sábado, 31 de maio de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR – 01/06/2025

 

Vatican News

Q

uarenta dias após a Ressurreição, Jesus sobe ao céu por seu próprio poder; não é uma despedida, mas um gesto que marca um novo jeito de caminhar conosco em nossa jornada rumo à pátria definitiva.

Esta comemoração não tem um caráter cronológico, mas teológico-catequético.

Lucas, nos Atos dos Apóstolos, quis afirmar que Jesus, o crucificado, ressuscitou e foi acolhido por Deus. Os dois anjos com vestes brancas são os mesmos que apareceram no dia de Páscoa, relatado em seu Evangelho.

O mesmo Lucas, autor do Evangelho que leva seu nome, escreveu nesse seu outro livro uma cena muito mais simples – Jesus se elevou aos céus perante seus discípulos.

O céu, entendido a partir do Evangelho de Jesus, não é o além das estrelas e das nuvens. Isso seria um céu materializado, continuação do nosso mundo. Céu é a comunhão plena com o Pai, a sintonização absoluta com sua santíssima vontade e a vivência radical da caridade, do amor, a plenitude do amor fraterno, em total ágape e comunicação com a Trindade.

Jesus subiu ao céu no mesmo instante de sua morte, mas os discípulos só foram compreendendo isso aos poucos, a partir do terceiro dia.

O Senhor volta para o Pai e, ao mesmo tempo, está conosco, ao nosso lado. Isso é possível porque Deus é onipotente, está em toda parte, em todo lugar. Principalmente porque ele nos ama e quem ama deseja ficar ao lado do ser amado.

Jesus está presente no mundo, no meio dos homens quando o testemunhamos, quando somos fiéis aos seus ensinamentos e praticamos a justiça, o amor e o perdão.

Sua obra de redenção continua no mundo, através da ação da Igreja, através de nossa ação de batizados. Somos os continuadores de sua missão redentora. Ele investe todos nós nessa missão ao dizer: “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!”.

Ascensão não é despedida, afastamento de Jesus, mas outro modo de Ele estar presente ao nosso lado através de sinais. Por isso ele acrescenta: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.

E os sinais serão nossa prática de caridade fraterna, nossa ida aos marginalizados, aos sofredores, nossa vida alicerçada nos valores do Reino e não nos contravalores de uma sociedade materialista e consumista.

Mensagem do dia... 31/05/2025

 

sábado, 24 de maio de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 6º DOMINGO DA PÁSCOA – 25/05/2025

 

Pe. Paulo Sérgio Silva - Diocese de Crato-CE

A

o longo do tempo pascal temos acompanhado Jesus ressuscitado se fazendo presente na caminhada de sua comunidade apostólica. Estes encontros com o Senhor ressuscitado além de fortalecer a fé dos discípulos, serviram para consolidar em seus corações os valores do Reino, essenciais para a fidelidade ao anúncio do Evangelho. Jesus inicia sua despedida física e prepara os discípulos para vivenciar um novo tipo de presença permanente. As nossas próximas celebrações litúrgicas – Ascenção e Pentecostes, anunciam novas etapas de crescimento para a fé cristã. A comunidade deverá manter-se em Unidade para permanecer sendo promovedora da Paz.

A primeira leitura (At 15,1-2.22-29) nos coloca diante da Igreja nascente buscando resolver os desafios nascidos do encontro das diferentes culturas nas quais foi semeado o Evangelho. A questão apresentada é de suma importância e por isto se fez necessário realizar o primeiro “Concílio Apostólico” ou “Concílio de Jerusalém”: “Qual a condição essencial para ser discípulo de Jesus Cristo”? Depois de rezarem e dialogarem, conduzidos pelo Espírito Santo, os apóstolos e anciãos aprenderam a distinguir o essencial do que é secundário, atualizaram e reafirmaram a proposta central do Evangelho para todos os povos. Esta atitude revela um discernimento que característico da espiritualidade das primeiras comunidades cristãs: se deixar conduzir pelo Espírito Santo para discernir a vontade de Deus (Rm 12,2; Ef 5,10). Esta decisão conciliadora permanecerá na Igreja ao longo dos séculos, tanto que Santo Agostinho a resumirá em sua célebre frase: “Nas coisas essenciais, a unidade; nas coisas não essenciais, a liberdade; em todas as coisas, a caridade”.

