Dom
Sergio da Rocha
Cardeal
Arcebispo de Brasília
A
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Liturgia da Palavra deste 19º Domingo do Tempo
Comum nos convida a atitude de vigilância, mostrando-nos o seu sentido e o que
fazer para concretizá-la. Por que estar vigilantes? Por que estar “com os
rins cingidos e as lâmpadas acesas” (Lc 12,38)? É preciso estar bem preparado
para o encontro com o Senhor, a qualquer hora em que ele vier. Somos
administradores dos seus bens. Ele espera que o administrador seja “fiel e
prudente”. A expressão “rins cingidos” faz pensar em alguém
preparado para uma viagem ou para a luta, sendo, portanto, sinal de prontidão e
de vigilância. Todos nós recebemos de Deus bens para serem administrados com
responsabilidade. A última frase do texto proclamado se dirige a todos, mas
principalmente a quem mais recebeu. “A quem muito foi dado, muito será pedido;
a quem muito foi confiado, muito mais será exigido” (Lc 12,48).
Neste dia em que rezamos pelos pais, com especial afeto e gratidão, o Evangelho
oferece ocasião privilegiada para os pais refletirem sobre como estão
administrando a casa que o Senhor lhes confiou.
Contudo, a
vigilância não pode ser confundida com o medo. Não é com o medo que nos
preparamos para encontrar o Senhor, mas com a fidelidade e a confiança. “Não
tenha medo, pequeno rebanho” (Lc 12,32) são as primeiras palavras de
Jesus no texto proclamado. A confiança não deve ser colocada nos bens
materiais. Ao contrário, Jesus propõe o despojamento e a busca do verdadeiro
tesouro que se encontra em Deus. Por isso, trata-se da confiança que brota da
fé. O servo vigilante não é medroso ou acomodado; é dedicado e responsável;
vive da fé. A Carta aos Hebreus nos recorda de Abraão e Sara como modelos de
fé, destacando a relação entre a fé e a esperança. No trecho proclamado,
encontra-se uma das mais belas definições de fé: “é um modo de já possuir o
que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem” (Hb
11,1).
O livro da Sabedoria
(Sab 18,6-9), ao recordar a noite do êxodo, nos faz pensar na importância
da oração, referindo-se aos sacrifícios oferecidos a Deus, naquela ocasião. Ao
mesmo tempo, nos motiva a viver a solidariedade “nos bens e nos perigos”,
isto é, a caminhar juntos, como povo de Deus. A fé cresce e se fortalece pela
oração e pela vida comunitária.
Estamos iniciando,
hoje, a Semana da Família, tempo especial de oração, reflexão e
evangelização. Como vai a sua família e o que você tem feito por ela? Procure
valorizar a família, a começar da sua. Na família, juntamente com a mãe, o pai
ocupa lugar de especial importância.
Neste Dia dos Pais, rezemos agradecidos a Deus Pai, suplicando
pelos pais que continuam a sua missão, assim como, pelos pais falecidos. Ao Pai
nosso, confiamos nossos pais e famílias!
Bonita reflexão neste 19° Domingo do Tempo Comum, dia também dedicado aos pais.
ResponderExcluirMárcia
Campo Grande-MS