Padre Cesar Augusto,
SJ - Vatican News
C |
elebrar
a Ascensão de Jesus é celebrar seu modo novo de estar conosco, do Emanuel, Deus
Conosco, manifestar-se em nosso meio. Certamente esse modo novo do Senhor se
manifestar entre os homens passa pela Comunidade, por suas atitudes que dão
continuidade a missão do Senhor e que asseguram a continuidade da construção do
Reino de Justiça e de Paz.
O
Livro dos Atos dos Apóstolos, do qual é tirada a primeira leitura da solenidade
de hoje, nos mostra Jesus dizendo aos seus discípulos que eles receberão o Espírito
Santo e que Este os tornará suas testemunhas no mundo inteiro.
O
Espírito que os discípulos receberão é o mesmo que esteve presente em Jesus. Os
anjos que aparecem após a “subida” de Jesus ao Céu dizem aos discípulos para
não ficarem de braços cruzados, mas agirem, isto é, continuarem a missão do
Senhor. Os anjos dizem aos discípulos que Jesus vai voltar. Isso nos recorda a
parábola contada pelo Senhor em que o patrão quando volta de viagem quer saber
de seus servos o que fizeram, qual o produto do trabalho. Os anjos nos recordam
a necessidade de deixar de ficar olhando para o céu e colocar mãos à obra,
trabalhar!
O
Evangelho de Mateus nos fala que o poder que Jesus recebeu do Pai e foi
plenificado após sua ressurreição, é dado à Comunidade para que “Vá e faça
discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que lhes ordenei!”
Batismo
e catequese! Batismo é a consagração, a configuração a Jesus Cristo, o Ungido e
a Catequese é a implementação da Justiça. Logo, deveremos levar as pessoas a se
configurarem ao Homem Novo, de acordo com o desejo do Pai e, depois, após
conscientizá-los, levá-los a praticar a justiça e as bem-aventuranças. E Mateus
termina citando a certeza da presença eterna de Jesus ao nosso lado: “Eis que
eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo!”
A
Ascensão de Jesus é a transformação da presença do Emanuel, do Deus Conosco.
Sua presença é manifestada não através de uma figura visível, a de Jesus, mas
através da ação libertadora praticada pelos membros da Comunidade.
Quando
chegar o final dos tempos, a Parusia, veremos a “revelação” do Senhor. Veremos
que atrás de cada atitude cristã estava o Redentor – Cristo, o Autor de todo
ato de bondade – o Pai, e nos inspirando, o Espírito de Amor.
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