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Devemos procurar, como e com Jesus, ir ao encontro daqueles que
não têm mais esperança, que perderam a fé, que precisam de uma palavra amiga;
devemos dar testemunho cristão do anúncio evangélico.
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liturgia deste 31º DOMINGO DO TEMPO COMUM, que
encerra o mês de outubro, mês das Missões, é muito rica, pois fala de
arrependimento, perdão, conversão e encontro com o Senhor.
Encontro com o
Senhor, como fez Zaqueu, no Evangelho de hoje, que instaurou com ele um diálogo
sincero e uma profunda conversão. Zaqueu teve a felicidade de encontrar Jesus,
pessoalmente, porque recebeu o perdão dos seus pecados e a graça da conversão.
Segundo a tradição, Zaqueu tornou-se discípulo de Pedro e bispo de Cesareia.
Este episódio da
conversão de Zaqueu encontra-se apenas em Lucas, o “evangelista da misericórdia
de Cristo”, que destaca o amor de Cristo pelos pecadores, bem como a
universalidade da salvação que ele trouxe ao mundo.
Zaqueu era um “chefe
de publicanos”, cobradores de impostos dos romanos opressores. Ele podia usar
desta sua profissão também para se enriquecer e cobrar mais do que a taxa
justa, contrariamente ao significado do seu nome, que, em aramaico, significa
homem puro.
Zaqueu era um
cobrador de impostos na cidade de Jericó, uma grande cidade de comércio,
situada à margem fértil do rio Jordão, uma encruzilhada que levava a Jerusalém.
Zaqueu sempre ouvia o
povo falar de um homem, chamado Jesus de Nazaré e queria conhecê-lo de perto.
Certo dia, cansado de trabalhar só com coisas materiais, decidiu matar a sua
curiosidade, ou melhor, seguir a voz interior da sua consciência, a ponto de
subir numa árvore, um “Sicômoro”, devido à sua pequena estatura, embora fosse
um homem rico. Ele queria pelo menos ver aquele Nazareno, sobre o qual falavam
tão bem, de cima de uma árvore, por causa da grande multidão que o seguia. Ao
passar por aquele lugar, Jesus levantou os olhos e viu aquele homem e lhe
disse: “Zaqueu, desce depressa, pois hoje quero me hospedar em sua casa”.
Com este gesto, o
evangelista Lucas destaca a bondade e a condescendência de Jesus, que, diante
dos olhos humanos, ia comer na casa de um pecador público. No entanto, este
gesto do Senhor o levou à conversão, a uma mudança radical de vida. Tanto é
verdade, que a avareza do “chefe de publicanos” foi compensada com uma grande
generosidade, quando disse: “Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres
e restituir quatro vezes mais o prejuízo que causei a alguém”. E Jesus lhe
respondeu: “Hoje, a salvação entrou nesta casa”.
Este gesto de Jesus,
hoje, nos leva a refletir sobre o acolhimento de quem vêm ao nosso encontro,
pedindo ajuda, compreensão, conforto, consolação!
Devemos procurar,
como e com Jesus, ir ao encontro daqueles que não têm mais esperança, que
perderam a fé, que precisam de uma palavra amiga; devemos dar testemunho
cristão do anúncio evangélico, que Jesus nos confiou; ir ao encontro dos que
não professam nenhuma religião e são ateus.
Como o evangelista
Lucas, devemos pregar o “Deus misericordioso” e trabalhar pelo progresso e a
paz no mundo”.
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