sábado, 21 de junho de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA DO 12º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 22/06/2025

 

Pe. Cícero Lenisvaldo - Arquidiocese de Maceió-AL

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o Evangelho de hoje, encontramos uma profissão de fé cristológica. Observemos a pedagogia com a qual Jesus guia Pedro e os outros Apóstolos para a revelação que faz do Messias sofredor; ao mesmo tempo, o Senhor nos ensina que o cristão participa do Senhor ressuscitado somente compartilhando, na fé, a sua experiência de Senhor crucificado.

O Senhor nos pede uma resposta clara sobre a questão que Ele coloca: "E vós, quem dizeis que eu sou?". Qual é o tipo de Cristo no qual colocamos a nossa fé? Em qual Cristo eu creio realmente? Os equívocos são possíveis. O seguir Jesus Cristo pode ser marcado por ambiguidade e confusão.

Este caminho será autêntico se repercorre o caminho Pascal de Cristo. Muitos católicos acabam caindo em um prejuízo teológico de tendência protestante, que os faz pensar que seguir Jesus Cristo seria percorrer um caminho sem nenhum problema ou dificuldade. A motivação para seguir Cristo seria de resolver minhas dificuldades de diferentes ordens. Porém, não é essa proposta que o Senhor nos apresenta.

No evangelho encontramos um ponto decisivo: começa a se revelar o mistério, Jesus se dirige para a cruz. A viagem para Jerusalém tem início idealmente aqui: do primeiro anúncio da Cruz. Ele não coloca a questão da Cruz em letras pequenas como vemos que faz a propaganda para enganar o cliente.

Jesus está para oferecer aos discípulos a suprema revelação: a cruz é iminente. Ele faz esta revelação ao sair de um momento de profunda oração solitária. A oração cristã se encarna na própria Pessoa de Jesus; normalmente O encontramos absorvido, solitário, em diálogo com o Pai. Mas, os momentos da oração de Cristo são para Ele momentos altamente messiânicos; os principais gestos de Jesus são habitualmente preparados pela sua oração pessoal. Aqui, no contexto de hoje, o momento messiânico decisivo é o anúncio da Cruz, que para Lucas, o autor do Evangelho, é um mistério aceitável somente em um gesto de profunda espiritualidade e de diálogo com o Pai.

São Lucas não tem a intenção de adoçar a mensagem da Cruz. Para ele crer significa muito mais que uma simples adesão mental ou sentimental; se trata de acolher a proposta do Evangelho na vida. O gesto de Simão de Cirene no caminho do Calvário é símbolo para aqueles que seguem Cristo. Quando Jesus diz "Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me”, a expressão “tome sua cruz cada dia e me siga”, está se referindo à continuidade da Cruz na vida do cristão.

A Cruz é esperança e salvação, mas é preciso viver com o Senhor. É a única estrada que leva a ressurreição. E pelo fato de que a Cruz de Jesus salvou o mundo, o seu discípulo, participando com generosidade nas provações, está de qualquer modo envolvido na redenção de todo o mundo.

O significado Cristão do sofrimento é transformado em manifestação do amor, em participação no amor que Deus nos revelou em seu Filho.

Fonte:




Mensagem do dia... 21/06/2025

 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI

 

A

 Solenidade em honra ao Corpo do Senhor – “CORPUS CHISTI”, que a Igreja celebra na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, mais precisamente depois da festa da Santíssima Trindade, foi oficializada em 1264 pelo Papa Urbano IV.

Como sabemos, Deus costuma se revelar aos humildes e pequenos, e Ele se utilizou de uma simples jovem para lhe revelar a festa de Corpus Christi. Segundo os registros da Igreja, Santa Juliana de Cornillon, em 1258, numa revelação particular, teria recebido de Jesus o pedido para que fosse introduzida, no Calendário Litúrgico da Igreja, a Festa de Corpus Domini.

Santa Juliana nasceu, em 1191, nos arredores de Liège, na Bélgica. Essa localidade é importante, e, naquele tempo, era conhecida como “cenáculo eucarístico”. Nessa cidade, havia grupos femininos generosamente dedicados ao culto eucarístico e à comunhão fervorosa.

Tendo ficado órfã aos cinco anos de idade, Juliana, com a sua irmã Inês, foram confiadas aos cuidados das monjas agostinianas do convento-leprosário de Mont Cornillon. Mais tarde, ela também uma monja agostiniana, era dotada de um profundo sentido da presença de Cristo, que experimentava vivendo, de modo particular, o Sacramento da Eucaristia.

