domingo, 31 de maio de 2020
sábado, 30 de maio de 2020
Reflexão Litúrgica da SOLENIDADE DE PENTECOSTES - ENVIAI O VOSSO ESPÍRITO, SENHOR!
Cardeal Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
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onforme narra os Atos
dos Apóstolos (At 2,1-11), quando era comemorada a antiga festa de
Pentecostes, em Jerusalém, no início da pregação apostólica, aconteceu a efusão
do Espírito Santo sobre os discípulos reunidos no cenáculo. Por isso,
Pentecostes recebeu um novo significado, passando a celebrar a vinda do
Espírito Santo. Com esta solenidade, concluímos o Tempo Pascal, suplicando a
presença do Espírito Santo em nossa vida e na vida da Igreja. “Enviai o vosso
Espírito, Senhor, e renovai a face da terra”, rezamos com o Salmo 103. “Daí aos
corações vossos sete dons”, pedimos através do hino litúrgico conhecido como
“Sequência” de Pentecostes.
Nós cremos no Espírito
Santo “que procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e
glorificado”, conforme rezamos no “Creio” (Credo Niceno-Constantinopolitano).
Nós cremos no Espírito da Verdade, o Defensor, o Consolador (Jo 14,26),
que nos ilumina e fortalece na vivência e no testemunho da Palavra de Jesus.
Por isso, confiantes, suplicamos a sua presença, nesta solenidade, e a cada
dia.
A Liturgia da Palavra
nos fala da ação do Espírito Santo. Os Atos dos Apóstolos mostra o Espírito
iluminando e animando os discípulos na missão, unindo os que falavam línguas
diferentes e fazendo-os compreender a pregação dos Apóstolos, “pois cada um ouvia
os discípulos falar em sua própria língua” (At 2,8). A unidade das
diferentes línguas, dom do Espírito, se contrapõe à divisão ocorrida em
Babel. São Paulo também se refere à ação
do Espírito, que se manifesta na diversidade de dons e ministérios, “em vista
do bem comum” (1Cor 12, 5-6), motivando os cristãos a viverem
unidos. O Evangelho segundo João, ao
relacionar o dom do Espírito ao Senhor Ressuscitado, destaca o perdão e a paz,
assim como o envio missionário. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo
20,21), afirma Jesus. O Espírito do perdão e da paz nos une para que
possamos cumprir a missão de testemunhar o Evangelho.
Neste domingo, expresso
o meu louvor a Deus por estes nove anos que estive a serviço da Arquidiocese de
Brasília e a minha profunda gratidão a todos os irmãos e irmãs que me ajudaram
a cumprir a missão de arcebispo pelas orações, fraterna estima e colaboração
pastoral. Muito obrigado pela atenção à “Palavra do Pastor”. Rezem por mim!
Recorrendo à intercessão de nossa Padroeira, suplico as bênçãos de Deus para
todos.
sexta-feira, 29 de maio de 2020
quinta-feira, 28 de maio de 2020
quarta-feira, 27 de maio de 2020
terça-feira, 26 de maio de 2020
segunda-feira, 25 de maio de 2020
domingo, 24 de maio de 2020
sábado, 23 de maio de 2020
Reflexão Litúrgica da ASCENSÃO DO SENHOR - IDE E FAZEI DISCÍPULOS
Cardeal Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
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a solenidade da ASCENSÃO
DO SENHOR, celebramos o mistério da fé que professamos ao rezar o Creio: “Jesus
subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso”. Quem crê na
ressurreição e na vida eterna, jamais se desespera diante da morte; ao
contrário, permanece firme na esperança. O fundamento da nossa esperança é
Cristo Ressuscitado, vencedor da morte.
Ao mesmo tempo, a
esperança que brota da fé no Ressuscitado, se completa com a atitude de
responsabilidade na vida presente. Na narrativa da Ascensão, conforme os Atos
dos Apóstolos, os anjos perguntam aos apóstolos: “por que ficais aqui parados,
olhando para o céu?” (At 1,11). Os discípulos de Jesus não podem “ficar
parados”, olhando para o céu. O olhar para o céu é necessário para nos levar a
caminhar, cumprindo a missão que Jesus deixou, conforme o Evangelho: “Ide e
fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei” (Mt 28,
19).
Em resposta ao mandato
missionário, os discípulos saíram para anunciar o Evangelho por todo o mundo.
Hoje, somos nós, os discípulos chamados a anunciar e a testemunhar Jesus
Cristo, em casa, no trabalho, na escola e nos diversos ambientes. Nesta missão,
não estamos sozinhos. Ele prometeu estar sempre com os discípulos enviados em
missão: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt
28,20). As nossas comunidades devem estar em estado permanente de missão.
Devemos ir ao encontro de todos, especialmente das ovelhas sofridas ou
dispersas. Nesta tarefa, devemos valorizar, sempre mais, os meios de
comunicação social. Celebra-se, a cada ano, neste domingo, o Dia mundial das
Comunicações Sociais. Em sua mensagem para este dia, o Papa Francisco aborda o
tema da “narração”: “Para que possas contar e fixar na memória” (Ex. 10,2).
