domingo, 27 de novembro de 2022

A HISTÓRIA DA MEDALHA MILAGROSA DE NOSSA SENHORA

Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho

Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

E

m 1830, no dia 27 de novembro, deu-se a aparição de Maria a Santa Catarina Labouré, da Congregação das Filhas da Caridade, à Rue du Bac 140, em Paris. Nessa ocasião, a Mãe de Jesus mostrou o modelo da medalha que Ela desejava que fosse cunhada como sinal de grandes graças que ela obteria junto ao seu Divino Filho.

Essa Medalha traz inúmeras mensagens, e a primeira delas é atinente a Imaculada Conceição de Maria, dogma que seria proclamado dia 8 de dezembro de 1854, por Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus. As mãos abertas da Medianeira de todas as graças é outra grande lição. É o resumo do papel da Virgem Maria na história da salvação, no Evangelho.

Adite-se a cruz de Cristo nela, sacrificado pelos homens, e Maria, exemplo de fé ao pé da cruz, representada pelo “M” de seu nome. O coração de Jesus e de Maria a atestar o amor imenso do Salvador e de Sua Mãe por todos os remidos. As doze estrelas lembram a mulher do Apocalipse (cf. Ap 12,1). Ela é aquela que deu nascimento ao corpo humano de Cristo e à Igreja, que dá nascimento aos batizados que formam o Corpo Místico de Jesus.

Como as 12 estrelas, lembram também das 12 tribos de Israel e dos doze apóstolos, a medalha milagrosa tem um aspecto também profundamente missionário. Adite-se que, no século XIX, imperava por toda parte a negação de Deus com o endeusamento da ciência, que pretendia responder a todas as questões religiosas e filosóficas.

QUAIS SÃO AS MENSAGENS DA MEDALHA MILAGROSA?

A literatura da época estava impregnada de ateísmo, levando as mentes ao irracional e ao fantástico. Além disso, quando, em 1830, ia se instalar um regime político antirreligioso, desenvolvendo uma forma de capitalismo liberal particularmente materialista, a Virgem, então, propõe não um objeto científico, mas um objeto simples, uma medalha a falar das realidades celestes. A difusão dessa peça se dá no momento também de uma renovação do Catolicismo social com Frederico Ozanam e as Conferências de São Vicente de Paulo. Ocorria uma vitalidade da reflexão universitária e literária católica. Tudo isso era reforçado com a medalha que mostrava a intervenção de Deus na história não só da França, mas de todo o mundo.

O Arcebispo de Paris, a quem Catarina Labouré levou o pedido de Nossa Senhora, para que se cunhassem as medalhas, percebeu a riqueza doutrinária que ela continha. Em 1832, houve a primeira distribuição dessas peças por ocasião da epidemia da cólera, que dizimava a capital francesa. As primeiras 20 mil medalhas foram confeccionadas, em 1830, ano em que essa epidemia, vinda da Rússia, por meio da Polônia, irrompeu, em Paris, a 26 de março, ceifando vidas, num imenso cântico fúnebre. Num só dia, houve 861 mortes. No total, foram registradas, oficialmente, 18.400 mortes; porém, na realidade, houve mais de 20 mil. As descrições da época são aterradoras: em quatro ou cinco horas, o corpo de um homem, em perfeita saúde, reduzia-se ao estado de um esqueleto.

MILAGRE DA MEDALHA

Como se fora num abrir e fechar de olhos, jovens cheios de vida tomavam o aspecto de velhos carcomidos, e logo depois não eram senão cadáveres. Nos derradeiros dias de maio, a epidemia parecia recuar. Na segunda quinzena de junho, no entanto, um novo surto da doença redobrou o pânico do povo. Mas, finalmente, no dia 30 de junho, a Casa Vachette entrega as primeiras 1.500 medalhas, que são distribuídas pelas Filhas da Caridade e abrem o cortejo sem fim das graças e dos milagres: curas maravilhosas se deram e a epidemia foi debelada.

Houve, depois, a conversão de Alfonso Ratisbona do Judaísmo para o Cristianismo, e ele se pôs a trabalhar para a aproximação dos judeu-cristãos.

A Igreja falava na santa medalha, mas o povo logo a chamou de medalha milagrosa. Quando Santa Catarina Labouré faleceu, dia 31 de dezembro de 1876, já um bilhão de medalhas tinham sido distribuídas. Cumpre sempre que a Santa Igreja chama de “sacramental” alguns objetos abençoados pelo sacerdote, tais como: as medalhas milagrosas e de São Bento, o escapulário de Nossa Senhora do Carmo e o terço. Não transmite por si mesmos a graça como os sacramentos, mas penhoram as bênçãos divinas e ajudam os cristãos a progredir na fé, na esperança, na prática das outras virtudes e na vida de oração.

Bom dia... 27/11/2022

 


sábado, 26 de novembro de 2022

Reflexão Litúrgica para o 1º Domingo do Advento – 27/11/2022

 

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

I

niciamos um novo ano litúrgico e, com ele, nova oportunidade para colocarmos nossa vida de acordo com a mensagem cristã extraída da Sagrada Escritura.

