“Os cardeais da Igreja Católica foram convocados para se reunir
após a morte do papa Francisco. Eles irão se preparar
para realizar o Conclave — o processo de escolha do próximo pontífice.”
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om a
morte do papa Francisco, a Igreja Católica começa a se preparar para o
Conclave, a eleição que escolherá o próximo pontífice. Pelas regras, o Conclave
deve começar entre 15 e 20 dias após a morte do papa. Assim sendo, a votação
começará entre os dias 6 e 11 de maio.
Em
fevereiro de 2013, o papa Bento XVI estabeleceu uma nova regra que permite
flexibilidade nesse prazo. Pela norma, o início do Conclave pode ser antecipado
se todos os cardeais com direito a voto já estiverem no Vaticano. A eleição
também pode ser adiada, excepcionalmente, por graves motivos.
É
costume, após a morte do papa, o Vaticano convocar todos os cardeais do mundo
para compor o Colégio dos Cardeais, atualmente formado por duzentos e cinquenta
e dois religiosos, entre eles, oito brasileiros. O Colégio dos Cardeais ajuda a
organizar o Conclave e discute questões inadiáveis da Igreja. Apenas os
cardeais com menos de 80 anos podem participar da eleição. Atualmente, cento e
trinta e cinco se enquadram nesse critério, entre eles, sete brasileiros.
O
início do Conclave depende da presença desses cardeais eleitores no Vaticano. A
exceção é para os religiosos que estejam impedidos de comparecer por motivos
graves, como problemas de saúde.
Apesar
de haver uma estimativa para que o Conclave comece no início de maio, ainda não
há uma previsão oficial de quando a Igreja Católica terá um novo papa. Isso
acontece por causa do modelo de votação e das regras da eleição.
Durante
Conclave, os cardeais eleitores ficam fechados dentro do Vaticano, em uma área
conhecida como "Zona de Conclave" e fazem um juramento de segredo
absoluto sobre o processo.
As
votações acontecem dentro da Capela Sistina. Para ser eleito, um cardeal
precisa receber dois terços dos votos, que são secretos e queimados após a
contagem. Ao todo, até quatro votações podem ser realizadas por dia, duas pela
manhã e duas à tarde. Se, depois do terceiro dia de Conclave, a Igreja
continuar sem papa, uma pausa de 24 horas é feita para orações. Outra pausa
pode ser convocada após mais sete votações sem um eleito.
Caso
haja 34 votações sem consenso, os dois mais votados da última rodada disputarão
uma espécie de "segundo turno". Ainda assim, será necessário atingir
dois terços dos votos para que um deles seja eleito.
Os
Conclaves que elegeram Francisco e Bento XVI, foram concluídos em apenas dois
dias. No geral, as eleições dos últimos cem anos foram rapidamente resolvidas.
Na
história da Igreja como um todo, já houve eleições que duraram semanas,
incluindo um episódio no século XIII em que um Conclave demorou mais de dois
anos para ser concluído e terminou com a eleição de Gregório X.
BRASILEIROS NO CONCLAVE
Dos
oito cardeais brasileiros, apenas sete brasileiros estão na disputa para ser o
novo Papa são eles: SÉRGIO DA ROCHA, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador,
65 anos; JAIME SPENGLER, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, 64
anos; ODILO SCHERER, arcebispo de São Paulo, 75 anos; ORANI TEMPESTA, arcebispo
do Rio de Janeiro, 74 anos; PAULO CEZAR COSTA, arcebispo de Brasília, 57 anos; JOÃO
BRAZ DE AVIZ, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos e LEONARDO ULRICH STEINER,
arcebispo de Manaus, 74 anos.
Para especialistas, entre os brasileiros, os cardeais Sérgio da Rocha - Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador; Paulo Cezar Costa - arcebispo de Brasília, e Jaime Spengler - presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, são os que mais tem chances de serem eleito papa.
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