segunda-feira, 30 de setembro de 2019
domingo, 29 de setembro de 2019
sábado, 28 de setembro de 2019
Reflexão Litúrgica do 26º Domingo do Tempo Comum - PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO
Dom
Sergio da Rocha
Cardeal
Arcebispo de Brasília
A
|
Liturgia da Palavra continua a nos interpelar
a respeito da nossa relação com os bens materiais, levando-nos a pensar como
administramos, utilizamos e partilhamos os bens deste mundo, perante
Lázaro. A parábola narrada por S. Lucas (Lc
16,19-31) nos apresenta dois personagens: um homem rico que vivia
luxuosamente, em meio a festas, e um pobre chamado Lázaro, que estava doente e
com fome, sem conseguir nada da mesa do rico. Após a morte, enquanto o rico foi
condenado, Lázaro foi “levado pelos anjos junto de Abraão” (Lc
16,22), isto é, mereceu um lugar de honra no banquete do Reino, juntando-se
aos patriarcas e profetas. O rico não ouviu a Palavra de Deus anunciada por
Moisés e os Profetas (Lc 16,31); não teve compaixão de Lázaro que estava
a sua porta, morrendo aos poucos.
Dentre esses
Profetas que não foram ouvidos pelo homem rico, está Amós, que denunciou os que
viviam no luxo e não se preocupavam com os sofrimentos dos pobres, conforme o
texto proclamado na primeira leitura (Am 6,1-7). A parábola se conclui
com a referência aos cinco irmãos que permaneciam neste mundo e necessitavam
ser advertidos para mudarem de atitude, a fim de não terem o triste fim daquele
homem rico. Como fazer isso? “Ele tem Moisés e os Profetas, que os
escutem!” (Lc 16,9), é a resposta dada.
Por isso, é preciso
refletir sobre a nossa conduta diante dos bens materiais e, de modo especial,
perante Lázaro, que representa os que sofrem com a miséria. Necessitamos de
simplicidade de vida, ao invés do luxo e do consumismo; necessitamos da
partilha e da justiça social, ao invés da acumulação egoísta de bens;
necessitamos de compaixão e solidariedade, ao invés da indiferença perante os
que mais sofrem. Os discípulos de Cristo devem testemunhar o amor ao próximo em
ações concretas de compaixão e partilha. Lázaro interpela a todos nós!
Entretanto, devemos
ser cristãos por inteiro. A atitude justa diante dos bens materiais não
acontece isoladamente; depende do modo como vivemos o Evangelho. Trata-se de um
fruto de uma vida de “homem de Deus”. S. Paulo, escrevendo a
Timóteo (1Tm 6,11-16), traça um retrato do “homem de Deus”
que cada discípulo de Cristo é chamado a ser. Dentre os seus traços, estão “a
justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza e mansidão”. O texto se
conclui com um belo hino litúrgico apresentando Deus como o verdadeiro
soberano, em contraste com os falsos deuses e com os títulos atribuídos aos
reis e senhores deste mundo.
Neste Dia Nacional
da Bíblia, escutemos mais atentamente a Palavra de Deus, recebendo-a como “Palavra
da Salvação” e procurando discernir o que Deus quer de nós.
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
terça-feira, 24 de setembro de 2019
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
domingo, 22 de setembro de 2019
sábado, 21 de setembro de 2019
Reflexão Litúrgica do 25º Domingo do Tempo Comum - DEUS OU O DINHEIRO?
Dom
Sergio da Rocha
Cardeal
Arcebispo de Brasília
A
|
parábola do administrador infiel (Lc
16,1-13) necessita ser bem compreendida para não se cair no erro de
interpretá-la como favorável à desonestidade. O administrador é chamado a
prestar contas da sua administração, pois estava sendo acusado de esbanjar os
bens do proprietário. Ao final, ele foi elogiado, não por ser desonesto, mas “porque
agiu com esperteza”. A sua atitude faz pensar que “os filhos deste mundo
são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lc 16,8).
Diante dos problemas, não se pode ficar acomodado como mero expectador, mas
agir com prontidão para superá-los. Diante dos bens materiais, a atitude deve
ser a de administração prudente e responsável, ao invés de querer possuir
sempre mais ou de obter bens de modo desonesto.
