quarta-feira, 20 de junho de 2018

Exploração de Mulheres é um pecado contra Deus, diz Papa Francisco


 
Papa Francisco
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efletindo durante a homilia da Santa Missa, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco comentou o trecho do Evangelho quando São Mateus mostra as palavras de Cristo:

"Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério" e "todo aquele que repudiar sua mulher, a expõe ao adultério".

Francisco recomendou uma oração "pelas mulheres descartadas, pelas mulheres usadas, pelas jovens que têm que vender a própria dignidade para ter um emprego".

Homem e Mulher são "imagem e semelhança de Deus"
Jesus pronuncia palavras cheias de sabedoria que "mudam a história", porque até aquele momento a mulher "era de segunda classe", "era escrava", "não gozava sequer de plena liberdade", afirmou o Pontífice:

"E a doutrina de Jesus sobre a mulher muda a história. Uma coisa é a mulher antes de Jesus, outra coisa é a mulher depois de Jesus”.

Jesus dignifica a mulher e a coloca no mesmo nível do homem, porque utiliza aquela primeira palavra do Criador, ambos são "imagem e semelhança de Deus”, os dois; não primeiro o homem e, depois, um pouquinho mais em baixo, a mulher. Não, os dois.

“E o homem sem a mulher ao lado - tanto como mãe, como irmã, como esposa, como companheira de trabalho, como amiga - este homem sozinho não é imagem de Deus".

Mulheres como objeto de desejo: pecado contra Deus Criador
Em suas palavras, o Papa procura concentrar em particular na expressão "desejar" uma mulher, evocada na passagem do Evangelho e observa que "Nos programas de televisão, nas revistas, nos jornais, mostram as mulheres como objeto de desejo, de uso", como em um "supermercado".

Para se vender certa qualidade de "tomates", faz-se da mulher um objeto, "humilhada, sem roupas", fazendo assim com que se esqueça do ensinamento de Jesus que "dignificou" a mulher, constata o Papa.

E acrescenta em suas observações que não é necessário ir "tão longe": isso acontece também "aqui, onde vivemos", nos "escritórios", nas "empresas", as mulheres "objeto da filosofia usa e joga fora", como material “descartável”, quando nem parece mais serem "pessoas":

"Isto é um pecado contra Deus Criador, rejeitar a mulher, porque sem ela nós homens não podemos ser imagem e semelhança de Deus. Há uma fúria contra a mulher, uma fúria feia. Mesmo sem dizer isso... Mas quantas vezes as jovens precisam se vender para ter um emprego, como objeto usa e joga fora? Quantas vezes? "Sim, padre eu ouvi naquele país...". Aqui em Roma. Não ir longe".

Olhe ao nosso redor para ver a exploração
O Papa se pergunta o que veríamos se fizéssemos uma "peregrinação noturna" em certos lugares da cidade, onde "muitas mulheres, muitos migrantes, muitos não-migrantes" são explorados "como em um mercado".

Para aqueles que lavam "a consciência" chamando-as estas mulheres de "prostitutas", o Pontífice diz:

"Você fez dela uma prostituta, como Jesus diz: quem a repudia a expõe ao adultério, porque você não trata bem a mulher, a mulher acaba assim, também explorada, escrava, tantas vezes."

Portanto, será bom olhar para essas mulheres e pensar que, diante da nossa liberdade, elas são "escravas desse pensamento de descarte":

E, afirma o Papa, "Tudo isso acontece aqui, em Roma, acontece em todas as cidades, as mulheres anônimas, as mulheres - podemos dizer - "sem um olhar" porque a vergonha cobre o olhar, as mulheres que não sabem rir e muitas delas que não sabem, não conhecem a alegria de amamentar e de sentir-se dizer mamãe. Mas, mesmo na vida cotidiana, sem ir a esses lugares, esse pensamento feio de rejeitar a mulher, é um objeto de "segunda classe". Devemos refletir melhor. E fazendo isto ou dizendo isto, entrando neste pensamento desprezamos a imagem de Deus, que fez o homem e a mulher juntos à sua imagem e semelhança. Esta passagem do Evangelho nos ajuda a pensar no mercado de mulheres, no mercado, sim, tráfico, exploração, que vemos; também no mercado invisível, que se faz e não se vê. A mulher é pisoteada porque é mulher".

Só Cristo restitui a dignidade
Jesus, lembra o Papa, "teve uma mãe", teve "muitas amigas que o seguiram para ajudá-lo em seu ministério" e para apoiá-lo. E encontrou "tantas mulheres desprezadas, marginalizadas e descartadas", que ele ajudou com tanta "ternura", restituindo a elas dignidade.

Com Informações Vatican News e da Gaudium Press

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