Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
Somos vocacionados ao amor tendo Jesus, o Filho de Deus como modelo, e modelo para ser seguido até na doação da própria vida, como Ele fez por nós.
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om toda certeza, o tema deste domingo,
como o dos demais, é o Amor. Na segunda leitura, tirada da 1ª Carta de João 4,
7-10, o Apóstolo João nos fala que “...o amor vem de Deus, e todo aquele que
ama nasceu de Deus e conhece Deus. ...,
pois Deus é amor.” Ora, o discípulo amado, conheceu o amor de Deus e se
reconheceu muito amado e até se declara o amado.
Em
seguida vai nos dizer que quem tomou a iniciativa desse relacionamento amoroso
foi o Pai que nos “enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos
pecados.”
Nosso
amor será sempre resposta a essa proposta de amor feita pelo Pai, já quando nos
criou à sua imagem, à imagem do Amor, para que o Amor encarnado, Seu Filho,
pudesse realizar essa encarnação como homem e, como tal, nos revelasse seu amor
por nós e como amarmos a Ele e entre nós, como veremos no Evangelho.
No
Evangelho, extraído de Jo 15, 9-17, temos a fala de Jesus de que “Não fostes
vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi"; isso nos confirma a
iniciativa divina e nos deixa claro a necessidade de nossa resposta,
especialmente na sequência da fala de Jesus ao nos dizer que foi ele quem nos
escolheu: “para irdes e para que produzais fruto, e o vosso fruto permaneça". Já
antes, no versículo 12, aparece “Este é o meu mandamento, amai-vos uns aos outros,
assim como eu vos amei.”
Somos
vocacionados ao amor tendo Jesus, o Filho de Deus como modelo, e modelo para,
ser seguido até na doação da própria vida, como Ele fez por nós.
Aí
interrompemos para fazer alusão ao Dia das Mães, o sinal muito expressivo do
amor de Deus. Como o divino pelicano (que se bica para tirar seu próprio sangue
e dá-lo aos filhotes para se alimentarem, quando não encontra alimento – e
Jesus se entregou à nós na Eucaristia como alimento) fiquei sabendo de uma mãe
que passou fome para que seus filhos pudessem ter o que comer. E hoje, nessa
época de desemprego e pandemia, isso se repete.
E
a mensagem do último parágrafo de nossa perícope do Evangelho nos incentiva a
pedirmos algo ao Pai, em seu nome. Peçamos o dom do serviço fraterno, da
partilha de todos os bens e, sobretudo, que jamais sejamos caricaturas do Amor
de Deus, caricaturas de Jesus Cristo, mas seus retratos fiéis e que a dignidade
de ser mãe e pai nunca seja pervertida em nossa vida. Estamos diante de coisa
muito séria que é ser a mais expressiva imagem do Pai, de onde vem toda vocação
à paternidade, maternidade e da fraternidade levada ao máximo do radicalismo
por nosso Senhor Jesus Cristo.
“Isto é o que vos ORDENO: amai-vos uns aos outros”.
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