quarta-feira, 15 de abril de 2020

Igreja e fiéis em tempos de Covid-19.




N
os momentos de dificuldades, os fiéis católicos procuram uma orientação espiritual com o padre de sua paróquia, mas a pandemia do corona vírus obrigou a Igreja Católica  a suspender as celebrações e atendimentos ao público, evitando aglomerações que possam propagar o vírus.

Na doutrina da Igreja Católica, postula-se que o ser humano possui duas luzes que orientam a inteligência: a luz natural da razão e a luz sobrenatural da fé, de tal forma que uma não pode contradizer a outra.

Muitos fiéis que questionam o fechamento das igrejas, alegando que em outros períodos de doenças infecciosas, a Igreja não fechou suas portas, ignoram que as formas de contágio dessas doenças eram desconhecidas. Hoje, com a pandemia do Covid-19, as autoridades eclesiásticas reconhecem que manter as igrejas abertas, pode expor os fiéis a um contágio desnecessário.

Mas, apesar de não realizar celebrações abertas ao público, a Igreja Católica realiza, através das emissoras de rádio e televisão católicas e das redes sociais de suas Pastorais de Comunicação (PASCOM), transmissões das Missas e programas religiosos, como formas de não perder o contato com os fiéis.

As Paróquias tem procurado manter seus fiéis atualizados com o que acontece na Igreja através de suas redes sociais e acolhido os pedidos de orações de seus fiéis. Isso ficou evidente pelo próprio Papa Francisco, que rezou sozinho, na praça da Basílica de São Pedro, pelo fim da epidemia corona vírus. O ato foi transmitido ao vivo pelas redes católicas de televisão e retransmitido pela internet através das redes sociais das Pastorais de Comunicação (PASCOM) das Arquidioceses, Dioceses e Paróquias.

Mesmo nesse tempo da pandemia a Igreja Católica continua a administrar os sacramentos, principalmente para aquelas pessoas que estão em risco de morte. Quanto às outras, as autoridades eclesiásticas pedem cautela, e orientam os fiéis para intensificarem as orações em família e aumentem a confiança em Deus. Nas Paróquias, os padres - que não estão inseridos nos grupos de riscos - se mantêm disponíveis para atender à população, quando for estritamente indispensável, mas tomando os cuidados necessários, já que devido ao atendimento pastoral, também podem se contagiar e transmitir a Covid-19 aos outros.

Esse período de pandemia deve ser entendido como uma forma de recolhimento espiritual, mesmo sem padres, os fiéis devem viver a vida cristã, deixando o Espírito Santo suscitar no fundo da sua alma e vivenciar Jesus Cristo Ressuscitado, orando em família e aproveitar para reaproximar seus lares de uma forma mais presente e concreta na fé.

Um comentário:

  1. É o retrato fiel da situação atual da Igreja Católica Apostólica Romana e de várias outras congregações religiosas nesse momento de Coronavírus. Parabéns pela explanação.

    Hélio Almeida

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