Em Maria, o Projeto de Deus se cumpriu. “Feliz aquela que acreditou que iria acontecer o que o Senhor prometeu”. Acreditar é, a cada dia, permitir o faça-se: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”. É produzir não só obras da carne, mas obras do espírito: “Concebeu pelo Espírito Santo”. Enfim, Maria viveu o bem e pode sentir a grandeza de Deus agindo por seu intermédio: “O Senhor fez em mim maravilhas”.

Penso que a liturgia deste domingo, e de todo o Advento, quer chamar a atenção e nos dizer que este é um tempo de graça, ‘kairós’, tempo de nossa salvação. Portanto, cabe a cada um de nós apressar a vinda do Senhor, Ele se manifestará plenamente quando for “tudo em todos”, por isso devemos despertar para o essencial, despojarmo-nos de ações de trevas, não ficar adormecidos, “pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes da terra”.

Quando Jesus voltará, não sabemos, mas o evangelho responde como nos comportarmos enquanto Ele não chega: vigilância constante – Deus nos visita a todo momento.

Os que estão absorvidos pelos desejos da carne podem correr o risco de reduzir-se a uma vida instintiva (os animais comem, bebem, dormem, se reproduzem e não passam disso). Sem alimentar a vida espiritual, isto é, com a falta de Deus no coração humano, tudo poderá vir a ser permitido e ser normal, perde-se o senso da ética, do limite e da responsabilidade. Mas viver a vigilância é cuidar de si, cuidar das pessoas e da casa de Deus; ser vigilante é construir a esperança não só para si, mas também para os outros. Ser vigilante é uma questão de sensibilidade: pelo presente vemos o futuro. Exemplo: o Faraó, no Egito, não percebeu os sinais diante da realidade, enquanto Moisés viu os sinais dos tempos e, com a ajuda de Deus, libertou todo o povo da escravidão.

Enfim, ser vigilante é viver em comunhão com Deus para vencer todos os obstáculos, os problemas não devem nos derrotar, pois “em Cristo somos mais que vencedores”. Acolhamos a palavra do Evangelho deste domingo e reforcemos nossa experiência com Deus por meio da oração: “Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos torneis dignos de escapar a todos estes males que hão de acontecer, e de vos apresentar de pé diante do Filho do Homem”.

Concluo esta reflexão com as palavras do Salmo (24/25): “Vem, Senhor, nos salvar, vem, sem demora, nos dar a paz!”

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

Bom dia... 30/11/2019


sábado, 23 de novembro de 2019

Reflexão Litúrgica da Solenidade de CRISTO REI




Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

C
elebramos, com toda a Igreja, a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo. Na oração do Pai Nosso, ensinada por Jesus, nós suplicamos ao Pai: “venha a nós o vosso Reino”. Contudo, nem sempre prestamos a devida atenção às palavras que repetimos tantas vezes. A Liturgia da Palavra desta solenidade nos mostra como é este Rei em quem nós cremos e como é o seu Reino. O Evangelho nos revela o rosto deste Rei do Universo, ao narrar a sua paixão e morte na cruz. Somos convidados a contemplar Jesus coroado de espinhos para entender bem o significado de sua realeza, que não pode ser entendia segundo os parâmetros dos reis e dos reinos presentes na história. Na cruz, Jesus se revela o verdadeiro rei, o Senhor, que vem para dar a vida pela salvação do seu povo. Ao invés de cercar-se de honrarias, Jesus é o rei que se faz servo, doando a sua vida por nós. A narrativa da paixão, segundo Lucas (Lc 23,35-43), ressalta a misericórdia de Jesus. Na cruz, ele oferece o perdão ao malfeitor arrependido, prometendo-lhe o paraíso. Além disso, em outra passagem, Lucas narra que Jesus rezou, na cruz, suplicando ao Pai o perdão àqueles que o crucificavam. Jesus não é apresentado como um rei dominador, mas como o rei-servo que constrói o seu Reino sobre o perdão e a doação.

No prefácio da missa desta solenidade, louvamos ao Pai porque o Reino de Jesus é um “reino eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz”. É este o Reino que pedimos ao Pai, todas as vezes que rezamos o Pai Nosso. Com o belo hino de louvor da Carta de S. Paulo aos Colossenses, nós damos graças ao Pai que “nos recebeu no reino de seu Filho amado” (Cl 1,13) e porque quis “por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz” (Cl 1,20).

Em todo o Brasil celebramos hoje o dia nacional dos cristãos leigos e leigas, chamados a participarem ativamente da vida e da missão evangelizadora da Igreja, especialmente, pelo testemunho cristão nos diversos ambientes da sociedade. Nós bendizemos a Deus e agradecemos os fiéis leigos que se dedicam generosamente ao serviço da Igreja nas diversas pastorais, movimentos e serviços, bem como, pela participação responsável na construção da sociedade. Torna-se cada vez mais necessária a atuação dos cristãos leigos nos diversos campos da vida social, como “sal da terra” e “luz do mundo”. Nossas comunidades paroquiais necessitam também de um número maior de leigos e leigas para as diversas pastorais, movimentos e serviços. Somos todos “batizados e enviados” em missão!

Bom dia... 23/11/2019