sexta-feira, 31 de outubro de 2025

HALLOWEEN É INAPROPRIADO PARA A FÉ CRISTÃ

 

A

 Igreja Católica se opõe à prática do Halloween por considerar que ela celebra e banaliza temas como a morte, o medo e o mal, o que conflita com a sua doutrina. A Igreja entende que essa festividade pode ter impactos negativos, especialmente em crianças, e incentiva alternativas que promovam a virtude, a luz e a fé cristã. 

    A tradição do Halloween tem raízes em costumes pagãos celtas, que incluíam rituais para afastar espíritos e celebrar o início do inverno, associados à morte e ao sobrenatural. A Igreja vê isso como um afastamento das crenças cristãs. 

    Os símbolos e temas do Halloween, como fantasmas, monstros e bruxaria, são vistos como contrários à fé cristã, que prega o amor, a luz, o poder de Deus e a vitória sobre o mal. 

    A Igreja condena a celebração de coisas assustadoras, pois o medo não vem de Deus, que nos deu um espírito de poder e amor, e não de medo. 

      A festa pode distorcer realidades sérias como a morte e os demônios, e introduzir o imaginário infantil a conteúdos negativos. Em vez disso, a Igreja prefere incentivar o imaginário das crianças com temas edificantes e positivos, como os santos e a criação de Deus. 

    Há preocupações de que a festa possa ser vista como uma forma de fazer apologia ao mal ou aos maus espíritos. Relatos de exorcistas apontam que o contato com as práticas pagãs do Halloween pode ter consequências espirituais negativas. 

       A data de 31 de outubro é a véspera do Dia de Todos os Santos (1º de novembro), uma festa litúrgica católica que celebra todos os santos. Historicamente, o Halloween, ou "All Hallows' Eve", pode ser visto como a preparação para esta festa. 

    A Igreja propõe que a data seja usada para celebrar a luz de Cristo e a vitória dos santos sobre o mal, em vez de temas ligados às trevas. 

    Os festejos de Halloween merecem o repúdio de todos os cristãos, devido às suas origens pagãs e símbolos inapropriados para a fé cristã.

Mensagem do dia... 31/10/2025

 

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

DOM LUCAS MOREIRA NEVES: UM PASTOR E PROFETA PARA O NOSSO TEMPO

Cardeal Lucas Moreira Neves

Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, RJ

A

o comemorarmos no dia 10 de outubro, o centenário de nascimento do Eminentíssimo Cardeal Lucas Moreira Neves, OP, recordamos a trajetória de um homem cuja vida se confunde com a história da Igreja no Brasil e do mundo na segunda metade do século XX. Refletimos sobre a vida de um pastor zeloso, um intelectual de fina argúcia e um homem de fé inabalável. Sua voz ressoou dos púlpitos da Bahia aos corredores da Cúria Romana, sempre em defesa da verdade do Evangelho e da dignidade do ser humano.

Nascido em São João del-Rei, Minas Gerais, no seio de uma família onde a cultura e a fé se entrelaçavam, o jovem Luís Moreira Neves sentiu cedo o chamado à vida religiosa. Seu pai era bibliotecário e músico e sua mãe, professora primária. A vocação o conduziu à Ordem dos Pregadores, os Dominicanos, onde, agora como Frei Lucas, forjou sua identidade espiritual e intelectual. Encontrou a harmonia entre a contemplação e a pregação, ideal de São Domingos de Gusmão. Essa formação, aprofundada na França, berço da Ordem, marcou indelevelmente seu ministério e lhe conferiu uma sólida base teológica e uma abertura ao diálogo com o pensamento contemporâneo.

Seu retorno ao Brasil foi o início de uma intensa atividade pastoral e intelectual. Como sacerdote, dedicou-se com especial carinho à juventude, atuando como assistente da Juventude Estudantil Católica (JEC) e da Juventude Universitária Católica (JUC). Ele compreendia os anseios, as dúvidas e o potencial dos jovens, buscando apresentar-lhes um Cristo vivo e relevante. Dedicou-se também à Pastoral Familiar através do MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO (MFC), consciente de que a família é o santuário da vida e a primeira escola da fé. Seu trabalho como diretor da revista “Mensageiro do Santo Rosário” por oito anos revela seu empenho em utilizar os meios de comunicação como ferramentas de evangelização.