Com a idade de 16 anos, teve a primeira visão. Via a lua no seu mais completo esplendor, com uma faixa escura que a atravessava diametralmente. Compreendeu que a lua simbolizava a vida da Igreja na Terra; a linha opaca representava a ausência de uma festa litúrgica, em que os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a fé, prosperar na prática das virtudes e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento.

Durante cerca de 20 anos, Juliana, que entretanto se tinha tornado priora do convento, conservou no segredo essa revelação. Depois, confiou o segredo a outras duas fervorosas adoradoras da Eucaristia: Eva e Isabel. Juliana comunicou essa imagem também a Dom Roberto de Thorete, bispo de Liége. Mais tarde, a Jacques Pantaleón, que, no futuro, se tornou o Papa Urbano IV. Quiseram envolver também um sacerdote muito estimado, João de Lausanne, pedindo-lhe que interpelasse teólogos e eclesiásticos sobre aquilo que elas estimavam.

Foi precisamente o Bispo de Liége, Dom Roberto de Thourotte, que, após hesitações iniciais, aceitou a proposta de Juliana e das suas companheiras, e instituiu, pela primeira vez, a solenidade do Corpus Christi na sua diocese, precisamente na paróquia de Sainte Martin. Mais tarde, também outros bispos o imitaram, estabelecendo a mesma festa nos territórios confiados aos seus cuidados pastorais. Depois, tornou-se festa nacional da Bélgica.

Dessa forma, a festa foi crescendo cada vez mais, e outros bispos faziam a mesma coisa em sua diocese. Tomou tal proporção, que veio a tornar-se não só uma festa do território da Bélgica, mas sim de todo o mundo. Sendo que, a festa mundial de Corpus Christi foi decretada oficialmente somente em 1264, seis anos após a morte de irmã Juliana, em 1258, com 66 anos.

No quarto onde repousava, foi exposto o Santíssimo Sacramento e, segundo as palavras do seu biógrafo, Juliana faleceu contemplando, com um ímpeto de amor, a Jesus Eucaristia, por ela sempre amado, honrado e adorado.

Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada, em 1599, pelo Papa Clemente VIII.  Como vimos, ela morreu sem ver a procissão de forma mundial.

Milagre de Bolsena

Depois da morte do Papa Alexandre IV, foi eleito o novo Papa, o cardeal Jacques Panteleón. Naquela época, a corte papal era em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto dessa localidade fica a cidade de Bolsena, onde, em 1264, aconteceu o famoso Milagre de Bolsena.

Em que consiste esse milagre? Um padre da Boemia, Alemanha, que tinha dúvidas sobre a verdade da transubstanciação, presenciou um milagre. Durante uma viagem que fazia da cidade de Praga a Roma, ao celebrar a Santa Missa na tumba de Santa Cristina, na cidade de Bolsena, Itália, no momento da consagração, viu escorrer sangue da Hóstia Consagrada, banhando o corporal, os linhos litúrgicos e também a pedra do altar, que ficaram banhados de sangue.

O sacerdote, impressionado com o que viu, correu até a cidade de Orvieto, onde morava o Papa Urbano IV, que mandou a Bolsena o Bispo Giacomo, para ter a certeza do ocorrido e levar até ele o linho ensanguentado. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. O Pontífice foi ao encontro do Bispo até a ponte do Rio Claro, hoje atual Ponte do Sol. O Papa pegou as relíquias e mostrou à população da cidade.

Começo da celebração

O Santo Padre, movido pelas visões de Santa Juliana, pelo prodígio e também a petição de vários bispos, fez com que a festa do Corpus Christi se estendesse por toda a Igreja por meio da bula Transiturus de hoc mundo, em 11 de agosto de 1264. Esses fatos foram marcantes para se estabelecer a festa de Corpus Christi.

A morte do Papa Urbano IV, em 2 de outubro de 1264, um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena, em 1311, ordenou, mais uma vez, a adoção dessa festa. Em 1317, foi promulgada uma recompilação das leis por João XXII e assim a festa foi estendida a toda a Igreja.

Foi assim que a festa de Corpus Christi aconteceu, tendo como testemunho estes dois fatos: as visões de Santa Juliana e o milagre eucarístico de Bolsena.