O Evangelho de hoje nos fala da segunda vinda de Jesus. O tempo do Advento, que ora iniciamos, tem o objetivo de nos preparar para essa segunda vinda. É verdade que tudo nos leva a nos preparamos para o Natal, mas a liturgia deseja, de modo especial, nos preparar para o encontro definitivo com Cristo, cuja celebração natalina também tem idêntico objetivo.

No Evangelho, Jesus nos diz que é no dia a dia que Deus vem ao nosso encontro, como aconteceu na época de Noé. Apesar de se comentar que aquele tempo chegava ao seu fim, nem todos acreditavam e até zombavam dos que levaram a notícia a sério.

Também nós estamos em um mundo onde as coisas terminam, até o ser humano se extingue! Portanto estamos em um mundo que tem seu fim e para tal deveremos nos preparar.  Se meus antepassados já não mais existem, se pessoas que eu conheci já não mais estão sobre a terra, devo me preparar porque minha hora, meu momento vai chegar. Essa preparação não deve ser de modo estático ou trágico como algumas pessoas pensam, mas de modo dinâmico, dentro da vida diária, sem se fazer nada de especial, apenas praticando os ensinamentos do Senhor, amando a Deus e ao próximo. Nosso fim, nossa morte é certa e inevitável. Da morte ninguém escapa, é uma certeza! Apenas não sabemos quando e nem como.

Por isso é importante que estejamos preparados para esse momento que eternizará nossa existência.

Lembro-me de uma brincadeira de criança chamada “brincar de estátua”. As crianças estão pulando, dançando, fazendo qualquer coisa e aí o coleguinha grita “estátua” e todos deverão permanecer paralisados, como estavam quando ouviram o grito “estátua”. Também assim será o momento do encontro com Deus. Quando o Senhor nos chamar, quando disser “estátua”, não haverá possibilidade alguma de mudança, mas nos apresentaremos a Ele como fomos encontrados. Portanto aquele ditado que diz “Para onde a árvore pende, para lá cairá”, é uma grande verdade.

Aquele será o dia da nossa realidade, quando não mais poderemos mudar de coisas. Ao preencher a última página no livro de nossa existência, tudo estará consumado. Tudo estará nas mãos de Deus.

Portanto, vivamos de modo feliz, alegre, fazendo o que o Senhor nos pediu, sem outra preocupação a não ser amar e servir.

         Nossa vida, nossa saúde, nossos dons e bens, intelectuais, espirituais e materiais deverão ser colocados à disposição de Deus, ou seja, das pessoas que Ele colocou em nossa vida, para que sejam felizes, para que O conheçam e O amem. Isso será eternizado quando chegar ao fim nossa participação neste mundo. Não sirvamos de nossa vida e dos bens que possuímos para nossa própria ruína. Deus nos criou livres e assim nos deixa viver. Sejamos responsáveis!

Poderíamos nos perguntar: Meu marido, minha mulher, meu filho, minha filha, meu pai, minha mãe, meu irmão, minha irmã, meu amigo, minha amiga, meu companheiro, minha companheira, enfim essas pessoas que Deus colocou por um tempo em minha vida, se tornaram mais felizes porque conviveram comigo ou minha presença foi ocasião de desilusão e fracasso? Aí já está o nosso juízo. Minha vida valeu? Ainda há tempo! Estamos vivos! Poderemos mudar!

Bom dia... 26/11/2022

 


sexta-feira, 25 de novembro de 2022

COMEÇA HOJE A FESTA DA MEDALHA MILAGROSA, NO ALDEBARAN.

A

 Paróquia de Santa Catarina Labouré, no Aldebaran, celebra a partir desta sexta-feira (25) até o domingo (27), na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças, com muita alegria, fervor e fé, a FESTA DA MEDALHA MILAGROSA, oportunidade que contemplará NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS e SANTA CATARINA LABOURÉ.

     Com o tema: “AVE, HABITAÇÃO DA DIVINDADE, AQUELE QUE OS CÉUS NÃO PODEM CONTER, ENCONTRA-SE NO TEU SEIO, Ó BENDITA!”, paroquianos e toda comunidade católica participarão desse momento de fé e esperança porque acreditam firmemente que a Virgem Maria os acolheu em seus braços como Mãe e Intercessora.

     A Festa da Medalha Milagrosa tem início com a Santa Missa, às 19h30, desta sexta-feira (25), tendo como lideranças interna o Apostolado da Oração, Terço das Mulheres e Pastoral do Dízimo. Na liderança externa a Pastoral Familiar, Terço dos Homens e a Catequese.  A animação musical será do Coral Água Viva. 

     A Festa da Medalha Milagrosa tem sequencia no sábado (26) com a Santa Missa às 17h30, tendo como lideranças interna o Segue-me, ECC, Catequese e a Comunidade do Sagrado Coração de Jesus. Na liderança externa o Apostolado da Oração e o Terço das Mulheres. A animação musical será do Coral Segue-me.  