Chamado ao episcopado por São Paulo VI foi sagrado Bispo Auxiliar de São Paulo em 1967, num período de grandes transformações sociais e eclesiais, Dom Lucas colocou-se a serviço da vasta arquidiocese paulistana. Ali, foi vigário episcopal para a Pastoral da Família e para os Meios de Comunicação Social, áreas que sempre lhe foram caras. Sua sensibilidade pastoral e sua capacidade de diálogo foram dons preciosos em um tempo de tensões e desafios.

Sua competência e fidelidade à Igreja o levaram a Roma, onde serviu aos Papas São Paulo VI e São João Paulo II. No Vaticano, foi nomeado Vice-Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, um campo pastoral que conhecia profundamente. Posteriormente, como Secretário da Congregação para os Bispos, teve a delicada missão de colaborar com o Santo Padre na escolha dos pastores para as dioceses do mundo inteiro. Este período em Roma ampliou sua visão da Igreja universal e aprofundou seu amor e serviço ao Sucessor de Pedro.

Em 1987, São João Paulo II o nomeou Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil. Na Sede Primacial, Dom Lucas exerceu seu ministério episcopal com a autoridade de um pai e a sabedoria de um mestre. Sua chegada a Salvador foi um marco, e sua atuação pastoral se mostrou intensa e multifacetada. Ele compreendia a riqueza da cultura e da religiosidade do povo baiano, buscando inculturar o Evangelho com discernimento e zelo pela sã doutrina. Como pastor, estava atento às necessidades espirituais e materiais de seu rebanho, especialmente dos mais pobres e dos "meninos de rua", uma preocupação que manifestou em diversas ocasiões.

Criado Cardeal em 1988, sua voz ganhou ainda mais ressonância. Presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 1995 a 1998, período em que trabalhou incansavelmente pela comunhão do episcopado brasileiro e pelo fortalecimento da missão evangelizadora da Igreja no país. Sua gestão foi marcada por um profundo senso de eclesialidade e fidelidade ao magistério. Buscou sempre a unidade na diversidade e a superação de polarizações. Sua participação nas Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano, como em Medellín e Puebla, demonstra seu compromisso com os rumos da Igreja no continente da esperança.

A vida de Dom Lucas foi um contínuo serviço à Palavra de Deus. Intelectual de renome e membro da Academia Brasileira de Letras, soube como poucos aliar a profundidade do pensamento à clareza da comunicação. Seus inúmeros artigos, publicados nos principais jornais do país, e seus livros são um testamento de sua capacidade de traduzir as verdades da fé para a linguagem do homem contemporâneo. Não temia abordar temas complexos da atualidade e oferecia sempre a luz do Evangelho como critério de discernimento. Em seus escritos, encontramos a reflexão de um teólogo, a preocupação de um pastor e a alma de um poeta.

Seu lema episcopal, “Veritatem in Caritate” (A Verdade na Caridade), resume a essência de seu ministério. Para Dom Lucas, a verdade do Evangelho não podia ser anunciada sem o bálsamo da caridade. A caridade, para ser autêntica, devia estar alicerçada na verdade revelada por Cristo. Foi um defensor intrépido da verdade, mas sua firmeza era sempre acompanhada pela mansidão e pela compaixão de um pastor que busca a ovelha perdida.

A amizade e a profunda sintonia espiritual com São João Paulo II marcaram os últimos anos de sua vida. Chamado novamente a Roma em 1998 para assumir o cargo de Prefeito da Congregação para os Bispos, colocou sua vasta experiência a serviço da Igreja universal. Sua renúncia em 2000, por motivos de saúde, foi aceita com pesar pelo Santo Padre, que em carta destacou seu “devotamento ao Papa, à Igreja e às almas”.

Ao comemorar o centenário de seu nascimento, a Igreja no Brasil eleva a Deus um hino de ação de graças pela vida e pelo testemunho do Cardeal Lucas Moreira Neves. Ele foi um homem de Deus, um pastor que amou a Igreja com paixão e a serviu com total dedicação. Seu legado espiritual, pastoral e intelectual continua a inspirar as novas gerações. Que seu exemplo de fidelidade a Cristo e de amor à Igreja nos impulsione a sermos também nós, no nosso tempo, testemunhas da “Verdade na Caridade”.


