quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA É INSERIDO NO LIVRO DOS HERÓIS E HEROÍNAS DA PÁTRIA


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 padre CÍCERO ROMÃO BATISTA foi incluído como herói do Brasil no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. É o que determina a Lei 14.693/2023, lei originada de proposta (PL 10/2020) da Câmara dos Deputados, aprovada pelo Senado Federal em 14 de setembro de 2023 e sancionada pela presidência da República em 10 de outubro de 2023.

Padre Cícero (ou Padim Ciço, como é conhecido popularmente) nasceu na cidade do Crato (CE), em 24 de março de 1844, e foi ordenado padre em 30 de novembro de 1870. Desenvolveu trabalho pastoral por meio de pregações, aconselhamentos, confissões e visitas domiciliares. A influência de Padre Cícero e seu reconhecimento como homem bom e caridoso foram sedimentados na cultura nordestina. A análise de sua vasta obra já resultou em centenas de publicações, incluindo estudos e biografias, as quais revelam uma vida dedicada ao povo brasileiro.

A história de Cícero Romão Batista em Juazeiro do Norte (CE) é marcada por importante acontecimento, em 1889. Na ocasião, ao participar de uma comunhão geral, oficiada por ele na Capela de Nossa Senhora das Dores, a beata Maria de Araújo teria presenciado a hóstia a ela ofertada transformar-se em sangue. O fenômeno teria se repetido algumas vezes, e o milagre da hóstia tornou-se amplamente conhecido na região.

Em 2022, a  Igreja Católica autorizou o início do processo de beatificação de Padim Ciço, já considerado "santo popular" por muitos fiéis católicos. 

Padre Cícero dinamizou a espiritualidade católica na região do Cariri, sendo responsável pela espiritualidade de todo o povo nordestino até os dias de hoje. Celebrou sua primeira missa em Juazeiro do Norte (CE) (quando ainda era um povoado chamado de Tabuleiro Grande) na noite de Natal de 1870.

A partir daí passou a estar mais presente, atendendo o povo com suas palavras e com o seu exercício ministerial. Mas foi com um sonho que o Padre Cícero percebeu como se daria a sua missão em Juazeiro.

No mencionado sonho, vislumbrando a última ceia, percebeu a presença de inúmeras pessoas ao redor de Jesus e dos apóstolos. Seriam os flagelados da seca que assolava o interior nordestino. Diante de tão impressionante cena, Padre Cícero escutou de Jesus as palavras que o acompanharam durante toda a sua vida: “e tu, Cícero, toma conta deste povo!”. Foi realmente um divisor de águas para um sacerdote recém ordenado.

Vários acontecimentos milagrosos serviram para fomentar as peregrinações à Juazeiro do Norte (entre eles, a hóstia ofertada a beata Maria de Araújo, transformar-se em sangue) permitiu alavancar a vida do pequeno povoado, pois muitos vinham mesmo para residir e estar perto do padrinho querido.

Em meio a tantas transformações, o que era um povoado, tornara-se cidade ao ser emancipado a 22 de julho de 1911, vindo a ter como seu primeiro representante municipal o querido Padre Cícero.

A cidade se desenvolvia no aspecto político-econômico e a religiosidade popular se tornava ainda mais forte com os conselhos do padrinho Padre Cícero e com a crescente presença dos romeiros e das romarias.

Padre Cícero morreu em Juazeiro do Norte (CE), em 20 de julho de 1934, aos 90 anos, encontrando-se sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na mesma cidade.

HOMENAGEM

O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria registra o nome e homenageia os brasileiros ou grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida em defesa e construção do país com dedicação e heroísmo excepcionais.

O livro, constituído de páginas em aço, está guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Com o padre Cícero, somam-se 66 personalidades incluídas no reconhecimento de Heróis e Heroínas da Pátria. Dentre eles estão Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Machado de Assis e Irmã Dulce.

Com informações da Agência Senado e Diocese do Crato (CE).

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