sábado, 28 de maio de 2022

REFLEXÃO LITÚRGICA DA SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR - 29/05/2022

Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília

VÓS SEREIS TESTEMUNHAS DE TUDO ISSO!

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elebramos hoje a ASCENSÃO DO SENHOR. A Palavra de Deus que ouvimos, apresenta-nos a Ascensão como caminho de glorificação de Jesus (At 1, 3-11; Lc 24, 46-53). A ascensão é a expressão plena e definitiva da Páscoa. O Senhor Jesus sofreu a morte, ressuscitou e agora está sentado à direita do Pai: “(…) Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus” (Ef 1, 20). A cabeça foi glorificada e também o corpo. Todos aqueles e aquelas que seguem o Senhor Jesus neste mundo, como seus discípulos e discípulas, participarão desta mesma glória do Senhor ressuscitado e exaltado, pois Ele é a cabeça da Igreja, e a Igreja é o seu corpo. A vitória da cabeça é também vitória do corpo. O prefácio da solenidade expressa bem esta realidade: “Ele nossa cabeça e princípio, subiu ao céu, não para afastar-se de nossa humanidade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à gloria da imortalidade” (prefácio da Ascensão do Senhor I).

O Senhor foi ao Pai. O Evangelho descreve a cena com beleza: “Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu” (Lc 24, 50 – 51). Jesus ressuscitado é o sumo sacerdote que cumpriu o sacrifício definitivo da sua morte e ressurreição. Por isso, Ele, como Senhor, abençoa os seus. O gesto dos discípulos é de adoração: prostram-se diante d’Ele. A adoração será também a atitude da Igreja, fiel discípula do Senhor, no decorrer da história até o fim dos séculos.

Mas qual é o papel dos discípulos agora? Devem ser testemunhas de Jesus Cristo neste mundo. Devem fazer com que o Evangelho parta de Jerusalém e chegue até os confins da terra: “O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e, no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24, 46-48). Ser testemunha implica testemunhar com a vida, com as palavras tudo aquilo que viveram. Os apóstolos cumpriram a esta missão.

Jesus promete aos discípulos que os há de assistir no cumprimento da missão e vai lhes mandar o Espírito Santo: “Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e na Samaria, e até os confins da terra” (At 1, 8). Os discípulos receberam o Espírito e conduzidos pelo Espírito fizeram com que a obra da evangelização saísse de Jerusalém e chegasse até Roma, centro do mundo de então. O Espírito é aquele que conduz a Igreja a sair de si e a anunciar, a testemunhar Jesus Cristo. O objeto do testemunho é Jesus Cristo morto e ressuscitado. O Espírito coloca a Igreja e cada um de nós na estrada da missão.

Que a celebração da ASCENSÃO DO SENHOR nos ajude a perceber que o Senhor foi ao Pai, mas está, de uma forma nova, no meio de nós, e que Se dá a nós por meio da Palavra, da Eucaristia, do irmão pobre e necessitado.  Coloquemo-nos, então, no caminho da missão, anunciando Jesus Cristo para tantas pessoas que esperam o nosso anúncio, o nosso testemunho.

Bom dia... 28/05/2022

 


sábado, 21 de maio de 2022

REFLEXÃO LITÚRGICA DO VI DOMINGO DA PÁSCOA – 22/05/2022

Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília

SOMOS MORADA DE DEUS

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 Evangelho deste VI DOMINGO DA PÁSCOA (Jo 14, 23-29) expressa bem a realidade que acontece na vida de cada cristão, de cada pessoa que ama e segue Jesus Cristo: SER MORADA DA TRINDADE E SER ENSINADO PELO ESPÍRITO SANTO.

Está próxima a partida de Jesus e Ele percebe a angústia dos discípulos: “não se perturbe o vosso coração” (Jo 14, 27). Jesus mostra que não os deixará órfãos, desamparados, mas estará com os Seus discípulos de uma forma nova. O discípulo é a pessoa que ama Jesus, mas não com um amor qualquer, é aquele que tem um amor gratuito por Jesus. O verbo usado para expressar este amor é ágape, que expressa o amor na sua gratuidade, o amor de Deus. O caminho do discipulado de Jesus é aquele de ter por Ele um amor gratuito, ou seja, não O amamos por interesse, por troca, mas O amamos porque Ele é o nosso Salvador, o nosso Senhor.