Mensagem do dia... 29/10/2025

 


sábado, 25 de outubro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 26/10/2025

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 liturgia para este 30º Domingo do Tempo Comum, foca na parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18, 9-14), destacando a importância da humildade na oração. Ao invés da autojustificação do fariseu, a verdadeira oração é a do publicano, que reconhece a sua miséria e se entrega à misericórdia de Deus, mostrando que a confiança no Senhor é mais importante que qualquer mérito próprio.

O fariseu se apresenta a Deus com base em seus próprios méritos, como se não precisasse Dele. Sua oração é cheia de "eu" e foca em se comparar com os outros, desqualificando-os. Ele confia mais em si mesmo do que em Deus, mostrando uma atitude de vanglória.

O publicano, por outro lado, reconhece a sua condição de pecador e, sem desculpas, entrega-se à misericórdia de Deus, batendo no peito e pedindo perdão. A oração dele é a do "humilde que sabe de sua pequenez" e confia na graça divina.

A humildade não é alienação, mas a consciência de que não somos autossuficientes e que tudo o que temos e fazemos de bom é resultado da graça de Deus. A oração do humilde agrada a Deus porque é sincera e se fundamenta na verdade do seu ser.

A fé é a porta de entrada para o Reino de Deus, e a oração, junto com a humildade, são as soleiras que a sustentam. Sem humildade, a oração se torna presunção, e sem oração, a fé morre sufocada.

A lição da parábola é um convite para que a nossa oração não seja um ato de soberba, mas um desabrochar da humildade e da confiança. É preciso descer à verdade de nós mesmos e não apenas "subir" ao Templo, mas verdadeiramente nos colocar nas mãos de Deus.

No final, a atitude do publicano é o que Jesus elogiou, pois mostra a gramática da oração que deve ser sempre sustentada pela humildade. A parábola nos convida a confiar mais em Deus do que em nós mesmos.

Mensagem do dia... 25/10/2025

 

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

MISSA DA GRAÇA, NA IGREJA DO ALDEBARAN

 

A

 Paróquia de Santa Catarina Labouré, no Aldebaran, em Maceió - Alagoas, celebra mensalmente na quarta quarta-feira de cada mês a “Missa da Graça”, em honra a Nossa Senhora das Graças e a Santa Catarina Labouré.

É uma celebração eucarística que venera a Virgem Maria, é um momento de oração, gratidão pelas graças recebidas e súplica por novas bênçãos, além de um convite à reflexão sobre a importância da fé e da intercessão de Maria para se aproximar de Deus. 

A celebração começa com cânticos de entrada e um convite para agradecer a Deus e a Nossa Senhora pelas graças recebidas. 

Os fiéis são encorajados a rezar pessoalmente, fazer seus pedidos e agradecer a Deus e a Nossa Senhora das Graças por suas bênçãos, que podem incluir pedidos por paz, saúde, perdão e pelas famílias. É um momento de união com Cristo através da Eucaristia. 

A Missa serve para expressar gratidão pelas bênçãos e graças recebidas através da intercessão de Nossa Senhora das Graças e Santa Catarina Labouré, também conhecida como a "Medalha Milagrosa".

A celebração tem como finalidade destacar o papel de Maria como intercessora junto a Deus, aproximando os fiéis D’Ele e buscando sua proteção e misericórdia.

Durante a “Missa da Graça” o Santíssimo Sacramento circula entre os fiéis, é dado a bênção dos objeto e após a bênção final, a bênção dos óleos.

A “Missa da Graça” reitera os ensinamentos de Maria, como o amor ao próximo, a fé, a humildade e a importância de se entregar a Deus. 

A celebração termina com o pedido para que saiam em paz para partilhar a fé e as graças recebidas.

A Paróquia de Santa Catarina Labouré tem como pároco o padre Edvaldo Afrânio dos Santos.


Mensagem do dia... 22/10/2025

 

sábado, 18 de outubro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 29º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 19/10/2025

A

 liturgia deste 29º Domingo do Tempo Comum centra-se na perseverança na oração e da confiança no amor e na justiça de Deus, temas centrais presentes em São Lucas, São Paulo e Isaías.

