sábado, 17 de julho de 2021

Reflexão para o XVI Domingo do Tempo Comum – 18/07/2021


Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

"O Profeta fala dos maus governantes que dispersam as pessoas do povo e se esquecem que o mandato foi dado por Deus e o povo pertence a Ele. Medo e angústia não podem ser sentimentos presentes na população e nem nas pessoas. Um governante segundo o coração de Deus, reúne as pessoas e faz valer a justiça e o que é correto."

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 primeira leitura, Jeremias 23, 2-6, fala dos maus pastores que perdem e dispersam o rebanho e dos castigos à não correspondência à confiança divina. Concretamente está pensando no rei Joaquim, que ama o luxo e não se interessa pelos pobres. Por outro lado, o Senhor reunirá todos os restos dos rebanhos dos países para onde foram expulsos e fará com que voltem aos campos de onde foram excluídos e dará novos pastores. As ovelhas não terão mais medo e nenhuma delas se perderá.

         O grande Pastor será um descendente de Davi. Será um rei sábio e praticará a justiça e a retidão.

         O Profeta fala dos maus governantes que dispersam as pessoas do povo e se esquecem que o mandato foi dado por Deus e o povo pertence a Ele. Medo e angústia não podem ser sentimentos presentes na população e nem nas pessoas. Um governante segundo o coração de Deus, reúne as pessoas e faz valer a justiça e o que é correto. Daí, que o Senhor reunirá todos os refugiados e devolverá a eles suas terras e dará novos governantes que se espelharão em Jesus e serão sábios e retos. Tanto os habitantes do Norte, como os do Sul viverão em paz e o Governante será chamado “Nossa Justiça”.

         O Evangelho, extraído de Marcos 6, 30-34, em contraposição aos líderes da primeira leitura, apresenta Jesus como o Líder e, por isso, seus liderados que, no Evangelho da semana passada, foram à labuta, agora retornam gloriosos, cheios de alegria pela realização de prodígios pastorais. O líder Jesus os leva a um lugar propício ao justo descanso. Contudo, o povo sedento de ensinamentos sábios e retos, não os deixa e se adianta na chegada ao lugar de descanso. Vendo isso, Jesus teve compaixão da multidão e retoma a pregação dos seus sábios ensinamentos.

         Se os discípulos não tem tempo para descanso, mas tem o que comer, o povo não tem nada, “são como ovelhas sem pastor”, disse Jesus.  E como é um povo formado por necessitados, conseguem mesmo a pé, chegar antes de Jesus e de seus discípulos, que estavam na barca. É a necessidade que imprime velocidade, podemos crer! Como o povo já não suporta mais as lideranças mentirosas e opressoras, não se importa em partir para o deserto, e vê em Jesus aquele que traz a vida em si.

         No versículo 34 fala que Jesus teve compaixão do povo, como vimos acima. E nós, nos apiedamos do nosso povo? Temos compaixão ou nos fazemos surdos e cegos, fazemos “olhar de paisagem”?

         A segunda leitura, carta de São Paulo aos Efésios 2, 13-18, fala que Cristo é a nossa paz! O rebanho que estava dividido se uniu e foi criado “um só homem novo, estabelecendo a paz”, conclui o versículo 15. Paulo vai mais adiante e diz que Jesus, o Líder, destruiu em si mesmo (ao ser crucificado) a inimizade entre os povos judeu e pagão. O líder não apenas pastoreia, mas une o rebanho e o leva até à fonte da Vida, versículo 18.

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