sexta-feira, 31 de março de 2023
quinta-feira, 30 de março de 2023
quarta-feira, 29 de março de 2023
terça-feira, 28 de março de 2023
segunda-feira, 27 de março de 2023
domingo, 26 de março de 2023
sábado, 25 de março de 2023
Reflexão Litúrgica para o V Domingo da Quaresma – 26/03/2023
Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News
O |
tema da liturgia deste domingo é
o Senhor como fonte da Vida, como a própria Vida. Este relato é uma catequese
sobre a ressurreição. Faz parte do tradicionalmente chamado Livro dos Sinais,
do qual é o sétimo e o último sinal realizado por Jesus, segundo o Evangelho de
João.
A primeira leitura fala da revivificação de ossos ressequidos e o
evangelho nos apresenta a belíssima cena conhecida como ressurreição de Lázaro.
O Senhor mostra seu poder não para intimidar o ser humano, mas para salvá-lo,
para trazê-lo à vida e devolver a alegria à sua família.
Se prestarmos bastante atenção nos gestos de Jesus, ele não restringe
sua ação aos momentos limites como a morte, mas ele age trazendo a saúde,
recuperando pessoas envolvidas com situações de morte, enfim perdoando o
pecados. Ele, a Vida, recupera o que estava perdido. Por isso, supliquemos ao
Senhor da Vida que traga harmonia àquele casal que está com dificuldades no
relacionamento conjugal, àquele jovem que perde sua vida nas drogas, àquele pai
de família que gasta o dinheiro do sustento familiar nos jogos de azar, àquela
moça que destrói sua vida através da prostituição.
Apresentemos ao Senhor aquelas mães que pensam em abortar a vida que
Deus colaborou para que gerassem, aqueles médicos que desejam aliviar o
sofrimento de seus pacientes agindo diretamente contra o dom divino da vida, e
tantos outros casos que conhecemos. Só Deus poderá iluminar essas pessoas,
mostrando-lhes o verdadeiro sentido da vida e dando-lhes coragem para enfrentar
com fé, esperança e caridade essas situações dificílimas.
O Senhor quer nos libertar de todas essas mortes e também daquela que
leva nosso corpo para o cemitério, quer sinalizar que pode muito mais, que pode
nos libertar da morte definitiva. Ele disse: “Quem crê em mim, ainda que morra
viverá, e quem vive e crê em mim, não morrerá para sempre.”
A segunda leitura da liturgia de hoje nos apresenta Paulo dizendo que
não morremos porque, no batismo, assumimos essa vida dada a nós, por Jesus, em
sua cruz e ressurreição. A partir do batismo, da profissão de fé em Jesus,
viveremos, mesmo que, aparentemente, estejamos mortos. Aí não será uma
reanimação do corpo ou revivificação como em Lázaro, que voltou à vida e depois
morreu de novo, mas ressurreição, ou seja, Jesus nos dá a vida sem fim e plena,
sem doenças, sem drogas, sem desavenças.
Ele nos dará aquilo que desejamos: vida saudável, ao lado das pessoas
queridas que amamos, ao lado do Pai, de Maria, de todos os santos, e para
sempre. Essa vida já pode começar agora, se colocarmos em prática a renúncia à
cultura de morte, renúncia feita no batismo e, simultaneamente, colocarmos
também em prática a profissão de fé na cultura de vida trazida por Jesus.
Que a graça de Deus nos conduza à opção pela Vida, em todos os momentos
de nossa caminhada. Que nossa religiosidade nos leve a colocar em prática a
ordem de Jesus: “Desatai-o e deixai-o ir”. Desatemos os laços de morte que
amarram a nós e a nossos irmãos, e caminhemos juntos para a vida, como filhos
do mesmo Pai, como destinatários que somos todos nós da salvação trazida por
Cristo Jesus, nosso Redentor!
sexta-feira, 24 de março de 2023
quinta-feira, 23 de março de 2023
quarta-feira, 22 de março de 2023
terça-feira, 21 de março de 2023
segunda-feira, 20 de março de 2023
domingo, 19 de março de 2023
SÃO JOSÉ – PATRONO UNIVERSAL DA SANTA IGREJA | 19 DE MARÇO
D |
e José, o esposo de Maria sabemos somente aquilo que nos dizem os
evangelistas Mateus e Lucas, mas é o que basta para colocar esse incomparável “homem
justo” na mais alta cátedra de santidade e de nossa devoção, logo abaixo da
Mãe de Jesus.
