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documento 99 da CNBB, aprovado pelo Diretório
de Comunicação da Igreja no Brasil, em março de 2014, definiu a Pastoral da
Comunicação - PASCOM como órgão central da comunicação de todas as Pastorais,
Movimentos e Equipes de Serviços que devem promover ações de comunicação,
divulgando e promovendo ações evangelizadoras.
O trabalho dos
comunicadores católicos deve favorecer o cultivo do ser humano, comunicando
valores e vivenciando a Palavra.
A
PASCOM é responsável pelos serviços de comunicação da Igreja no seu todo,
atuando na coordenação direta de tudo que diz respeito a comunicação da Igreja
e de seus órgãos.
O
agente PASCOM precisa colocar-se a serviço dos órgãos ligados a Igreja,
dinamizando suas ações comunicativas, promovendo diálogo, capacitando agentes para
colaborar no aprofundamento e atualização das comunicações, principalmente onde
não existam comunicadores capacitados para promover a comunicação religiosa.
As ações da Pastoral
da Comunicação, ensina o Documento 99, devem estar dentro de uma política
global que gere comunhão e interatividade, alicerçada em quatro eixos:
formação, articulação, produção e espiritualidade.
Sustentada por esses
eixos, deve incentivar a reflexão e estimular ações com sentido comunicativo,
que conduzam à comunhão e à ação evangelizadora.
O Diretório de Comunicação
da Igreja no Brasil contribuiu especialmente para deixar claras as
especificidades de cada um dos âmbitos de atuação entre o trabalho pastoral e o
trabalho profissional. Percebe-se que de fato ajudou a Igreja no seu todo a promoverem
melhor os setores de comunicação.
No meio a diversidade,
é preciso não perder o horizonte que une todos – o grande campo de atuação dos
que trabalham com comunicação na Igreja à estarem a serviço da evangelização,
não importando se são agentes pastorais ou profissionais contratados.
Apesar da clareza nas
indicações do Diretório de Comunicação, na prática, há certa confusão em
relação à aplicação da questão do voluntariado ou da profissionalização do
trabalho de comunicação no âmbito eclesial no Brasil.
Se a prática de
colocar voluntários para desempenhar funções de profissionais devidamente
habilitados e formados vai de encontro com a Mensagem do papa Francisco, na
qual reafirma o valor do jornalismo e do profissional jornalista (guardião
da verdade).
Na realidade, é
importante que se incentivem os trabalhos voluntários, sobretudo em tempos de
descentralização da produção de conteúdos e informações.
Atualmente, em posse
de um celular, todos têm um potencial enorme de comunicar. Trata-se de um
serviço missionário, que deve brotar no coração de cada um que tem esse dom.
O papa Francisco, ressalta
a necessidade de colaboração na retomada da credibilidade das instituições
jornalísticas, sendo um dos caminhos a profissionalização. “Mas esse é um
grande desafio, especialmente em Igrejas menores, com pouco recursos. O que o
Papa pede é que se valorize a qualidade da informação, e que ela seja nos
padrões do jornalismo profissional”.
A acolhida ao
voluntariado e a profissionalização são dois desafios difíceis, mas é
necessário que ambos sejam trabalhados pelos organismos da Igreja Católica Apostólica
Romana.
São necessários
investimentos financeiros para que a comunicação chegue com maior força aos
seus destinatários. Além dos equipamentos essenciais para o trabalho, a
comunicação necessita de dedicação pessoal daquele ou daquela que se propõe a
fazer a comunicação chegar aos demais e ser compreendida.
A comunicação parece
ser uma coisa simples, mas é um desafio para aqueles que desejam passar
informações, independente do conteúdo, mas de forma clara e simples.
Na comunicação, é
preciso usar uma linguagem onde todos entendam, para isso é necessário
aprimorar as habilidades a cada dia, evitando vícios que carregamos no nosso
cotidiano. É importantíssimo a pronúncia correta das palavras, o uso de
vocabulário adequado e a velocidade com que se expressa às ideias.
Igualmente importante
é construir uma fala concisa, com argumentos consistentes, evitando gírias ou
vícios de linguagem. Quem presta atenção a esses detalhes tem muito mais
facilidade de se comunicar, à medida que consegue expressar exatamente o que
sente suas necessidades e desejos.
A comunicação em
qualquer organismo, seja comercial ou não, aproxima as pessoas, nos conecta e
ainda contribui para diminuir muito os conflitos da convivência. Aqueles que se
utilizam adequadamente da comunicação sai ganhando ao compartilhar seus pontos de
vista.
As organizações
precisam de profissionais qualificados, que sejam competentes tecnicamente, mas
que também tenham habilidades de comunicação e expressão. As pessoas de
comunicação precisam trabalhar em equipe e utilizar a inteligência emocional,
por meio do diálogo e de um ambiente positivo, aliado à produtividade.
Diante de tudo isso,
é difícil fazer comunicação, mas é altamente gratificante, lamentavelmente, em
alguns organismos, principalmente nos movimentos e pastorais, são poucos os que
trabalham diretamente com a comunicação, e esses poucos nem sempre tem o
incentivo necessário para continuarem a trabalhar nessa importante área.
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