terça-feira, 23 de abril de 2024

ARQUIDIOCESE DE MACEIÓ REALIZARÁ O ENCONTRO DE PENTECOSTES 2024

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 comunidade católica da Arquidiocese de Maceió, vivenciará a alegria transformadora do grande ENCONTRO DE PENTECOSTES 2024, em sua 41ª edição, com o tema: “Soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22).

O Encontro de Pentecostes acontecerá no dia 19 de maio, das 08h às 18h, no Ginásio Lauthenay Perdigão (Antigo Ginásio do Sesi – Trapiche), momento de vivenciar a alegria transformadora derramada sobre toda a comunidade arquidiocesana.

O evento contará com Oração, Louvor, Pregação, Animação, Momento Mariano, Adoração ao Santíssimo, Confissões, Santa Missa, Pentecostes Kids e com a presença das Relíquias de Santa Terezinha do Menino Jesus. Estes são alguns dos diversos momentos que serão vivenciados.

É aguardado caravanas de todas as Paróquias, Movimentos e Pastorais de Maceió e das diversas cidades da Arquidiocese de Maceió.

Para ajudar as entidades filantrópicas assistidas pela Arquidiocese de  Maceió, será solicitado a doação de 1 Kg de Alimento não perecível.

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Mensagem do dia... 23/04/2024

 


domingo, 21 de abril de 2024

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 4º DOMINGO DA PÁSCOA – 21/04/2024

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

“O BOM PASTOR SE DESPOJA DE SI MESMO”

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o Evangelho deste 4º Domingo da Páscoa, Jesus diz que Ele é o Bom Pastor, aquele que dá a vida, se despoja dela em favor do rebanho. Isso ele o fez de fato na cruz. Mas Jesus chegou à cruz porque sua vida foi um constante despojar-se de si mesmo em favor do outro, daqueles que havia recebido do Pai, com a missão de levá-los até Ele.

Jesus realiza essa sua missão onde estão os filhos de Deus: no Templo e na sociedade.

No Templo, Jesus os liberta do jugo dos sacerdotes, que se preocupam mais com a legalidade dos fatos, do que com o bem-estar das pessoas. Aqueles que encontram Jesus,  encontram a porta para se libertar de uma religião sufocante e essa mesma porta os conduz para o convívio amoroso e, por isso, libertador com o Pai. Nesse gesto de libertar, Jesus contraria os interesses dos opressores e é condenado à morte. Ele se despoja da vida para que a tenhamos. Por isso, JESUS É O BOM PASTOR!     

Na sociedade Jesus liberta enquanto indistintamente faz o bem. Ele é o pastor universal!

Podemos refletir e ver como vivemos esse carisma de Jesus que, pelo batismo, também se tornou nosso. Como pastoreamos nossa família, nossos amigos, nossos colegas e nós mesmos? Somos portas libertadoras, que se abrem para que o outro passe para o encontro com a felicidade? Ou somos porta de uma armadilha, que prende quem se aproxima da gente?

Sejamos como Jesus. Sejamos bons pastores a ponto de nos despojarmos de tudo em favor da felicidade, da salvação eterna de nossos próximos!

Mensagem do dia... 21/04/2024

 


sábado, 20 de abril de 2024

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA ENCERRA A 61ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB

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om a Celebração Eucarística com Laudes realizada no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte (SP), foi encerrada nesta sexta-feira, 19 de abril de 2024, a 61ª ASSEMBLEIA GERAL DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB), com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, e de cardeais, arcebispos e bispos de diversas circunscrições eclesiásticas de todo o território brasileiro.

A cerimônia foi presidida pelo arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, e teve como concelebrantes os demais membros da presidência da Conferência: dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente; dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, arcebispo de Olinda e Recife (PE) e segundo vice-presidente; e dom Ricardo Hoerpers, bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral.

Os presidentes dos 19 regionais da CNBB, que também compõem o Conselho Permanente da Conferência, participaram da procissão de entrada, juntamente com os membros da presidência, fortalecendo a união e representatividade das diferentes regiões do Brasil na assembleia.

Durante sua homilia, dom Jaime destacou pontos importantes para os bispos presentes e para a comunidade católica em geral. Ele iniciou com uma pergunta significativa: “QUEM ÉS TU, SENHOR?” Essa pergunta, segundo ele, continua a desafiar todos, especialmente aqueles que se consideram seguidores do Caminho.

