quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

EVANGELIZAÇÃO É O PRINCIPAL PAPEL DA COMUNICAÇÃO NA IGREJA

 

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 documento 99 da CNBB, aprovado pelo Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, em março de 2014, definiu a Pastoral da Comunicação - PASCOM como órgão central da comunicação de todas as Pastorais, Movimentos e Equipes de Serviços que devem promover ações de comunicação, divulgando e promovendo ações evangelizadoras.

O trabalho dos comunicadores católicos deve favorecer o cultivo do ser humano, comunicando valores e vivenciando a Palavra.

        A PASCOM é responsável pelos serviços de comunicação da Igreja no seu todo, atuando na coordenação direta de tudo que diz respeito a comunicação da Igreja e de seus órgãos.

        O agente PASCOM precisa colocar-se a serviço dos órgãos ligados a Igreja, dinamizando suas ações comunicativas, promovendo diálogo, capacitando agentes para colaborar no aprofundamento e atualização das comunicações, principalmente onde não existam comunicadores capacitados para promover a comunicação religiosa.

As ações da Pastoral da Comunicação, ensina o Documento 99, devem estar dentro de uma política global que gere comunhão e interatividade, alicerçada em quatro eixos: formação, articulação, produção e espiritualidade.

Sustentada por esses eixos, deve incentivar a reflexão e estimular ações com sentido comunicativo, que conduzam à comunhão e à ação evangelizadora.

O Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil contribuiu especialmente para deixar claras as especificidades de cada um dos âmbitos de atuação entre o trabalho pastoral e o trabalho profissional. Percebe-se que de fato ajudou a Igreja no seu todo a promoverem melhor os setores de comunicação.

No meio a diversidade, é preciso não perder o horizonte que une todos – o grande campo de atuação dos que trabalham com comunicação na Igreja à estarem a serviço da evangelização, não importando se são agentes pastorais ou profissionais contratados.

Apesar da clareza nas indicações do Diretório de Comunicação, na prática, há certa confusão em relação à aplicação da questão do voluntariado ou da profissionalização do trabalho de comunicação no âmbito eclesial no Brasil.

Se a prática de colocar voluntários para desempenhar funções de profissionais devidamente habilitados e formados vai de encontro com a Mensagem do papa Francisco, na qual reafirma o valor do jornalismo e do profissional jornalista (guardião da verdade).

Na realidade, é importante que se incentivem os trabalhos voluntários, sobretudo em tempos de descentralização da produção de conteúdos e informações.

Atualmente, em posse de um celular, todos têm um potencial enorme de comunicar. Trata-se de um serviço missionário, que deve brotar no coração de cada um que tem esse dom.

O papa Francisco, ressalta a necessidade de colaboração na retomada da credibilidade das instituições jornalísticas, sendo um dos caminhos a profissionalização. “Mas esse é um grande desafio, especialmente em Igrejas menores, com pouco recursos. O que o Papa pede é que se valorize a qualidade da informação, e que ela seja nos padrões do jornalismo profissional”.

A acolhida ao voluntariado e a profissionalização são dois desafios difíceis, mas é necessário que ambos sejam trabalhados pelos organismos da Igreja Católica Apostólica Romana.

São necessários investimentos financeiros para que a comunicação chegue com maior força aos seus destinatários. Além dos equipamentos essenciais para o trabalho, a comunicação necessita de dedicação pessoal daquele ou daquela que se propõe a fazer a comunicação chegar aos demais e ser compreendida.

A comunicação parece ser uma coisa simples, mas é um desafio para aqueles que desejam passar informações, independente do conteúdo, mas de forma clara e simples.

Na comunicação, é preciso usar uma linguagem onde todos entendam, para isso é necessário aprimorar as habilidades a cada dia, evitando vícios que carregamos no nosso cotidiano. É importantíssimo a pronúncia correta das palavras, o uso de vocabulário adequado e a velocidade com que se expressa às ideias.

Igualmente importante é construir uma fala concisa, com argumentos consistentes, evitando gírias ou vícios de linguagem. Quem presta atenção a esses detalhes tem muito mais facilidade de se comunicar, à medida que consegue expressar exatamente o que sente suas necessidades e desejos.

A comunicação em qualquer organismo, seja comercial ou não, aproxima as pessoas, nos conecta e ainda contribui para diminuir muito os conflitos da convivência. Aqueles que se utilizam adequadamente da comunicação sai ganhando ao compartilhar seus pontos de vista.

As organizações precisam de profissionais qualificados, que sejam competentes tecnicamente, mas que também tenham habilidades de comunicação e expressão. As pessoas de comunicação precisam trabalhar em equipe e utilizar a inteligência emocional, por meio do diálogo e de um ambiente positivo, aliado à produtividade.

Diante de tudo isso, é difícil fazer comunicação, mas é altamente gratificante, lamentavelmente, em alguns organismos, principalmente nos movimentos e pastorais, são poucos os que trabalham diretamente com a comunicação, e esses poucos nem sempre tem o incentivo necessário para continuarem a trabalhar nessa importante área.


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