A parábola se
completa com uma exortação a ser “fiel nas pequenas coisas” para ser “fiel
também nas grandes”, pois quem é injusto nas pequenas coisas, será injusto
também nas grandes. É comum as pessoas acharem que pequenas faltas não têm
importância no dia a dia. Quando alguém se deixa levar pela infidelidade nas
pequenas coisas, acabará caindo em infidelidades maiores, provocando sofrimento
para si e para os outros.
A conclusão da
parábola não deixa dúvidas sobre a condenação da desonestidade e da ganância na
administração dos bens: “vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc
16,13), afirma Jesus. Nesta perspectiva, encontra-se a profecia de Amós (Am
8,4-7). Ele condena severamente a desonestidade e as injustiças,
ressaltando que Deus não se esquecerá do que estão fazendo contra os pobres: “maltratam
os humildes”, “causam a prostração dos pobres da terra”, “dominam
os pobres”.
Na Primeira Carta a
Timóteo (1Tm 2,1-8), proclamada na segunda leitura, S. Paulo nos recorda
a necessidade da oração para a vida pessoal e social, recomendando “que em
todo lugar os homens façam orações, erguendo mãos santas, sem ira e sem
discussões” (2,8). A oração deve ser acompanhada do esforço para
viver na santidade, especialmente, o amor ao próximo, o que inclui a
honestidade. As mãos erguidas em oração devem ser também mãos estendidas aos
irmãos. Na liturgia eucarística, erguemos as mãos para o Pai, em oração, para
logo depois estendê-las aos irmãos, desejando-lhes a paz.
A Palavra de Deus
deve ser acolhida e vivida para que possamos servir a Deus e não ao dinheiro. É
preciso deixar-se interpelar por ela, procurando discernir o que Deus quer de
nós, a cada dia. Não se esqueça de continuar
a ler e a meditar a Palavra durante a semana, especialmente, neste mês dedicado
à Bíblia.
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
terça-feira, 17 de setembro de 2019
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
domingo, 15 de setembro de 2019
sábado, 14 de setembro de 2019
Reflexão Litúrgica do 24º Domingo do Tempo Comum - ENCONTREI MISERICÓRDIA
Dom
Sergio da Rocha
Cardeal
Arcebispo de Brasília
O
|
belíssimo capítulo 15 do Evangelho segundo S.
Lucas narra as parábolas da misericórdia. É importante considerar o que São
Lucas declara no início: “os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus”
porque ele acolhia os pecadores e fazia refeição com eles. Em resposta, Jesus
conta as parábolas da ovelha perdida, da mulher que encontra a moeda perdida e
a célebre parábola conhecida como “filho pródigo”, mas que pode ser
chamada parábola do “pai misericordioso”. A mensagem pode ser resumida
em três pontos. 1º) A misericórdia de Deus para com os pecadores, ressaltada por
Jesus. Deus é o Pai misericordioso com o coração e os braços sempre abertos
para acolher o filho que erra e quer retornar à casa. Deus é Pastor que não
desiste de encontrar a ovelha perdida. 2º) A alegria de encontrar o que estava
perdido enfatizada nas três parábolas. 3º) A recusa em admitir o perdão e se
alegrar com a volta do irmão que erra. A parábola do Pai misericordioso nos faz
pensar no modo como tratamos os irmãos que erram. A recusa do filho mais velho
retrata bem a atitude dos fariseus, muito diferente do modo misericordioso de
agir de Jesus. Somos convidados a sermos misericordiosos para com os irmãos que
erram.
As parábolas da
misericórdia nos convidam também a reconhecer a nossa condição de ovelhas
perdidas ou de filhos pródigos, quando pecamos. Contudo, mais importante é o
reconhecimento do pecado e a disposição para recomeçar a vida, caminhando com
confiança rumo à casa do Pai misericordioso, que vem ao nosso encontro com os
braços abertos, alegrando-se conosco. O Salmo 50 nos ajuda a fazer a experiência
da misericórdia de Deus, conforme o refrão proposto na liturgia da missa: “Vou
agora levantar-me; volto à casa do meu pai”. Procuremos valorizar o
sacramento da reconciliação pelo qual recebemos a graça do perdão.
