sexta-feira, 31 de agosto de 2018
quinta-feira, 30 de agosto de 2018
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
terça-feira, 28 de agosto de 2018
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
domingo, 26 de agosto de 2018
Senhor, a quem iremos?
Pe. Jaldemir Vitório
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
M
|
uitos
discípulos de Jesus tiveram enorme dificuldade de captar o verdadeiro
significado de suas palavras. Ao interpretá-las num sentido contrário, ficavam
perplexos e consideravam disparatados os ensinamentos do Mestre. E se
escandalizavam com isto!
Apesar
das reações negativas de seus ouvintes, Jesus não diminuía o tom de sua
pregação, que continuava a ser contundente. Sendo assim, requeria largueza de
visão para ser compreendida. O discipulado dependia da compreensão correta dos
ensinamentos do Mestre e da adesão a eles.
Por
outro lado, nenhum discípulo podia agir por coação, independentemente de sua
vontade. O discipulado deveria resultar de uma escolha livre. Não interessava a
Jesus que seus discípulos permanecessem com ele apenas para agradá-lo. Foi por
esta razão que muitos debandaram. Não tinham fibra para pôr em prática o que
lhes era ensinado. Com o Mestre permaneceu somente um punhado de discípulos
fiéis que foram questionados a respeito da sinceridade de sua adesão. Foi
quando Pedro, em nome do grupo, fez uma confissão de fidelidade ao Mestre. Não
valia a pena afastar-se, pois só junto dele podiam encontrar palavras de vida
eterna, por saírem da boca do “Santo de Deus”. Seria inútil buscar salvação
fora dele.
ORAÇÃO
Pai, dá-me inteligência
para compreender as palavras de Jesus
e aderir a elas, pois só
assim estarei seguro de estar acolhendo
a salvação que me ofereces.
sábado, 25 de agosto de 2018
Quer evangelizar alguém? Inicie pela sua família
Pe. Jorge Filho
Pastoral Familiar da Arquidiocese de BH/MG
“…a partir da família, a beleza do amor
que Deus tem para com os homens…”
S
|
e
partirmos do princípio de que a família é o berço de nossa formação, e de que é
nela que aprendemos a ser cidadãos e também cristãos – porque cabe aos pais
conduzir seus filhos à pia batismal, lugar de nossa confirmação como filhos de
Deus e de nosso nascimento para a vida eclesial –, devemos entender que, se
realmente queremos que alguém viva uma vida autenticamente cristã, é preciso
que a família da qual ela faz parte seja o lugar onde possa encontrar o
ambiente privilegiado para seu contato com Deus através da experiência com
Cristo.
Nesse
sentido, é preciso que a família resgate seu papel de evangelizadora, vencendo
as dificuldades às quais está exposta a cada dia, para que assim possa cumprir
sua missão de ser o primeiro lugar do anúncio da Palavra de Deus para seus
membros.
No livro
dos Atos dos Apóstolos, encontramos o exemplo de conversão de Cornélio e de sua
família ao cristianismo. Lembremos que ele era centurião romano e foi o
primeiro estrangeiro convertido. Segundo o relato, “ele e todos os de sua casa
eram tementes a Deus. Dava muitas esmolas ao povo e orava constantemente”. (At
10,12.) Quando o encontrou, Pedro exclamou: “Em verdade, reconheço que Deus não
faz distinção de pessoas, mas em toda nação lhe é agradável aquele que o temer
e fizer o que é justo”. (At 10,34.)
Em
tempos moralmente conflituosos e, por isso mesmo, mais exigentes, quando a
resposta necessita ser mais direta e eficaz, se queremos evangelizar alguém, é
preciso que iniciemos por evangelizar sua família para que, assim, ela possa
cumprir sua tarefa diante da sociedade.
A Igreja
hoje, como em outros tempos, precisa atentar para as realidades que sugerem
mais sua atenção pastoral, a fim de preparar melhor seus fiéis para que possam
“estar no mundo sem ser do mundo”, e não se fecharem aos novos desafios
questionadores que se apresentam, para os quais muitas vezes os cristãos ainda
não têm resposta, seja pela velocidade como as coisas acontecem no mundo de
hoje, ou mesmo pela efemeridade de tais novidades que surgem e desaparecem,
dando lugar a outras realidades num rápido prazo de tempo.
