quarta-feira, 31 de julho de 2019
terça-feira, 30 de julho de 2019
segunda-feira, 29 de julho de 2019
domingo, 28 de julho de 2019
sábado, 27 de julho de 2019
XVII Domingo do Tempo Comum - “PAI NOSSO”
Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
O
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texto do Evangelho segundo Lucas, hoje
proclamado, inicia-se com uma afirmação fundamental para compreender o que se
passa a seguir: “Jesus estava rezando”. São muitas as situações em que
Jesus reza, conforme os Evangelhos. O
exemplo de Jesus leva os discípulos a quererem aprender a rezar, segundo o
pedido de um deles: “Senhor, ensina-nos a rezar” (Lc 11,1).
Em resposta, Jesus lhes
ensina a oração que nós denominamos “Pai Nosso”. Contudo, junto com as
palavras que nos ensina a dizer ao Pai, ele também ensina as atitudes que devem
acompanhar a oração, especialmente, a confiança e a perseverança em Deus, bem
como, o amor ao próximo, que se expressa no perdão. Não se pode rezar o Pai
Nosso de qualquer jeito, apenas repetindo palavras. É preciso rezar com o
coração e atitudes de filhos e de irmãos, pois não se pode aceitar a Deus como
pai e rejeitar os irmãos. Filhos que confiam no Pai; filhos que fazem a vontade
do Pai; filhos que permanecem fiéis ao Pai e, por isso, procuram viver
fraternalmente como irmãos. Procuremos rezar, de coração, a oração que o Senhor
nos ensinou, nas diversas situações da vida, em meio a alegrias ou dores. Jesus
se dirigiu ao “Pai” também na hora da paixão, no jardim das oliveiras e
na própria cruz.
É importante
recordar-se sempre que foi de Jesus que recebemos esta belíssima oração,
através da Igreja. Por meio do Pai Nosso, nós manifestamos a graça de pertencer
à família dos filhos de Deus, reconhecendo-o como Pai e, ao mesmo tempo,
aceitando os outros como irmãos. Pelo batismo, ingressamos na Igreja e passamos
a chamar a Deus como Pai nosso. Por isso, é preciso revalorizar o batismo e a
nossa pertença à Igreja. Na segunda leitura, a Carta de São Paulo aos
Colossenses (Col 2,12-14) fala do batismo como sendo a nossa
participação na morte e ressurreição de Cristo, como passagem da morte do
pecado à vida em Cristo, graças à sua vitória pascal. A oração de Abraão,
verdadeiro diálogo com Deus, apresentado na primeira leitura (Gn 18,20-32),
faz-nos pensar na importância de orar não somente por si.
sexta-feira, 26 de julho de 2019
quinta-feira, 25 de julho de 2019
quarta-feira, 24 de julho de 2019
terça-feira, 23 de julho de 2019
segunda-feira, 22 de julho de 2019
domingo, 21 de julho de 2019
sábado, 20 de julho de 2019
XVI Domingo do Tempo Comum - “ORAR E SERVIR”
Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
O
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Evangelho segundo S. Lucas narra a visita que
Jesus fez à casa de Marta e Maria. Ambas acolhem Jesus, embora de diferentes
modos. A dona da casa, Marta, recebeu Jesus ocupando-se dos afazeres da casa.
Sendo ela quem recebeu Jesus em sua casa (Lc 10,38), pode-se deduzir que
agia assim para acolher bem a Jesus, pois não haveria sentido recebê-lo e não
lhe dar a devida atenção. Jesus não censura Marta por estar trabalhando, mas
por “andar agitada por muitas coisas”. Vivemos numa época em que as
pessoas andam demais preocupadas e agitadas por muitas coisas. Por isso, perdem
a paz e a alegria de viver. Não se pode viver assim!
Maria, irmã de Marta,
recebe Jesus de outro modo: “sentou-se aos pés do Senhor e escutava a sua
palavra”. O que Maria estava fazendo era muito importante e sempre
muito necessário na vida cristã. Hoje, é preciso repetir o seu gesto:
colocar-se diante do Senhor, para escutar a sua palavra e conversar com
ele. Contudo, Marta achou que sua irmã
estava errada, agindo daquele modo. Por isso, chegou a dizer a Jesus: “Senhor,
não te importas que minha irmã me deixe sozinha com tanto serviço?”,
acrescentando, “manda que ela me venha ajudar!”. Em resposta,
Jesus lhe diz que Maria estava certa, pois o que ela estava fazendo era muito
necessário e não podia ser negado.