As leituras nos convidam a persistir em nossas súplicas, mesmo diante das adversidades e injustiças, confiando que o Senhor ouve e age em seu tempo, agindo como o auxílio e a proteção.

A parábola da viúva persistente (Lucas 18,1-8) nos ensina que a oração constante é fundamental para a vida cristã. A perseverança na oração não garante uma resposta imediata, mas fortalece a fé e nos aproxima de Deus.

A fé é a chave para superar as dificuldades. A confiança em Deus nos protege em tempos de penúria e injustiça, pois Ele é o nosso auxílio e proteção.

A Primeira Carta aos Tessalonicenses (4,1-8) nos exorta a viver a fé com empenho, caridade e esperança, por meio de uma vida que seja testemunha do Evangelho.

A reflexão para este domingo deve nos levar a refletir sobre a nossa própria prática de oração: Como temos perseverado em nossas súplicas? Temos agido com a mesma persistência da viúva? Diante de injustiças, é preciso ter fé que Deus não nos abandona e fará justiça em seu tempo.

O Evangelho não é só palavra, mas força que se manifesta na prática. Devemos viver a nossa fé em todos os momentos, especialmente quando somos desafiados pela sociedade.

As pessoas mais humildes, que não são celebradas pelo mundo, são aquelas que mais se aproximam do Reino de Deus.

    Somos chamados à confiança e perseverança na fé, lembrando que a nossa oração é o reflexo do nosso compromisso com o Evangelho, especialmente em um mundo que nos convida à justiça e à compaixão.

Mensagem do dia... 18/10/2025

 

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

O MFC E AS FAMÍLIAS NA IGREJA CATÓLICA


A

 família na Igreja Católica é vista como a "célula mater" da sociedade e o primeiro espaço de vivência da fé, onde a Palavra de Deus é ensinada e a oração se pratica.

Através do sacramento do matrimônio, a família se torna um reflexo do amor de Cristo pela Igreja, sendo um santuário doméstico que forma o indivíduo na fé e o prepara para a vida eterna.

É na família onde os filhos aprendem a conhecer a Palavra de Deus, a rezar, a partilhar e a perdoar, sendo o primeiro lugar onde o amor é praticado. 

Os pais são os primeiros catequistas, ensinando a fé em casa através da oração, do bom exemplo, da meditação da Palavra de Deus e da participação na Missa. 

A família formada pelo matrimônio deve ser um sinal visível do amor de Deus, guiada para a fecundidade e a fidelidade no amor. 

A família é chamada a ser um reflexo vivo do amor de Deus pela humanidade, guardando, revelando e comunicando a vida e o amor. 

O Movimento Familiar Cristão (MFC) é vital na Igreja Católica por promover a fé centrada em Cristo, a formação de casais e famílias, a educação para o matrimônio e a atuação social transformadora através de encontros e do método "Observar-Julgar-Agir". Sua importância se reflete no fortalecimento da família como "igreja doméstica" e no serviço à comunidade, capacitando os membros a viverem sua fé no dia a dia e a serem agentes de mudança. 

O MFC busca, acima de tudo, centrar o matrimônio e a vida familiar em Cristo, incentivando os membros a viverem a fé cristã em suas realidades cotidianas. 

Os encontros promovidos pelo MFC utilizam um método para que as famílias observem a realidade, a julguem à luz dos ensinamentos de Jesus e, a partir daí, planejem e executem ações transformadoras na sociedade. 

O MFC atua na preparação de noivos e no acompanhamento de casais, oferecendo formação humana e cristã para fortalecer a vida conjugal. 

A dinâmica de pequenos grupos permite a partilha da vida e a troca de experiências, criando uma rede de apoio, perdão e reconciliação entre as famílias. 

O Movimento Familiar Cristão envolve os membros em ações concretas de amor, serviço e educação. Ao se reunir em "Equipes Base", o MFC fortalece a dimensão eclesial da fé, promovendo a solidariedade e o testemunho da fé em comunidade. 

As reuniões e os encontros nacionais e internacionais proporcionam formação e reflexão que levam a uma fé mais adulta e um maior compromisso com a comunidade. 

O MFC incentiva a família a ser o lugar onde a fé é vivida e compartilhada, onde a presença de Deus se manifesta na autenticidade das relações.