O presidente da conferência ressaltou a importância de “caminhar pelo homem”, afirmando que essa é a razão e a motivação de todas as atividades pastorais e do cotidiano das comunidades e da CNBB. Ele citou que “caminhar pelo homem” é a essência de nossas atividades, empenho e dedicação, enfatizando o compromisso com a causa humana, guiados pelo Evangelho.

“Caminhar pelo homem! Eis a razão, a motivação de todas as nossas atividades, empenho, dedicação. Pela causa do humano, iluminados pelo Evangelho, empenhamos nossa juventude, forças, a vida! Aqui está a razão de ser das diversas iniciativas, pastorais que caracterizam nossas iniciativas, o cotidiano de nossas comunidades, de nossa Conferência.”

Além disso, o arcebispo destacou que a encarnação de Deus entre os homens cria uma íntima união entre o divino e o humano, tornando-nos participantes do mistério divino. Enfatizou que “não se pode separar a fé da defesa da dignidade humana, a evangelização da promoção de uma vida digna, a espiritualidade do empenho pela dignidade de todos os seres humanos”.

Ao final de sua homilia, dom Jaime agradeceu a todos os participantes e colaboradores da Assembleia, reconhecendo sua dedicação e empenho. Ele também incentivou os bispos a dar continuidade ao trabalho iniciado na Assembleia, estimulando as comunidades a participarem ativamente dos processos vivenciados durante o evento.

Sob a materna intercessão da Padroeira do Brasil, os bispos reunidos ao redor da imagem de Nossa Senhora Aparecida agradeceram os dias de convivência, oração, diálogos e trabalhos da assembleia, consagrando o ministério episcopal, as dioceses, os regionais, os presbíteros e todos os agentes pastorais que colaboram na evangelização da Igreja no Brasil.

Os Bispos consagraram as Igrejas Locais à Mãe Aparecida e agradeceram o bom andamento da 61ª Assembleia Geral da CNBB.

MAIS DE MIL PESSOAS PARTICIPARAM DA 61ª ASSEMBLEIA GERAL

Desde o último dia 10, até a manhã de desta sexta-feira, dia 19, o episcopado brasileiro esteve em Aparecida (SP) para a realização da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

“O Caminho Sinodal” foi o tema do retiro espiritual que iniciou a 61ª Edição da AG e contou com a assessoria do secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.

Ao todo, ao longo das duas semanas, o encontro de comunhão eclesial teve 27 sessões que trataram assuntos variados em prol da ação evangelizadora nos quatro cantos do país.

Em clima de comunhão, os bispos emitiram quatro textos: uma mensagem ao povo brasileiro e outra aos cristãos católicos; e duas cartas, uma ao Papa Francisco; e a outra ao prefeito do Dicastério para os Bispos.

ESCUTA DE DEUS E DOS IRMÃOS

Divididos em 19 regionais, mais de 400 bispos participaram do evento eclesial que, com silêncio orante e reflexão comum, o episcopado contribuiu para a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) com o uso do método de discernimento comunitário intitulado de “Conversa no Espírito”. Em 45 pequenas comunidades, em diversos momentos, os bispos partilharam momentos de escuta de Deus e dos irmãos.

“O método de conversação no Espírito vai favorecer uma maior participação de todos nos processos de evangelização”, indicou o subsecretário pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santos, ao afirmar que o método adotado exige a interação de todos.

MINISTÉRIO DO CATEQUISTA

Em rito inédito no país, o arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin, em nome de todos os bispos, presidiu a Celebração de Instituição do Ministério do Catequista.

Ao todo, 19 catequistas, um de cada regional, receberam o ministério instituído pelo Papa Francisco através do Motu Próprio Antiquum Ministerium.

MARCA DO AMOR

Sobre os trabalhos da AG, o subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, que ajudou na logística do evento eclesial, sublinhou que foi um momento de graça. “Trabalhar na Assembleia, favorecendo estrutura e meios para que os bispos possam rezar e refletir, é contribuir com o anúncio do Evangelho na Igreja no Brasil”, comentou.