     No domingo (27), às 9h, haverá a celebração eucarística da Santa Missa presidida por Dom Antônio Muniz Fernandes, arcebispo metropolitano de Maceió, oportunidade que serão investidos novos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística. A liderança interna será dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, Terço dos Homens e Pastoral Familiar. A animação musical será do Coral Terço dos Homens.

     Com igual júbilo, às 18h, teremos a Missa Solene de encerramento da Festa da Medalha Milagrosa, com procissão e benção do Santíssimo. A liderança interna será do ECC, Segue-me e Pastoral do Dízimo. A animação musical será do Coral Água Viva.

     O pároco, Cônego João José de Santana Neto, convida paroquianos e toda comunidade católica para participar destes momentos de alegria e fervorosa devoção a Medalha Milagrosa, que nos apresenta Maria, nos amparando e nos revelando o seu Divino Filho, Ela que foi e é o sacrário vivo do Amor.

     Após a procissão, haverá o sorteio de uma Moto Honda NXR 160 BROS, Modelo 2023 para os fiéis que adquiriram os bilhetes da rifa ao preço de R$ 10,00 (dez reais).Toda a renda será revertida para o pagamento das despesas da festa, melhorias na parte física da Igreja e obras sociais da Paróquia.

Bom dia... 25/11/2022

 


quarta-feira, 23 de novembro de 2022

ADVENTO: Tempo de preparação, alegria e de expectativa.

N

o domingo, 27 de novembro, começamos um novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: Vigiai, para não sermos surpreendidos.

A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é servo vigilante.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.

Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.

Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.

Para nos ajudar nesta preparação usa-se a COROA DO ADVENTO, composta por 4 velas nos seus cantos - presas aos ramos formando um círculo.

A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo, está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.

Advento vem de adventus, vinda, chegada, a 27 de novembro e termina em 24 de dezembro. Forma uma unidade com o Natal e a Epifania.

A cor litúrgica neste tempo é o roxo. O sentido do Advento é avivar nos fiéis à espera do Senhor e dura 4 semanas.

Bom dia... 23/11/2022

 


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

O Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão

 


O

 Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão exerce um ministério. É um servidor e deverá conscientizar-se de que a sua preocupação deve estar voltada para uma relação intima entre o ministério, Jesus e a comunidade, ou seja, a pessoa deve carregar consigo que o ministério é estar a serviço de Jesus antes da comunidade, isto é, uma intimidade de pura espiritualidade, tornando essa comunidade mais cristã, mais missionária e ativa a caminho da salvação.

O Ministério requer a consciência do compromisso assumido mediante Cristo e a comunidade para isso o Ministro extraordinário da Sagrada Comunhão deve buscar conhecer melhor sua fé e o espírito de vivência comunitária e que seja um promovedor e transformador da fraternidade. Portanto todos os ministérios devem ser exercidos em um espírito de serviço fraterno e dedicação à Igreja, em nome do Senhor.

Todo Ministério só é completamente fortalecido quando nutrido pelo amor a Deus, ao irmão e ao serviço se fazendo comum união verdadeira e perpetuando pela consciência da missão que se torna testemunho no mundo promovendo a transformação que possa levar todos a salvação, lembrada sempre que Jesus é o centro da vida e de todo Ministério.

O SANTÍSSIMO SACRAMENTO NAS COMUNIDADES

A presença do Santíssimo Sacramento nas Comunidades seja devidamente valorizada. Enquanto possível, deixem-se as Igrejas abertas em horário favorável à visita de pessoas, para oração. Procure-se ter na Igreja um local silencioso que favoreça o recolhimento e a oração.

Para que seja entronizado e conservado o Santíssimo Sacramento em capelas e centros comunitários, exigem-se as seguintes condições:

Que haja uma Comunidade suficientemente formada;

Que a Celebração da Palavra de Deus aconteça semanalmente, nos finais de semana;

Que haja pelo menos mais um encontro comunitário de culto eucarístico, com frequência semanal;

Ter ministros que cuidem com zelo da Reserva Eucarística;

Que a comunidade tenha uma capela ou edifício que ofereçam segurança e dignidade ao Santíssimo Sacramento;

Que a comunidade promova entre os fiéis, ambiente de respeito e de espiritualidade eucarística.

MISSÃO

O Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão tem por objetivo de suprir uma necessidade da Igreja atribuindo além de assumir a identidade engajando-se mais profundamente na comunidade dando com maior intensidade sua contribuição para a construção do Reino de Deus e desempenhando com maior assiduidade sincrônica e harmoniosamente com os ministérios afins e outras pastorais da Igreja algumas atividades.

1 – Conhecer as necessidades da comunidade, seus apelos, as prioridades mais urgentes a serem respondidas.

2 – Conscientizar, a partir da realidade, dinamizando as tarefas comunitárias, sob a luz da Palavra de Deus.

3 – Apoiar os grupos da comunidade, ajudando-os a um trabalho participativo de comunhão. Ministério é serviço na comunidade.

4 – Cristo é o Pão da vida. O Ministro não só distribui o Pão Eucarístico, mas está comprometido com a “vida dos irmãos”.