Corpus Christi NO BRASIL

Corpus Christi é uma festa religiosa católica que celebra a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. A festa ocorre sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que por sua vez acontece 60 dias após o Domingo de Páscoa.

No Brasil, é um feriado, e nas Igrejas, acontecem procissões onde o Santíssimo Sacramento é levado em ostensório e decoram as ruas com tapetes coloridos.

A festa celebra o mistério da transubstanciação, onde o pão e o vinho se transformam no corpo e sangue de Cristo na Eucaristia.

É um momento para os católicos reafirmarem sua fé na presença real de Cristo na Eucaristia e renovarem seu compromisso com o sacramento.

As tradições de Corpus Christi no Brasil têm raízes na cultura popular e na herança trazida pelos imigrantes portugueses.

DIA DE PRECEITO

Diferentemente de outras solenidades que foram transferidas para o domingo pela CNBB, Corpus Christi permanece sendo celebrado na quinta-feira, como sinal de reverência à instituição da Eucaristia. Assim, o fiel católico está chamado a participar da Missa nesse dia e, onde for possível, da tradicional procissão com o Santíssimo Sacramento pelas ruas, manifestando publicamente a fé e a adoração a Jesus Eucarístico.

A Solenidade de Corpus Christi é um dia de preceito na Igreja Católica, há obrigação de participar da Santa Missa, salvo por justa causa.

Mensagem do dia... 19/06/2025

 

sábado, 14 de junho de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE – 15/06/2025

 


H

oje, de um modo especial, celebramos Deus. Mas quem é Deus? Como explicá-lo? Como defini-lo? Como conhecê-lo?

Nenhuma pergunta sobre Deus pode ser respondida por nós humanos. Deus nos supera!

Temos noção de quem Ele é, mas não conseguimos defini-lo. É impossível! Ele é a eterna surpresa. Nosso Deus não é o Deus dos filósofos, mas é o Pai de Jesus Cristo, é o próprio Cristo, é o Espírito de Amor.

Para conhecê-lo deveremos abrir a Sagrada Escritura, principalmente o Novo Testamento, e ver o que Jesus, o Verbo Encarnado, nos diz.

A Sabedoria, tema da primeira leitura, afirma que ela é o próprio projeto de Deus que cria um mundo justo. Com o projeto da redenção, para sanar o pecado de Adão, o Verbo se encarnou e apareceu no meio do mundo como a Sabedoria de Deus.

Quando da ascensão de Jesus, sua subida aos céus foi um ganho para os discípulos, pois permitiu que o Senhor Ressuscitado estivesse presente em toda parte. O Senhor fala agora através do Espírito, do Paráclito, que une, com sua presença, o passado e o presente.

A segunda leitura, extraída da Carta de Paulo aos Romanos, nos fala que o “amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Esse amor ocupa o primeiro lugar, deixando justificação e justiça para o segundo plano.

O Espírito, solidarizando-se com Jesus, age dentro de nós, construindo uma vida nova.

Ele nos proporciona duas colunas, a escuta e a disponibilidade, que nos ajudam a assumirmos o projeto de Deus em nossa vida.

Portanto, crer e adorar a Trindade é deixá-la habitar e agir em nossa vida, é colocar em prática a palavra de Paulo: “Eu vivo, mas não sou eu, é Cristo que vive em mim.” (Gal 2, 20)

Fonte: Vatican News

Mensagem do dia... 14/06/2025


sexta-feira, 13 de junho de 2025

SANTO ANTÔNIO: DEVOÇÃO, MISSÃO, MILAGRES E TRADIÇÕES

Renan Dantas*

N

este 13 de junho, celebra-se um dos santos mais queridos e venerados do mundo: SANTO ANTÔNIO. Trazido pelos portugueses, sua devoção criou raízes profundas no Brasil, tornando-se uma tradição cultural e religiosa significativa: pelo menos 105 cidades em 10 estados têm Santo Antônio como padroeiro, tornando o dia 13 de junho um feriado significativo. Esse santo é uma figura central nos festejos juninos, ao lado de São Pedro e São João, celebrados com muita alegria e fé em todo o país.