    Em Maceió (AL), o MFC tem sede na Rua Araújo Bivar, 580, Pajuçara e seu endereço para contato por E-mail é mfcmaceio@gmail.com

Mensagem do dia... 15/10/2025

 

domingo, 12 de outubro de 2025

NOSSA SENHORA APARECIDA PADROEIRA DO BRASIL

Cardeal Paulo Cezar Costa

Arcebispo Metropolitano de Brasília

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 labuta de três pescadores procurando peixes no Rio Paraíba... Não conseguem apanhar nada; de repente, vem o inesperado: pescam o corpo da imagem de cerâmica de Aparecida e, depois, a sua cabeça. A seguir, conseguem apanhar os peixes que necessitavam.

Podemos dizer que, através da pesca, Deus dá um primeiro sinal do sentido dessa imagem. Aqueles pobres pescadores uniram a cabeça ao corpo, restauraram a imagem. Passaram a venerá-la e os sinais começaram a acontecer. Se o grande sinal que precedeu o encontro da imagem foi a pesca milagrosa dos peixes de que necessitavam, outros sinais começaram a acontecer, fruto da veneração à imagem, fruto do amor do povo simples que percebia que algo especial estava acontecendo: era a presença materna da mãe de Deus e nossa mãe.

O Povo Brasileiro, hoje, pode viver daquele evento em que a Mãe de Deus nos visitou e deixou a sua presença materna impregnando a nossa história. São João Paulo II nos explica o mistério da maternidade de Maria e como a sua missão aponta para uma Igreja Evangelizadora: “Ao confessar-se 'serva do Senhor' (cf. Lc 1,38) e ao pronunciar o seu 'sim', acolhendo ‘em seu coração e em seu seio' (cf. S. Agostinho, De Virginitate, 6: PL 40,399) o mistério de Cristo Redentor, Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e inteira obediência. Sem nada tirar ou diminuir e nada acrescentar à ação daquele que é o único Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Maria nos aponta as vias da Salvação, vias que convergem todas para Cristo, seu Filho, e para a sua obra redentora. Maria nos leva a Cristo, como afirma com precisão o Concílio Vaticano II: 'A função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia... e de nenhum modo impede o contato imediato dos fiéis com Cristo, antes o favorece (Lumen Gentium, 60). Mãe da Igreja, a Virgem Santíssima tem uma presença singular na vida e ação dessa mesma Igreja.

Por isso mesmo, a Igreja tem os olhos sempre voltados para Aquela que, permanecendo virgem, gerou, por obra do Espírito Santo, o Verbo feito carne. Qual é a missão da Igreja senão a de fazer nascer o Cristo no coração dos fiéis (cf. ibidem, 65), pela ação do mesmo Espírito Santo, através da evangelização? Assim, a 'Estrela da Evangelização', como lhe chamou o meu Predecessor Paulo VI, aponta e ilumina os caminhos do anúncio do Evangelho" (São João Paulo II, homilia de 4 de julho de 1980, em Aparecida).

Desse modo, o mistério de Aparecida continua a nos iluminar hoje nas nossas dores, alegrias e esperanças e a indicar o caminho da Evangelização como caminho da Igreja. Porque o anúncio do Evangelho deve ser a "tarefa primária da Igreja", e a causa missionária, a primeira de todas as causas. Que a Mãe de Jesus e Nossa mãe nos ajude neste caminho.

Mensagem do dia... 12/10/2025

 

sábado, 11 de outubro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA A SOLENIDADE DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA DA CONCEIÇÃO APARECIDA – 12/10/2025

 

A

 liturgia deste domingo dedicado a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira do Brasil reflete sobre a intercessão e a transformação através do exemplo de Maria e Jesus.

O tema central é a transformação de crises em bênçãos através da fé, impulsionada pela intercessão, especialmente a de Nossa Senhora Aparecida.

O evangelho da Caná de Galileia destaca como a fé pode transformar a escassez e as dificuldades em algo abundante e de qualidade superior.

Maria intercede na festa de casamento em Caná, e Jesus atende ao seu pedido, transformando água em vinho, um sinal da capacidade de Deus de transformar situações de escassez e dificuldade.

A intercessão de Maria é seguida pela sua instrução aos serventes: "Fazei o que ele vos disser". Isso enfatiza que a fé deve se traduzir em ação e obediência à palavra de Jesus para que as transformações aconteçam.