Venerado desde os primeiros séculos no Oriente, seu culto se difundiu no
Ocidente somente no século IX, mas num crescendo não igual ao de outros santos.
Em 1621, Gregório XV declarou de preceito a festa litúrgica deste dia; Pio IX
elegeu são José padroeiro da Igreja, e os papas sucessivos o enriqueceram de
outros títulos, instituindo uma segunda comemoração no dia 1º de maio, ligada a
seu modesto e nobre ofício de artesão.
O privilégio de ser pai adotivo do Messias constitui o título mais alto
concedido a um homem.
O extraordinário evento da Anunciação e da divina maternidade de Maria –
da qual foi advertido pelo anjo depois da sofrida decisão de repudiar a
esposa – coloca são José sob uma luz de simpatia humana, em razão do papel
de devoto defensor da incolumidade da Virgem Mãe, mistério prenunciado pelos profetas,
mas acima da inteligência humana.
Resolvido o angustiante dilema, José não se questiona. Cumpre as
prescrições da lei: dirige-se a Belém para recenseamento, assiste Maria no
parto, acolhe os pastores e os reis Magos com útil disponibilidade, conduz a
salvo Maria e o Menino para subtraí-lo do sanguinário Herodes, depois volta à
laboriosa quietude da casinha de Nazaré, partilhando alegrias e dores comuns a
todos os pais de família que deviam ganhar o pão com o suor de sua fronte. Nós
o revemos na ansiosa procura de Jesus, que ele conduz ao templo por ter
cumprido os 12 anos de idade.
Enfim, o Evangelho se despede dele com uma imagem rica de significado,
que coloca mais de um tema para nossa reflexão: Jesus, o filho de Deus, o
Messias esperado, obedece a José e a Maria, crescendo em sabedoria, idade e
graça.
Celebrar a Festa de São José é celebrar a santidade, a espiritualidade,
o silêncio profundo e fértil. O pai adotivo de Jesus entrou mudo e saiu calado,
mas nos deixou o Salvador pronto para começar a Sua missão. É como alguém
destacou: “O servo que faz muito sem dizer nada; o especial agente secreto
de Deus”. São José é o mestre da oração e da contemplação, da obediência e
da fé. Com São José aprendemos a amar a Deus e ao próximo.
São José, rogai por nós!
sábado, 18 de março de 2023
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O IV DOMINGO DA QUARESMA – 19/03/2023
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican
News
A |
primeira leitura nos diz que Deus
não se impressiona com a aparência, seus critérios são outros. Enquanto o homem
“vê a aparência, Deus olha o coração”, (conf. I Sam 16, 7). E o coração
que agrada a Deus é o dos pequenos, dos humildes. Também nós deveríamos não nos
impressionar com a beleza externa das pessoas, mas deixar o Espírito falar e
observar a beleza interna.
No Evangelho, o cego é o único dentre a multidão, a reconhecer Jesus
como o Messias, como o Redentor, como o Senhor. Sua profissão de fé é feita aos
poucos. Primeiro ele pede a cura para sua deficiência visual. Após a cura física,
ele vai proclamando que foi Jesus quem o curou. Isso causa problemas com os
sacerdotes e ministros religiosos. O cego não tem dúvidas e desafia os
poderosos que o expulsam da comunidade.
Ao encontrar Jesus, aquele que fora cego faz sua profissão de fé,
ajoelhando-se e proclamando Jesus como Senhor.
A reação do Cristo, diante do confronto do ex-cego com a liderança
religiosa e a multidão, faz o registro das duas cegueiras, a física e a
espiritual. “Se vocês fossem cegos não teriam pecado. Mas como dizem
que enxergam, o seu pecado permanece”, diz para as lideranças. Pecado é
permanecer na escravidão de convicções antigas que não libertam, é não procurar
a verdade e não se abrir a ela, é não reconhecer em Jesus de Nazaré, a luz que
veio ao mundo.
É sobre a luz de Jesus, o texto da Carta de Paulo aos Efésios. Pelo
batismo fomos iluminados pela luz de Cristo. Deixemo-nos iluminar por
ela. O fruto dessa luz chama-se bondade, justiça, verdade.
A fé é a iluminação que faz ver.
O ser humano corre o risco de fazer escolhas segundo as aparências. O
episódio do cego nos confirmou esse risco, quando os mestres da Lei rejeitaram
o testemunho dele e o expulsaram. São Paulo falou-nos que Cristo é Luz e nos
ilumina, os batizados.