Ao trazer a frase de Santo Ambrósio, “Aquilo que o amor faz o medo jamais poderá realizá-lo”, o padre Patriky destacou que os serviços prestados pelas 637 pessoas envolvidas na concretização da Assembleia Geral, entre assessores e colaboradores da CNBB, e do Santuário Nacional, “tiveram a marca do amor: na preparação, na realização e nos encaminhamentos finais”, finalizou.

HINO EM LÍNGUA PORTUGUESA

No dia 16, durante a realização da AG, em Missa no Santuário Nacional, o Hino Oficial brasileiro do Ano Jubilar foi entoado pela primeira vez.

Com o tema “Peregrinos da Esperança”, escolhido pelo Papa Francisco, o Jubileu terá início no Natal deste ano e se estenderá durante 2025. A apresentação em língua portuguesa contou com a presença dos diretores musicais do hino, o maestro Delphim Porto e padre José Weber, da São Paulo Schola Cantorum, assessores e colaborados da Conferência Episcopal. A execução do hino também se repetiu na 16ª sessão da Assembleia quando os bispos aprofundaram o tema do Jubileu 2025.

ENGAJAMENTO NA COMUNICAÇÃO

Em um trabalho de comunicação integrada, 9 coletivas de imprensa informaram os principais temas refletidos nos dias da Assembleia. Com transmissões, programas, podcasts e publicações, as redes sociais da Conferência Episcopal tiveram um aumento de 80% no engajamento. Programas de rádio também foram produzidos pela Assessoria de Comunicação da CNBB durante os trabalhos da Assembleia.

Para proporcionar a integração dos fiéis com a entidade em todo o país por meio de notícias, formação e espiritualidade, ontem, dia 18, a presidência da CNBB e a assessoria de comunicação laçaram o aplicativo da Conferência Episcopal.

Com informações da Comissão para a Comunicação da CNBB - Comunicação 61ª AG CNBB.

Mensagem do dia... 20/04/2024

 


quarta-feira, 17 de abril de 2024

O QUE É O MFC – MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO?

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 MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, sem distinção racial, religiosa, política ou de qualquer natureza, declarada de Utilidade Pública Federal (Dec. 1400 de 26/9/62), possuindo Estatuto próprio registrado no Livro A n. 5, nº 8124, do Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Tem também seu Regimento e seu registro no CNPJ do Ministério da Fazenda.

Fundado em 1950 no Uruguai, trazia em seu bojo novas ideias que incentivavam uma maior e mais efetiva participação dos laicos (leigos) na Igreja, inquietando grupos de famílias e pessoas, colocando-as em atitude de busca de fraternidade. Sua principal força estava na criação de um movimento de laicos com unidade latino-americana, que nasceria e cresceria com força própria em cada país, respeitando a realidade de cada povo e de cada grupo familiar. Sua expansão pela América Latina se daria graças ao carisma apostólico e ao esforço missionário de três casais uruguaios, os Soneira, os Gelsi e os Gallinal, e de um sacerdote argentino, Padre Pedro Richards.

Foi introduzido no Brasil em 1955, aproveitando um momento de grande fertilidade: o XXXVI Congresso Eucarístico Internacional. Logo se expandiu entre nós, pela ação eficaz de Lya e Sollero, Jean e Neusa, Júlio e Madalena que logo articularam encontros de casais com Dom Hélder Câmara e Padre Távora.

     Coincidentemente, aquele momento histórico revelava o nascimento da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e do CELAM - Conselho Episcopal da América Latina.

O MFC BRASIL está vinculado ao SPLA - Secretariado para Latino-americano, e, por extensão, ligado juridicamente à CIMFC - Confederação Internacional do Movimento Familiar Cristão, entidade mundial que filia o MFC de todos os Continentes, e que é reconhecida pelo Vaticano, dentro do Pontifício Conselho para Leigos, como Associação Internacional de Fiéis de Direito Privado. Participa o MFC também do Organismo Consultivo na Categoria II do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. O MFC brasileiro integra o CNL - Conselho Nacional dos Leigos e a Comissão Nacional de Pastoral Familiar, colegiados vinculados à CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Por ser um movimento peregrino, as Coordenações do MFC em todos os níveis possuem sempre sedes episódicas, uma vez que se deslocam consoante as residências das suas Coordenações eleitas.