A situação narrada é bem semelhante aos nossos dias atuais onde diferentes grupos dentro da Igreja tentam tomar para si a responsabilidade de afirmar o que é a fé cristã enquanto negam a Unidade na Caridade que é presidida e garantida pelo Santo Padre, atualmente o Papa Leão XIV. O que era o essencial para a fé nos tempos apostólicos continua o sendo, pois o essencial não muda, é algo permanente. No era dos Apóstolos quiseram afirmar a necessidade de circuncisão para a salvação. No tempo atual tentam também afirmar certos fatos para “cercar” e condicionar a salvação. O que foi, é e sempre será o essencial de nossa fé? O que é necessário para ser verdadeiramente cristão? É uma língua ou idioma? Um rito celebrativo? Uma cultura? Ainda estamos deixando que o Espírito Santo continue nos apontando como anunciar o Evangelho ao invés impor nossos gostos e preferências sobre a unidade da Igreja?

Na segunda leitura (Ap 21,10-14.22-23), apresenta-nos novamente a “Jerusalém messiânica”, cidade da plena comunhão com Deus, manifestação da nova terra e do novo céu onde habita a justiça (2Pe 3,13). Este é o lugar do encontro definitivo entre Deus e o seu Povo; e está fundada sobre os doze Apóstolos (testemunhas do Cordeiro) que representam as 12 tribos de Israel. Eis a totalidade do Povo de Deus (Antigo e Novo Testamento). Assim compreendemos que o cristianismo se compõe de várias tradições religiosas, tanto de judeus como de pagão/gentios. A humanidade unida e reunida não mais necessitará de astros que produzam luz. Sua luz perpétua é a vida de Deus e do seu Cordeiro. Aquilo que a Igreja busca viver enquanto peregrina “neste vale de lágrimas”, é vislumbrada em sua plenitude: a unidade na diversidade.

No Evangelho (Jo 14,23-29), Jesus, no contexto de despedida na Última Ceia, indica aos discípulos como poderão permanecer em comunhão com Ele mediante sua assistência através do “paráclito” – o Espírito Santo. Se trata da conclusão do chamado “discurso da consolação”, onde Jesus, sabendo que se aproximava a sua “hora”, prepara sua comunidade para viver sua presença de outra forma. No coração dos discípulos parece surgir inquietações e dúvidas: eles poderão continuar no “caminho” do Reino, se Jesus não caminhar fisicamente ao lado deles?

Jesus promete uma morada permanente Dele e do Pai, no coração humano. A condição para que esta promessa se realize é que o discípulo ame verdadeiramente a Jesus e acolha sua Palavra. Em seguida lhe oferece o dom da paz. Aqui não se trata de uma paz sangrenta advinda do poder devastador de um exército cuja força vem das armas – como a pax romana imposta pelo império romano no tempo de Jesus. A paz que pregamos hoje – seja como leigos ou sacerdotes – é a paz de Jesus Cristo ou a “paz” de um império político? Nossos planos são fundamentados na oração e no discernimento da voz do Espírito Santo ou no dinheiro e nas armas manchadas de sangue?

A comunidade precisa confiar na ação de Deus, por isto não deve se deixar intimidar pelas ameaças nem se desesperar diante dos obstáculos. E muito menos devemos construir muros para separar os cristãos dos demais povos. Se fizermos isto negaremos a essência da missão da Igreja. Devemos nos reunir para meditar a Palavra e fazer Oração tendo como luz e guia o Espírito Santo, para que Ele outra vez nos conduza ao discernimento do que é a vontade do Pai do mesmo modo como Jesus fez e viveu.