E quem ama Jesus, demonstra esse amor para com Ele guardando a Sua Palavra, colocando em prática a Sua Palavra. Mas Jesus é a Palavra, o Logos. O discípulo é aquele que vive de Jesus e, vivendo de Jesus, coloca em prática as palavras da Palavra, que é o Logos. E então será amado pelo Pai e a Trindade fará morada na vida desta pessoa: “meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14, 23). Com Jesus, que se abre intimamente aos discípulos, também o Pai vem a eles; eles serão inseridos na comunhão de vida e de amor com Deus. Aquela morada, que é esperada para o fim dos tempos de Deus com o seu povo, expressa pela imagem da Jerusalém celeste (Ap 21, 10-14. 22-23), da segunda leitura, é inserida de modo espiritualizado no presente da vida do discípulo e da comunidade. Claro que esta comunhão não é ainda a realização última da promessa, pois haverá ainda uma comunhão eterna com a Trindade Santa na eternidade. Mas, no hoje da história, o discípulo já vive, já experimenta essa comunhão com o mistério Santo de Deus.

Jesus promete aos discípulos o Espírito da verdade, o Espírito Santo (Jo 14, 26). O Espírito ensinará tudo e recordará tudo o que Jesus ensinou para os discípulos. O verbo recordar é clássico na teologia de são João. O Espírito exercerá na Igreja este duplo papel: ensinar e recordar. O Espírito ensina, que dizer, vai nos fazendo sair da nossa visão meramente humana das coisas e vai nos mostrando, inserindo-nos na visão que Deus tem do mundo, das coisas, da realidade. O Espírito é aquele que faz memória de Jesus Cristo, que fará com que os discípulos entrem no mistério mais profundo das palavras de Jesus Cristo, no sentido mais profundo dos seus ensinamentos. É o Espírito que abre para a Igreja e para cada seguidor de Jesus Cristo o sentido mais profundo das Palavras, dos ensinamentos de Jesus.

Que o encontro com esta Palavra de Deus nos conscientize de que Deus habita em nós e que nos ajude a tomarmos consciência desta realidade, conduzindo-nos a uma abertura maior ao Espírito, permitindo que Ele nos ensine e rememore Jesus Cristo.

Bom dia... 21/05/2022

 


sábado, 14 de maio de 2022

REFLEXÃO LITURGICA DO V DOMINGO DA PÁSCOA - 15/05/2022

 

Um novo mandamento

Dom Anselmo Chagas de Paiva, OSB
Diretor da Faculdade de São Bento/RJ

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 Evangelho deste domingo nos mostra o discurso de Jesus aos seus discípulos por ocasião da última ceia. Jesus sabe que lhe restam poucas horas de vida e sente a necessidade de deixar algumas instruções com um típico sabor testamentário. Inicia com a expressão “meus filhinhos” (v. 33), fazendo lembrar um pai a transmitir aos seus filhos o que é essencial e verdadeiramente fundamental.  Assim como os filhos consideram sagradas as palavras que o pai lhes diz no leito, antes da morte, também Jesus quer que os seus discípulos não esqueçam jamais as palavras que ele quer deixar: “Dou-vos um novo mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado” (v. 34).

Jesus fala em um “novo mandamento”. A novidade deste novo mandamento é que não se trata do antigo e conhecido mandamento que ordenava “amar ao próximo como a ti mesmo” (Lv 19,18). A própria construção da frase, sugere que o “novo” deste mandamento consiste, exatamente, no “como eu vos amei”. Nem a palavra amar, nem o mandamento do amor são novos. Novo é amar como Jesus, amar em Jesus, por causa de sua palavra impressa em cada página do evangelho.

O verbo “agapaô” – traduzido do grego como amar, aqui utilizado, define, o amor que faz dom de si, o amor até ao extremo, o amor que não guarda nada para si, mas é entrega total e absoluta. O ponto de referência no amor é o próprio Jesus, como prescreve o complemento da frase “como eu vos tenho amado”. Amar consiste em acolher, em pôr-se ao serviço dos outros, em dar-lhes dignidade e liberdade pelo amor, e isso sem limites. Jesus é a norma, agora traduzida em palavras, o que ele mesmo manifestou com seus atos, para que os seus discípulos tenham uma referência.  O amor, igual ao de Jesus, que os discípulos devem manifestar entre si será visível para todos (v. 35).  Trata-se de um amor universal, capaz de transformar todas as circunstâncias negativas e todos os obstáculos em ocasiões para progredir no amor.