O Padre Pedro Richards foi o fundador do Movimento Familiar Cristão.

OBJETIVOS

 Missionar, evangelizando através da humanização. Para tanto privilegia a Comunidade Familiar como veículo, não único, mas principal, com vistas à construção do Reino de Deus, já iniciado entre nós, vivenciando a solidariedade e a justiça. Incluída na proposta do MFC, portanto, a missão de formar pessoas, educar na fé e promover o bem comum (cf. Documento de Medellin 3.4).

Das suas principais propostas: buscar sempre a expressão religiosa e o dado da Fé que correspondam à realidade da América Latina, fugindo assim do modelo euro católico trazido para o nosso Continente pelos colonizadores.

Com isto, uma outra busca: a UNIDADE da Igreja, fugindo assim da UNIFORMIDADE que tanto atendeu a uma realidade passada, mas que não se identifica mais com as propostas do Concílio Vaticano II, momento forte iniciado no tempo 1962-1965.

Passar de refúgio para salvar as famílias, para família salvadora da comunidade, como melhor meio de salvar-se a si mesma, abrir-se ao mais amplo conceito de família, acolhendo a família incompleta e todos os outros tipos de família, ultrapassando o ideal de famílias perfeitas, aceitando a existência de autênticas famílias humanas, eis o grande desafio e o objetivo maior do MFC nos dias de hoje (cf. Eis o MFC 13, 19, 22).

Mensagem do dia... 17/04/2024

 


domingo, 14 de abril de 2024

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 3º DOMINGO DA PÁSCOA – 14/04/2024

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

“ANUNCIAR A RESSURREIÇÃO

E A REDENÇÃO DE JESUS”

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 Evangelho deste 3º Domingo da Páscoa – Ano B, relata a dificuldade dos Apóstolos em crer na ressurreição. A influência da dualidade grega, da separação entre corpo e espírito e a superioridade deste em relação à matéria que era considerada como fadada a desaparecer, leva os membros da primeira comunidade cristã a terem dificuldades em crer na ressurreição da carne.

Do mesmo modo que em João, podemos entender a precisão de Lucas, ao falar que a aparição de Jesus aconteceu de noite, como não apenas a noite física da natureza, mas a noite da alma, que está repleta de angústias, de perturbações, de dúvidas.

Jesus aparece no meio deles e faz questão de provar que possui um corpo, o mesmo que traz as marcas da paixão, que se alimenta, que é tangível.

É necessário que o Senhor abra nossos corações e nossas inteligências para podermos crer em sua ressurreição. Não basta vermos e sentirmos, é preciso a graça, o dom de Deus para entendermos as Escrituras.

Em seguida, o Senhor dá aos seus amigos a missão de serem suas testemunhas. Isso nos leva aos Atos dos Apóstolos, onde a ação de Pedro deixa claro o que é viver esse mandato. Pedro faz o anúncio do querigma, ou seja, da novidade eterna: Jesus, o Filho de Deus, morreu e ressuscitou para nos redimir.

O evangelista João, em sua carta, nos ensina que conhecer Deus, conhecer Jesus, é guardar seus mandamentos e sabemos que seu mandamento maior é amar.

Portanto, nossa missão como batizados é anunciar a redenção de Jesus, sua ressurreição e amar a todos sem limites.

Mensagem do dia... 14/04/2024

 


sábado, 13 de abril de 2024

SÃO FRANCISCO DE ASSIS CONVIDA A AMADURECER O DEVER DE CUIDAR E PRESERVAR A TERRA, A CASA COMUM.

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a memória de São Francisco de Assis, a Igreja no Brasil é motivada a amadurecer sua consciência missionária, seu dever de cuidar e de preservar a terra, a casa comum, e fazer crescer no amor aos pobres e pequeninos.

A relação de São Francisco com a Criação é presente na sua história de vida, no testemunho que o levou aos altares. E, na atualidade, ganhou novo impulso com as reflexões do Papa Francisco contidas na encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum.

O arcebispo da Paraíba, dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, afirmou em artigo publicado no Portal da CNBB que “o grande Santo da Igreja, São Francisco, nos coloca diante do testemunho irrefutável do cuidado com a casa comum que nos cerca, isto é, a mãe terra que nos acolhe”. E que o Papa Francisco escreveu a encíclica Laudato Si’, “que chama a nossa atenção para este cuidado”.