A vida faz-se história. Nela, o Santo Padre ressalta a necessidade de
“histórias boas: histórias que edifiquem e não as que destruam; histórias que
ajudem a reencontrar as raízes e a força para prosseguirmos juntos”.
Estamos iniciando a
preparação para Pentecostes a ser celebrado no próximo domingo e a Semana de
Oração pela Unidade dos Cristãos.
Preparando Pentecostes, somos convidados a superar as divisões, orando
pela unidade dos cristãos segundo o desejo do próprio Jesus: “Que todos sejam
um!” (Jo 17,21).
sexta-feira, 22 de maio de 2020
quinta-feira, 21 de maio de 2020
quarta-feira, 20 de maio de 2020
terça-feira, 19 de maio de 2020
segunda-feira, 18 de maio de 2020
domingo, 17 de maio de 2020
sábado, 16 de maio de 2020
Reflexão Litúrgica do VI Domingo da Páscoa - O ESPÍRITO DA VERDADE E DEFENSOR!
Cardeal Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
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stamos para celebrar as
solenidades da Ascensão do Senhor e de Pentecostes nos próximos domingos do Tempo
Pascal. O Evangelho, hoje proclamado, nos prepara para essas grandes
celebrações pascais, recordando-nos a promessa de Jesus de não deixar “órfãos”
os seus discípulos, ao retornar para o Pai, enviando-lhes o Espírito Santo, o “defensor”
que permanece sempre com os discípulos, o “Espírito da verdade”, que
estará “junto” dos discípulos e “dentro” deles (Jo 14,16-17).
Para receber a manifestação de Jesus e acolher o dom do Espírito, somos
convidados a acolher e observar os seus mandamentos.
Desde o início deste
tempo litúrgico, temos sido motivados não apenas a celebrar, mas também a viver
a Páscoa que celebramos. Por isso, a promessa de Jesus, já cumprida, se dirige
também a nós. A nós, hoje, o Senhor promete não nos deixar sozinhos e nos
oferece o dom do Espírito da verdade, o defensor. Nós somos agraciados com a
presença do Ressuscitado e com o dom do seu Espírito. A esses dons respondemos
com o louvor e com o cumprimento de sua Palavra.
Contudo, os mistérios
pascais que celebramos não ficam apenas no interior dos templos ou da
comunidade cristã. Toda a terra deve aclamar a Deus e cantar salmos a seu nome
glorioso, conforme o Salmo 65. Para tanto, é preciso testemunhar o Evangelho a
todos, como fez corajosamente Filipe, na Samaria (At 8,5).
A primeira carta de São
Pedro nos alerta: “estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança a
todo aquele que pedir” (1Pd 3,15). A fé celebrada se transforma em
fé vivida e testemunhada no mundo, também entre aqueles que não creem em
Cristo. Entretanto, isso deve ser feito “com mansidão e respeito e com boa
consciência”. Para que a missão evangelizadora da Igreja continue a se
cumprir, no mundo de hoje, necessitamos de cristãos com o coração missionário
e, acima de tudo, precisamos do Espírito de Deus para nos iluminar e tornar
fecundo o trabalho evangelizador.
Neste tempo difícil de
pandemia, nós somos convidados a testemunhar a fé, através do amor e da
solidariedade com os que mais sofrem, sendo portadores da esperança que tem sua
razão de ser em Cristo Ressuscitado. A oração
e a meditação da Palavra de Deus, tão necessárias o ano todo, tornam-se ainda
mais importantes, neste momento. Por isso, organize a sua vida cotidiana para
poder rezar mais e melhor.
sexta-feira, 15 de maio de 2020
quinta-feira, 14 de maio de 2020
quarta-feira, 13 de maio de 2020
terça-feira, 12 de maio de 2020
segunda-feira, 11 de maio de 2020
domingo, 10 de maio de 2020
sábado, 9 de maio de 2020
Reflexão Litúrgica do V Domingo da Páscoa - O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA!
Cardeal Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
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Evangelho proclamado, neste domingo, situa-se
no contexto da última ceia, véspera da morte de Jesus na cruz. O clima de
despedida, com os discípulos inquietos e preocupados, se transforma com as
palavras de Jesus portadoras de serenidade e de esperança: “não se perturbe
o vosso coração”; “vou preparar um lugar para vós” (Jo 14,1.2).
Contudo, não se trata de uma atitude passiva, de comodismo, conforme a resposta
de Jesus a Tomé. O discípulo demonstra não saber qual caminho seguir para
chegar à morada preparada por Jesus na casa do Pai, ao perguntar-lhe: “como
podemos conhecer o caminho?” (Jo 14,5). A resposta de Jesus está no
centro da passagem meditada: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo
14,6). Não se trata apenas de uma bela afirmação, mas de um anúncio de
validade permanente na vida e missão da Igreja. Os cristãos de hoje, assim como
nos primórdios, necessitam fazer a experiência desta Palavra de Jesus. Hoje, há
muita gente buscando o caminho a seguir, a verdade que dá sentido ao caminhar e
a vida plena. Jesus é a resposta!