Deus em sua divina sabedoria e compaixão nos torna os realizadores da nossa própria história, no entanto não nos abandona, permanece caminhando conosco. De maneira sucinta e discreta, respeitando a nossa liberdade e nos auxiliando com sua Graça, Ele encontrou formas de permanecer conosco. Nós, os cristãos – a Igreja, continuadora da missão de Jesus e que possui como fundamento os apóstolos e a Tradição advinda deles, devemos permanecer atentos e dóceis aos apelos do Espírito Santo para continuarmos caminhando em direção às portas da Jerusalém celeste, a morada definitiva de Deus e nossa.

Mensagem do dia... 24/05/2025

 

terça-feira, 20 de maio de 2025

RESPEITE O AUTISTA

 

A

 conscientização sobre o autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é fundamental para promover a inclusão, a aceitação e o respeito por pessoas autistas. Essa conscientização ajuda a combater o preconceito e o estigma, disseminando conhecimento sobre o TEA e facilitando o diagnóstico e a intervenção precoce. 

Por que a conscientização é importante?

  • INCLUSÃO E ACEITAÇÃO:

Ao entender melhor o TEA, as pessoas podem ser mais tolerantes e acolhedoras com pessoas autistas, criando ambientes mais inclusivos. 

  • COMBATE AO PRECONCEITO:

A conscientização ajuda a combater o preconceito e o estigma associados ao TEA, que muitas vezes levam a discriminação e o isolamento. 

  • MELHORA NO DIAGNÓSTICO:

A informação sobre o TEA pode ajudar pais, educadores e profissionais de saúde a identificar sinais e sintomas do transtorno, facilitando o diagnóstico precoce. 

  • INTERVENÇÃO PRECOCE:

O diagnóstico precoce permite que as pessoas com TEA recebam a intervenção adequada para apoiar seu desenvolvimento e bem-estar. 

  • EMPATIA E RESPEITO:

A conscientização promove a empatia e o respeito pelas diferenças, ajudando a criar uma sociedade mais justa e inclusiva para todos. 

Como promover a conscientização?

  • INFORMAÇÃO:

Compartilhe informações sobre o TEA, suas características e as necessidades das pessoas autistas. 

  • EDUCAÇÃO:

Inclua a temática do autismo nas escolas e outros espaços de educação, para que crianças e jovens possam aprender sobre o tema e desenvolver a empatia. 

  • EMPATIA:

Incentive a empatia e o respeito por pessoas autistas, mostrando que elas são diferentes, mas não menos importantes. 

  • AÇÕES INCLUSIVAS:

Promova ações que visam a inclusão de pessoas autistas em diferentes áreas, como educação, trabalho e lazer. 

  • COMBATE AO PRECONCEITO:

Combata o preconceito e o estigma associados ao autismo, mostrando que as pessoas autistas são capazes de realizar as suas vidas e contribuir para a sociedade. 

Em resumo:

A conscientização sobre o autismo é um passo fundamental para construir uma sociedade mais justa, inclusiva e respeitosa, onde as pessoas com TEA possam viver plenamente, com suas diferenças e sem barreiras.

Atenção: A matéria destina-se apenas a fins informativos. Para receber aconselhamento ou diagnóstico médico, consulte um profissional qualificado. Nessa matéria, utilizamos a IA generativa experimental.

Mensagem do dia... 20/05/2025


sábado, 17 de maio de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 5º DOMINGO DA PÁSCOA – 18/05/2025

 

Padre César Augusto, SJ – Vatican News

O

 Evangelho de hoje é surpreendente enquanto nos diz como o modo de ser de Jesus é diferente do modo de ser dos homens: é claro que já o sabemos, mas não nos acostumamos com isso.

Na história antiga, a vitória dos reis, dos generais, se manifestava na opressão sobre os vencidos. A entrada triunfal dos generais romanos, de Júlio César, por exemplo, e também dos de outros povos era a expressão maior da opressão. À frente de sua pessoa, no desfile, eram levados os troféus, objetos de valor, animais, tudo pilhado no butim.