Dom Delson destaca o desejo do Papa e o valor inerente à consciência ecológica, os quais indicam “a necessidade de guardar os bens que Deus colocou em nossas mãos, e não agirmos como proprietários e dominadores dos mesmos”.

“O testemunho existencial de São Francisco diz-nos não somente de uma ecologia pontual, mas leva-nos à preocupação com uma consciência ecológica integral, pondo-nos para dentro da ética fraterna, colocando o homem no centro e diante do cuidado com o mundo”, ensina dom Manoel.

Também, o então bispo de Juazeiro (BA), atual arcebispo de Maceió (AL), dom Carlos Alberto Breis Pereira (dom Beto Breis), de sua experiência franciscana, traz uma reflexão sobre essa relação de São Francisco de Assis com a ecologia integral.

“A ação ecológica que se inspira no Irmão de Assis precisa ir além de atividades pontuais como reciclar materiais, plantar árvores e flores, bem como lutar pela preservação de determinadas espécies ameaçadas. É preciso mudar o jeito de viver e conviver, de olhar e de se relacionar. Urge denunciar um modelo econômico e social que privilegia poucos em detrimento de graves impactos sociais e ecológicos”, lembra.

Para dom Beto Breis, a Laudato Si’ é uma encíclica “revolucionária”. Nela estão acolhidas e recolhidas “as intuições do Pobrezinho e as grandes inquietações dos homens e mulheres do nosso tempo e desta Casa Comum, acenando que tudo está interligado e que as grandes questões sociais estão profundamente relacionadas às interpelações ecológicas. Uma ecologia integral, que exige um processo comum de conversão de mentalidade e de ações cotidianas”.

“Com o Francisco de Roma em sua inovadora Laudato Si’, é oportuno olhar para Francisco de Assis neste tempo de aquecimento global, exclusão social gritante e outros tantos efeitos do descuidado humano com a Mãe-Terra, Casa Comum. Deixemo-nos impactar pelo seu atualíssimo testemunho para sermos, também nós, profetas da vida e defensores da criação, num modo radicalmente novo de viver e conviver com os irmãos e irmãs que partilham conosco esse habitat comum ainda tão belo e encantador”, motiva dom Beto Breis.


Artigo postado no Portal da CNBB em 04/10/2022

Mensagem do dia... 13/04/2024

 


quinta-feira, 11 de abril de 2024

MISSA NO SANTUÁRIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA APARECIDA ABRE A 61ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB

 

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 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, cuja temática principal está voltada à realidade da Igreja no Brasil e a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil - DGAE, teve início na quarta-feira, 10 de abril, às 7h, com a Missa com Laudes, presidida pelo arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo.

O encontro reúne os cardeais, arcebispos, bispos diocesanos, auxiliares e coadjutores, bispos eméritos, administradores diocesanos e representantes de organismos e pastorais da Igreja, que são convidados.

Atualmente, a Igreja Católica no Brasil possui 279 circunscrições eclesiásticas. O número de bispos no país é de 486, dos quais 318 estão no exercício do governo pastoral de alguma Igreja Particular e outros 168 são bispos eméritos.

Este ano, a programação da 61ª Assembleia Geral da CNBB está dividida em quatro sessões diárias, totalizando 27 ao longo das duas semanas. A primeira sessão, a de abertura, aconteceu no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, às 8h30, com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquattro; os membros da presidência da CNBB: dom Jaime Spengler (presidente), dom João Justino de Medeiros Silva (primeiro vice-presidente), dom Paulo Jackson Nóbrega (segundo vice-presidente) e dom Ricardo Hoepers (secretário-geral), e o reitor do Santuário Nacional, padre Eduardo Catalfo. 

A pauta da 61ª Assembleia Geral da CNBB inclui o tema central (A realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora), quatro temas prioritários (Sínodo dos Bispos 2021-2024, Jubileu 2025, Relatório da Presidência e Juventude) e assuntos a serem tratados em razão da previsão estatutária da Conferência (Doutrina da Fé, Liturgia, Relatório do anual da presidência, relatório econômico, Textos Litúrgicos – CETEL) e outros temas e informes diversos sobre a vida da Igreja Católica no Brasil.