À Igreja
é dada a missão de zelar por seus fiéis, que a ela foram entregues por Nosso
Senhor Jesus Cristo, quando de sua ascensão. Aos discípulos foi dada a
responsabilidade de ir pelo mundo anunciando o Evangelho a todos os povos,
tornando-os discípulos dele (cf. Mc 16,15). Dessa forma, quem crer e for
batizado será salvo. Essa salvação pode também passar pela família, Igreja
doméstica.
São João
Paulo II, na Familiaris Consortio, convocou as famílias a se tornarem aquilo
que são, afirmando que “cada família deve ser uma comunidade de vida e de amor,
numa busca que, como para cada realidade criada e redimida, encontrará a
plenitude no Reino de Deus”. Com essa convocação, o Santo confirma que cada
pessoa no seio de sua família precisa receber o anúncio e tornar-se também
anunciadora, para que dessa forma o mundo possa conhecer, a partir da família,
a beleza do amor que Deus tem para com os homens.
Não é
difícil para nós, evangelizadores, perceber que cada pessoa deve ter em sua
família a referência de encontro com Deus. Por esse motivo as famílias, tão
fragilizadas no mundo de hoje, precisam de atenção especial da parte da Igreja,
e não se pode medir esforços para que ela se fortaleça e, mesmo, se restabeleça
das feridas deixadas pelo mundo. Por isso podemos afirmar: Quer evangelizar
alguém? Inicie pela sua família”.
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Padre Cícero Romão Batista: de maldito a santo
U
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m padre que
viveu sob o signo da controvérsia e morreu proscrito, condenado pelo Santo
Ofício. Esse foi sacerdote brasileiro CÍCERO ROMÃO BATISTA, acusado
no fim do século 19 de proclamar falsos milagres, de incentivar o fanatismo
popular e de se beneficiar financeiramente da devoção extremada de seus milhões
de seguidores.
Em
decorrência das acusações de que era um rebelde, um desobediente à hierarquia
católica e um semeador de fanatismos, ele foi alvo de um inquérito eclesiástico
que terminou por proibi-lo de rezar missas, de confessar fiéis e de ministrar
sacramentos como o batismo e o matrimônio. Tornou-se, então, um pária da fé.
Apesar de idolatrado pelos cerca de 2,5 milhões de peregrinos que acorrem todos
os anos à cidade cearense de Juazeiro do Norte para reverenciar sua memória,
Cícero foi um padre maldito, renegado pela Igreja Católica.
Toda a
história pessoal de Cícero Romão Batista está permeada de mistérios,
ambiguidades e contradições. Amado e odiado em igual medida por seus
contemporâneos, depois de morto - e talvez ainda mais a partir daí - ele
continua a provocar sentimentos idênticos de adoração e repulsa.
Nascido na
cidade cearense do Crato em 1844, ordenado padre em 1870, Cícero viveu e
cresceu na confluência de dois mundos. De um lado, o universo mágico do
misticismo sertanejo, no qual a crença em lobisomens, almas penadas e
mulas-sem-cabeça convivia com a festiva devoção aos santos padroeiros e com as
advertências apocalípticas dos profetas populares, que pregavam o fim dos
tempos. Do outro lado, o mundo da fé ritualizada, da disciplina clerical e da
submissão cristã com a qual foi educado e doutrinado no seminário. Com um pé no
maravilhoso, outro na ascese, Cícero protagonizou uma biografia acidentada,
recheada de episódios mirabolantes que mais parecem beirar a ficção.
Entretanto,
até os 45 anos de idade, sua vida nada teve de extraordinária. Em 1889, Cícero
era um simples padre de aldeia, rezando missa numa minúscula capelinha do então
povoado do Juazeiro, a 600 quilômetros de Fortaleza, quando um fenômeno
misterioso chamou a atenção dos sertanejos, da Igreja e da imprensa. Ao
ministrar a comunhão a uma beata - a humilde costureira e doceira Maria de
Araújo -, a hóstia consagrada teria se transformado em sangue. "Não
posso duvidar, porque vi muitas vezes", escreveu Cícero a dom
Joaquim José Vieira, bispo do Ceará.
Os jornais
abriram manchetes para noticiar o fenômeno e os sertanejos caíram de joelhos
diante do proclamado milagre. A Igreja, porém, acusou Cícero e a beata de
fraude. "Se Maria de Araújo recebe realmente provas do céu, que as vá
gozando só, sem perturbar a boa ordem da diocese", desdenhou o
bispo Vieira.