A liturgia, com base no evangelho, nos convida a reconhecer nossa fragilidade humana diante de crises e dificuldades, e a confiar na intervenção divina e na intercessão de Maria para superar nossas limitações.

A reflexão sobre o evangelho de João (2, 1-11) nos motiva a ser pessoas de fé, que não se conformam apenas com o que é visível ou fácil, mas que buscam a transformação profunda promovida por Jesus, mesmo nas situações mais difíceis.

A festa de Caná é o "início dos sinais de Jesus", que manifesta a sua glória e faz seus discípulos crerem. Isso nos impulsiona a confiar que, mesmo diante de desafios, a ação de Deus pode abrir novos caminhos e trazer resultados melhores.

Hoje, a celebração coincide com o dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, a “Virgem Negra” encontrada por pescadores humildes. Sua imagem simboliza o acolhimento do sofredor, a fidelidade de Deus e a força da fé em meio às adversidades.

    Ao invocarmos a Virgem Maria da Conceição Aparecida, retirada das águas pelas redes de pescadores humildes, devemos, mais que exaltar a realeza de Aparecida, devemos enfatizar sua missão entre nós, que é estar no meio do povo, das pessoas simples, dos que não têm a vida e a dignidade defendida. Semelhante à nossa gente pobre, Nossa Senhora Aparecida é mulher do povo.

Portanto, assim como a Virgem Maria da Conceição Aparecida, precisamos ter uma vida cristã caracterizada pela abertura a Deus e ao próximo, pelo amor, pelo serviço e pela capacidade de encarnar a presença de Cristo no mundo, vivendo sua fé de forma dinâmica e comprometida.


Mensagem do dia... 11/10/2025

 

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

OS BISPOS DO BRASIL NA ERA DO PAPA LEÃO XIV

 

N

a era do papa Leão XIV, diversos bispos brasileiros tiveram sua atuação e contato com a Santa Sé destacados, incluindo a nomeação de novos bispos e arcebispos, a participação em encontros e a criação da primeira arquidiocese no mundo por ele, a de São José do Rio Preto (SP).

Houve, também, o envolvimento de brasileiros em órgãos da Cúria Romana, como a nomeação de Dom Ilson Montanari, e o recebimento de outros bispos em Roma para atividades formativas.

O papa Leão XIV fez diversas nomeações de bispos e arcebispos no Brasil, como a de Frei Pedro Cesário Palma, frade capuchinho brasileiro, eleito bispo da Diocese de Jardim (MS) e a do brasileiro Dom Antônio Emídio Vilar, nomeado primeiro arcebispo metropolitano da recém-criada Arquidiocese de São José do Rio Preto (SP), a primeira Arquidiocese criada no mundo pelo papa Leão XIV no início de seu pontificado.

Bispos brasileiros de diversas partes do país participaram de encontros de formação em Roma, organizados pelo Dicastério para a Evangelização e o Dicastério para os Bispos. Entre os bispos brasileiros estão: Dom Samuel Ferreira Lima, da Arquidiocese de Manaus; Dom Evandro Luís Braun, bispo de Campo Mourão (PR); Dom Nereudo Freire Henrique, bispo auxiliar de Olinda e Recife; Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB; Dom Sergio da Rocha, Arcebispo de Salvador; e Dom Raymundo Damasceno, Arcebispo emérito de Aparecida.

O brasileiro Dom Ilson Montanari foi nomeado para o Dicastério dos Bispos, uma função importante na hierarquia da Santa Sé.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se reuniu com o Papa Leão XIV, que demonstrou um desejo de proximidade com a comunidade católica brasileira.

Leão XIV já havia estado no Brasil antes de sua eleição, incluindo uma visita ao Santuário Nacional de Aparecida.

O papa Leão XIV incentivou os bispos brasileiros a serem homens de comunhão e unidade, buscando um caminho de paz para a Igreja no mundo, especialmente em meio aos conflitos atuais.

Mensagem do dia... 08/10/2025

 

sábado, 4 de outubro de 2025

REFLEXÃO LITÚRGICA PARA O 27º DOMINGO DO TEMPO COMUM, ANO C – 05/10/2025

 

A

 liturgia deste 27º Domingo do Tempo Comum, Ano C, centra-se na oração dos apóstolos por mais fé, no serviço humilde e gratuito como fruto dessa fé, e na capacidade da fé, mesmo que pequena como um grão de mostarda, de realizar feitos extraordinários.

