Francisco Orofino e Frei Carlos Mesters
Folheto Litúrgico Deus Conosco
E
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stamos
acabando mais um Ano Litúrgico. As leituras de hoje apontam para um futuro de
esperança, no qual as forças do mal serão definitivamente derrotadas e a Luz de
Deus triunfará.
Na
Primeira Leitura, tirada do livro apocalíptico de Daniel, a força de Deus, simbolizada
no Arcanjo Miguel, protegerá o povo das angústias e das dificuldades. O povo
será salvo e os justos, os que souberam perseverar na vivência dos mandamentos,
serão como estrelas brilhantes no firmamento do céu. O Salmo de Meditação
rejeita os reinos dos senhores da terra e agradece a Deus que aponta o caminho
da vida. Também Jesus, no Evangelho de hoje, segue esta mesma reflexão. Ele diz
que depois de um período de muita violência triunfará o Filho do Homem vindo
sobre as nuvens do céu, de junto de Deus.
Como
entender tanta violência? Até quando essas coisas deverão acontecer? Jesus
manda observar a figueira. O que ele nos pede é atenção aos acontecimentos da
história humana. Precisamos saber discernir os sinais dos tempos. Nossa missão
é testemunhar nossa fé, sem desanimar diante das crises que buscam roubar nossa
esperança. Temos que descobrir, para além dos fatos graves e violentos, o
verdadeiro rosto de Deus. Este rosto se manifesta no próprio Jesus
Ressuscitado.
Jesus é
o símbolo de todos os momentos da vida humana. Ele também sofreu muito. A
violência caiu pesadamente sobre ele. Mas Jesus venceu a violência e a morte,
ressuscitando pelo poder de Deus. Essa é a nossa esperança! Como lembra a Carta
aos Hebreus, Jesus mesmo se ofereceu em sacrifício e agora, por sua doação e
coragem, está assentado à direita de Deus. Sua vitória é total. A Aliança
chegou à sua plenitude.
Em 2016,
o Papa Francisco, fechando o Ano da Misericórdia, instituiu no 33º Domingo do
Tempo Comum - o Dia Mundial do Pobre. Neste domingo, nossas Comunidades devem
refletir sobre a pobreza de Cristo. Para o Papa, "a pobreza está no cerne do Evangelho e devemos tomar consciência
de que não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta de
nossas casas". Lembrar dos pobres, dos migrantes, dos enfermos, ensina
o Papa, é a melhor maneira de nos prepararmos para a Festa de Cristo Rei.
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