“A informação ainda
é a melhor arma contra esta triste realidade”
Eliane Ferreira
Portal Elnet
N
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o
mundo secular é cada vez maior o número de adolescentes grávidas. Segundo dados
do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, desde 1980, o número
de adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas aumentou 15%. Só para se ter ideia
do que isso significa, são cerca de 700 mil meninas se tornando mães a cada ano
no Brasil. Desse total, 1,3% são partos realizados em garotas de 10 a 14 anos.
Os dados são assustadores e comprovam que apesar dos tempos modernos, muitos
jovens ainda engravidam precocemente. Mas, e nas igrejas? Como os jovens estão
se comportando diante do namoro e do sexo?
Sabemos
que o namoro sempre existiu em diversas culturas através dos tempos. É uma
ótima oportunidade de se conhecer melhor, e, com mais intensidade, alguém que
pretendemos ter um relacionamento sério, que leve ao casamento. O problema é
que muitos jovens hoje namoram demais. Acaba virando um vício. Não conseguem
ficar sem namorar.
Termina
um relacionamento e já começa outro. Assim, acaba o namoro e surge o “ficar” Com isso, o namoro perde sua
identidade. A prática do “ficar” é a
confirmação da falta de respeito de um pelo outro, pois duas pessoas se
abraçam, beijam, e até praticam ato sexual, cientes de que não têm compromisso
de se encontrarem novamente.
Para
a Psicóloga e Sexóloga Marluce Nery, o grande problema é a falta de orientação
dos pais. Muitos têm vergonha de conversar com os filhos sobre sexo. Com isso,
os jovens vão buscar orientação de modo errado; através da Internet, televisão
e até com outros amigos. “É preciso falar sobre a genitália, a
masturbação, os limites do namoro, e até mesmo das mudanças fisiológicas que
ocorrem em seu corpo. Informar de maneira bem clara”, diz a Psicóloga.
Hoje a sexualidade está sendo veiculada nos meios de comunicação de forma
distorcida. Mas se a menina e/ou menino são instruídos no seu lar, vão saber
ter um namoro santo: evitar beijos ardentes, roupas mais sensuais, toques nas
partes íntimas e, por último, o ato sexual.
O
sexo antes do casamento traz consequências desastrosas: culpa, relacionamento sexual sem preparo, doenças sexualmente
transmissíveis, além de uma gravidez indesejada. Uma gravidez precoce põe
em risco tanto a mãe quanto o recém-nascido. Isso porque na faixa dos 14 anos a
mulher ainda não tem uma estrutura óssea e muscular adequada para o parto.
Outro
problema é o medo da gravidez.
Muitas quando descobrem que estão grávidas preferem o aborto clandestino. Vera cita um caso de uma menina com 16 anos e o
rapaz com 17, que namoraram e transaram antes do casamento, que resultou numa
gravidez.
Com
medo de contar para a família, tomou um remédio
abortivo e quase morreu. “É comum, quando acontece isso, optar pelo
aborto para esconder da família e da igreja”, diz a psicóloga. Segundo
dados da Organização Mundial de Saúde, dos 4 milhões de abortos praticados por
ano no Brasil, 1 milhão ocorrem entre adolescentes.
Na
visão da sexóloga, tudo isso poderia ser evitado se houvesse mais informações
dentro de casa e também nas igrejas. A sexualidade precisa ser mais divulgada
nas igrejas. Ainda há muita censura. O sexo é tratado como se fosse sujo. É
necessário dar mais importância a esse tema, organizando palestras com
profissionais especializados e qualificados, com o objetivo de orientar às
famílias. “Enquanto os padres e pastores falam esporadicamente do assunto, Satanás
vai ganhando terreno induzindo os jovens ao pecado.”, conclui Vera.
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