Os primeiros cristãos
acreditaram na Palavra de Jesus, vivendo-a em comunidade, como devemos fazer,
hoje. A comunidade cristã deve ser sinal e anúncio de Jesus, “o Caminho, a
Verdade e a Vida”, no seu modo de viver e de se organizar. Por isso, os
apóstolos organizaram melhor o serviço da caridade, para atender os mais
pobres, representados pelas viúvas (At 6,1).
Por melhor que uma
comunidade deva se organizar, ela jamais poderá ser equiparada a uma simples
instituição. Permanecerá sempre uma comunidade de fé, um “edifício
espiritual”, alicerçado em Cristo, a “pedra viva” ou a “pedra
angular”, segundo os termos empregados pela Primeira Carta de Pedro (1Pd
2,4-6). A imagem da “pedra viva” é aplicada primeiramente a Cristo,
a “pedra angular”, mas também aos seguidores de Jesus. Nós somos “pedras
vivas” do templo espiritual que é a Igreja. Por isso, somos chamados a ser “sacerdócio
santo” e “nação santa”. Ao invés de oferecer sacrifícios de animais,
como ocorria no templo de Jerusalém, devemos “oferecer sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus”, através de uma vida santa. Entretanto, é
preciso crescer e permanecer firmes na fé, pois a rejeição da “pedra
angular”, que é Cristo, pode ser sofrida também pelas “pedras vivas”
que são os cristãos.
Neste domingo, nós
somos convidados a rezar pelas mães, demonstrando-lhes o nosso amor e gratidão
por meio de gestos concretos. Obrigado às mães por tanto amor dedicado aos seus
filhos. Rezemos pelas mães que mais sofrem, especialmente por causa da
pandemia. Continuemos a cuidar, com amor e responsabilidade, da vida que é dom
de Deus, recebida através de nossas mães.
sexta-feira, 8 de maio de 2020
quinta-feira, 7 de maio de 2020
quarta-feira, 6 de maio de 2020
terça-feira, 5 de maio de 2020
segunda-feira, 4 de maio de 2020
domingo, 3 de maio de 2020
sábado, 2 de maio de 2020
Reflexão Litúrgica do IV Domingo da Páscoa - BOM PASTOR E PORTA!
Cardeal Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
O
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IV DOMINGO DA PÁSCOA é conhecido como “DOMINGO
DO BOM PASTOR”. Nele, sempre se proclama um trecho do capítulo 10 do
Evangelho segundo João, que apresenta Jesus como o Bom Pastor. No mesmo dia,
somos convidados a rezar por aqueles que se dedicam ao cuidado pastoral do
rebanho de Cristo. Por isso, o Domingo do Bom Pastor é também o Dia Mundial de
Oração pelas Vocações.
No início do capítulo
10 de João, encontramos ressaltada a imagem da “porta”, além da figura
do “pastor”, ambas muito significativas no ambiente pastoril da época.
Por duas vezes, neste breve trecho, Jesus afirma: “Eu sou a porta das
ovelhas” (v. 7 e 9). Quem entrar no redil por meio da “porta”,
que é Jesus, “será salvo” (v.9). É preciso passar por essa “porta”
para chegar à pastagem que traz vida.
Quanto à imagem do “pastor”,
neste ano, contemplamos Jesus como o Bom Pastor que: a) “chama cada uma de
suas ovelhas pelo nome”, o que denota relacionamento pessoal e proximidade;
b) “caminha à frente das ovelhas”, indicando-lhes o caminho a seguir; c)
e que veio para que as suas ovelhas “tenham vida e a tenham em abundância”.
Quanto às ovelhas, aquelas que lhe pertencem, o seguem e escutam a sua voz. Em
contraposição à figura do pastor, está a do “ladrão” que não passa pela
porta, mas sobe por outro lugar, e que vem para “roubar, matar e destruir”.
A segunda leitura
também nos apresenta Jesus como “o Pastor e guarda” da vida de cada um
de nós. Ao recordar os sofrimentos de Cristo, a Primeira Carta de Pedro nos
exorta a seguir os seus passos, suportando os sofrimentos por fazer o bem,
jamais retribuindo o mal com o mal. (1Pd 2,20-25).
A nossa reposta diante
do Bom Pastor deve ser de escuta fiel de sua voz e de conversão sincera,
conforme nos pede o livro dos Atos dos Apóstolos: “Convertei-vos!” (At
2,38). Ao mesmo tempo, nós somos chamados a colocar a nossa inteira
confiança no Pastor que nos conduz e nos leva para as águas repousantes (Salmo
22).
Rezemos pelos que mais
sofrem com a pandemia, de modo especial pelos enfermos e por suas famílias, pelos
profissionais da saúde e por todos os que se dedicam ao cuidado dos doentes,
pelos que faleceram e por seus familiares. Permaneça unido à Igreja, em oração,
e procure ser solidário com os que mais sofrem.
sexta-feira, 1 de maio de 2020
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