Dom Nelson Westrupp,
scj
Bispo Emérito da Diocese de Santo André/SP
M
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aio é o mês de Maria. Todos os dias deste mês
são consagrados e entregues a Ela. Cada dia de maio a Mãe espera receber a
nossa devoção filial e carinhosa. Olhando amorosamente para Ela, queremos imitar
suas virtudes e dela aprender a conhecer mais e amar melhor seu Filho Jesus.
Graças à sua docilidade completa ao Divino Paráclito,
os Apóstolos acudiram a Nossa Senhora para preparar o Pentecostes. Com efeito, todos eles perseveravam unidos em oração com
Maria, a Mãe de Jesus (At 1, 14). Sua solicitude materna é indispensável em
nossa caminhada na vida cristã. A Virgem Santíssima foi apontada por São João
Paulo II como aurora luminosa e guia
segura do nosso caminho (NMI, 58).
O Espírito Santo é o primeiro dom da
Ressurreição. Ele continuará a obra redentora de Jesus Cristo. Terceira Pessoa
da Santíssima Trindade, vai atualizando na Igreja e na vida de cada batizado os
frutos da redenção. Será a alma da Igreja, estará presente e operante nos
sacramentos, renovará a face da terra: Eis
que faço novas todas as coisas (Ap 21, 5).
A Solenidade de Pentecostes é a grande festa
da Igreja nascente. Maria está presente não para receber o Espírito Santo, mas
para dá-lo. Está lá como aquela que foi a primeira a receber a plenitude do
Espírito Santo, antes da anunciação (cf.
Lc 1,26–38) e, depois, no Calvário, quando Jesus, ao morrer, entregou o Espírito (Jo 19,30).
Assim como Maria esteve presente no
nascimento e na infância de Jesus, assim também marcou presença materna no
nascimento da Igreja.
Podemos dizer ainda que, segundo Lucas, em
seu Evangelho e nos Atos dos Apóstolos, Maria esteve presente tanto no
nascimento e na infância de Jesus, como também no nascimento e na infância da
Igreja. Com isso, o evangelista quis evidenciar a continuidade histórica entre
Jesus, nascido de Maria por obra do Espírito Santo, e a Igreja, nascida por
obra do Espírito Santo, ainda estando presente Maria.
A Mãe de Jesus e da Igreja está presente,
outrossim, na comunidade dos discípulos e discípulas de Cristo, onde quer que
haja seguidores e seguidoras do Ressuscitado, onde quer que fiéis cristãos se
reúnam em oração comum, à espera do Espírito do Senhor que os faz testemunhas
pascais.
A exemplo da Virgem Maria, acolhamos com alegria
e docilidade a ação do Espírito Santo em nosso peregrinar na fé, na esperança e
na caridade.
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