DE LISBOA A PÁDUA

Nascido em Lisboa, Portugal, com o nome de Fernando de Bulhões, Santo Antônio faleceu em 13 de junho de 1231, nas proximidades de Pádua, na Itália. Por isso, é conhecido tanto como Santo Antônio de Lisboa quanto Santo Antônio de Pádua. Inicialmente, acreditava-se que ele havia nascido em 1191, mas uma exumação científica autorizada pelo Vaticano em 1981 revelou que Santo Antônio faleceu aos 40 anos, sugerindo que ele nasceu no final dos anos 1180.

Menos de um ano após sua morte, em 30 de maio de 1232, ele foi canonizado, tornando-se um dos santos canonizados mais rapidamente na história. Em 1946, o Papa Pio XII o proclamou “doutor da Igreja” com o título de ‘Doctor Evangelicus’ (Doutor Evangélico).

SANTO CASAMENTEIRO

Santo Antônio é amplamente conhecido como o "Santo Casamenteiro". Essa popularidade surgiu porque ele ajudava as mulheres que não conseguiam se casar por falta de dote. Recorreu à generosidade das pessoas para ajudar essas mulheres a realizarem o sacramento do matrimônio, mostrando sua sensibilidade às dificuldades do povo.

Tradicionalmente, as festividades em honra a Santo Antônio incluem:

1. Trezenas: durante os 13 dias que antecedem o dia de Santo Antônio, fiéis realizam missas e orações especiais, pedindo graças e intercessões.

2. Casamentos juninos: aproveitando a fama de Santo Antônio como santo casamenteiro, muitos casamentos são realizados nesta época, e as festas incluem danças e encenações de casamentos caipiras.

3. Distribuição de pães: seguindo a tradição do santo que multiplicava pães para os pobres, muitas igrejas distribuem pães abençoados aos fiéis.

4. Quermesses: festas com barraquinhas de comidas típicas, brincadeiras e uma barraca específica dedicada a Santo Antônio, onde pães e imagens do santo são vendidos ou doados.

5. Fogueiras: as fogueiras são acesas em homenagem ao santo, simbolizando a luz da fé.

Símbolos e curiosidades

Santo Antônio é frequentemente representado com um lírio, símbolo de pureza e castidade, e com o Menino Jesus, que, segundo a tradição, apareceu em seus braços acariciando-o. Além disso, ele era um grande pregador da Palavra de Deus, conhecido por sua eloquência e profundidade teológica.

Outro fato curioso é que a língua de Santo Antônio, um dos pedaços mais intactos de seu corpo, foi encontrada 40 anos após sua morte, em uma exumação. Esta relíquia é celebrada em Pádua no dia 15 de fevereiro durante a “festa da língua”.

Os milagres de Santo Antônio

1. Os pássaros e a plantação

Martinho de Bulhões, pai de Santo Antônio, possuía uma fazenda nos arredores de Lisboa e gostava de visitá-la com seu filho. Em uma dessas visitas, insaciáveis bandos de pássaros desciam sobre os campos de trigo, ameaçando a colheita. Martinho encarregou seu filho de afastar os pássaros. O garoto, no entanto, começou a se aborrecer com a tarefa e, avistando uma capelinha, desejou orar. Resolveu então guiar os pássaros para dentro de uma sala da fazenda. Obedientemente, os pássaros seguiram-no. Após trancá-los lá dentro, Fernando (Santo Antônio) foi até a capela rezar. Quando seu pai retornou e encontrou Fernando orando, ele o levou até a sala onde estavam os pássaros. A um sinal de Fernando, os pássaros foram libertados e voaram de volta para os céus.

2. O jumento se curva diante da Eucaristia

Durante uma pregação sobre a Eucaristia, um homem desafiou Santo Antônio, afirmando que acreditaria na presença de Cristo na Hóstia Consagrada apenas se seu jumento se ajoelhasse diante dela. Aceitando o desafio, Santo Antônio e o homem marcaram um encontro. O homem deixou o jumento sem comer por três dias. No dia do encontro, o jumento, mesmo faminto, ignorou a comida que lhe foi oferecida e ajoelhou-se diante da Hóstia Consagrada, confirmando a fé do Santo.

3. Livro roubado

Certa vez, um noviço fugiu do mosteiro levando consigo os comentários de Santo Antônio sobre o Livro dos Salmos. O Santo rezou para que o noviço e o livro retornassem. Em pouco tempo, o noviço arrependido voltou, trazendo os manuscritos consigo.

