quarta-feira, 30 de setembro de 2020
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domingo, 27 de setembro de 2020
sábado, 26 de setembro de 2020
REFLEXÃO LITÚRGICA DO XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM – 27/09/2020
Pe.
Fábio Evaristo R. Silva, C.Ss.R.
Folheto
litúrgico Deus Conosco - Ed. Santuário
D |
eus nos convida, nos
chama, convoca. É preciso unir a Palavra com nossos gestos e atitudes. Deus
quer contar conosco para construirmos uma sociedade renovada pela justiça, pela
fraternidade e pela paz. Diante desse projeto de vida, podemos assumir duas
atitudes: dizer "sim" ou "não" à vontade de Deus. E ao
celebrarmos o Dia Nacional da Bíblia, que a Palavra libertadora do Senhor
alcance nosso coração.
Na
Liturgia da Palavra, Deus nos fala que devemos ter os mesmos sentimentos e
atitudes de Cristo para segui-lo fielmente. Ele dispensou sua realeza para
viver a simplicidade da vida.
Em
diversas ocasiões nos evangelhos encontramos Jesus falando sobre a importância
de uma vida coerente, isto é, uma vida onde as palavras e as ações não se
contradizem, mas estão profundamente interligadas. Jesus aponta com frequência
para o que deve caracterizar seus discípulos: saber colocar em prática a
vontade do Pai, demonstrando por suas obras o quanto amam a Deus.
É
assim que compreendemos suas palavras: "Nem todo aquele que me diz:
'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade
de meu Pai que está nos céus" (Mt 7,21). Tal como no tempo de
Jesus, hoje também é possível encontrar alguém que, com sua capacidade de orar
e comunicar-se, com seus conhecimentos sobre Bíblia ou religião, arranque
lágrimas das outras pessoas. Por vezes, não passam de palavras vazias,
infecundas.
Na
parábola dos dois filhos que mudaram de atitude vemos um típico exemplo de que
as palavras, assim como as ideologias, podem muitas vezes nos enganar. Só
conhecemos verdadeiramente o coração do ser humano por suas obras: "Nisto
conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos
outros" (Jo 13,35).
O
"sim" que os discípulos de Jesus são chamados a dizer deve ser
respondido com consciência e maturidade, para que seja verdadeiro
"sim", e não fruto de um mero momento de euforia. Nossa tarefa de
cada dia consiste em renovar o nosso "sim", fazendo-o todas as vezes
com mais profundidade, reafirmando-o sobretudo com nossas práticas.
Ao
dizer que os cobradores de impostos e as prostitutas serão os primeiros a
alcançar o Reino de Deus, Jesus aponta para a fragilidade daqueles que se acham
perfeitos e melhores que os outros. Mostra-nos também que devemos nos colocar
em permanente atitude de conversão, pois sempre estamos sujeitos a cair. Os que
se acham "santos" são muito facilmente propensos ao erro, pois acabam
perdendo-se na sua soberba e se fecham à graça divina.
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
terça-feira, 22 de setembro de 2020
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
domingo, 20 de setembro de 2020
sábado, 19 de setembro de 2020
REFLEXÃO LITÚRGICA DO XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM – 20/09/2020
Dom José
Aparecido Gonçalves de Almeida
Arquidiocese
de Brasília – DF
A |
Palavra é a verdade que surpreende e ensina
que os nossos pensamentos não são os pensamentos de Deus. Faz ver que não é
segundo os critérios humanos que o bom Deus recompensa os operários do Reino.
A
primeira leitura salienta o convite de Isaías a buscar “o Senhor enquanto pode
ser achado … enquanto está perto” (Is. 55,6). Na sequência, ele fala do
nosso Deus generoso no perdão, ao contrário dos que nesses tempos carregamos
uma espécie de sanha punitivista contra quem é ou consideramos ímpio, corrupto,
injusto. Deus está sempre disposto a resgatar mediante o perdão a ser dado
vezes sem conta, como se dizia no Evangelho da semana passada. Basta que o
pecador o invoque, “pois Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele
que o invoca lealmente” (Sl. 144,18).