As coletivas de imprensa, este ano, estão sendo promovidas na parte da manhã. No primeiro dia, 10 de abril, às 10h30, na Sala de Coletivas, no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida. Dessa primeira coletiva participam os membros da presidência da CNBB e o assunto tratado foram os temas da Assembleia. O retiro espiritual dos bispos terá início também neste primeiro dia, 10, às 16h, com a pregação do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

Com informações da CNBB.

Mensagem do dia... 11/04/2024

 


domingo, 7 de abril de 2024

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 2º DOMINGO DE PÁSCOA: “DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA” – 07/04/2024

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

“MISSÃO DOS DISCÍPULOS”

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ão Lucas deseja, nos Atos dos Apóstolos, quando descreve a primeira Comunidade Cristã, incentivar todos nós a que não nos acomodemos com os modelos de sociedade que não estão de acordo com o espírito cristão. Uma sociedade onde se encontram ricos e pobres, pessoas carentes e pessoas que possuem tudo, pessoas exploradoras e pessoas exploradas, é uma sociedade antinatural, pecadora e que agride os planos divinos. Não podemos aceitá-la e, por uma questão de fidelidade à fé cristã, devemos rejeitá-la.

Lucas diz que uma comunidade de acordo com os preceitos cristãos é aquela onde “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum”. Era formada, realmente, por pessoas ressuscitadas, livres para partilhar, livres do medo da morte.

    Partilhavam porque estavam ressuscitadas: o receio, o medo da partilha, de ficar sem, de morrer, o apego aos bens deste mundo não tinha mais poder sobre elas. Por isso, haviam acabado coma a miséria e com o latifúndio. Eram irmãos! Todos tinham tudo, todos viviam com dignidade!

    A segunda leitura nos diz que quem vive o ensinamento dos Atos dos Apóstolos é porque segue os mandamentos de Jesus, porque tem fé, crê nele. Jesus mandou amar o próximo como a si mesmo.

No Evangelho, Jesus sopra sobre os discípulos e lhes comunica sua própria missão, formar a nova sociedade, a grande comunidade fraterna. Sua vida, de acordo com os ensinamentos cristãos, vai denunciar o pecado do mundo, mostrar sua caducidade, ao mesmo tempo em que mostra a vida partilhada, da gratuidade, da ausência de carentes, a perenidade da felicidade trazida pela vida partilhada.

Meus irmãos, minhas irmãs, precisamos dos bens deste mundo, deveremos usá-los, mas sem sermos seus escravos; eles foram feitos para nos servir. Portanto, através do gesto cristão da partilha, façamos com que eles sirvam a formação de uma nova sociedade e sejam transformados em riqueza espiritual. Assim saberemos dar aos bens que passam uma finalidade que não passa, que é eterna, a caridade, o amor.

Mensagem do dia... 07/04/2024

 


sábado, 6 de abril de 2024

ARQUIDIOCESE DE MACEIÓ REALIZA A FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA DE JESUS CRISTO

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Arquidiocese de Maceió celebra neste domingo, 7 de abril, das 14h às 18h, a FESTA DA MISERICÓRDIA, evento organizado pela Comissão de Revitalização do Santuário da Misericórdia, no Santuário da Misericórdia São João Paulo II e Santa Dulce dos Pobres,  no Dique Estrada, e contará com a participação e palestra de Dom Beto Breis, OFM, Arcebispo Metropolitano de Maceió.

Na data em que a Igreja festeja a solenidade do "DOMINGO DA MISERICÓRDIA DIVINA", instituído por São João Paulo II, os fiéis visitarão o local no qual o 264º Papa esteve em 1991.

Na programação, aberta para todas as pessoas, a novidade deste ano fica por conta da Palestra com Dom Beto Breis, OFM. É aguardado a presença de caravanas da capital e do interior no evento que celebra a Divina Misericórdia.

Neste dia, a Igreja celebrará no mundo inteiro a Misericórdia de Jesus Cristo e, aqui na nossa Arquidiocese teremos este grande evento para toda a família participar, com uma estrutura adequada para acolher bem a todos.