4. Sermão aos peixes

Santo Antônio foi pregar na cidade de Rímini, onde muitos hereges se recusaram a ouvi-lo. Mesmo com a maioria das pessoas deixando o local, ele continuou pregando. Insatisfeito com a conversão parcial, retirou-se para orar e pediu a Deus a conversão de toda a cidade. Depois, dirigiu-se às praias e começou a pregar aos peixes. Incontáveis peixes emergiram das águas, agrupados por espécie e tamanho, e ouviram atentamente o sermão do Santo.

5. O prato envenenado

Hereges, tentando matar Santo Antônio, convidaram-no para um debate sobre a Fé, oferecendo-lhe um prato envenenado. Avisado por Deus sobre a armadilha, o Santo fez o sinal da cruz sobre o prato e o comeu sem sofrer nenhum mal. Os hereges, perplexos, testemunharam mais um milagre.

6. O milagre da bilocação

Durante um sermão na Catedral no domingo de Páscoa, Santo Antônio lembrou-se de que deveria entoar a Aleluia na Missa do Convento franciscano. Mesmo pregando na Catedral, foi visto simultaneamente no Coro do Convento, entoando a Aleluia. O milagre da bilocação foi testemunhado por muitos.

7. Controle sobre o tempo

Em Limoges, durante um sermão ao ar livre devido à grande multidão, o céu escureceu e uma tempestade ameaçou interromper a pregação. Santo Antônio pediu calma aos fiéis, assegurando que não choveria naquele local. O sermão prosseguiu sem interrupções e, após seu término, todos ficaram impressionados ao ver que, embora estivesse seco onde estavam, as redondezas estavam alagadas pela chuva.

8. Santo Antônio cura um louco

Durante um sermão, um homem louco interrompeu a pregação, exigindo o cordão da cintura do Santo. Santo Antônio entregou-lhe o cordão e, ao envolvê-lo, o louco foi instantaneamente curado.

9. Menino salvo pela fé

Em Briba, uma mulher, apressada para ouvir Santo Antônio, deixou seu filho pequeno em casa. Ao retornar, encontrou o menino dentro de um caldeirão de água fervente, mas, invocando o Santo, encontrou o filho ileso, brincando na água fervente.

10. Criada caminha sob forte chuva sem molhar as roupas

Em um dia chuvoso, uma criada foi buscar verduras para o convento de Briba. Apesar da chuva torrencial, ela voltou completamente seca. Este milagre foi atribuído à intercessão de Santo Antônio.

11. Santo Antônio ressuscita um morto

Encontrando um carroceiro transportando um homem supostamente adormecido, Santo Antônio pediu que levasse alguns víveres. O carroceiro recusou, alegando transportar um morto. Mais tarde, percebendo que o homem estava realmente morto, o carroceiro buscou o Santo, que rezou sobre o cadáver e o ressuscitou.

12. Salvou um homem da morte por esmagamento

Durante a construção de um convento, um homem foi esmagado por uma pedra. Santo Antônio pediu que invocassem São Francisco, e o homem ferido levantou-se completamente são.

13. A cura de um menino paralítico

Uma mulher trouxe seu filho paralítico para que Santo Antônio o curasse. Após insistentes pedidos, o Santo fez o sinal da cruz sobre o menino, que foi imediatamente curado. Atribuiu o milagre à fé da mãe.

14. O Menino Jesus aparece para o santo

Um nobre hospedou Santo Antônio em sua casa e, certa noite, viu o Santo segurando o Menino Jesus. Maravilhado, o nobre foi advertido a não revelar o ocorrido até a morte do Santo.

15. Reconstituiu um pé decepado

Um jovem, após confessar que chutou sua mãe, cortou o próprio pé em remorso. Santo Antônio recolocou o pé e o curou, deixando apenas uma pequena cicatriz.

16. Morto falou em defesa do pai de Frei Antônio

O pai de Santo Antônio foi acusado de assassinato após encontrarem um cadáver em sua propriedade. Durante o julgamento, Santo Antônio ordenou ao morto que testemunhasse, e o cadáver afirmou a inocência de Martinho de Bulhões, salvando-o da condenação.

17. Recupera os cabelos arrancados de uma mulher

Em Arezzo, uma mulher foi espancada pelo marido, que lhe arrancou os cabelos. Arrependido, o marido procurou Santo Antônio, que abençoou a mulher e fez seus cabelos crescerem novamente.