5 – O Ministro deverá estar ligado profundamente a Cristo, dinamizando e fermentando a comunidade, promovendo a fraternidade.

6 – O Ministro é chamado a conhecer melhor sua fé, ao estudo permanente, e à vivência concreta da fé na comunidade, principalmente junto aos necessitados e doentes.

7 – É importante que o Ministro cultive sua fé, o espírito comunitário, cresça na consciência do anúncio do Reino de Deus e da denúncia daquilo que não constrói fraternidade. Cresça no dom de si mesmo, na espiritualidade Eucarística, visando transformação. Suas atividades são diárias e constantes, concentrados e, basicamente no servir.

8 – A de “servir o altar”, junto ao sacerdote durante as Missas, obedecendo a uma escala previamente elaborada no intuito de que haja um justo revezamento para que todos tenham oportunidade de participar tanto das Missas semanais, como nas dominicais.

9 – A visitação aos doentes: onde é realizado deverá ser realizada uma preparação do doente para receber o Sacramento despertando também os familiares para a consciência do sacramento. Este trabalho pode ser feito em conjunto com a Pastoral da Saúde, de tal maneira que, no mínimo uma vez por semana, esta seja efetuada pelo Ministro da Comunhão acompanhado do agente visitador da Saúde, visando uma perfeita integração em benefício do doente, realizando atividades que se complementam. Ao conforto espiritual para o corpo, oferecido pelo visitador da Pastoral da Saúde, acrescenta-se o “alimento da alma”, o Pão Vivo da Eucaristia, oferecido ao enfermo no momento da comunhão que, nesta específica ocasião somente ao Ministro caberá administrar.

10 – Irradiar sempre que oportuno, a mensagem da Palavra de Deus por ocasião das visitas, ou no ambiente comunitário, de forma evangelizadora.

11 – Formar a comunidade cristã através da Palavra de Deus, despertar-lhe a fé e prepará-la para celebração eucarística.

12 – Expor e repor o Santíssimo Sacramento, nos termos do CAN 943.

13 – Participar ativamente da festa de Corpus Christi.

14 – Zelar pela dignidade do culto eucarístico e de tudo que lhe diz respeito.

15 – Dar resposta ou tirar dúvidas com respostas concretas, senão buscar a resposta certa antes de passá-la.

ATITUDES DO MINISTRO

Considerando que a escala é passada com antecedência, numa eventualidade de coincidência de compromisso o Ministro é responsável por fazer a troca não deixando vaga a sua posição de servir.

A preparação para o cumprimento do serviço vem da total consciência e modo de cada um desde que se faça sintonia com Jesus e demais membros em atividade (Padre, equipe de liturgia, música e demais Ministros) a parte do Ministro não deve e não pode ser isolado, um ministério alheio.

Usar trajes adequados, que inspirem o respeito que a ocasião requer, porém, asseados e sem formalismo. Na Paróquia o Jaleco branco e a calça preta.

Apresentar-se com a aparência (penteado, maquiagem e unhas cuidadas) mantendo devidos cuidados que o lugar e a situação requerem;

Não utilizar acessórios que possam atrapalhar ou desviar a atenção;

Evitar distribuir a comunhão quando estiver com ferimentos, ataduras ou bandagens, sobretudo nas mãos e nos dedos;

Quando escalado o Ministro deve chegar ao mínimo 60 minutos antes do início da celebração.

Na chegada na Igreja, antes de iniciar os serviços a visita ao santíssimo é indispensável para a oração pessoal (colocar-se na presença a serviço de Jesus).

Contribuir sempre para arrumação que antecede a celebração, ajudar a observar detalhes.

Estar atento e em sintonia ao acontecimento e a alguma necessidade extra ou fato inesperado.

Ceder o lugar do serviço a outro, caso não esteja em condição adequada ao momento.

Ao final da missa ou celebração guardar todos os vasos litúrgicos e alfaias.

COMUNHÃO AOS ENFERMOS:

Onde há o Santíssimo: Os Ministros da comunhão devem levar, semanalmente, a Eucaristia para os Enfermos.

O Ministro, quando for levar a Eucaristia para os Enfermos, deve estar devidamente trajado, usando o jaleco e de calça preta e sapato.

Deve verificar antes se o doente já passou pela confissão junto ao sacerdote.

Para levar a comunhão, se faz necessário o uso da BOLSA VIÁTICO, TECA, SANGUINEO E O CORPORAL.

Deve-se recomendar à família que prepare uma mesinha com uma toalha branca, uma vela acesa, um crucifixo e um copo com água.

E que a família esteja reunida esperando e preparados. O acompanhante do doente, devidamente preparado, poderá receber a santa Comunhão. Neste caso, se o acompanhante não tem condições de participar da missa e celebração no dia.

Ao chegar, o Ministro deposita o Santíssimo na mesinha e diz aos presentes algumas palavras a todos para participar da alegria da visita e presença do Senhor Jesus.

Não é permitido dar a comunhão nas seguintes circunstâncias:

Dentro das doenças estão: pessoas em coma, pessoas que não podem deglutir, pessoas com constante respiração assistida, risco de vômito, febre alta que cause alucinações etc.