Mais horripilante era que no conjunto desses despojos estavam seres humanos, homens, mulheres, crianças, reis, príncipes, pessoas comuns, todos sendo arrastados como objetos a serem vendidos como escravos. A glória do comandante, a vitória do povo estava alicerçada na desgraça, na infame humilhação, no sangue, na morte de um povo.

Com Jesus é o contrário. Nos versículos 31 e 32 do Evangelho de hoje, nos fala que sua morte é sua glorificação e é na cruz que ele demonstrará seu amor por todos nós. Mais ainda, isso é dito após ele ter lavado os pés dos discípulos, de todos, inclusive de Judas que o irá trair. O Senhor não usa de retaliação para com Judas, ao contrário, lhe oferece mais uma oportunidade de se deixar tocar pelo amor.

Aproveitemos o momento e façamos uma reflexão sobre nosso testemunho de Jesus. Como procedemos? Qual nossa visão de sucesso, de êxito? A quem parabenizamos? A quem é rico, inteligente, bonito, culto? A quem prontamente nos colocamos à disposição? Somente a quem tem algo a nos dar em troca?

Qual nossa relação para com os pobres, os velhos, os doentes, os aleijados, os marginalizados pela sociedade?

O Senhor termina o Evangelho de hoje dizendo: “Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.

Jesus nos propõe um modo de ser para criar o mundo novo, de amor, de respeito, de serviço.

A segunda leitura, tirada do livro do Apocalipse, que fala de um novo céu e uma nova terra, está falando exatamente dessa nova civilização onde uma nova ordem social é instaurada, a ordem do amor, da fraternidade. Por isso, “a morte não existirá mais”, não haverá mais violência, nem desprezo do mais forte sobre o mais fraco, mas será a vitória da misericórdia. Então ouviremos: “Eis que faço novas todas as coisas!” Sejamos esses homens e mulheres novos, construtores de uma nova sociedade alicerçada no amor.

FELIZ ANIVERSÁRIO, PENHA MACIEL!

 

Mensagem do dia... 17/05/2025


terça-feira, 13 de maio de 2025

13 de Maio - Nossa Senhora de Fátima

 

E

m 13 de Maio de 1917 – A mãe de Deus aparece aos três pastorinhos próximo a Fátima – Portugal, no 13º dia de seis consecutivos meses. Nossa Senhora transmite mensagem de esperança e de advertência quanto aos perigos para a humanidade e para os fiéis da Igreja.

Em sua aparição falou sobre os erros da Rússia, e também da grande perseguição da Igreja, do Santo Padre e dos riscos das almas que caem no inferno.

Ela apareceu segurando o Seu Imaculado Coração e diz: Deus quer difundir no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração… Venho pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração, e a Comunhão em reparação nos primeiros sábados de cada mês. Se o meu pedido for atendido, a Rússia se converterá e haverá paz. Caso contrário, a Rússia espalhará o seu erro por todo o mundo, promovendo guerras e a perseguição à Igreja.

Os bons serão martirizados, O Santo Padre sofrerá muito. Nossa Senhora diz a Francisco e Jacinta que morreriam em breve e iriam para o céu, entretanto Lúcia deveria permanecer ainda por muitos anos no mundo para promover a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Faleceu em 2005, aos 97 anos. 

Durante seis meses, Nossa Senhora apareceu em Portugal. Lênin organizava na Rússia a revolução Bolshevik, assumindo o governo da Rússia, com o objetivo de conquistar o mundo ao ateísmo.

Em 10 de dezembro de 1925, Nossa Senhora aparece para Irmã Lucia, já no convento em Pontevedra, Espanha e pede por reparação sacramental a Confissão e a Santa Eucaristia aos primeiros sábados e mais a oração do santo rosário meditando seus mistérios. Uma graça especial é prometida àqueles que nos primeiros 5 sábados de cada mês, realizarem tal ato de reparação pela humanidade, por ela solicitada, tendo a intercessão de Maria na hora de sua morte.