18. Conserva um copo intacto e faz nascer uvas numa videira sem frutos

Um soldado incrédulo quebrou um copo, afirmando que só acreditaria em milagres se o copo permanecesse intacto. O copo não se quebrou e uma videira estéril produziu uvas, que encheram o copo. Este copo está preservado na Basílica de Santo Antônio, em Pádua.

19. Anel desaparecido do bispo de Córdoba é reencontrado

O Bispo de Córdoba, devoto de Santo Antônio, perdeu um anel estimado. Durante uma conversa sobre os milagres do Santo, o anel apareceu milagrosamente na mesa, deixando todos perplexos.

20. Ajuda um bispo a recuperar papéis perdidos

O Bispo Ambrósio Catarino perdeu documentos importantes. Após rezar a Santo Antônio, um desconhecido lhe devolveu os papéis perdidos.

21. O casamento da jovem

Uma jovem, desesperada por um noivo, atirou uma imagem de Santo Antônio pela janela. A imagem acertou um cavaleiro que passava, que subiu para devolvê-la e se apaixonou pela jovem, culminando em casamento.

SANTO ANTÔNIO é um Santo profundamente amado e respeitado não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Sua vida de generosidade, sua devoção aos pobres e sua fama como Santo casamenteiro fazem dele uma figura venerada e um exemplo de santidade que continua a inspirar milhões de fiéis. Seja através dos pães milagrosos ou de suas pregações inspiradoras, Santo Antônio permanece um símbolo de fé e solidariedade, sendo celebrado nas animadas festas juninas do Brasil, onde a devoção e a alegria popular se encontram em um espetáculo de fé e tradição.

Santo Antônio, rogai por nós!

*Renan Dantas é diácono, jornalista e assessor de comunicação da Diocese de Juína - MT

Mensagem do dia... 13/06/2025

 

quarta-feira, 11 de junho de 2025

O Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística... sua missão, atitudes e fé.

 

O

 Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) é um servidor e deverá conscientizar-se de que a sua preocupação deve estar voltada para uma relação intima entre o ministério que exerce, Jesus e a comunidade e deve carregar consigo que o ministério é estar a serviço de Jesus antes da comunidade, uma intimidade de pura espiritualidade, tornando essa comunidade mais cristã, mais missionária e ativa a caminho da salvação.

O Ministério da Sagrada Comunhão Eucarística requer a consciência do compromisso assumido mediante Cristo e a comunidade para isso o MESCE deve buscar conhecer melhor sua fé e o espírito de vivência comunitária e que seja um promovedor e transformador da fraternidade.

O Ministério da Sagrada Comunhão Eucarística deve ser exercido em um espírito de serviço fraterno e dedicação à Igreja, em nome do Senhor e só é completamente fortalecido quando nutrido pelo amor a Deus, ao irmão e ao serviço se fazendo comum união verdadeira e perpetuando pela consciência da missão que se torna testemunho no mundo promovendo a transformação que possa levar todos a salvação, lembrado sempre que Jesus é o centro da vida e de todo Ministério.

Os MESCEs são um testemunho de fé, amor e serviço, ajudando a fortalecer a comunidade e a promover o encontro com Jesus na Eucaristia. 

MISSÃO

O Ministério da Sagrada Comunhão Eucarística tem por objetivo suprir uma necessidade da Igreja atribuindo além de assumir a identidade engajando-se mais profundamente na comunidade dando com maior intensidade sua contribuição para a construção do Reino de Deus e desempenhando com maior assiduidade sincrônica e harmoniosamente com os ministérios afins e outras pastorais da Igreja algumas atividades:

Ø 1 – Conhecer as necessidades da comunidade, seus apelos, as prioridades mais urgentes a serem respondidas.

Ø 2 – Conscientizar, a partir da realidade, dinamizando as tarefas comunitárias, sob a luz da Palavra de Deus.

Ø 3 – Apoiar os grupos da comunidade, ajudando-os a um trabalho participativo de comunhão. Ministério é serviço na comunidade.

Ø 4 – Cristo é o Pão da vida. O Ministro não só distribui o Pão Eucarístico, mas está comprometido com a “vida dos irmãos”.

Ø 5 – O Ministro deverá estar ligado profundamente a Cristo, dinamizando e fermentando a comunidade, promovendo a fraternidade.

Ø 6 – O Ministro é chamado a conhecer melhor sua fé, ao estudo permanente, e à vivência concreta da fé na comunidade, principalmente junto aos necessitados e doentes.