Adultos que tenham doenças mentais que privam do uso de razão.

Adolescentes e idosos com sérias deficiências intelectuais.

COMUNHÃO AO ENFERMO

M.: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

T.: Amém.

A paz esteja nesta casa e com todos os que aqui estão.

T.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

RITO PENITENCIAL

Na presença do Senhor, reconhecemos que somos pecadores (pausa) Confessemos nossos pecados.

T.: Confesso a Deus todo-poderoso…

M.: Senhor, tende piedade de nós!

T.: Senhor, tende piedade de nós!

M.: Cristo, tende Piedade de nós!

T.: Cristo, tende Piedade de nós!

M.: Senhor, tende piedade de nós!

T.: Senhor, tende piedade de nós!

M.: Deus todo poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

T.: Amém.

CREDO

Neste momento, deve-se rezar o credo.

LEITURA DO EVANGELHO (DO DIA)

Logo após fazer a Leitura do Evangelho e um breve comentário sobre o mesmo, segue:

COMUNHÃO

M.: Rezemos com amor e confiança a oração que o Senhor nos ensinou:

T.: Pai nosso

M.: Felizes os convidados para a Ceia do Senhor!

Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

T.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

M.: (ao que comunga) – O corpo de Cristo!

O que comunga: Amém.

AÇÃO DE GRAÇAS

Deve se fazer um momento de silêncio após a comunhão. Rezar a Ave-Maria.

ORAÇÃO FINAL

Alimentados pelo pão espiritual, nós vos suplicamos, ó Deus, que, pela Eucaristia, nos ensineis a julgar com sabedoria os acontecimentos da vida e colocar nossas esperanças em Jesus Cristo, vosso filho e nosso irmão, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.

T.: Amém.

Abençoa-nos o Deus todo-poderoso, Pai, e Filho, e Espírito Santo.

T.: Amém.

Neste momento o ministro se despede de todos, desejando a paz de Cristo.

: Em caso especiais onde o doente estiver impossibilitado de engolir a particular, a mesma poderá ser dissolvida em uma colher com água (deve ser tomar o cuidado para não se deixar cair no chão). No caso de se levar a comunhão em hospitais, e não tiver uma mesa, o ministro deverá ficar segurando a Bolsa Viático nas mãos até o momento da comunhão.

VIÁTICO (COMUNHÃO PARA DOENTES EM ESTADO GRAVE)

Quando se leva a Comunhão para um doente em estado grave, do qual se espera em breve a morte, imaginando ser a última vez que ele irá comungar, denomina-se essa comunhão de “viático”. O doente já deve ter recebido a Unção dos Enfermos e está preparado pela confissão e apesar de estar mal, ter condições de comungar. As orações são as mesmas da “Comunhão para enfermos”, com pequenas mudanças a seguir:

Em vez do Credo, deve-se fazer a Renovação das Promessas Batismais:

M: Renovemos, então, agora as promessas de nosso batismo como sinal de fidelidade à Igreja. Portanto:

M: Renuncia ao demônio?

Todos: Renuncio.

M: E a todas as suas obras?

Todos: Renuncio

M: E a todas as suas seduções?

Todos: Renuncio

M: Crê em Deus, Pai Todo-poderoso, criador do céu e da terra?

Todos: Creio

M: Crê em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu?

Todos: Creio.

M: Crê no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?

Todos: Creio.

M: Ó Deus todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos concedeu o perdão de todos os pecados, guarde-nos em sua graça para a vida eterna, no cristo Jesus, nosso Senhor.

Todos: Amém

LOGO QUE DER A COMUNHÃO AO DOENTE, O MINISTRO DIRÁ:

M.: Que Ele te guarde e conduza à vida eterna!

A oração final será substituída pela seguinte:

M.: Oremos:

Ó Deus, nós temos em vosso Filho o caminho, a verdade e a vida: olhai com a bondade o(a) vosso(a) servo(a) N… e fazei que, confiando em vossas promessas e renovado(a) pelo Corpo e pelo Sangue do vosso Filho, caminhe em paz para o vosso reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo.

T.: Amém

M.: Que Deus esteja sempre contigo, te proteja com seu poderoso auxílio e te guarde em paz.

T.: Amém

OBSERVAÇÃO:

Observar se o doente engoliu a hóstia. Caso contrário, oferecer água para ele beber.

Caso o doente esteja com dificuldade para engolir, deve-se dar apenas um pedacinho da hóstia consagrada. (O próprio Ministro pode Comungar a parte restante da hóstia Consagrada).

SE UMA HÓSTIA CAI NO CHÃO:

Tanto o fiel pode abaixar e pegar a hóstia e comungar, ou o ministro pegue a hóstia que pode ser colocada dentro de um sanguíneo para ser comungada depois pelo próprio ministro, ou dissolvida na água e colocada numa planta.

Não seria interessante o ministro pegar e comungar a hóstia que caiu e continuar distribuindo a comunhão, pois o comungar pede sempre uma atitude de silêncio interior e oração.

