"O Profeta fala dos maus governantes que dispersam as
pessoas do povo e se esquecem que o mandato foi dado por Deus e o povo pertence
a Ele. Medo e angústia não podem ser sentimentos presentes na população e nem
nas pessoas. Um governante segundo o coração de Deus, reúne as pessoas e faz
valer a justiça e o que é correto."
A |
primeira leitura, Jeremias 23, 2-6, fala dos
maus pastores que perdem e dispersam o rebanho e dos castigos à não
correspondência à confiança divina. Concretamente está pensando no rei Joaquim,
que ama o luxo e não se interessa pelos pobres. Por outro lado, o Senhor
reunirá todos os restos dos rebanhos dos países para onde foram expulsos e fará
com que voltem aos campos de onde foram excluídos e dará novos pastores. As
ovelhas não terão mais medo e nenhuma delas se perderá.
O
grande Pastor será um descendente de Davi. Será um rei sábio e praticará a
justiça e a retidão.
O
Profeta fala dos maus governantes que dispersam as pessoas do povo e se
esquecem que o mandato foi dado por Deus e o povo pertence a Ele. Medo e
angústia não podem ser sentimentos presentes na população e nem nas pessoas. Um
governante segundo o coração de Deus, reúne as pessoas e faz valer a justiça e
o que é correto. Daí, que o Senhor reunirá todos os refugiados e devolverá a
eles suas terras e dará novos governantes que se espelharão em Jesus e serão
sábios e retos. Tanto os habitantes do Norte, como os do Sul viverão em paz e o
Governante será chamado “Nossa Justiça”.
O
Evangelho, extraído de Marcos 6, 30-34, em contraposição aos líderes da
primeira leitura, apresenta Jesus como o Líder e, por isso, seus liderados que,
no Evangelho da semana passada, foram à labuta, agora retornam gloriosos,
cheios de alegria pela realização de prodígios pastorais. O líder Jesus os leva
a um lugar propício ao justo descanso. Contudo, o povo sedento de ensinamentos
sábios e retos, não os deixa e se adianta na chegada ao lugar de descanso.
Vendo isso, Jesus teve compaixão da multidão e retoma a pregação dos seus
sábios ensinamentos.
Se
os discípulos não tem tempo para descanso, mas tem o que comer, o povo não tem
nada, “são como ovelhas sem pastor”, disse Jesus. E como é um povo formado por necessitados,
conseguem mesmo a pé, chegar antes de Jesus e de seus discípulos, que estavam
na barca. É a necessidade que imprime velocidade, podemos crer! Como o povo já
não suporta mais as lideranças mentirosas e opressoras, não se importa em
partir para o deserto, e vê em Jesus aquele que traz a vida em si.
No
versículo 34 fala que Jesus teve compaixão do povo, como vimos acima. E nós,
nos apiedamos do nosso povo? Temos compaixão ou nos fazemos surdos e cegos,
fazemos “olhar de paisagem”?
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