O estilo divino desse amor de Cristo tem que ser o modelo do nosso amor.  De tal sorte que nossa presença junto aos irmãos seja uma sombra da presença do próprio Cristo.  Um amor que presta em favor dos irmãos, os mais humildes serviços, como fez Jesus.  Cristo se identifica com o outro, especialmente com os mais necessitados.  É uma verdade que somente os cristãos, mediante a fé, podem ver Cristo na pessoa do outro, pois será a partir deste amor a base do nosso julgamento final, pois ele mesmo disse: “Tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber…”. E completa: “Todas as vezes que o deixastes de fazer a um destes pequeninos, foi a mim eu o deixastes de fazer” (Mt 25,40-45).

Além de proclamar o mandamento do amor, Jesus deixou esta norma como sinal distintivo para os seus seguidores:  “Nisso conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (v. 35).  Por vontade expressa de Cristo é o amor o sinal de identificação de seus discípulos.  O sinal de que de agora em diante distinguirá seus discípulos deverá ser o amor mútuo.  Como já nos diz o Evangelista São João: “Se alguém diz: Eu amo a Deus e odeia a seu irmão é mentiroso. Pois, quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?  E dele temos este mandamento:  Quem ama a Deus, ame também a seu irmão” (1Jo 4,20s).  E ainda frisa: “Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte” (1Jo 3,14).

Diante destas exigências apresentadas por Jesus e lançando um olhar para cada um de nós, percebemos que somos fracos e limitados. Existe sempre em nós uma resistência ao amor e na nossa existência há muitas dificuldades que provocam divisões, ressentimentos e rancores. Mas não podemos perder a esperança. O Senhor prometeu estar presente na nossa vida, nos tornando capazes deste amor generoso e total, que sabe superar todos os obstáculos. Se estivermos unidos a Cristo, poderemos amar verdadeiramente deste modo que Ele quer. Amar os outros como Jesus nos amou só é possível com aquela força que nos é comunicada na relação com Ele, especialmente na Eucaristia, na qual se torna presente de maneira real o seu Sacrifício de amor que gera amor.

A prática do amor mútuo é a expressão da fé em Jesus. O verdadeiro discípulo distingue-se pelo amor. A capacidade de amar-se mutuamente indica o quanto Jesus está agindo na vida do cristão. A presença salvadora de Jesus tem o efeito de desatar o nó do egoísmo, que afasta os indivíduos de seus semelhantes e, por consequência, de Deus também.

São Paulo ressalta que o amor é superior a todos os dons extraordinários. O amor é maior do que o dom de língua. O amor é maior do que o dom de profecia e conhecimento. O amor é maior do que o dom de milagres. Sem amor, até as melhores obras de caridade ficam isentas de valor (cf. 1Cor 13,1-3). O amor é melhor por causa da sua excelência intrínseca e também por causa da sua perpetuidade.

São Paulo define que o amor é paciente e benigno, ou seja, o amor tem uma infinita capacidade de suportar. A palavra indica paciência com pessoas, no sentido de reagir com bondade perante aqueles que o maltratam.  São Paulo ainda explica que o amor não é ciumento, ufanoso e ensoberbecido. Não se conduz inconvenientemente, não procura os seus próprios interesses e não se ressente com o mal. O amor não se alegra com a justiça, mas regozija-se com a verdade. E, por fim, diz São Paulo que o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta (cf. 1Cor 13,4-7).  E ainda segundo São Paulo, dentre as maiores virtudes: fé, esperança e caridade, a maior de todas é a caridade, ou seja, o amor (cf. 1Cor 13,13).

Podemos correr o risco de reconhecer o perigo de alegrarmos com o fracasso dos nossos inimigos. Há um mal intrínseco em nós mesmos. Podemos sentir um falso alívio quando vemos os nossos adversários fracassando e caindo, mas isto não é amor. O amor além de perdoar, esquece e não mantém um registro do que foi dito e feito contra nós.  A ausência de amor faz com que o cristão perca o seu significado diante de Deus. Deus não pode usar, para a sua glória, um cristão sem amor.

Possamos hoje questionar a nós mesmos: É este o amor que Jesus pede que esteja vivendo e compartilhando?  Estou testemunhando, com gestos concretos, o amor de Deus? Nos nossos comportamentos e atitudes uns para com os outros, todos podem descobrir o amor de Deus no mundo?  Saibamos haurir diariamente da relação de amor com Deus pela oração, a força para transmitir o anúncio profético de salvação a todas as pessoas com as quais convivemos.

Peçamos ao Senhor que ele mesmo nos ajude a pôr em prática este mandamento novo do amor que ele nos ordena a praticar e nos faça abrir as portas do nosso coração para perdoar aqueles que nos ofendem e a abrir nossas mãos para partilhar com quem não tem o pouco que temos. Assim seja.