SE O DOENTE VOMITAR: QUANDO UMA HÓSTIA SE DISSOLVE, DEIXA DE SER A EUCARISTIA

“A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura enquanto as espécies eucarísticas subsistirem. Cristo está presente todo em cada uma das espécies e todo em cada uma das suas partes, de maneira que a fracção do pão não divide Cristo” (Catecismo, 1377).

Isso significa que Jesus estará presente nas espécies eucarísticas sempre que elas conservarem suas propriedades de pão e vinho.

Como consequência disso, se uma hóstia consagrada, por exemplo, é misturada com água ou é deglutida, ela vai se dissolver e, assim, deixa de ser a Eucaristia.

O mesmo acontece quando se joga água para dissolver o pouco de sangue de Cristo que fica dentro do cálice para “purificá-lo” depois da Comunhão. Neste caso, o vinho consagrado deixa de ser a Eucaristia.

De forma semelhante, deixam de ser Eucaristia as partículas microscópicas ou invisíveis que caem da hóstia consagrada. São partículas que, de tão pequenas, não são reconhecidas como “pão”.

Dito isso, quando alguém vomita depois de ter comungado, não vomita o pão eucarístico, não vomita o Senhor, vomita o que deve vomitar. Em um vômito, nem sequer existem as espécies eucarísticas. Neste caso, não se faz nada em especial. Simples e tranquilamente, limpa-se o local e pessoa.

3. ADORAÇÃO EUCARÍSTICA

Sendo o pão uma comida que nos serve de alimento e conserva sendo guardada, Jesus Cristo quis ficar na terra sob as espécies de pão, não para servir de alimento às almas que o recebem na sagrada Comunhão, mas também para ser conservado no sacrário e tornar-se presente no meio de nós, manifestando-nos por este eficacíssimo meio o amor que tem por nós. Em toda forma de culto a este Sacramento é preciso levar em conta que sua intenção deve ser uma maior vivência da celebração eucarística.

As visitas ao Santíssimo, as exposições e bênçãos devem ser um momento para aprofundar na graça da comunhão, revisar nosso compromisso com a vida cristã; a verificação de cada um frente a Palavra do Evangelho, juntar-se ao silencioso mistério do Deus calado… Esta dimensão individual do tranquilo silêncio da oração, estando diante dele no amor, deve impulsionar a contrastar a verdade da oração, no encontro dos irmãos, aprendendo a estar com eles na comunicação fraternal.

1. BATISMOS DE EMERGÊNCIA

Em caso de emergência, isto é, em perigo de morte, qualquer pessoa pode batizar. É bom, portanto, que se saiba batizar. Este é um serviço que pode ser feito de preferência pelo Ministro.

Deve ter certeza de que a criança está de fato bem doente, porque muitos mentem para não se preparar para o batizado solene.

COMO PODE SER FEITO O BATISMO DE EMERGÊNCIA NO HOSPITAL?

Em muitos, ou na maioria dos casos, não é possível a presença dos padrinhos no batismo de emergência. Outras vezes nem do pai. E, raramente, nem da mãe. Assim sendo devemos agir da seguinte maneira: Mesmo que pais e padrinhos não estejam presentes, o batismo pode ser feito. Para tanto basta a presença da enfermeira, médico, fisioterapeuta, ou outro profissionais, ou mesmo qualquer pessoa que esteja acompanhando outros pacientes.

COMPROVAR O BATISMO:

Para comprar o batismo de emergência, se não houver um formulário apropriado, deve-se pegar um papel com timbre do hospital e escrever o nome completo da criança, data e local de nascimento; o nome dos pais e padrinhos se houver. É muito importante também orientar os pais para que apresentem este comprovante na Paróquia onde moram quando a criança receber alta do hospital para o registro no livro de batismo. Caso a criança venha a falecer, não precisa fazer o registro na Paróquia.

COMO FAZER O BATISMO?

O batismo de emergência é válido como os que são feitos nas Igrejas, segundo o cerimonial. Em geral é uma cerimônia mais rápida. Proceder-se da seguinte maneira.

CELEBRANTE:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. TODOS: Amém. CELEBRANTE: A graça de Nossa Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do espírito Santo esteja contigo.

TODOS: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

CELEBRANTE: (Diz o nome da criança) nós recebemos você com grande alegria na comunidade cristã. O nosso sinal é a cruz de Cristo. Por isso, vamos marcar você com o sinal de Cristo Salvador. Todos fazem o Sinal da cruz na fronte da criança.

Em seguida coloca-se um pouco de água num copo e faz-se a seguinte oração: Sois vós o Deus que chamais esta cri Sois vós o Deus que chamais esta criança (diz o nome) para o batismo e seus pais o estão apresentando para este sacramento na mesma fé da Igreja. Pelo mistério desta água, fazei-a renascer pelo Espírito santo, para que como cristã, seja uma verdadeira testemunha de Cristo e de seu Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho na unidade do Espírito Santo. Amém.