Mensagem do dia... 13/05/2025

 

sábado, 10 de maio de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 4º DOMINGO DA PÁSCOA – DOMINGO DO BOM PASTOR - 11/05/2025

 

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

C

elebramos hoje, como em todo 4º Domingo Pascal, o Dia do Bom Pastor! A dimensão dada ao título “pastor” neste domingo, não é a de um homem manso e carinhoso em relação a cada uma das ovelhas de seu rebanho, mas a de um enérgico pastor que toma conta e luta pelo rebanho.

A salvação das ovelhas está assegurada pela determinação do pastor que diz “ninguém vai arrancá-las de minha mão.” Nada que fizermos conseguirá nos separar de Deus! Essa é uma incomensurável boa nova! E o Senhor acrescenta: “ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.” Somos de Deus e pronto!

Cristo é o Pastor que deu vida pelo rebanho, formado por pessoas que praticam o bem, que dão a vida pelos irmãos, como Jesus. Só pode dar a vida quem crê na ressurreição, quem já vive como ressuscitado. Seu dom supera a morte!

Aí está o sinal da vocação, viver neste mundo sem deixar-se apegar ao mal, ouvindo o chamado para fazer o bem! “As minhas ovelhas escutam a minha voz”, a voz do bem, do ressuscitado, do livre!

Somos chamados ao rebanho de Cristo se nossa vida é fazer o bem!

Jesus e o Pai constituem uma unidade: “Eu e o Pai somos um”. Criticar e rejeitar Jesus, é criticar e rejeitar o Pai. É necessário que nos tornemos um com Cristo. Nossos valores, nossos projetos, nossos desejos deverão ser os de Cristo. Recordemos nossas renúncias e nossa profissão de fé realizadas no batismo. Foi nossa rejeição ao pecado, à morte, e nosso sim a Deus, à Vida.

A força de Jesus é transmitida aos que recebem sua vida, o sopro de seu Espírito. Por isso o mundo não pode arrebatar aqueles que são de Jesus, que são do Pai.

Peçamos ao Pai do Senhor Jesus, o Bom Pastor, que nos fortifique, que nos solidifique na vocação à vida e na resposta dada através de nosso batismo. Digamos a oração da missa de hoje: “Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor.”

Mensagem do dia... 10/05/2025

 

sexta-feira, 9 de maio de 2025

No dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia, o mundo conhece o 267º sucessor de Pedro: PAPA LEÃO XIV

 

N

a quarta votação do Conclave, na tarde da quinta-feira, 8 de maio de 2025, os cardeais chegaram a um consenso sobre o nome do 267º Sucessor de Pedro. Eram 18 horas e 07 minutos (horário de Roma) quando a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina, provocando uma verdadeira comoção e gritos de júbilo entre os milhares de presentes na Praça São Pedro e Via da Conciliação, testemunhas oculares de um dia histórico para a Igreja e para o mundo. O badalar dos sinos da Basílica de São Pedro que se seguiu foi uma confirmação de que "Habemus Papam".

Tendo aceitado sua eleição à Cátedra de Pedro, o cardeal Robert Francis Prevost - Papa Leão XIV, o novo Pontífice deixa a Capela Sistina e dirige-se à chamada “Sala das Lágrimas”. Ali, com a ajuda do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Giovanni Ravelli, ele veste uma das três roupas papais preparadas, para então se dirigir até a Sacada Central da Basílica, de onde o protodiácono, cardeal Dominique Mamberti, anunciará ao mundo o nome do novo Papa com a fórmula do Habemus Papam em latim.

João Paulo I, em 1978, e Bento XVI, em 2005, também foram eleitos no quarto escrutínio.

A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.

A VIDA E HISTÓRIA DE

PAPA LEÃO XIV

Primeiro papa agostiniano, é o segundo pontífice americano depois de Francisco, mas, ao contrário de Bergoglio, o estadunidense Robert Francis Prevost, de 69 anos, é originário do norte do continente. De fato, o novo bispo de Roma nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago, Illinois, filho de Louis Marius Prevost, de ascendência francesa e italiana, e de Mildred Martínez, de ascendência espanhola. Ele tem dois irmãos, Louis Martín e John Joseph.