Ø 7 – É importante que o Ministro cultive sua fé, o espírito comunitário, cresça na consciência do anúncio do Reino de Deus e da denúncia daquilo que não constrói fraternidade. Cresça no dom de si mesmo, na espiritualidade Eucarística, visando transformação. Suas atividades são diárias e constantes, concentrados e, basicamente no servir.

Ø 8 – A de “servir o altar”, junto ao sacerdote durante as Missas, obedecendo a uma escala previamente elaborada no intuito de que haja um justo revezamento para que todos tenham oportunidade de participar tanto das Missas semanais, como nas dominicais.

Ø 9 – A visitação aos doentes: onde é realizado deverá ser realizada uma preparação do doente para receber o Sacramento despertando também os familiares para a consciência do sacramento. Este trabalho pode ser feito em conjunto com a Pastoral da Saúde, de tal maneira que, no mínimo uma vez por semana, esta seja efetuada pelo Ministro da Comunhão acompanhado do agente visitador da Saúde, visando uma perfeita integração em benefício do doente, realizando atividades que se complementam. Ao conforto espiritual para o corpo, oferecido pelo visitador da Pastoral da Saúde, acrescenta-se o “alimento da alma”, o Pão Vivo da Eucaristia, oferecido ao enfermo no momento da comunhão que, nesta específica ocasião somente ao Ministro caberá administrar.

Ø 10 – Irradiar sempre que oportuno, a mensagem da Palavra de Deus por ocasião das visitas, ou no ambiente comunitário, de forma evangelizadora.

Ø 11 – Formar a comunidade cristã através da Palavra de Deus, despertar-lhe a fé e prepará-la para celebração eucarística.

Ø 12 – Expor e repor o Santíssimo Sacramento, nos termos do CAN 943.

Ø 13 – Participar ativamente da festa de Corpus Christi.

Ø 14 – Zelar pela dignidade do culto eucarístico e de tudo que lhe diz respeito.

Ø 15 – Dar resposta ou tirar dúvidas com respostas concretas, senão buscar a resposta certa antes de passá-la.

ATITUDES DO MINISTRO

Considerando que a escala é passada com antecedência, numa eventualidade de coincidência de compromisso o MESCE é responsável por fazer a troca não deixando vaga a sua posição de servir.

A preparação para o cumprimento do serviço vem da total consciência e modo de cada um desde que se faça sintonia com Jesus e demais membros em atividade (Padre, equipe de liturgia, música e demais Ministros) a parte do Ministro não deve e não pode ser isolado, um ministério alheio.

Usar trajes adequados, que inspirem o respeito que a ocasião requer, porém, asseados e sem formalismo. Na Paróquia o Jaleco branco e a calça preta.

Apresentar-se com a aparência (penteado, maquiagem e unhas cuidadas) mantendo devidos cuidados que o lugar e a situação requerem;

Não utilizar acessórios que possam atrapalhar ou desviar a atenção;

Evitar distribuir a comunhão quando estiver com ferimentos, ataduras ou bandagens, sobretudo nas mãos e nos dedos;

Quando escalado o MESCE deve chegar com no mínimo, uma hora antes do início da celebração.

Na chegada na Igreja, antes de iniciar os serviços à visita ao Santíssimo é indispensável para a oração pessoal (colocar-se na presença a serviço de Jesus).

Contribuir sempre para arrumação que antecede a celebração, ajudar a observar detalhes.

Estar atento e em sintonia ao acontecimento e a alguma necessidade extra ou fato inesperado.

Ceder o lugar do serviço a outro, caso não esteja em condição adequada ao momento.

Ao final da missa ou celebração, guardar todos os vasos litúrgicos e alfaias.

O MINISTRO E A FÉ

O Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística é chamado a conhecer melhor sua fé, ao estudo permanente, e à vivência concreta da fé na comunidade, principalmente junto aos necessitados e doentes.

É importante que o MESCE cultive sua fé, o espírito comunitário, cresça na consciência do anúncio do Reino de Deus e da denúncia daquilo que não constrói fraternidade. Cresça no dom de si mesmo, na espiritualidade Eucarística, visando transformação.

Mensagem do dia... 11/06/2025

 

sábado, 7 de junho de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A SOLENIDADE DE PENTECOSTES – 08/06/2025

 

O

 autor do Evangelho deste domingo, João Evangelista, nos diz que a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos se deu no dia de Páscoa.