Tomando o copo com água, derrama-se a água na cabeça ou testa da criança, e ao mesmo tempo em que a água está sendo derramada, pronunciam-se as seguintes palavras: (Diz-se nome da criança) nós que acreditamos na comunidade cristã, estamos apresentando você para ser integrado nesta comunidade. E eu (nome de quem batiza) em nome da comunidade cristã te batizo EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO”

Reza-se a oração do PAI NOSSO.

Bênção final: A bênção de Deus todo poderoso desça sobre vós em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. TODOS: Amém

Recomenda-se em seguida aos pais que, se a criança ficar boa, deve ser levada à igreja para o Padre fazer os ritos complementares e registrar o batizado. E se a criança vier a falecer, também é feito o registro dela?

O QUE NÃO DEVE OCORRER NA VIDA PRÁTICA DO MINISTRO

Ver o Ministério como status e não como um serviço.

Ter dupla personalidade: ser amável pela frente e rancoroso pela costa.

Curtir no coração certas rivalidades, indiferenças e inimizades com alguém.

Falta de piedade ao entregar a hóstia ao comungante.

Gostar de exercer o ministério só dentro da Igreja e perto do Padre.

Usar vestes impróprias.

Dizer fórmulas inventadas na hora de entregar a hóstia em vez de “O Corpo de Cristo”.

Deixar para usar a veste de ministro somente na hora de distribuir a comunhão.

Não ter zelo pelos objetos litúrgicos e alfaias.

Achar que já sabe tudo e que só o seu jeito é certo e não buscar aprendizado dentro do ministério.

Não ser verdadeiramente amigo dos outros membros do grupo.

Não ser pontual chegando em cima da hora.

Não se preocupar com a preparação que antecede a celebração porque espera que os outros façam.

Achar que a missão de servir cabe só aos olhos do Padre, dos coordenadores e da comunidade

Deixar de contribuir para a arrumação do local após o término da celebração, deixando para os outros, deve haver um consenso.

O QUE DEVE FAZER O MINISTRO:

O ministro deve ficar na porta da Igreja acolhendo as pessoas para a Missa ou Celebração.

Zelar pela arrumação do altar e dos Objetos Litúrgicos.

Comunhão nas duas espécies: Sempre que deixar as Ambulas com as Hóstias e o Vinho para a Consagração, colocar uma gota de água em cada pequeno cálice.

Sentido da Gota de água no vinho: O sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Ele põe algumas gotas de água no vinho simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele.

Nas entradas o Ministro, devidamente vestido com seu jaleco, deve acompanhar o Padre ou Celebrante na hora da missa ou celebração. Onde há o Santíssimo em frente ao altar, faz-se a genuflexão e onde não há o Santíssimo, apenas a vênia. Onde há espaço no altar o Ministro fica no presbitério ao lado do Padre ou celebrante.

NA FALTA DOS COROINHAS:

Sino: Na hora da Missa toca-se o sino 4 (quatro) vezes: Sendo, na hora da Consagração: 1º Momento: Quando o padre estende a mão sobre as oferendas do pão e do vinho; 2º Momento: Após o padre terminar a consagração do pão dizendo: … “entregue por vós”. Ele eleva a hóstia e fica em silêncio; 3º Momento: Consagração do Vinho e o padre termina dizendo: … “em memória de mim”; 4º Momento: Quando o padre fala: “Eis o mistério da fé”.

Galhetas: Lembro que ao entregá-las, deve sempre se lembrar de entregá-las, com as alças viradas para o Padre.

O Ministro, Logo após o momento do Pai Nosso se dirigem à credencia para lavar as mãos e depois buscar o Santíssimo . Lembrando que o Santíssimo deve ser colocado sobre o Corporal, e nunca sobre a toalha da Mesa do altar.

Ao distribuir a comunhão: Quando for comunhão em uma espécie diz: “Corpo de Cristo” e quando for a duas espécies diz: “Corpo e sangue de Cristo”. Quando a comunhão é em uma espécie coloca-se na palma da mão esquerda do fiel e quando é nas duas espécies, o fiel pega a eucaristia com dois dedos – em forma de pinça e nunca o Ministro coloca-a na palma da mão.

Nunca lavar as mãos após a comunhão.

É expressamente proibida a exposição do Santíssimo Sacramento fora da Igreja. É proibido levar o Santíssimo para a casa.

Que todos os Ministros participem do momento de Adoração ao Santíssimo, conforme o costume da Comunidade.

ORIENTAÇÃO:

As alfaias devem ser engomadas (Pala, Sanguíneo e Corporal).

Manter os vasos sagrados sempre limpos. Não lavar, os vasos sagrados de metal com Bombril ou Bucha que risquem, mesmo as esponjas. Passar pasta de Dente e não Kaol (Líquido de Polimento) para lustrar os vasos que são de metais, pois muitas vezes deixa resquícios e, também, zinabre o vaso sagrado.

