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FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ é celebrada no domingo após o Natal. Esta festa desenvolveu-se a partir do século XIX, no Canadá e, depois, em toda a Igreja, a partir de 1920. No início, era celebrada no domingo após a Epifania. Esta festa tem o intuito de apresentar a Sagrada Família de Nazaré como "verdadeiro modelo de vida" (Coleta), no qual as nossas famílias possam se inspirar e encontrar ajuda e conforto.
EVANGELHO: (LC 2,41-52)
“Os pais de Jesus iam todos os anos a
Jerusalém para a Festa da Páscoa. Tendo ele completado doze anos, subiram a
Jerusalém, segundo o costume da festa. No final dos dias da festa, enquanto
voltavam, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais percebessem.
Achando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, caminharam por
um dia. Depois, ao sentirem a sua falta, começaram a procurá-lo entre os
parentes e conhecidos. Visto que não o encontravam, voltaram a Jerusalém para
procurá-lo. Após três dias, encontraram-no no Templo, sentado entre os
doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam ficavam
maravilhados pela sua sabedoria e respostas. Quando seus pais o viram, ficaram
atônitos; e sua mãe disse-lhe: “Meu filho, por que nos fizeste isto? Teu pai e
eu estávamos aflitos à tua procura”. Respondeu-lhes ele: “Por que me
procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”. Mas, eles
não compreenderam o que lhes estava dizendo. Depois, desceu com eles para Nazaré
e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas essas coisas no seu coração. E
Jesus crescia em sabedoria, idade e graça, diante de Deus e dos homens”.
DOM DIVINO
O primeiro aspecto desta festa, que
emerge dos textos bíblicos, é que o Menino é um dom de Deus: é que lemos na
primeira leitura, que narra o nascimento do profeta Samuel, a partir da
resposta que Jesus dá a seus pais no Templo.
MAL-ENTENDIDO
“Não sabíeis que devo ocupar-me das
coisas de meu Pai?”. Na sua
explicação: “Teu pai e eu estávamos aflitos à tua procura”, Maria
se referia ao seu pai José, mas, na sua resposta, Jesus alude a Deus, seu Pai.
Seus pais, porém, "não entenderam”, embora soubessem que seu filho
era um "dom de Deus". No fundo, somente a Cruz revela, em toda a sua
plenitude, quem realmente era Jesus, o Filho de Deus.
O CAMINHO DE FÉ DE MARIA
A resposta de Jesus não foi fácil para a
Virgem Maria, tanto que o evangelista esclarece: “Sua mãe guardava todas
essas coisas no seu coração”. Ela não as descarta da memória e do coração,
mas sabia que tinha que esperar para entender. Este é o caminho da fé, onde a
dúvida não detém a esperança, mas se abre à expectativa.
JOSÉ E MARIA, PAIS DE JESUS
Como os pais de hoje, José e Maria
também tiveram dificuldade de compreender as palavras e as escolhas do Filho
Jesus: os pais de hoje podem aprender deles a tomar consciência de que, acima
de tudo, se tratava de um filho, que devia crescer e, certamente, corresponder
às muitas expectativas, dos pais, amigos, colegas... No entanto, há uma
expectativa bem mais importante, fundamental e básica: a de Deus, Pai e
Criador. Diante desta expectativa, que se torna uma “chamada” no coração de
cada um de nós, a atitude mais adequada é a oração, “guardar no coração”, para
que tudo possa se revelar em tempos e modos oportunos.
O ESPÍRITO SANTO FALA ÀS FAMÍLIAS DE HOJE
O Espírito Santo continua, ainda hoje, a
guiar "todos os povos", "todos os casais", "todos os
pais". Porém, temos que ouvir o que o Espírito nos fala. Se o Filho de
Deus vem ao nosso encontro, através de um Menino, e se o nosso olhar de fé pode
captar esta presença, então temos que lembrar que as coisas do dia a dia têm
sua importância; os encontros cotidianos nunca são inúteis ou puras
coincidências. Por isso, é preciso manter nosso olhar de fé, dentro e ao nosso
redor, pois podemos encontrar ou rejeitar a presença de Deus em todos os
lugares, porque tudo é um sinal, para quem acredita.
EVANGELHO DA FAMÍLIA
Viver o Evangelho da família, sobretudo
hoje, não é fácil: somos criticados ou atacados porque defendemos a vida, desde
o seio materno. No entanto, o Evangelho nos mostra o caminho, talvez exigente,
para vivermos uma vida digna, em nível pessoal e familiar, mas fascinante e
totalizante: um caminho que, ainda hoje, merece confiança e crédito, sob o
exemplo e intercessão da Família de Nazaré. Em toda família há momentos de
felicidade e tristeza, de tranquilidade e dificuldades. Esta é a vida. Viver o "Evangelho
da família" não nos dispensa de passar por dificuldades e tensões,
momentos de alegre fortaleza e de triste fragilidade. As famílias feridas e
marcadas pela fragilidade, fracassos, dificuldades... podem reviver, se
souberem haurir da fonte do Evangelho; assim, poderão encontrar novas
possibilidades para recomeçar.
Fonte: Vatican News
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