O encerramento das celebrações será com a Santa Missa, presidida pelo Arcebispo de Maceió, Dom Beto Breis, OFM.

Mensagem do dia... 06/04/2024

 


sexta-feira, 5 de abril de 2024

ARQUIDIOCESE DE MACEIÓ TEM NOVO ARCEBISPO METROPOLITANO.

Dom Antônio Muniz e Dom Carlos Alberto

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 Papa Francisco aceitou, na quarta-feira, 3 de abril, a renúncia ao ofício de arcebispo metropolitano de Maceió-AL, apresentada por dom Antônio Muniz Fernandes, tendo em vista cuidados com sua saúde. Foi nomeado como sucessor no pastoreio da arquidiocese alagoana o até então arcebispo coadjutor de Maceió, dom Carlos Alberto Breis Pereira. Agora, Dom Antônio torna-se arcebispo emérito da Arquidiocese de Maceió.

DOM ANTÔNIO MUNIZ

Frade da Ordem do Carmo, dom Antônio Muniz é natural de Princesa Isabel, na Paraíba. Nasceu em 11 de agosto de 1952. Foi ordenado presbítero em 24 de maio de 1980, em sua cidade natal.

Antes do episcopado, foi mestre dos noviços, reitor de colégio, provincial e professor de Bíblia. Também atuou como membro da Comissão Econômica internacional da Ordem Carmelita e foi vigário cooperador em Recife-PE.

Em 4 de fevereiro de 1998, foi nomeado bispo de Guarabira-PB, e ordenado em 24 de maio, em Recife. Ele atuou na diocese de 1998 até 2006, quando foi nomeado arcebispo Maceió. A posse foi no dia 22 de novembro de 2006.

Em seu governo na sede de Maceió, dom Antônio definiu a Pastoral Social como um imperativo. Instituiu as Missas pela Paz, celebradas mensalmente na Catedral, frente à escalada da violência no estado. Outra iniciativa do arcebispo foi a fundação da Fazenda da Esperança Santa Teresinha, como forma de enfrentamento ao avanço do narcotráfico e a recuperação de dependentes químicos. Também foram projetos levados à frente por ele a Casa do Servo Sofredor, e a dinamização do Secretariado de Assistência Social Juvenópolis. Ele também se dedicou ao trabalho de evangelização e educação da fé do Povo de Deus com a realização das Missões Populares em todas as paróquias da arquidiocese.

        De 2007 a 2011, dom Antônio foi presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB.

DOM CARLOS ALBERTO

O novo arcebispo metropolitano de Maceió, Dom Carlos Alberto Breis Pereira, OFM, esteve reunido na manhã desta quinta-feira,  4 de abril, com a imprensa alagoana para uma entrevista coletiva após assumir o governo da Igreja Particular de Maceió. O encontro ocorreu no auditório do Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora da Assunção, no bairro do Farol.

As palavras que ficaram marcadas nesse encontro foram “caminhar juntos” e “unidade”. Dom Beto (como gosta de ser chamado) explicou que nos últimos meses visitou as paróquias como Arcebispo Coadjutor. “Minha principal missão é servir para a unidade, a comunhão da Igreja em Maceió”.

E completou: “Será um governo de escuta e de comunicação. Já conversei com os vigários forâneos e trago a minha identidade, minha vida franciscana para se juntar à história centenária desta Igreja”, completou o metropolita.

Quando questionado sobre  mudanças nas Paróquias, ele informou que são necessárias, mas precisam ser pensadas com carinho. “É preciso levar em conta a história de vida do padre e também da comunidade”.

Dom Beto também reforçou o compromisso com o caso Braskem: “A Igreja precisa se posicionar. Ouvir as vítimas que sofrem as injustiças cometidas pela empresa mineradora”.

O Arcebispo encerrou a coletiva comunicando que haverá a Celebração Eucarística, em Ação de Graças, que marcará o início do seu governo pastoral. A celebração ocorrerá no dia 20 de abril, às 9h, na Catedral Metropolitana de Maceió.

Catarinense de São Francisco do Sul, dom Beto nasceu em 16 de setembro de 1965 e é frade menor franciscano desde a década de 1980. Ele ingressou na Província Franciscana da Imaculada Conceição e fez o noviciado. Depois, se transferiu para a Província de Santo Antônio do Brasil, no Nordeste, onde emitiu a profissão religiosa como frade menor franciscano, em 10 de janeiro de 1987.

