sábado, 6 de junho de 2020

REFLEXÃO LITÚRGICA DA SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE



A IGREJA REUNIDA PELA UNIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

“Glória a Vós, Trindade Santíssima que sois um só Deus, antes de todos os tempos, agora e pelos séculos eternos. Amém”

Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida
Bispo Auxiliar de Brasília-DF

N
este Domingo a Igreja celebra a SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE, e propõe “à nossa contemplação e adoração a vida divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo: vida de comunhão e amor perfeito, origem e meta de todo o universo e de todas as criaturas, Deus” (Papa Francisco).

No Sinai (Ex. 34, 4ss.), enquanto Deus passa, Moisés o aclama com voz forte: “Senhor, Senhor! Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel”. Prostrado por terra, suplica a Deus que caminhe com o seu povo, que o perdoe e que o acolha com “propriedade sua”. No Deus da Aliança, a misericórdia e a justiça se abraçam. A revelação do Deus uno na primeira Aliança liberta o povo de Israel da idolatria dos falsos deuses e da escravidão aos que, em nome dos ídolos, pisam a dignidade humana. A Igreja sempre reconheceu que o Deus uno e trino revelado plenamente no Novo Testamento é o mesmo Deus de misericórdia que agiu com amor e com braço forte na história do primeiro Israel.

Na segunda leitura, o Apóstolo convida a comunidade cristã a alegrar-se vivendo na comunhão e na concórdia, para que o Deus do amor e da paz esteja conosco (cf. 2Cor 13,11). Saúda os irmãos de Corinto desejando que “a graça do Senhor Jesus, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos” (v. 13). Vislumbra-se aqui a Trindade Santíssima como modelo da Igreja, à qual fomos chamados para nos amar como Jesus nos amou. O amor é o sinal concreto que manifesta a fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

O Papa Francisco, comentando o Evangelho dominical, salienta a natureza missionária da nossa vocação cristã. Somos todos chamados a testemunhar e anunciar a mensagem que «DEUS É AMOR», que ele está próximo de nós, que nos ama a tal ponto que se fez homem, que veio ao mundo não para o julgar mas para que o mundo se salve por meio de Jesus (cf. Jo 3, 16-17). “A Igreja peregrina é por sua natureza missionária, pois ela se origina da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus” (Ad Gentes n. 2). A evangelização é a dilatação do amor que nos impele em direção aos irmãos.

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