Conforme a segunda
leitura, São Paulo louva a Deus testemunhando a misericórdia divina em sua vida
e missão. No trecho proclamado da carta a Timóteo, ele afirma duas vezes: “encontrei
misericórdia” (1Tm 1,13.16). Proclamando que “Cristo veio
ao mundo para salvar os pecadores”, Paulo humildemente se reconhece como “o
primeiro deles”. O Livro do Êxodo, na primeira leitura, também testemunha a
misericórdia de Deus para com seu povo.
Neste mês
especialmente dedicado à Bíblia, procuremos redescobrir e acolher a misericórdia
divina na própria vida, através da leitura e meditação da Palavra de Deus. Sejamos
misericordiosos como o Pai Celeste é misericordioso!
sexta-feira, 13 de setembro de 2019
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
terça-feira, 10 de setembro de 2019
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
domingo, 8 de setembro de 2019
sábado, 7 de setembro de 2019
Reflexão Litúrgica do 23º Domingo do Tempo Comum - CONDIÇÕES PARA SER DISCÍPULO
Dom
Sergio da Rocha
Cardeal
Arcebispo de Brasília
O
|
Evangelho deste 23º Domingo do Tempo Comum (Lc
14,25-33) nos apresenta as condições para ser discípulo propostas por Jesus
aos que o seguiam no caminho para Jerusalém. A expressão “não pode ser meu
discípulo” aparece três vezes no relato de São Lucas. Não pode ser
discípulo de Jesus, isto é, não pode seguir os seus passos, quem não for capaz
de aceitar as renúncias e de carregar a cruz. É importante recordar-se que
Jesus está caminhando para a paixão e a morte na cruz, em Jerusalém. O
discípulo deve estar pronto para subir o calvário com Cristo e permanecer com
ele na hora da cruz.
Quanto às renúncias,
não basta deixar os pecados. É preciso renunciar também a coisas boas para
seguir a Jesus. O Evangelho menciona o desapego à família, à própria vida e a
renúncia aos bens materiais. O discípulo dever estar disposto a tais renúncias,
ainda que elas não venham a ocorrer sempre de modo total. Isso que pode parecer
demais para o mundo de hoje, ocorre frequentemente na vida cristã. Por exemplo,
quem quiser participar da missa, servir a comunidade, atuar em alguma pastoral
ou visitar um doente, deverá estar disposto a fazer alguma renúncia. Quem
quiser viver para si ou unicamente para o trabalho ou a família, não terá tempo
para estar na comunidade e servir os outros irmãos.
É preciso pensar no
modo como seguimos a Cristo, conforme nos sugerem as imagens do construtor
imprudente e do rei diante da batalha, utilizadas por Jesus no trecho meditado.
Naquele tempo, assim como ocorre hoje, muita gente não tinha consciência da
seriedade de ser discípulo, vivendo mais ou menos o Evangelho, sem dar a devida
prioridade ao seguimento de Cristo.
Entretanto, qual é o
homem que pode conhecer a vontade de Deus? (Sb 9,13). A esta pergunta, o
próprio livro da Sabedoria nos responde, mostrando-nos que isso é possível
somente pela sabedoria que Deus nos concede e pelo Santo Espírito que ele nos
envia (Sab 9,17). Com a
sabedoria divina, podemos discernir retamente o valor dos bens deste mundo e
perseverar no discipulado. Com ela, podemos tratar as pessoas com verdadeiro
amor, tratando o próximo como “irmão querido” e não como “escravo”,
conforme a expressão empregada por S. Paulo na Carta a Filemon, pedindo-lhe para
receber Onésimo “como pessoa humana e irmão no Senhor”.
Sejamos
reconhecidos, hoje, como discípulos pela vivência do amor ao próximo, assumindo
as renúncias que se fizerem necessárias para tratar a todos como “irmãos
queridos”, em Cristo.
Aproveite este mês
especialmente dedicado à Bíblia, para ler e meditar mais a Palavra de Deus e
com maior atenção. Faça a leitura orante da Bíblia! Procure por em prática a
Palavra de Deus!
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
quinta-feira, 5 de setembro de 2019
quarta-feira, 4 de setembro de 2019
terça-feira, 3 de setembro de 2019
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
domingo, 1 de setembro de 2019
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