sábado, 13 de fevereiro de 2021

Reflexão Litúrgica do 6º Domingo do Tempo Comum – 14/02/2021

Pe. Luís Rodrigues Batista, C.Ss.R.

CRISTO ACOLHE, AMPARA E LIBERTA!

P

ara além dos estereótipos que podemos enxergar nas pessoas, somos chamados a ver em todas elas, que se trata de um ser humano, imagem e semelhança do Criador, irmão que tem sua história de vida e jamais poderá ser ignorada a sua presença perto de nós. A atitude cristã tende a ser de acolhida e respeito, sobretudo se for alguém considerado entre outros o mais frágil e vulnerável.

         À nossa frente poderá estar um marginalizado que, pela sua condição, denuncia a nossa maneira de organizar a vida. Denuncia ainda mais uma prática religiosa que cria barreiras, discrimina, classifica e rotula as pessoas, reduzindo-as à sentença do pode ou não pode, das normas legais que levam a prejudicar, de modo irreparável, aqueles mais sofredores.

O leproso, tanto no Antigo Testamento como os contemporâneos de Jesus, ilustra com propriedade o que um sistema, uma organização política, um tipo de mentalidade cultural e social podem fazer em detrimento ao direito fundamental e essencial, a vida e a dignidade do ser humano.

O Evangelho aponta para caminhos novos. Abre-nos o coração e a mente para enxergar todas as coisas de maneira diferente. A prática de Jesus é inclusiva, revela o Pai Misericordioso que perdoa, acolhe e devolve ao pecador arrependido a alegria pela vida. A comunidade cristã tem a missão de retratar essa prática, acolhendo, perdoando, promovendo e defendendo sem distinção os que mais precisam. Tudo seja feito para a glória de Deus, jamais para o reconhecimento meramente humano.

A gratuidade de Deus é parâmetro para o nosso agir evangélico. Jesus demonstra ter compaixão do leproso, do pobre, do enfermo, do pecador. Ele tem compaixão de cada um de nós. O apóstolo Paulo fez o mesmo que Cristo, imitando-o, e nos exorta para fazer igualmente. Jesus tem poder de curar, mas a condição está naquele que vai receber a cura. Disposição e abertura para mudar de vida, sair da situação que discrimina e oprime. O mais importante: reconhecer a pessoa de Jesus como o Filho de Deus presente no meio de nós, que acolhe e liberta.

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