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experiência
dos frutos da santidade da SEMANA DE TODAS A MAIS SANTA vem da
abertura de coração e da vivência pessoal de cada cristão diante daquilo que a
Liturgia destes dias nos propõe, seja na vida comunitária, seja na experiência
particular de oração e espiritualidade.
Ao levantarmos os
ramos no DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR e saudarmos, em
nossas procissões, o Cristo Rei que entra em Jerusalém sentado no lombo de um
jumentinho, qual ação interna esse sinal pode nos ajudar a refletir? Talvez,
possa ser um caminho nos perguntar: como estou recebendo Jesus Cristo e sua
mensagem da Boa Nova todos os dias em minha vida? Se estou sendo fiel a
Sua entrada em minha vida ou se estou deixando-O entrar e depois O “expulso”,
levando à condenação diante dos homens?
Certamente, a
resposta sempre será positiva: sempre podemos oferecer mais, o nosso “óbolo
da viúva” nas nossas orações pelos ministros os quais Deus confiou o
pastoreio de seu rebanho.
Na Liturgia da MISSA
DA CEIA DO SENHOR em que o padre, imitando Jesus Cristo, se debruçará
aos pés de seus paroquianos para os lavar e materializar o mandamento máximo do
amor. Para muitos aquela música tão tradicional em nossas liturgias “Jesus
erguendo-se da ceia, jarro e bacia tomou, lavou os pés dos discípulos, este
exemplo nos deixou…”, fez uma falta colossal. Pela música em si? Pode ser
que não. Na verdade, nossos olhos humanos precisam – e daí a necessidade dos
sacramentos – ver e tomar parte do ensinamento que escutamos. A imitação de
Cristo, deste gesto, em nossas vidas, deve ser no cotidiano, levando às últimas
consequências o mandamento do amor. “Amai-vos uns aos outros, como Eu
vos amei”, diz o Senhor.
Às três horas da
tarde, diante de um silêncio ensurdecedor para os nossos ouvidos tão
acostumados com o barulho, os sacerdotes caminham até o altar e, diante dele,
se prostram enquanto todos nós nos colocamos de joelhos. As palavras que rompem
este silêncio dão o tom da CELEBRAÇÃO DA SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO: estamos
fazendo memória da morte de Nosso Senhor onde derramou seu sangue na Cruz para
nos libertar da morte do pecado. O Altar desnudo, sem velas, o silêncio, o
minucioso relato da Paixão e a profundidade da oração comunitária por tantas
intenções, nos mostram a universalidade e completude da Paixão de Nosso Senhor.
“Ó noite em
que Jesus rompeu o inferno, ao ressurgir da morte vencedor De que nos valeria
ter nascido, se não nos resgatasse em seu amor”. Após sair da
escuridão do início da Celebração, escutamos o belíssimo texto do anúncio da
Páscoa que proclama a vitória de Jesus Cristo sobre a morte na Vigília Pascal.
A Liturgia desta celebração enche os olhos e o coração de todo batizado – e porque
não dizer, dos pagãos também – ela manifesta a grandeza do que celebramos: a
vitória de Cristo sobre a morte e o pecado. A luz que irradia do Círio Pascal,
aceso no fogo novo, compartilha lugar com a luz que chega aos nossos corações
pela leitura da história da nossa salvação na Liturgia da Palavra culminando na
luz que queremos irradiar da nossa vida cristã que renovemos através das
promessas batismais que repetimos do dia do nosso batismo. “Ó noite de
alegria verdadeira, que une de novo o céu e a terra inteira”
Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia, nos saudamos ao desejar feliz Páscoa aos irmãos e irmãs. O centro da nossa fé deve ser motivo de mudança de vida para celebrar a vitória de Nosso Senhor sobre o pecado e a morte. É Ele quem nos traz a vida eterna; é Ele a quem devemos louvar e bendizer com nossas vidas, todos os dias; é Ele que precisamos testemunhar para o mundo para que sua mensagem de salvação seja conhecida e amada por toda a humanidade.
Que celebrar a SEMANA DE TODAS A MAIS SANTA, nos ajude a caminhar e nos aproximar na estrada rumo a Pátria Celeste.
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