Um antigo hino cristão, usado pelo Apóstolo, encerra nossa reflexão:
“Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo
resplandecerá.”
sexta-feira, 17 de março de 2023
quinta-feira, 16 de março de 2023
quarta-feira, 15 de março de 2023
AS CORES DAS VESTES LITÚRGICAS DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA
S |
egundo a Introdução Geral do Missal
Romano (IGMR), no número 345, a diversidade de cores das vestes sagradas tem
por finalidade exprimir externamente, de modo mais eficaz, por um lado, o
caráter peculiar dos mistérios da fé que se celebram; por outro, o sentido
progressivo da vida cristã ao longo do Ano Litúrgico. Conforme o uso
tradicional e seguindo a Instrução Geral do Missal Romano, as cores litúrgicas
são seis: verde, branco, vermelho, roxo, preto e rosa.
Neste contexto, com
a chegada da Semana Santa, onde estão inseridas as celebrações centrais da
Igreja, nas quais os fiéis são convidados a recordar os últimos dias de Jesus
na terra, confira a seguir quais são as cores litúrgicas usadas, especialmente,
na Sexta-feira Santa, Sábado Santo e Domingo da Páscoa:
COR ROXA
A cor roxa simboliza a preparação,
penitência ou conversão. Usa-se no Advento, na Quaresma, na Semana Santa (até Quinta-Feira Santa de manhã),
e na celebração de Finados, como também nas exéquias.
COR BRANCA
Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usa-se na solenidade do Natal, no Tempo do Natal, na Quinta-Feira Santa, na
Vigília Pascal do Sábado Santo, nas festas do Senhor e na celebração
dos santos. Também no Tempo Pascal é predominante usada a cor branca.
COR VERMELHA
Simboliza o fogo purificador, o
sangue e o martírio. É usada no Domingo da Paixão e de Ramos, na Sexta-Feira da Paixão, no Domingo de Pentecostes e
na celebração dos mártires, apóstolos e evangelistas.
COR ROSA
Raramente usada nos dias de hoje,
simboliza uma breve “pausa” na tristeza da Quaresma e na preparação do Advento.
Pode-se usar no terceiro Domingo do Advento chamado “Gaudete” e no quarto
Domingo da Quaresma chamado “Laetare”. Esses dois domingos são classificados,
na liturgia, de “domingos da alegria”, por causa do tom jubiloso de seus
textos.
COR PRETA
Também em desuso, simboliza a morte.
Usada em funerais, vem sendo substituída pela cor Roxa. Pode-se utilizar na
celebração de Finados.
COR VERDE
Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. É usada em todo o Tempo Comum, exceto nas festas do Senhor
nele celebradas, quando a cor litúrgica é o branco.
NOTA: Se uma festa ou solenidade tomar o lugar da celebração do tempo litúrgico, usa-se então a cor litúrgica da festa ou solenidade. Exemplo: em 8 de dezembro, celebra-se a Solenidade da Imaculada Conceição. Neste caso, a cor litúrgica é então o branco, e não o roxo do Advento. Este mesmo critério é aplicável para a celebração dos dias de semana.
Fonte: CNBB
terça-feira, 14 de março de 2023
segunda-feira, 13 de março de 2023
domingo, 12 de março de 2023
sábado, 11 de março de 2023
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O III DOMINGO DA QUARESMA – 12/03/2023
Padre Cesar Augusto,
SJ - Vatican News
E |
m nossa
vida, quando tudo vai de acordo com os nossos desejos, ficamos alegres,
contentes e cordatos. Mas basta acontecer algo que não estava planejado, ou
melhor, faltar algo com que contávamos, para que nossa alegria desapareça e
comecemos a duvidar de tudo, inclusive daquela pessoa que proporcionou e
continua nos proporcionando esses bens. Assim aconteceu com o povo judeu após a
libertação do Egito.
Enquanto
caminhavam rumo à terra prometida, a água veio a faltar. A reação foi tamanha
que esqueceram as maravilhas que o Senhor havia operado em favor deles e até
chegaram a desconfiar da fidelidade de Deus. Apesar dessa atitude, o Senhor
continuou fazendo o bem ao povo e providenciou a água.
Podemos
neste momento, fazer um exame de consciência de nossa vida. O Senhor nos deu a
vida, nos alimenta, nos deu família, saúde e uma infinidade de bens, sejam
espirituais ou materiais. Qual o nosso comportamento quando algo nos falta?