A liturgia convida-nos a viver a fé com confiança em Deus e serviço ao próximo, reconhecendo que a força vem de Cristo e não de nós mesmos.

O Evangelho de Lucas nos mostra que os apóstolos pedem a Jesus: "Aumenta a nossa fé". Jesus responde comparando a fé a um grão de mostarda, que, por menor que seja, é capaz de mover árvores, simbolizando que a fé autêntica, não a grandiosidade, é o que importa para realizar o impossível.

A fé se traduz em serviço, mas não por interesse pessoal ou desejo de mérito. Os discípulos são servos, e seu serviço é um ato de fidelidade e amor a Deus, sem esperar compensações.

A fé genuína leva ao serviço humilde, à disponibilidade e à alegria em servir, reconhecendo que a força para tal vem de Cristo.

Na Primeira Leitura, o profeta Habacuque clama a Deus pela injustiça e pela violência, questionando quando o Senhor intervirá. A reflexão nos lembra da busca por justiça e da necessidade de não apenas reivindicar, mas também de cultivar o espírito de serviço em nossas atitudes.

Na Segunda Leitura, São Paulo exorta Timóteo a reavivar a chama da fé recebida e a não ter vergonha de testemunhar o Evangelho. A leitura ressalta a importância de fortaleza, caridade e moderação que a fé infunde em nós, e a necessidade de guardar a boa doutrina pela força do Espírito Santo.

A fé não é apenas crença, mas também ação. A fé autêntica deve se manifestar em gestos de amor e serviço ao próximo.

O discípulo deve servir sem buscar reconhecimento ou gratificação. A atitude de "servo inútil" - em sentido positivo, de quem não se orgulha - é o caminho para o projeto de Deus.

A fé cresce na confiança em Deus e na vivência diária do serviço, na oração, nos sacramentos e na prática do amor fraterno.


Mensagem do dia... 04/10/2025

 

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

O COMPROMISSO DO PÁROCO COM A IGREJA

 

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 compromisso de um presbítero (padre) nomeado pároco de uma Paróquia da Igreja Católica Apostólica Romana envolve a profissão de fé, a fidelidade à tradição apostólica, a exercício dos múnus de ensinar, santificar e governar sob a autoridade do Bispo e a pastoral de unidade e de comunidade para o bem da Paróquia, conforme o Código de Direito Canônico e documentos da Santa Sé e da CNBB.

O pároco deve fazer a profissão de fé e juramento de fidelidade à sua tomada de posse, como garantia de sua união com a Igreja e a Tradição.

O pároco exerce a cura pastoral sob a autoridade do Bispo diocesano, o qual é o pastor próprio da diocese e deve desempenhar os múnus de ensinar (catequizar), santificar (guiar a liturgia e a vida sacramental) e governar (administrar a paróquia), com a cooperação de outros padres e diáconos e com o auxílio indispensável dos leigos da Paróquia.

O pároco é o pastor próprio da Paróquia que deve cuidar da comunidade paroquial com dedicação e responsabilidade. Dirige a liturgia buscando que os fiéis participem de forma consciente e ativa, e que a liturgia não tenha abusos, seguindo fielmente as orientações da Santa Igreja. Deve esforça-se para que os fiéis participem da vida litúrgica e sacramental, promovendo a formação cristã de todos os membros da comunidade.

O pároco deve ser um pai espiritual que gera vínculos de fecundidade pastoral, seguindo sempre as referências, documentos e o Código de Direito Canônico, que definem as funções e os deveres do pároco no contexto da autoridade do Bispo.

Os documentos da Igreja  o auxilia nas diretrizes da Paróquia, orienta nas atividades missionárias, a administrar a arrecadação do dízimo - que deve refletir no compromisso de fraternidade e corresponsabilidade na obra comum da Igreja que serve para a manutenção da Paróquia - os serviços apostólicos e o auxílio aos  necessitados.

    O pároco representa Cristo, o Bom Pastor, na sua comunidade, o que implica uma grande responsabilidade.

Mensagem do dia... 01/10/2025