Marta e Maria
representam duas dimensões da vida cristã: o trabalho e a oração. Ambas são
importantes! Por meio do trabalho cotidiano, o cristão pode unir-se a Jesus e
glorificá-lo. Necessitamos de gente disposta a atuar, com dedicação, nas
comunidades, pastorais e movimentos eclesiais. Necessitamos de cristãos
atuantes na sociedade. Necessitamos de Marta! Contudo, sem a oração e a escuta
da Palavra, corre-se o risco de perder-se em meio às preocupações, agitado por
muitas coisas. É preciso imitar Maria para poder cumprir bem as tarefas
cotidianas e superar os desafios. É preciso unir-se a Jesus pela oração para
continuar unido a ele em meio às atividades do dia a dia. Assim sendo, esta
passagem nos faz pensar no modo como estamos trabalhando e na maneira como
estamos rezando. Qual é o tempo que temos dedicado à oração pessoal, em família
ou em comunidade? Qual a importância que temos dado à leitura e meditação da
Palavra de Deus, a adoração ao Santíssimo Sacramento, ao santo Rosário e a
participação nas missas? É preciso refazer a experiência de Maria, colocar-se
aos pés do Senhor para escutá-lo.
Em resposta ao
Evangelho meditado, não bastam boas intenções, embora seja um bom começo querer
sinceramente melhorar. É preciso organizar melhor o dia a dia a fim de
encontrar o devido tempo para orar mais e melhor, assim como para servir os
irmãos.
sexta-feira, 19 de julho de 2019
quinta-feira, 18 de julho de 2019
quarta-feira, 17 de julho de 2019
terça-feira, 16 de julho de 2019
segunda-feira, 15 de julho de 2019
domingo, 14 de julho de 2019
sábado, 13 de julho de 2019
XV Domingo do Tempo Comum - “QUEM É O MEU PRÓXIMO?”
Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
“Mestre, que devo fazer
para receber
Em herança a vida eterna?” (Lc 10,25)
J
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esus responde esta
pergunta em dois momentos. O primeiro, após recordar o mandamento do amor a
Deus e ao próximo, ele diz: “Faze isso e viverás” (Lc 10,28).
Contudo, naquele tempo, os mestres da Lei discutiam a respeito de quem seria
precisamente “o próximo”, com diferentes posições. A tendência
predominante era excluir da definição de “próximo” os inimigos e os que
não faziam parte do povo de Israel. Por isso, num segundo momento, Jesus conta
a “parábola do bom samaritano” transmitindo uma compreensão justa de
quem é o próximo e de como tratá-lo. No
final, ele conclui a sua resposta dizendo: “Vai e faze a mesma coisa” (Lc
10,37), ensinando-nos a ter “compaixão” e “usar de
misericórdia” para com o próximo.
De acordo com a
parábola, o próximo é, acima de tudo, quem necessita de nós, por estar caído no
caminho, ferido e abandonado, seja amigo ou não, seja conhecido ou não, seja da
mesma raça ou não. A estrada, de cerca de 30 km, entre Jerusalém e Jericó era
perigosa, com bandos armados ameaçando os viajantes, o que dificultava receber
ajuda em casos de extrema violência, como descrito na parábola. As dificuldades
existentes na relação entre os judeus e os samaritanos tornavam o gesto
misericordioso do samaritano ainda mais significativo. O samaritano reconheceu
o outro como o próximo a ser amado.
É preciso aproximar-se
de quem sofre com compaixão e misericórdia, a fim de cuidar dos feridos e de
levantar os caídos. Há muita gente sofrida e caída pelo caminho à espera de um
bom samaritano que a levante, anime e conduza. Esta é a atitude dos verdadeiros
discípulos de Cristo e praticantes da Palavra de Deus: usar de misericórdia,
gastar nosso tempo, nossas energias e nossos bens com quem necessita do nosso
amor fraterno e solidário.