Continuamos a nos sentir o centro do amor de Deus, ou nos esquecemos tudo o que
Ele nos presenteou e só estamos atentos àquilo que nos falta?
No
Evangelho, a samaritana vai atrás da água para matar sua sede. Jesus, também. É
meio-dia! Lembremo-nos que alguns meses mais adiante, nessa mesma hora, Jesus
dirá que tem sede. Será do alto da cruz.
A
samaritana escutando Jesus, diz desejar da água que ele lhe oferece, para que
todas as suas necessidades sejam saciadas e ela não precise mais vir ao poço.
Jesus continua a conversa e a samaritana, entendendo sua proposta, dá um salto
qualitativo e deseja a água viva, aquela que irá aplacar não seus desejos
limitados, mas a que irá saciar seus desejos de eternidade. Ele fala da nova
vida que nos dará através de sua morte e ressurreição, assumida por nós nas
águas batismais.
São
Paulo, em sua carta aos Romanos, nos diz que a saciedade que ansiamos é um dom
de Deus, já usufruído aqui nesta vida, é o dom do Espírito Santo, o Amor de
Deus derramado em nossos corações. Essa é a água que nos sacia, sem a qual não
poderemos viver.
sexta-feira, 10 de março de 2023
quinta-feira, 9 de março de 2023
quarta-feira, 8 de março de 2023
CAFÉ DA MANHÃ: ENTENDA POR QUE ELE É TÃO IMPORTANTE!
T |
odo mundo já está cansado de saber que o CAFÉ DA MANHÃ é a refeição mais importante do dia. Este é o momento em que o seu organismo mais necessita de alimentos saudáveis para adquirir força e resistência para encarar, sem restrições, qualquer que seja a sua rotina. Mas, parece que muitas pessoas ainda não estão levando o assunto a sério, o que, além de prejudicar a saúde, pode levar ao ganho de peso. O mais alarmante é que cada vez mais, crianças e adolescentes vêm adquirindo o hábito de pular o café da manhã, muito provavelmente influenciados pelos péssimos hábitos dos pais.
"Sem comer pela manhã, as pessoas chegam ao lanche do intervalo da escola, da faculdade ou do trabalho com fome e abusam de alimentos calóricos, ricos em gorduras e carboidratos. Isso condiciona o organismo de maneira errada. O ideal é se alimentar a cada três horas, de forma equilibrada", alerta a nutricionista Adriane Alves.
O café da manhã é o momento ideal para que sejam consumidas fibras, através da ingestão de cereais, frutas frescas e sucos naturais. De acordo com a especialista, as fibras são essenciais para manter o bom funcionamento do intestino e evitar problemas de constipação.
A Dra. Adriane ainda lembra que esta refeição é também um momento oportuno para ingestão de leite e seus derivados, fontes de cálcio e vitamina D: "O cálcio é essencial para a formação dos ossos e prevenção de osteoporose. Já a vitamina D auxilia na absorção deste nutriente". Porém, cuidado com o abuso! Durante o café da manhã devem ser ingeridas 25% das calorias que serão consumidas ao longo de todo o dia.
Muita gente não sabe, mas, ao dormir, o nosso organismo precisa gastar energia para manter as suas funções básicas, como controle cardíaco, respiração, equilíbrio de temperatura, dentre outros. Algumas pesquisas sobre o assunto revelaram até que deixar de comer durante as primeiras horas do dia pode afetar a capacidade de concentração do indivíduo. Ou seja, ele rende menos do que poderia nas suas tarefas diárias. Por isso, ao acordar, não deixe de tomar um belo café da manhã!
O QUE NÃO PODE FALTAR NO SEU CAFÉ DA MANHÃ:
- LEITE. De preferência o
desnatado, que tem menos quantidade de gorduras.
- CEREAIS. Prefira os que não têm
adição de açúcar e coma-os misturados a iogurtes e frutas.
- FRUTAS. Escolha as mais leves.
Maçã, mamão, melão...
- SUCOS.
Prefira os naturais. Hoje, existem diversas marcas no mercado que, certamente,
facilitam a nossa rotina. Mas, nada melhor do que um suco preparado na hora.