Bom dia... 14/05/2022

 


quarta-feira, 11 de maio de 2022

A MISSA É A MAIS COMPLETA E A MAIS PODEROSA ORAÇÃO DA QUAL DISPÕE O CATÓLICO!


M

uitos católicos ainda não sabem o verdadeiro significado e o valor de uma SANTA MISSA. Alguns vão apenas por um sentido de obrigação ou convenção social, talvez imposta pelos pais na infância. Grande parte deles acabam por abandonar a Igreja por acharem uma coisa repetitiva, desconhecendo o verdadeiro conteúdo de uma CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA.

         Evangelizar também é ensinar o verdadeiro sentido dos sacramentos da Igreja e, portanto, aprenda você também a mostrar o sentido da Santa Missa aos seus parentes, familiares, amigos e vizinhos. EDUQUE SEUS FILHOS NA FÉ! FALE DE DEUS COM TODOS! NÃO TENHA MEDO NEM VERGONHA!

         Entenda que Deus realmente está presente na Missa e fala diretamente conosco. É preciso tornar-se criança no sentido de inocência e humildade para participar bem e aproveitar todas as bênçãos que provém dos céus durante a missa. Ao entrar na Igreja deixe de lado seus problemas e preocupação com o mundo e se entregue totalmente nas mãos de Nosso Senhor.

 POR QUE IR À IGREJA?

O individualismo não tem lugar no Evangelho, pois a Palavra de Deus nos ensina a viver fraternalmente. O próprio céu é visto como uma multidão em festa e não como indivíduos isolados. A Igreja é o povo de Deus. Com ela, Jesus fez a Nova e Eterna Aliança no seu Sangue. A palavra Igreja significa Assembleia. É um povo reunido na fé, no amor e na esperança pelo chamado de Jesus Cristo.

         A Missa foi sempre o centro da comunidade e o sinal da unidade, pois é celebrada por aqueles que receberam o mesmo batismo, vivem a mesma fé e se alimentam do mesmo Pão. Todos os fiéis formam um só "corpo". São Paulo disse aos cristãos: "Agora não há mais judeu nem grego, nem escravo, nem livre, nem homem, nem mulher. Pois todos vós sois um só em Cristo Jesus" (Gl 3,28).

 O SACERDOTE

O Concílio Vaticano II diz que o padre age "in persona Christ", isto é, em lugar da pessoa de Jesus. O padre é presbítero e profeta. Como sacerdote, administra os sacramentos, preside o culto divino e cuida da santificação da comunidade, como profeta, anuncia o Reino de Deus e denuncia as injustiças e tudo o que é contra o Reino; como presbítero, o padre administra e governa a Igreja.

 A MISSA É A MAIOR, A MAIS COMPLETA E A MAIS PODEROSA ORAÇÃO DA QUAL DISPÕE O CATÓLICO

Entretanto, se não conhecemos o seu valor e significado e repetimos as orações de maneira mecânica, não usufruiremos os imensos benefícios que a Missa traz.

    A Missa é o momento mais forte de demonstração e vivência de espiritualidade do católico. Juntamente com outros irmãos nós iniciamos um diálogo (…onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome...) com Deus em que pedimos perdão, damos glória, ouvimos o que ele tem a nos dizer, reconhecemos publicamente a nossa adoração, recebemos a comunhão, damos ação de graças… por isso a grande importância de frequentá-la e entendê-la.

Bom dia... 11/05/2022


 

sábado, 7 de maio de 2022

Dia das Mães!

Padre Wagner Augusto Portugal

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 segundo domingo de maio de cada ano é tempo de apresentar a Deus a nossa gratidão pelo dom da maternidade. Rezamos, assim, enquanto Igreja pela Mamãe que nos deu a graça do dom da vida com a beleza da sua união matrimonial com o nosso Papai, sob a bênção e a oração da Igreja.

Todos nós filhos amamos, e muito, as nossas mães. Tudo o que temos e somos devemos ao seu desvelo, ao seu carinho, ao seu compromisso em nos educar para viver nesta vida uma vida digna, justa e com santidade. Para nós católicos, agradecemos sobremaneira, a educação religiosa que tivemos a graça de receber ainda no nosso berço.

Nossas mães constituem o nosso tudo. Mães que nos amamentaram. Mães que nos ensinaram os primeiros passos. Mães que nos cobriram de carinho e de proteção. Mães que nos educaram na fé católica. Mães que nos levaram para a pia batismal, que nos educaram na fé e nos acompanharam na primeira eucaristia, na crisma, no casamento ou, mães mais sublimes que rezando e oferecendo seus filhos o entregam como doce presente para Cristo, para a Igreja e para os irmãos pela ordenação sacerdotal. Padres que, como suas mães, passam a ser pais de família, da família eclesial.

