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sempre Deus recorre aos humildes para realizar suas grandes obras. É aos
insignificantes aos olhos do mundo que Ele pede colaboração.
No
Magnificat, o famoso canto mariano, que é o Evangelho da festa de hoje, temos
contato direto com a humilde serva do Senhor. Nela estão representadas todas as
pessoas simples, ignoradas pelos poderosos, aquelas que confiam em Deus, em seu
poder e em sua justiça.
Em
Maria, Deus tem espaço para operar maravilhas. “Eis a serva do Senhor,
faça-se em mim segundo a sua palavra!”, eis sua disponibilidade absoluta
para Deus. “Fazei tudo o que ele vos mandar!” Eis seu ensinamento da
Nova Eva aos seus filhos.
Em
Deus, Maria e seus filhos se tornam ricos e são capazes de fazer coisas que os
ricos não conseguem: a radical doação aos outros, a simplicidade, a
generosidade sem cálculo, a solidariedade, a criação de um homem novo para um
mundo novo, um mundo de Deus.
Maria
é a serva, a servidora. Por isso após o sim dado ao Senhor, se dirige a Aim
Karem onde mora Isabel, com a finalidade de servir. Ela ficou sabendo da
gravidez de sua prima idosa e se dirigiu à sua casa, em um ato de
solidariedade, para servi-la. A Trindade se revelou aos pobres e faz deles
morada permanente. Deus provocou a vida na marginalizada Isabel, como a
geraria depois no ventre de uma insignificante virgenzinha da perdida Nazaré.
O
Canto de Maria está cheio de gratidão ao Altíssimo porque Ele a beneficiou e
também aos necessitados. Finalmente Maria conclui sua ação de graças dizendo
que Deus se manteve fiel à misericórdia prometida a Abraão e a seus
descendentes.
A
segunda leitura contém o querigma, isto é, o anúncio de que Cristo morreu e
ressuscitou.
Paulo
fala que Jesus Cristo é a primícia dos que adormeceram e dos que ressuscitaram.
Ora, primícias são as primeiras colheitas. Cristo morreu para que o homem se
submetesse ao Pai, confiasse plenamente no amor do Pai, fizesse sua entrega
radical ao Pai. Cristo ressuscitou porque o homem foi criado para viver
eternamente com o Pai, no seio da Trindade.
Maria
foi a serva do Senhor, aquela que morreu a si mesma, em todos os dias, em todos
os momentos de sua vida, para que Deus, a Vida, pudesse sempre nela agir.
Exatamente nesse ato de entrega radical, de morte, ela ressuscitou.
Ressuscitou
quando a Vida brotou em seu seio – Jesus, o Caminho, a verdade, vida -;ressuscitou quando nas bodas de Caná,
deu o conselho para fazermos tudo o que o Senhor mandar. Era a Nova Eva falando
para o filhos da Nova Criação; ressuscitou quando no calvário presente à
redenção, recebeu, da Vida, a missão de ser Mãe da Nova Humanidade – Mulher,
eis aí teu filho. Filho, eis aí tua Mãe; ressuscitou quando teve em seu braços
a semente de Vida, o corpo inerte de
Jesus, e a plantou no sepulcro, a arca da nova e eterna aliança.
Ressuscitou
quando, nos primeiros dias após a redenção, estava presente reunindo os
discípulos, mas dando a primazia a Pedro; ressuscitou quando no Cenáculo
recebeu o Espírito Santo e se reconheceu Mãe da Igreja gerada na Ceia e na cruz;
finalmente ressuscitou e foi glorificada quando terminando sua peregrinação
terrena, foi acolhida pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito!
Que
nossa Mãe, nossa por causa do batismo, faça desenvolver em nossa vida, a
semente da fé cristã recebida no mesmo batismo!
Que
a humildade de Maria seja a nossa herança!
Fonte:
Vatican News
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