Elaine Ribeiro |
Elaine Ribeiro
Psicóloga
Clínica e Organizacional
C
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omeço de ano, sempre há muitas contas para
pagar: despesas com a escola, com o carro, com as festas do fim de ano e tudo o
que é típico desta época. Problemas à vista? Não, caso você decida organizar
suas finanças.
A melhor situação, nesse caso, quando falamos
do orçamento familiar, é tratar do assunto em família. Em muitas casas, apenas
o marido é responsável por trazer a renda para casa. Em outras, marido e
mulher. Mas e os filhos? Onde entram nessa história? Entram exatamente na
necessidade de participarem da vida financeira da família, ou seja, desde
pequenos, eles podem aprender a poupar, especialmente saber usar bem o
dinheiro.
Alguns passos são importantes para
resolver questões financeiras em sua família. Vamos a eles:
1) A
família precisa estar envolvida: saber o que gastar, como gastar, quais as
prioridades (quitar o carro, a casa, pagar dívidas pendentes, economizar nos
gastos dos passeios, optar por passeios mais baratos ou gratuitos ou mesmo
privar-se de algumas coisas faz parte do que chamamos de educação financeira).
Ao colocar a família participando, o assunto se torna mais coletivo e
compromete a todos em busca de um objetivo comum.
2) O
que tenho para pagar?
Muitas vezes, as famílias estão com dívidas que são três, quatro ou mais vezes
o valor do salário mensal. Logo, há muito mais gastos do que dinheiro para
receber. Equilibrar essas despesas é muito importante. Você sabe o que tem para
pagar? Tem ideia de quanto gasta no mês? Acha que as suas dívidas estão um
pouco exageradas? Coloque tudo no papel. Na internet, você pode encontrar
muitos modelos de planilhas ou aplicativos para seu celular, que ajudam você,
de forma simples, a controlar tudo isso.
3)
Procure eliminar as dívidas: avalie o que tem juros mais altos, se
existem contas que podem ser negociadas, procure comprar à vista e pedir
desconto (as lojas têm concedido descontos de até 10 ou 12 % quando se opta
pelo pagamento à vista em dinheiro ou cartão de débito). Tem pago apenas o
mínimo da fatura do cartão de crédito? Procure fazer um esforço, pois os juros
são altíssimos e, quando acumulados, aumentam muito seu débito.
4) Faça
uma reserva financeira: faça o propósito de guardar parte do seu salário por
mês. Assim, você se previne para situações de risco ou mesmo emergências em
saúde ou desemprego.
5)
Cuidado com o dinheiro que “escorre pelo ralo”: pequenas despesas,
presentes, aquele jantar extra, aquela compra que você caracteriza como “eu
mereço, porque…..” podem desequilibrar seu orçamento. É claro que podemos ter
tais atitudes, mas se já existe um desequilíbrio nas suas contas, vale a pena
pensar num presente alternativo, em algo que você sabe fazer ou evitar tais
despesas para uma tranquilidade posterior.
6) Não
encare isso como um sofrimento: estudos revelam que 15% dos trabalhadores
sofrem estresse por problemas na forma de usar seu dinheiro. Logo, se há
estresse nesta área, é porque as finanças não foram bem trabalhadas e os
problemas tendem a aumentar. Se houver um sacrifício hoje, haverá paz amanhã, e
isso, certamente, valerá muito a pena.
Que essas dicas possam ajudar você e sua
família. Tenha tranquilidade para falar sobre esse assunto com a sua família.
Fonte: Portal Canção Nova
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