Passou a infância e a adolescência com a família e estudou primeiro no Seminário Menor dos Padres Agostinianos e depois na Villanova University, na Pensilvânia, onde se formou em 1977 em Matemática e estudou Filosofia. Em 1º de setembro do mesmo ano, ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (OSA) em St. Louis, na província de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Chicago, e fez sua primeira profissão em 2 de setembro de 1978. Em 29 de agosto de 1981, emitiu seus votos solenes.

Estudou na Catholic Theological Union em Chicago, graduando-se em Teologia. Aos 27 anos, foi enviado por seus superiores a Roma para estudar Direito Canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum). Na Urbe, foi ordenado sacerdote em 19 de junho de 1982, no Colégio Agostiniano de Santa Mônica, por Dom Jean Jadot, pró-presidente do Pontifício Conselho para os Não Cristãos, hoje Dicastério para o Diálogo Inter-religioso.

Prevost obteve a licenciatura em 1984 e, no ano seguinte, enquanto preparava sua tese de doutorado, foi enviado para a missão agostiniana em Chulucanas, Piura, Peru (1985-1986). Em 1987 defendeu sua tese de doutorado sobre "O papel do prior local da Ordem de Santo Agostinho" e foi nomeado Diretor de Vocações e Diretor de Missões da Província Agostiniana "Mãe do Bom Conselho" em Olympia Fields, Illinois (EUA).

No ano seguinte, ingressou na missão de Trujillo, também no Peru, como diretor do projeto de formação comum para os aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Durante onze anos, ocupou os cargos de Prior da comunidade (1988-1992), Diretor de Formação (1988-1998) e formador dos professos (1992-1998) e na Arquidiocese de Trujillo foi Vigário Judicial (1989-1998) e Professor de Direito Canônico, Patrística e Moral no Seminário Maior “São Carlos e São Marcelo”. Ao mesmo tempo, também lhe foi confiado o cuidado pastoral de Nossa Senhora Mãe da Igreja, que mais tarde foi erigida como paróquia com o título de Santa Rita (1988-1999), na periferia pobre da cidade, e foi administrador paroquial de Nossa Senhora de Monserrat de 1992 a 1999.

Em 1999, foi eleito prior provincial da Província Agostiniana “Mãe do Bom Conselho” de Chicago, e dois anos e meio depois, no Capítulo Geral Ordinário da Ordem de Santo Agostinho, seus coirmãos o escolheram como prior geral, confirmando-o em 2007 para um segundo mandato.

Em outubro de 2013, retornou à sua província agostiniana, em Chicago, e foi diretor de formação no convento de Santo Agostinho, primeiro conselheiro e vigário provincial; cargos que ocupou até que o Papa Francisco o nomeou, em 3 de novembro de 2014, administrador apostólico da diocese peruana de Chiclayo, elevando-o à dignidade episcopal como bispo titular de Sufar. Ele entrou na diocese em 7 de novembro, na presença do Núncio Apostólico James Patrick Green, que o ordenou bispo pouco mais de um mês depois, em 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Catedral de Santa Maria.

O seu lema episcopal é “In Illo uno unum”, palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”.

Em 26 de setembro de 2015, foi nomeado bispo de Chiclayo pelo pontífice argentino e, em março de 2018, foi eleito segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana, na qual também foi membro do Conselho Econômico e presidente da Comissão de Cultura e Educação.

Em 2019, por decisão de Francisco, foi incluído entre os membros da Congregação para o Clero em 13 de julho de 2019 e, no ano seguinte, entre os membros da Congregação para os Bispos (21 de novembro). Nesse meio tempo, em 15 de abril de 2020, recebe a nomeação pontifícia também como administrador apostólico da diocese peruana de Callao.

