Padre Cesar Augusto, SJ -
Vatican News
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tema deste domingo é a expectativa humana, em
meio a seus sofrimentos, em relação à ação de Deus.
Jó, na primeira leitura, deseja
que Deus prove sua inocência, já que os amigos afirmam que seus sofrimentos são
decorrentes de suas más ações. Após ser liberto de todos os males, Jó agradece
a Deus e pede perdão por sua arrogância.
No Evangelho, a agitação
pertence aos discípulos que sofrem com uma tempestade quando estão em um barco.
Jesus também está a bordo, Mas dorme. Essa aparência de um total desinteresse
pela angústia dos discípulos, faz com que eles interpelem o Senhor, questionando-O.
Isso demonstra uma fé, mas uma
fé pequena. Demonstra fé porque recorrem a Jesus, mas demonstra uma fé pequena
porque dizem que o Senhor não se importa com que sofram um acidente.
Jesus responde mandando o vento
e o mar se acalmarem. Quando tudo volta ao normal é a vez de Jesus chamar a
atenção dos discípulos: “Por que sois tão medrosos, ainda não tendes fé?”
Quais são, para nós, cristãos do
século XXI, as tempestades que nos apavoram, tiram nossa paz, nosso sossego,
colocando em risco nossa vida e as das pessoas queridas?
Confiamos na ação de Deus, em
meio a toda essa aflição? Temos esperança de que Jesus agira como agiu, quando
de sua vida terrena, em favor de seus discípulos?
É necessário morrer e viver para
Cristo, como nos fala São Paulo em sua carta. Feitos filhos de Deus pelo
batismo, não deveremos agir como se não conhecêssemos Jesus Cristo. Se nascemos
pela água e pelo espírito, é necessário sermos criaturas novas. Sabemos do
perigo, dos riscos, das consequências, mas a fé no poder de Deus deverá nos
levar a uma atitude de confiança e de paz.
Por outro lado, do mesmo modo que Jesus Cristo lutou contra tudo aquilo que tirava a paz e a alegria de seus discípulos, também nós deveremos lutar por tudo o que aflige nosso próximo, sabendo que muitas vezes Deus conta com nosso posicionamento para, através dele, realizar a ação libertadora que o irmão sofredor espera Dele.
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