Cardeal Dom Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
O
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IV DOMINGO DA PÁSCOA é conhecido como “DOMINGO
DO BOM PASTOR”. Nele, sempre se proclama um trecho do capítulo 10 do
Evangelho segundo João, que apresenta Jesus como o Bom Pastor. No mesmo dia,
somos convidados a rezar por aqueles que se dedicam ao cuidado pastoral do
rebanho de Cristo. Por isso, o Domingo do Bom Pastor é também o Dia Mundial de
Oração pelas Vocações.
No início do capítulo
10 de João, encontramos ressaltada a imagem da “porta”, além da figura
do “pastor”, ambas muito significativas no ambiente pastoril da época.
Por duas vezes, neste breve trecho, Jesus afirma: “Eu sou a porta das
ovelhas” (v. 7 e 9). Quem entrar no redil por meio da “porta”,
que é Jesus, “será salvo” (v.9). É preciso passar por essa “porta”
para chegar à pastagem que traz vida.
Quanto à imagem do “pastor”,
neste ano, contemplamos Jesus como o Bom Pastor que: a) “chama cada uma de
suas ovelhas pelo nome”, o que denota relacionamento pessoal e proximidade;
b) “caminha à frente das ovelhas”, indicando-lhes o caminho a seguir; c)
e que veio para que as suas ovelhas “tenham vida e a tenham em abundância”.
Quanto às ovelhas, aquelas que lhe pertencem, o seguem e escutam a sua voz. Em
contraposição à figura do pastor, está a do “ladrão” que não passa pela
porta, mas sobe por outro lugar, e que vem para “roubar, matar e destruir”.
A segunda leitura
também nos apresenta Jesus como “o Pastor e guarda” da vida de cada um
de nós. Ao recordar os sofrimentos de Cristo, a Primeira Carta de Pedro nos
exorta a seguir os seus passos, suportando os sofrimentos por fazer o bem,
jamais retribuindo o mal com o mal. (1Pd 2,20-25).
A nossa reposta diante
do Bom Pastor deve ser de escuta fiel de sua voz e de conversão sincera,
conforme nos pede o livro dos Atos dos Apóstolos: “Convertei-vos!” (At
2,38). Ao mesmo tempo, nós somos chamados a colocar a nossa inteira
confiança no Pastor que nos conduz e nos leva para as águas repousantes (Salmo
22).
Rezemos pelos que mais
sofrem com a pandemia, de modo especial pelos enfermos e por suas famílias, pelos
profissionais da saúde e por todos os que se dedicam ao cuidado dos doentes,
pelos que faleceram e por seus familiares. Permaneça unido à Igreja, em oração,
e procure ser solidário com os que mais sofrem.
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