Ele deseja fazer-nos compreender que o Espírito que conduziu Jesus para sua missão de salvar a Humanidade é o mesmo que agora conduz a Igreja, comunidade dos seguidores de Jesus, na continuidade da mesma missão. A Igreja torna presente, na História, o Cristo Redentor.

Quando os discípulos, à tarde do primeiro dia da semana, estão reunidos o Senhor aparece no meio deles e lhes comunica a paz. Mostra-lhes os sinais de seus sofrimentos para lhes dizer que, apesar de seu aspecto glorioso, a memória da paixão não poderá ser deixada de lado, que a glória veio através da cruz.

Estamos no primeiro dia da semana, não nos esqueçamos. Exatamente com esse sentido do novo, do novo pós pascal, do novo eterno, que não caduca, que não envelhece, Jesus faz a nova criação soprando o Espírito sobre seus seguidores. É uma referência à criação do homem, relatada no cap. 2º, vers. 7 do Gênesis, quando diz que Deus insuflou em suas narinas o hálito de vida e o homem passou a viver. No relato desse fato na tarde pascal, temos a criação da Comunidade Cristã.

A missão é dada logo em seguida: perdoar os pecados e até retê-los, se for o caso. Pecado é aquilo que impede a realização do projeto do Pai, que é a felicidade do ser humano. Ora, perdoar os pecados significa lutar para que os planos de Deus cheguem à sua concretização e, evidentemente, devolvendo àquele que está arrependido de suas ações contrárias a esse plano, a reconciliação.

Pelo batismo e pela crisma fazemos parte dessa comunidade que deve continuar a missão redentora de Jesus. Que honra!

Que nossas ações, seja na família, no trabalho ou no meio dos amigos, colaborem com a alegria e felicidade daqueles que nos cercam. Assim daremos glória a Deus, pois a glória de Deus é a felicidade do homem. 

Fonte: Vatican News

Mensagem do dia... 07/06/2025

 

quinta-feira, 5 de junho de 2025

São Mateus Moreira - Patrono dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística

 

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o dia 03 de outubro a Igreja celebra São Mateus Moreira, patrono dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística. A Igreja faz memória deste santo mártir que ainda no início da nossa colonização, deu testemunho da fé cristã, consumindo a sua vida, morrendo por causa do Evangelho. E é por isso que esse santo mártires disse: “Destrua tudo, menos a Eucaristia, menos as coisas sagradas, às coisas de Deus.

Ao celebrar a memória São Mateus Moreira, os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística reforçam o compromisso com a Eucaristia e a missão de dar testemunho de Cristo em suas vidas e comunidades.

Em 15 de outubro de 2017, o Papa Francisco canonizou os protomártires brasileiros padres André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro e o leigo Mateus Moreira, juntamente com outros 27 companheiros fiéis de Cunhaú e Uruaçu que morreram em dois massacres registrados no Rio Grande do Norte, no ano de 1645, cometidos por soldados holandeses e índios potiguares, com aversão contra os católicos.

Segundo relatos, o camponês Mateus Moreira, que participava de uma missa no dia 3 de outubro de 1645, foi executado juntamente com todos os fiéis e o padre Ambrósio Francisco Ferro, celebrante que também foi martirizado. O leigo Mateus teve o coração arrancado pelas costas. Porém, antes de morrer ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia e conseguiu falar em voz alta: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”

Séculos depois, após ser beatificado no dia 5 de março de 2000 pelo Papa João Paulo II, o futuro santo mártir se tornou “Patrono dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística”, durante a 43ª Assembleia Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), realizada em 2005, e aprovado pela Santa Sé, através da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

ORAÇÃO DO MESCE

Senhor Jesus, a Eucaristia é o Sacramento por excelência do Mistério Pascal, do qual nasceu a Igreja, a tua Igreja.

Por isso, a Eucaristia está sempre no centro da vida eclesial. Muito obrigado por me chamar a exercer, nesta Igreja, o ministério extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística.

Ajuda-me a viver mais intensamente do mistério da Tua presença eucarística e conformar a minha vida ao Teu sacrifício.

Ajuda-me a dedicar o máximo cuidado e reverência na administração da Sagrada Comunhão, para a glória de Deus e santificação dos irmãos e irmãs.

Amém!