Em 30 de janeiro de 2023, o Papa o chamou a Roma como Prefeito do Dicastério para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, promovendo-o a arcebispo. E no Consistório de 30 de setembro do mesmo ano, ele o criou e o tornou cardeal, atribuindo-lhe o diaconato de Santa Mônica. Prevost tomou posse em 28 de janeiro de 2024 e, como chefe do dicastério, participou das últimas viagens apostólicas do Papa Francisco e da primeira e segunda sessões da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, realizadas em Roma de 4 a 29 de outubro de 2023 e de 2 a 27 de outubro de 2024, respectivamente. Uma experiência em assembleias sinodais já adquirida no passado como Prior dos Agostinianos e representante da União dos Superiores Gerais (UGS).

Enquanto isso, em 4 de outubro de 2023, Francisco o incluiu entre os membros dos Dicastérios para a Evangelização, Seção para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas Particulares; para a Doutrina da Fé; para as Igrejas Orientais; para o Clero; para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; para a Cultura e a Educação; para os Textos Legislativos; da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano.

Finalmente, em 6 de fevereiro deste ano, ele foi promovido à ordem dos bispos pelo Pontífice argentino, obtendo o título de Igreja Suburbicária de Albano.

Durante a última hospitalização de seu predecessor no hospital ‘Gemelli’, Prevost presidiu o rosário pela saúde de Francisco em 3 de março na Praça São Pedro.

 

Fonte: Vatican News


Mensagem do dia... 09/05/2025

 

quarta-feira, 7 de maio de 2025

O QUE ESPERAR DO SUCESSOR DO PAPA FRANCISCO?


O

 novo Papa, seja quem for, provavelmente continuará a linha de pensamento e reformas de Papa Francisco, adaptando-as com sua própria personalidade e estilo.

Espera-se que ele adote uma postura mais discreta, mas que continue a defender os direitos humanos e a justiça social.

O novo Papa também deverá lidar com desafios como a crescente secularização, os abusos sexuais no clero e as dificuldades de comunicação com o mundo moderno. 

REFORMAS

O novo Papa deverá consolidar as reformas promovidas por Francisco, como a descentralização da Igreja e a abertura ao diálogo com outras religiões. 

ESTILO

Espera-se que o novo Papa adote um estilo mais discreto e diplomático, diferentemente do estilo "sincerão" de Francisco. 

DESAFIOS

O novo Papa terá que lidar com desafios como o esvaziamento das igrejas na Europa, o avanço do evangelismo na América e as dificuldades em lidar com as redes sociais e a mídia. 

ABUSOS SEXUAIS

A Igreja Católica continua a enfrentar o problema dos abusos sexuais cometidos por membros do clero, o que exige medidas firmes e transparentes para restaurar a confiança dos fiéis. 

FINANÇAS DO VATICANO

O novo Papa também terá que lidar com as finanças do Vaticano, que são um tema sensível e polêmico. 

RELAÇÃO COM O MUNDO MODERNO

A Igreja terá que encontrar um equilíbrio entre suas tradições e o mundo moderno, que está cada vez mais secularizado e digitalizado. 

     Em resumo, o novo Papa terá a tarefa de conciliar a continuidade com as reformas de Francisco com as suas próprias características e estilo, enquanto enfrenta desafios que vão desde a crise dos abusos sexuais até a crescente secularização do mundo.

Mensagem do dia... 07/05/2025

 

segunda-feira, 5 de maio de 2025

MAIO: Mês da Virgem Maria!

 

N

este mês de maio, a Igreja celebra a devoção a Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo. Durante todo o mês, os fiéis cristãos são convidados a olhar com sabedoria e fé para a figura da mulher humilde e escolhida por Deus, que com o seu “SIM”, transformou a história.

O mês de maio é também chamado de Mês Mariano pelos Católicos, nele ocorre as devoções especiais à Virgem Maria. A devoção mariana teve origem no Brasil no período da colonização, com a evangelização promovida pelos padres Jesuítas e é uma força conhecida por todos nos dias de hoje.

Por todo o mês de maio, os fiéis católicos rezam junto a Nossa Senhora por inúmeras intenções, seja pela paz no mundo, pela cura das enfermidades, pela conversão dos pecadores, pela Igreja, pelas famílias, pelas causas urgentes e vistas como impossíveis, entre tantos outros pedidos e agradecimentos apresentados a Maria Santíssima, concluindo o mês com a coroação de Nossa Senhora.