Os estudos de Filosofia foram realizados no Instituto de Teologia do Recife (Iter), entre 1988 e 1989. E a Teologia foi cursada no Instituto Franciscano de Teologia de Olinda (IFTO), de 1990 a 1993. A ordenação presbiteral foi em 20 de agosto de 1994. Dom Beto licenciou-se, ainda, em Teologia Espiritual na Pontifícia Universidade Antonianum de Roma entre 2005 e 2007.

No âmbito da sua ordem religiosa, desempenhou diversas funções, como mestre dos professores temporários; secretário provincial da formação e estudos; guardião e definidor provincial; vigário provincial; moderador da formação permanente; coordenador do serviço de formação da Conferência dos Frades Menores no Brasil; e ministro provincial da Província de Santo Antônio, com sede em Recife. Também desempenhou a função de pároco durante o ministério presbiteral.

Em fevereiro de 2016, foi nomeado bispo coadjutor de Juazeiro-BA. Em 7 de setembro do mesmo ano, tomou posse como o quarto bispo da diocese. No quadriênio de 2019 a 2023, foi membro da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB e vice-presidente do Regional Nordeste 3 da CNBB. Em 2023, foi eleito presidente do Regional, cargo que desempenhou até o início de 2024, quando assumiu em 6 de janeiro o ofício de arcebispo coadjutor de Maceió.

Nas Redes Sociais das Paróquias e Movimentos ligados a Igreja Católica, muitas mensagens de agradecimento a Dom Antônio pelos mais de 17 anos de pastoreio na Arquidiocese de Maceió e de felicitações e boas-vindas a Dom Beto.

Com informações da Pascom Arquidiocesana de Maceió.

Mensagem do dia... 05/04/2024

 


quarta-feira, 3 de abril de 2024

TEMPO PASCAL

 

José Lisboa Moreira de Oliveira

A

 Carta aos Colossenses afirma que a pessoa cristã já vive como ressuscitada e, como tal, é convidada a comprometer-se com ações que expressem o essencial dessa condição que é a prática do amor ao próximo (Cl 3,1-17).

    Isso nos autoriza a dizer que a celebração da Páscoa cristã, enquanto memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus, precisa ser traduzida em atos e gestos concretos de amor ao próximo, distintivo único e fundamental da identidade do discípulo e da discípula de Jesus (Jo 13,15).

    Assim sendo, a celebração da Páscoa deve ser uma verdadeira primavera que expulse todo e qualquer mofo e frieza da Igreja e a faça pulsar de vitalidade e de acolhida da vida. Não cabe celebrar a Páscoa num contexto de rigidez e de falta de misericórdia, num ambiente em que as leis e as normas estão acima da vida das pessoas (Mc 3,1-5).

Não haverá Páscoa de Jesus numa Igreja que condena e discrimina certos filhos e certas filhas de Deus; que reserva os bancos de seus templos para aqueles que se autoproclamam perfeitos e merecedores do céu. Além disso, a Páscoa deve ser a festa da libertação dos pobres e dos oprimidos. E não se trata apenas de uma falsa libertação "espiritual”, cuja recompensa é uma vida futura, programada para depois da morte.

Trata-se, como nos mostra a experiência do Êxodo, de uma libertação a ser realizada aqui nesta terra. Uma libertação que inclui terra, casa, comida, emprego, saúde, escola etc.

E para celebrar esta Páscoa os cristãos e as cristãs precisam, como Javé, ver a opressão, descer até o submundo dos pobres, sentir o cheiro da pobreza, tocar com os pés e as mãos os sofrimentos dos injustiçados e excluídos e permanecer comprometidos com as suas lutas por dias melhores (Ex 3,7-10).







JOSÉ LISBOA MOREIRA DE OLIVEIRA. Filósofo. Doutor em teologia. Ex-assessor do Setor Vocações e Ministérios/CNBB. Ex-Presidente do Inst. de Past. Vocacional. Foi gestor e professor do Centro de Reflexão sobre Ética e Antropologia da Religião (CREAR) da Universidade Católica de Brasília.