- PÃES E BISCOITOS. Nada de
consumir em excesso! Além disso, você deve preferir as versões integrais.
terça-feira, 7 de março de 2023
segunda-feira, 6 de março de 2023
domingo, 5 de março de 2023
sábado, 4 de março de 2023
REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O II DOMINGO DA QUARESMA – 05/03/2023
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
N |
este
domingo a liturgia se ocupa em nos mostrar que nossa vida deve ser um eterno
caminhar com Jesus, tendo como exemplo Abraão que tudo deixa para seguir sua
vida com Deus e deverá estar preparado para enfrentar, com ânimo, as
dificuldades que encontrará na caminhada.
O
chamado feito a Abraão - sua vocação - pode ser visto como o início do Povo de
Deus. Nosso Patriarca vive bem em sua terra, possui mulher, família e muitos
bens. Deus, ao convidá-lo para estar com Ele, solicita que deixe tudo e vá para
onde Ele lhe indicar. Abraão obedece e parte com sua mulher e com seu sobrinho,
empregados e bens. Ele confia na promessa do Senhor de que terá descendência e
terra, de que será a origem de um grande povo.
O
que aconteceu com Abraão? Como ele deixa a segurança conquistada pelos seus e
empreende uma aventura? Qual a segurança que ele possui? Como tem certeza de
que foi Deus quem lhe falou e lhe pediu essa aparente loucura?
Deus
não apareceu a Abraão de um modo físico, palpável, e pronunciou palavras
dirigidas a ele, mas Abraão possuía uma visão espiritual da realidade em que
vivia. Ele sabia ler nos acontecimentos da vida a ação de Deus e entendia,
refletindo na oração, o que Deus lhe pedia.
Abraão
teve coragem de deixar o modelo de vida que lhe dava segurança e
desacomodando-se seguiu em frente naquilo que o Senhor lhe pedia através de
sinais entendidos na oração.
Todo
aquele que presta atenção nos acontecimentos da vida – que sabemos por jornal,
rádio, televisão, internet, e principalmente naqueles que se referem
diretamente à nossa vida particular – e apresenta tudo isso ao Senhor, para que
à luz do Espírito Santo, possa refletir, saberá quais os apelos de Deus para
sua vida e poderá se considerar filho de Abraão, membro desse Povo que é guiado
pelo Senhor e não tem medo de desafios e de viver na insegurança deste mundo.
Sua proteção está no Senhor, que fez o céu e a terra. Por isso sente-se livre
para deixar o conforto, a segurança e, com sua família, após um discernimento,
partir para o desconhecido, mas indicado pelo Senhor.
No
Evangelho, Mateus, como sempre, quer mostrar a todos que Jesus é o verdadeiro
Messias. Ele, desde o início do trecho de hoje, usa terminologias conhecidas já
no Antigo Testamento, quando vamos ler o relato da Criação: “Seis dias depois”.
Seis dias depois de quê? Da Criação do Mundo, da Criação do Homem? Quando lemos
o Êxodo: “uma alta montanha”. Qual? A do Sinai? Em seguida, ele vai falar de
uma “nuvem luminosa”. Também lemos sobre ela no Êxodo.
Como
poderemos interpretar o recado de Mateus?
Em
seu Evangelho, sempre que Jesus vai fazer algo muito importante, Ele sobe a
montanha. Jesus repete várias vezes o que Moisés fez. Moisés é envolvido por
uma luz, Cristo também.
Após
o sexto dia Deus descansou, temos a conclusão da Criação. No Evangelho, o sexto
dia quer apresentar a plenificação daquilo que Deus preparou para o homem.
Mateus
nos apresenta Jesus como o verdadeiro Moisés, aquele que dá ao novo Povo de
Deus, a nova lei, aquele que revela Deus definitivamente! Jesus nos revela o
projeto do Pai.
Todo
aquele que possui uma afinidade, uma intimidade com Jesus Cristo, leva adiante
essa atenção reflexiva para perceber se, no seu dia a dia, o Senhor não lhe
está pedindo alguma coisa. Para essas pessoas, nada é por “acaso”. Para elas
essa palavra não existe. O que aparentemente surgiu sem muito haver, de modo
espontâneo, gratuito, mas interferindo em minha vida, deve ser olhado,
refletido como uma mensagem de Deus para mim.
Para
o três apóstolos: Pedro, Tiago e João, a transfiguração de Jesus foi ocasião
para crescerem na atenção dada ao Mestre. Jesus não era mais um, mais um
Profeta, mas o Filho amado do Pai, no qual Ele colocou todo o Seu agrado e ao
qual deveremos sempre escutar.