A quem achar difícil
demais ou fora do seu alcance praticar a Palavra de Deus, o livro do
Deuteronômio afirma: “Ao contrário, esta palavra está bem ao teu alcance,
está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir” (Dt 30,14).
Nós cumprimos a Palavra, animados pela fé em Jesus Cristo, sustentados pelo poder
de Deus. S. Paulo ressalta a soberania e a primazia de Cristo, no belo hino
transmitido em sua carta aos Colossenses (Cl 1,15-20). Motivados pelo
Evangelho, elevemos a nossa oração a Jesus, a fim de imitar o samaritano e,
deste modo, responder com generosidade à sua palavra: “VAI E FAZE O MESMO!”
sexta-feira, 12 de julho de 2019
quinta-feira, 11 de julho de 2019
quarta-feira, 10 de julho de 2019
terça-feira, 9 de julho de 2019
segunda-feira, 8 de julho de 2019
domingo, 7 de julho de 2019
14º Domingo do Tempo Comum – “ENVIADOS EM MISSÃO”
Dom Sergio
da Rocha
Cardeal
Arcebispo de Brasília
A
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passagem do Evangelho segundo Lucas, hoje
proclamada, ressalta a amplitude e a urgência da missão. Jesus, que havia
chamado e enviado os doze apóstolos, escolhe e envia outros setenta e dois
discípulos. A messe, por ser tão grande, necessita de muito mais operários. Por
isso, é preciso pedir ao “dono da messe” para enviar trabalhadores para
a colheita, o que pressupõe a oração (Lc 10,2). A seguir, Jesus orienta
como devem agir os discípulos enviados em missão.
Podemos destacar
três aspectos da conduta dos discípulos, nas palavras de Jesus. O primeiro
refere-se à simplicidade de vida, pois eles não devem levar consigo bens
materiais, nem fazer exigências ou obter vantagens; devem aceitar aquilo que
lhes for oferecido como hospedagem ou alimento, sem ficar buscando de casa em
casa. O segundo aspecto é a atitude de paz dos discípulos, enviados “como
cordeiros para o meio de lobos”. A paz deve ser transmitida ao entrar “em
qualquer casa”. O terceiro se refere à atenção a ser dada aos enfermos,
acompanhada do anúncio da chegada do reino de Deus. Assim agindo, os discípulos
ficam “muito contentes” e recebem de Jesus a promessa de terem os
seus “nomes escritos no céu” (Lc 10,20). A urgência da missão dá
sentido à recomendação de não ficar cumprimentando gente pelo caminho, o que
podia tomar tempo, segundo os costumes daquela época.
A missão confiada
por Jesus aos discípulos continua imensa e urgente. Não pode ser deixada para
depois ou para os outros. Jesus continua a enviar em missão seus discípulos,
através da Igreja, comunidade de discípulos missionários de Jesus Cristo. A
Igreja deve estar em estado permanente de missão. Em resposta ao Evangelho, nós
continuamos a suplicar ao Pai para enviar trabalhadores para a messe,
suscitando as diversas vocações e ministérios. Além disso, em comunhão na
Igreja, cada um deve procurar fazer a sua parte para que a missão de anunciar e
testemunhar o Evangelho aconteça sempre mais, a começar da vida cotidiana. Para
que isso ocorra, procuremos cultivar a atitude de oração, a simplicidade de
vida, o amor pelos enfermos e a busca da paz.
Jesus alertou os
seus discípulos para os desafios que iriam encontrar, como a rejeição e as
perseguições que iriam sofrer. Contudo, ele também nos deixou a certeza de sua
presença, acompanhando-nos na missão. Contando com a graça de Nosso Senhor
Jesus Cristo, o discípulo pode fazer a experiência testemunhada por S. Paulo na
Carta aos Gálatas, de gloriar-se “somente da cruz de Cristo” (Gl 6,14),
não buscando vantagens ou privilégios. Quem assim faz é feliz, colaborando para
que toda a terra possa aclamar o Senhor Deus, conforme rezamos no salmo
responsorial (Sl 65).
sábado, 6 de julho de 2019
sexta-feira, 5 de julho de 2019
quinta-feira, 4 de julho de 2019
quarta-feira, 3 de julho de 2019
terça-feira, 2 de julho de 2019
segunda-feira, 1 de julho de 2019
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