Em dias alegres e tristes, com fé e devoção, os cristãos recorrem a intercessão da Santa Mãe de Deus, na certeza de serem ouvidos por aquela que cumpriu, com êxito, a vontade do Senhor.

Em Maria, os devotos encontram refúgio e a doçura da “Boa Mãe”, que acolhe os pedidos de seus filhos e filhas e, ao mesmo tempo, os apresentam ao seu filho Jesus.

O mês mariano é um tempo favorável para rezar o terço, recitar orações especiais, cantar louvores e, sobretudo, para o alcance de graças.

O mês de maio é marcado por muitas datas comemorativas como o Dia do Trabalho e o especial Dia das Mães. Também é considerado o mês das noivas e das flores.

Mensagem do dia... 05/05/2025

 

sábado, 3 de maio de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 3º DOMINGO DA PÁSCOA – 04/05/2025

Padre Elcio Alberton – Caçador-SC

N

este terceiro domingo da Páscoa, as leituras nos convidam a refletir sobre o testemunho e a missão que nos são confiados, especialmente através da figura de Pedro, um dos pilares da nossa fé. Em Atos dos Apóstolos (At 5,27b-32.40b-41), testemunhamos a coragem de Pedro diante das autoridades religiosas. Ele e os apóstolos são interrogados e reprimidos por pregarem sobre Jesus, mas não se intimidam. Pedro afirma: “É necessário obedecer a Deus antes que aos homens.” Esse simples, mas poderoso testemunho nos ensina que a nossa fidelidade a Cristo deve sempre prevalecer, mesmo diante de dificuldades.

Pedro não apenas fala de sua fé, mas vive-a em sua totalidade. Como testemunha da ressurreição, ele se tornou uma voz firme em um tempo de incertezas. Ele sabia que o impacto de sua mensagem não se limitava a suas palavras, mas se estendia a todo ato de sua vida. Esse testemunho ressoava não só em sua pregação, mas também em sua disposição para sofrer. A Escritura nos lembra que eles saíram do Sinédrio “alegres por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus”. Como isso nos inspira? Estamos prontos para enfrentar adversidades por nossa fé?

No Evangelho de João (Jo 21,1-19), encontramos uma cena impactante em que Jesus aparece novamente a Pedro e os outros discípulos à beira do mar de Tiberíades. Esta aparição é fundamental, pois não apenas oferece conforto e paz, mas também reafirma a missão de Pedro. Ao perguntar a Pedro “Você me ama?”, Jesus o comissiona a pastorear suas ovelhas. Aqui, vemos a restauração de Pedro após sua negação. O amor de Jesus é incondicional, transcendendo nossos erros e fraquezas.

A pergunta “Você me ama?” nos toca profundamente. Qual é a nossa resposta a essa pergunta? O amor autêntico a Cristo nos impede de sermos indiferentes diante das necessidades do nosso próximo. Assim como Pedro foi chamado a alimentar as ovelhas, somos convocados a cuidar uns dos outros, a ser luz no mundo e a testemunhar a esperança da ressurreição.

Enquanto contemplamos esses textos, somos desafiados a viver um testemunho cristão firme em nosso cotidiano. Nos momentos de dificuldade, que possamos lembrar das palavras de Pedro em Atos: “devemos obedecer a Deus antes que aos homens”. E, assim como Pedro, que possamos sentir a renovação em nosso coração, sabendo que somos chamados a amar e a servir.

Neste domingo, que cada um de nós possa renovar sua fé e compromisso com Jesus. Que nossa vida seja um testemunho vibrante da presença do Ressuscitado em nosso meio. Ao sairmos hoje, que possamos levar esta mensagem de esperança, coragem e amor a todos ao nosso redor, lembrando sempre que, em Cristo, somos chamados a ser pescadores de homens.

Que Deus nos abençoe e nos guie em nossa missão. Amém.