Observamos, infelizmente, que muitas garotas hoje não querem  mais abraçar a maternidade.  Fruto da pós-modernidade constatamos, espantados, mulheres dizerem que preferem viver e divertir a vida, com viagens, roupas, passa tempos, do que ter filhos. Quando querem ter filhos, muitas querem ter “produções independentes”. Outras, infelizmente, querem ter apenas um filho com a falsa afirmação de que a vida é difícil e é preferível apenas criar um filho com conforto do que três cinco ou mais quando a vida familiar seria completa.

Diz o Catecismo da Igreja Católica que: “É na família que se exerce de modo privilegiado o sacerdócio batismal do pai de família, da mãe, dos filhos, de todos os membros da família, na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade ativa. O lar é assim a primeira escola de vida cristã e uma escola de enriquecimento humano. É aí que se aprende a fadiga e a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e mesmo reiterado, e, sobretudo o culto divino pela oração e oferenda de sua vida” (cf. n. 1657).

O ensinamento oficial da Igreja, que reafirma a importância da família, nos leva a contemplar o papel primordial que na sociedade brasileira a mãe tem como educadora de valores, de mulher de fé, de sinal visível de unidade dos seus filhos e de exemplo de doação.

Neste Dia das Mães de 2022, no mês de Maria, a Mãe de todos os viventes,  Mãe das mães,  quero rezar por todas as mães e avós. Quero convidar você que me lê a rezar pela sua mãe e, muito especialmente, pelas suas avós, as que estão entre nós nos enchendo de carinho e enleio e aquelas que já no céu rezam por nós e nos protegem.

De uma maneira especial rezemos pelas mães de nossos bispos e de nossos sacerdotes. Que elas sejam abençoadas pela sua doação geral.

Assista-nos e as nossas mães o carinho da Mãe Maria, a Virgem das Graças, e a presença carinhosa da Mãe Igreja que sempre caminha com as mães defendendo a vida e promovendo a dignidade da família, do matrimônio e da própria existência humana.

Rezemos,  pois,  por nossas mães esta oração dando a elas o carinho de nossa prece especial e de nossa gratidão. Confiamos nossas mães a Deus, por intermédio de Maria, que sempre suplica a seu Filho Jesus pelas mães e pelas famílias:

Mostra-Te Mãe para todos,/ oferece a nossa oração,/

Cristo a acolha benigno,/ Ele que se fez teu Filho.

Amém!

Mãe que Deus te abençoe sempre, Amém!

Bom dia... 07/05/2022

 


segunda-feira, 2 de maio de 2022

MAIO: Mês da Virgem Maria... das Mães... das Noivas... e das Flores!

N

este mês de maio, a Igreja celebra a devoção a Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo. Durante todo o mês, os cristãos são convidados a olhar com sabedoria e fé para a figura da mulher humilde e escolhida por Deus, que com o seu “SIM”, transformou a história.

        O mês de maio é também chamado de Mês Mariano pelos Católicos, nele ocorre as devoções especiais à Virgem Maria. A devoção mariana teve origem no Brasil no período da colonização, com a evangelização promovida pelos padres Jesuítas e é uma força conhecida por todos nos dias de hoje.

Por todo o mês de maio, os fiéis católicos rezam junto a Nossa Senhora por inúmeras intenções, seja pela paz no mundo, pela cura das enfermidades, pela conversão dos pecadores, pela Igreja, pelas famílias, pelas causas urgentes e vistas como impossíveis, entre tantos outros pedidos e agradecimentos apresentados a Maria Santíssima, concluindo o mês com a coroação de Nossa Senhora.

Em dias alegres e tristes, com fé e devoção, os cristãos recorrem a intercessão da Santa Mãe de Deus, na certeza de serem ouvidos por aquela que cumpriu, com êxito, a vontade do Senhor.

Em Maria, os devotos encontram refúgio e a doçura da “Boa Mãe”, que acolhe os pedidos de seus filhos e filhas e, ao mesmo tempo, os apresentam ao seu filho Jesus.

O mês mariano é um tempo favorável para rezar o terço, recitar orações especiais, cantar louvores e, sobretudo, para o alcance de graças.

         O mês de maio é marcado por muitas datas comemorativas como o Dia do Trabalho e o especial Dia das Mães. Também é considerado o mês das noivas e das flores.

Bom dia... 02/05/2022