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o princípio de que a FAMÍLIA é o
berço de nossa formação, e de que é nela que aprendemos a ser cidadãos e também
cristãos (ao sermos conduzidos à pia batismal, lugar de nossa confirmação
como filhos de Deus), devemos entender que, se queremos que alguém viva uma
vida autenticamente cristã, é preciso que a FAMÍLIA, da qual fazemos parte,
seja o lugar onde possa encontrar o ambiente privilegiado para seu contato com
Deus através da experiência com Jesus Cristo.
É
preciso que a FAMÍLIA resgate seu papel de evangelizadora, vencendo as
dificuldades às quais está exposta a cada dia, para que assim possa cumprir sua
missão de ser o primeiro lugar do anúncio da Palavra de Deus para seus membros.
No
livro dos Atos dos Apóstolos, encontramos o exemplo de conversão de Cornélio e
de sua família ao cristianismo. Cornélio era centurião romano e foi o primeiro
estrangeiro convertido. Segundo o relato, “ele e todos os de sua casa eram
tementes a Deus. Dava muitas esmolas ao povo e orava constantemente”. (At 10,12)
Quando o encontrou, Pedro exclamou: “Em verdade, reconheço que Deus não faz
distinção de pessoas, mas em toda nação lhe é agradável aquele que o temer e
fizer o que é justo”. (At 10,34)
Em
tempos moralmente conflituosos e, por isso mesmo, mais exigentes, quando a
resposta necessita ser mais direta e eficaz, se queremos evangelizar alguém, é
preciso que iniciemos por evangelizar sua FAMÍLIA para que, assim, ela possa
cumprir sua tarefa diante da sociedade.
A
Igreja precisa atentar para as realidades que sugerem mais sua atenção
pastoral, a fim de preparar melhor seus fiéis para que possam “estar no
mundo sem ser do mundo”, e não se fecharem aos novos desafios
questionadores que se apresentam, para os quais muitas vezes os cristãos ainda
não têm resposta, seja pela velocidade como as coisas acontecem no mundo de
hoje, ou mesmo pela efemeridade de tais novidades que surgem e desaparecem,
dando lugar a outras realidades num rápido prazo de tempo.
À
Igreja é dada a missão de zelar por seus fiéis, que a ela foram entregues por
Nosso Senhor Jesus Cristo, quando de sua ascensão. Aos discípulos foi dada a
responsabilidade de ir pelo mundo anunciando o Evangelho a todos os povos,
tornando-os discípulos dele (cf. Mc 16,15). Dessa forma, quem crer e for
batizado será salvo. Essa salvação pode também passar pela FAMÍLIA, Igreja
doméstica.
São
João Paulo II, na Familiaris Consortio, convocou as famílias a se tornarem
aquilo que são, afirmando que “cada família deve ser uma comunidade de vida
e de amor, numa busca que, como para cada realidade criada e redimida,
encontrará a plenitude no Reino de Deus”. Com essa convocação, o Santo
confirma que cada pessoa no seio de sua FAMÍLIA precisa receber o anúncio e
tornar-se também anunciadora, para que dessa forma o mundo possa conhecer, a
partir da família, a beleza do amor que Deus tem para com os homens.
Não
é difícil para os evangelizadores perceber que cada pessoa deve ter em sua
FAMÍLIA a referência de encontro com Deus. Por esse motivo as FAMILIAS, tão
fragilizadas no mundo de hoje, precisam de atenção especial da parte da Igreja,
e não se pode medir esforços para que ela se fortaleça e, mesmo, se restabeleça
das feridas deixadas pelo mundo. Por isso podemos afirmar: QUER EVANGELIZAR
ALGUÉM? INICIE PELA SUA FAMÍLIA!
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