FORMAS DE SE RECEBER A COMUNHÃO:

A comunhão sob duas espécies é dom de Deus, direito dos cristãos e desejo de Cristo, sobretudo na ocasião de celebrações particularmente expressivas do sentido da comunidade cristã reunida em torno do altar, isto é, o domingo. São bem-vindos todos os esforços nessa direção, realizando o mandato de Cristo e a comunhão em sua perfeita forma. Nas Missas cotidianas celebradas em dia de semana, que não sejam festa ou solenidade, que se dê preferência à comunhão sob uma só espécie.

Ao lado disso, que os pastores não deixem de instruir os fiéis na doutrina católica a respeito da forma da Sagrada Comunhão, segundo o Concílio Tridentino. Antes de tudo, advirtam os fiéis que a fé católica ensina que, também sob uma só espécie, se recebe o Cristo todo (Cf. IGMR, 281-282).

A comunhão eucarística é um grande dom de Deus. Esse dom é dado e, portanto, distribuído. Não se deve chegar à mesa eucarística e tomar por si mesmo, a sagrada comunhão. Os únicos que podem fazê-lo são o presidente da celebração e seus concelebrantes. No caso, da comunhão sob duas espécies, a hóstia consagrada deverá ser intigida pelo ministro, antes de se dar a comunhão. Porém, é necessário que os ministros ordenados e extraordinários, periodicamente, orientem os fiéis de que a comunhão deverá ser tomada diante do ministro, evitando o perigo de profanação e desrespeito ao Santíssimo Sacramento. Nas comunidades, distantes da Zona Urbana, em que ocorre Missa apenas uma vez por mês, e no meio da semana, que seja permitido nesta ocasião à comunhão sob duas espécies, uma vez que aos sábados e domingos ocorrem somente as celebrações feitas por Ministros da Palavra.

A comunhão eucarística seja sob uma ou duas espécies poderá ser recebida pelos fiéis, na boca ou na mão. Apesar desta liberdade, a forma aconselhável de se receber a comunhão é em pé e na mão, conforme as orientações da CNBB e da carta pastoral “Orientações para a comunhão sob as duas espécies”. Os catequizados que se preparam para receber a Eucaristia sejam cuidadosamente orientados sobre esta questão.

Uma atenção pastoral especial se dê aos celíacos (intolerância a glúten). Nas comunidades em que haja celíacos, cuide-se para que participem do banquete eucarístico pela espécie do vinho consagrado. Nesse caso, um cálice separado seja consagrado para esse fim.

Também merecem especial atenção os fiéis alcoólatras que não podem receber a comunhão sob as duas espécies. Estes deverão ter liberdade de comungar somente da espécie do pão consagrado sem que isso lhes cause qualquer constrangimento ou discriminação.

Que sejam sempre recordadas as palavras do Papa Francisco, a respeito da acolhida à Mesa Eucarística: somos facilitadores da graça e não fiscais. A Eucaristia é remédio para os fracos e não prêmio. Que a comunidade não aumente o sofrimento dos irmãos que fraquejam na fé. (cf. EG, n. 47).

COMUNHÃO NAS DUAS ESPÉCIES:

O Ministro deve colocar pouco vinho no Cálice pequeno (Tenho percebido que estão exagerando na quantidade de vinho).

6. A ESPIRITUALIDADE

O aprimoramento espiritual dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão deverá realizar-se dentro das seguintes normas:

A – Estudo e pesquisa dos documentos da Igreja com avaliações.

B – Retiros em grupo.

C – Formação por meio de cursos promovidos em âmbito regional ou paróquia.

D – Permanente atualização teológico – pastoral à luz da Eucaristia, buscando a santificação própria e do outro, atendendo com dedicação aos serviços caritativos.

Cada Ministro, por ser perante o mundo, testemunho da ressurreição e da vida do Senhor Jesus, e sinal do Deus vivo. Deve aprimorar-se na oração, praticar a penitência, conhecer os documentos da Igreja e viver a doutrina cristã.

O Ministro deverá estar ligado profundamente a Cristo, dinamizando e fermentando a comunidade, promovendo a fraternidade.

O Ministro é chamado a conhecer melhor sua fé, ao estudo permanente, e à vivência concreta da fé na comunidade, principalmente junto aos necessitados e doentes.

É importante que o Ministro cultive sua fé, o espírito comunitário, cresça na consciência do anúncio do Reino de Deus e da denúncia daquilo que não constrói fraternidade. Cresça no dom de si mesmo, na espiritualidade Eucarística, visando transformação.


ORAÇÃO DO MINISTRO

Senhor Jesus, Tu me destes a graça de ser Ministro e servo de Teu Corpo abençoado.

Quantas vezes levo o calor de Tua visita aos doentes da minha comunidade e distribuo Teu Corpo aos homens e mulheres famintos na hora da Celebração da Missa.

Tenho muita alegria em ser Teu servidor e poder encontrar pessoas simples, pobres, doentes e idosas esperando a visita reconfortadora de Teu amor.

Que eu seja digno servidor, que eu possa ter sempre na minha vida esta atitude de serviço e de dom que transpareceram tão belamente em Tua trajetória humana.

Hoje ainda, na glória, no mistério do sinal do pão, Tu Te entregas aos homens e Te serves de minhas mãos e de minha vida para fazer-Te oferenda.