A
comunidade de Filipos, à qual Paulo falou do paradoxo da “kenosis” ou da
aniquilação de Cristo como caminho da salvação do gênero humano, recebe dele o
testemunho de entrega e de amor ao Senhor Jesus: “Cristo vai ser glorificado no
meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte” (Flp. 1,20). No
versículo seguinte, ele completa dizendo que Jesus é o sentido de sua vida e de
sua morte: “para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Trata-se do encontro
com o Senhor. “É um sentido novo da vida, da existência humana, que consiste na
comunhão com Jesus Cristo vivo; não só com uma personagem histórica, um mestre
de sabedoria, um líder religioso, mas com um homem no qual Deus habita
pessoalmente. A sua morte e Ressurreição é a Boa Nova que, partindo de
Jerusalém, se destina a alcançar todos os homens e povos, a partir de dentro
das culturas, abrindo-se à verdade fundamental: Deus é Amor, fez-se homem em
Jesus e com o seu Sacrifício resgatou a humanidade da escravidão do mal
dando-lhe uma esperança certa” (Bento XVI, Ângelus 18/09/2011).
A
parábola que Jesus conta (Mt. 20,1-16) sobre o vinhateiro que, em diversas
horas do dia, chama trabalhadores para a sua vinha e, ao cair da tarde, dá a
todos o mesmo salário, torna-se causa do protesto dos trabalhadores da primeira
hora. Parecia-lhes injusto ter recebido a mesma moeda dada também como paga
àqueles que só começaram a trabalhar ao entardecer: faltou – diríamos hoje –
isonomia. Mas a moeda dada a cada um representa a vida eterna. Deus não pode
dar menos do que a vida eterna aos “primeiros” ou aos “últimos”. Além disso, o
Senhor não tolera “desemprego” na Sua vinha. Na verdade, a primeira recompensa
do operário da Vinha do Senhor consiste precisamente na honra de ser chamado à
missão do próprio Vinhateiro divino. Só quem trabalha por amor ao Senhor e ao
Seu Reino entende isso. Quem trabalha por um prêmio de qualquer outra natureza,
nunca compreenderá que a vocação é “Dom e Mistério” (São João Paulo II).
Maria,
a Virgem que sabe ouvir a Palavra, nos ajude a responder “sim” ao chamamento do
Senhor para trabalhar na Sua Vinha.
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
terça-feira, 15 de setembro de 2020
segunda-feira, 14 de setembro de 2020
domingo, 13 de setembro de 2020
sábado, 12 de setembro de 2020
REFLEXÃO LITÚRGICA DO XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM – 13/09/2020
SENHOR, QUANTAS VEZES DEVO
PERDOAR?
Dom
José Aparecido Gonçalves de Almeida
Arquidiocese
de Brasília-DF
A |
o rezarmos o Pai Nosso, fazemos uma súplica exigente:
“perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido”. Com estas palavras ensinadas pelo próprio Senhor Jesus, nós pedimos
o perdão das nossas faltas oferecendo ao Pai, que não se cansa de perdoar, a
medida do perdão que desejamos receber.
Já no Antigo Testamento lemos que: “Se (alguém)
não tem compaixão do seu semelhante, como poderá pedir perdão a Deus?” (Eclo.
28,4). O mesmo sábio aconselha: “Perdoa ao próximo que te prejudica, assim,
quando orares, teus pecados serão perdoados” (28,2). Esta palavra já nos
aproxima da revelação Evangélica da centralidade do perdão e da misericórdia na
vida dos filhos de Deus.
Mesmo o salmista, ao convidar a própria alma a
bendizer ao Senhor lembrando-se dos imensos benefícios que o Senhor lhe fez,
diz: “Ele te perdoa toda culpa, cura toda tua enfermidade … como um pai se compadece
de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem” (Sl. 102,3.13).
Na segunda leitura, o Apóstolo sugere aos cristãos de
Roma que na comunidade Cristã nada há de essencial senão a pertença radical a
Jesus, pois “quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor”, que “morreu e
ressuscitou para ser o Senhor dos vivos e dos mortos” (Rm. 14,8-9). E o
fez realizando a reconciliação do gênero humano com o Seu Pai e nosso Pai.
Na sequência da tradição bíblica do perdão e levando-a
ao seu pleno cumprimento, Jesus universaliza o sentido do próximo e estabelece
o vínculo entre o perdão recebido e o perdão dado (cf. Mt 18, 21-35).
São João Paulo II assim comenta o diálogo entre Jesus e Pedro: “Cristo sublinha
com insistência a necessidade de perdoar aos outros. Quando Pedro lhe perguntou
quantas vezes devia perdoar ao próximo, indicou-lhe o número simbólico de
«setenta vezes sete», querendo desta forma indicar-lhe que deveria saber
perdoar sempre a todos e a cada um”. (Dives in misericordia, n. 14).
