SE TEU IRMÃO PECAR CONTRA TI…
D |
esde a década de 70, a Igreja no Brasil dedica o mês
de setembro à promoção do conhecimento da Bíblia entre os católicos. Este mês
foi escolhido porque nele se celebra a memória de São Jerônimo, Doutor da
Igreja, patrono dos cultores das Escrituras Santas. Ele traduziu a Bíblia para
a língua dos romanos a pedido do Papa Dâmaso. Sua tradução foi adotada na
liturgia católica e ficou conhecida como “Vulgata”, por seu latim popular,
simples e belo. A tradução brasileira usada na liturgia foi feita a partir das
línguas originais e cotejada com a Nova Vulgata, revisada por especialistas a
pedido de São Paulo VI.
Neste mês, portanto, a Igreja no Brasil «exorta com
ardor e insistência todos os fiéis a que aprendam “a sublime ciência de Jesus
Cristo” (Fl. 3,8) na leitura frequente da Sagrada Escritura» (CIC n.
133), porque, como dizia S. Jerônimo, “a ignorância das Escrituras é
ignorância de Cristo” (Comentário a Isaías). Peçamos a sua intercessão
para aprendermos a conhecer e amar as Escrituras Sagradas.
Neste Domingo, a liturgia da Palavra nos orienta para
uma atitude oposta à de Caim, que ao matar o irmão, retrucou a Deus: “por acaso
sou guarda do meu irmão?” (Gn. 4,9). O desinteresse pela vida do irmão,
por suas quedas ou afastamento de Deus, não é respeito, é escárnio, desprezo.
Cada irmão nosso vale o caro preço do Sangue de Cristo.
Já na primeira Aliança, Deus exortava o profeta
Ezequiel a cuidar da casa de Israel, orientando e corrigindo o ímpio, isto é, o
pecador injusto: “Se eu disser ao ímpio que ele vai morrer, e tu não lhe
falares, advertindo-o a respeito de sua conduta, o ímpio vai morrer por própria
culpa, mas eu te pedirei contas da sua morte” (Ez 33, 7-9). A correção
omitida acarreta responsabilidade pela vida do ímpio, mas a correção realizada
traz a salvação àquele que corrige.
Ao convidar-nos a não fechar os corações, o Espírito
Santo nos chama pela pena do Salmista a ouvir “hoje a voz do Senhor” (Sl.
94). Por meio do Apóstolo dos gentios, a Sua voz nos diz para não ficar
“devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está
cumprindo toda a Lei” (Rm 13,8).
Quando por meio de obras de misericórdia espirituais
oferecemos nosso amor aos que padecem no erro, é a Cristo que adoramos: “O que
fizestes a um destes pequeninos, a mim o fizestes”. Por isso, no Evangelho (Mt
18,15-20), Jesus nos ensina o modo de fazer a correção fraterna e as etapas
a cumprir ao corrigir os que erram. Vale a pena meditar durante esta semana
sobre as palavras de Jesus, pedindo-lhe as luzes e a força para colocá-las em
prática. A capacidade de fazer correção fraterna é um índice de maturidade
cristã e, como nos ensina o Papa Francisco, um remédio eficaz contra a
maledicência.
Nossa Senhora nos ajude a ser atentos à voz do
Espirito Santo que fala nas Escrituras.
Fonte: Palavra do Pastor - Arquidiocese de Brasília-DF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Informe sempre no final do seu comentário o seu nome e a sua Cidade.