A parábola que ilustra a resposta de Jesus a Pedro,
coloca salienta o contraste hiperbólico entre a magnanimidade do senhor que
perdoa uma soma incalculável representada pelos dez mil talentos (mais de
dois bilhões de denários) e a mesquinhez do criado para com o companheiro
que lhe devia apenas cem denários, ou seja, cem vezes o salário de um dia.
O exercício contínuo e generoso do perdão nos
configura cada vez mais a Cristo, que “me amou e Se entregou por mim”. E nós
confiamos este desejo à intercessão d’Aquela que não cessa de proclamar «a
misericórdia, de geração em geração» e também a daqueles em que já se
realizaram até ao fim as palavras do Sermão da Montanha, «Bem-aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (cfr. Id., n. 15).
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
terça-feira, 8 de setembro de 2020
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
domingo, 6 de setembro de 2020
sábado, 5 de setembro de 2020
REFLEXÃO LITÚRGICA DO XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM – 06/09/2020
SE TEU IRMÃO PECAR CONTRA TI…
D |
esde a década de 70, a Igreja no Brasil dedica o mês
de setembro à promoção do conhecimento da Bíblia entre os católicos. Este mês
foi escolhido porque nele se celebra a memória de São Jerônimo, Doutor da
Igreja, patrono dos cultores das Escrituras Santas. Ele traduziu a Bíblia para
a língua dos romanos a pedido do Papa Dâmaso. Sua tradução foi adotada na
liturgia católica e ficou conhecida como “Vulgata”, por seu latim popular,
simples e belo. A tradução brasileira usada na liturgia foi feita a partir das
línguas originais e cotejada com a Nova Vulgata, revisada por especialistas a
pedido de São Paulo VI.
Neste mês, portanto, a Igreja no Brasil «exorta com
ardor e insistência todos os fiéis a que aprendam “a sublime ciência de Jesus
Cristo” (Fl. 3,8) na leitura frequente da Sagrada Escritura» (CIC n.
133), porque, como dizia S. Jerônimo, “a ignorância das Escrituras é
ignorância de Cristo” (Comentário a Isaías). Peçamos a sua intercessão
para aprendermos a conhecer e amar as Escrituras Sagradas.
Neste Domingo, a liturgia da Palavra nos orienta para
uma atitude oposta à de Caim, que ao matar o irmão, retrucou a Deus: “por acaso
sou guarda do meu irmão?” (Gn. 4,9). O desinteresse pela vida do irmão,
por suas quedas ou afastamento de Deus, não é respeito, é escárnio, desprezo.
Cada irmão nosso vale o caro preço do Sangue de Cristo.
Já na primeira Aliança, Deus exortava o profeta
Ezequiel a cuidar da casa de Israel, orientando e corrigindo o ímpio, isto é, o
pecador injusto: “Se eu disser ao ímpio que ele vai morrer, e tu não lhe
falares, advertindo-o a respeito de sua conduta, o ímpio vai morrer por própria
culpa, mas eu te pedirei contas da sua morte” (Ez 33, 7-9). A correção
omitida acarreta responsabilidade pela vida do ímpio, mas a correção realizada
traz a salvação àquele que corrige.
Ao convidar-nos a não fechar os corações, o Espírito
Santo nos chama pela pena do Salmista a ouvir “hoje a voz do Senhor” (Sl.
94). Por meio do Apóstolo dos gentios, a Sua voz nos diz para não ficar
“devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está
cumprindo toda a Lei” (Rm 13,8).
Quando por meio de obras de misericórdia espirituais
oferecemos nosso amor aos que padecem no erro, é a Cristo que adoramos: “O que
fizestes a um destes pequeninos, a mim o fizestes”. Por isso, no Evangelho (Mt
18,15-20), Jesus nos ensina o modo de fazer a correção fraterna e as etapas
a cumprir ao corrigir os que erram. Vale a pena meditar durante esta semana
sobre as palavras de Jesus, pedindo-lhe as luzes e a força para colocá-las em
prática. A capacidade de fazer correção fraterna é um índice de maturidade
cristã e, como nos ensina o Papa Francisco, um remédio eficaz contra a
maledicência.
Nossa Senhora nos ajude a ser atentos à voz do
Espirito Santo que fala nas Escrituras.
Fonte: Palavra do Pastor - Arquidiocese de Brasília-DF.