Fato ou
embuste, o caso é que o padre e seus adeptos evocaram em sua defesa uma série
de fenômenos mais ou menos semelhantes, devidamente chancelados pelo Vaticano
sob a classificação genérica de "milagres eucarísticos".
Mas uma frase atribuída ao então reitor do Seminário da Prainha, o padre
Pierre-Auguste Chevalier, revelaria a dificuldade do clero tradicional em
aceitar as manifestações da fé popular: "Jesus Cristo não iria sair da Europa
para fazer milagres no sertão do Brasil", teria tripudiado o
francês.
CHEFE POLÍTICO
O episódio
da hóstia que diziam se transformar em sangue rendeu a Cícero a admiração dos
milhares de peregrinos, que desde então não nunca pararam de chegar a Juazeiro
para testemunhar a suposta maravilha. Mas também significou para o padre uma
longa via-crúcis de indisposições perante as autoridades eclesiásticas da
época.
Banido pelo
clero, Cícero passou a ocupar a posição de mártir no imaginário coletivo, ao
mesmo tempo que começou a desfrutar de uma enorme notoriedade e de um imenso
poder junto ao povo mais simples do sertão, vítimas históricas da seca e do
descaso governamental. Aquela gente, sem perspectivas, sem dinheiro e sem chão,
cada vez mais se identificava com o sacerdote que nunca foi propriamente um
grande orador, mas em compensação sabia falar a mesma língua deles, chamando-os
de "amiguinhos",
ouvindo-lhes as queixas, distribuindo prédicas e conselhos.
Moralista
severo, Cícero pregava contra os amancebados, os festejos pagãos e o
desregramento das famílias. Numa terra em que imperava a lei do punhal e do
bacamarte, seu lema mais famoso conclamaria os pecadores ao arrependimento: "Quem
bebeu não beba mais, quem roubou não roube mais, quem matou não mate mais",
costumava dizer.
Quando não
pôde mais celebrar batismos, ele próprio aceitou apadrinhar inúmeras crianças,
vindo daí o título de "padrinho padre Cícero",
que na corruptela da linguagem popular resultou Padim Pade Ciço.
"Em
cada casa um oratório, em cada quintal uma oficina", pregava
ele, atraindo trabalhadores, agricultores e artesãos de todo o Nordeste, que
passaram a se fixar e aos poucos transformaram o arrabalde em um importante
centro manufatureiro. O povoado virou cidade autônoma e, em 1911, Cícero foi
nomeado o primeiro prefeito de Juazeiro. Líder religioso, tornou-se também
chefe político, igualmente polêmico e contraditório. Ao mesmo tempo que pregava
aos "náufragos
da vida", como se referia aos menos favorecidos, estabeleceu
alianças com as elites poderosas.
A SANTA SÉ DELIBERA
Entre 2001
e 2006, uma comissão multidisciplinar de estudos se debruçou sobre a vasta
documentação relativa ao padre, em arquivos do Brasil e do Vaticano. Coordenada
pelo bispo do Crato, dom Fernando Panico, tal comissão foi composta por
especialistas de várias áreas do conhecimento: antropologia, filosofia,
história, psicologia, sociologia e teologia. A finalidade era trazer à luz
novos documentos que servissem para tentar responder a uma questão que sempre
acompanhou o nome de Cícero: quem afinal foi esse homem, acusado de
espertalhão por muitos, aclamado como visionário por outros tantos?
O relatório
final da comissão foi entregue em maio de 2006 na Santa Sé. Junto, uma coleção
de 11 volumes reunia as transcrições das centenas de cartas trocadas entre os
principais personagens da história do padre. Um volume à parte levava cerca de
150 mil assinaturas de populares em prol da reabilitação, às quais se somava um
abaixo-assinado no qual se lia o nome de 253 bispos brasileiros favoráveis à
causa. Em complemento à papelada, a carta de dom Fernando ao papa: "Venho
com toda esperança e humildade suplicar a Vossa Santidade que se digne
reabilitar canonicamente o padre Cícero Romão Batista, libertando-o de qualquer
sombra e resquício das acusações por ele sofridas".
Em setembro
de 2008, a igreja de Nossa Senhora das Dores - o templo que Cícero construiu em
Juazeiro e no qual depois se viu impedido de rezar missa - foi elevado pelo
Vaticano à categoria de basílica. Com isso, o brasão de Bento XVI foi
sintomaticamente colocado à porta de entrada, bem à vista dos romeiros que
chegam para louvar o Padim. No templo em que o padre está enterrado, a capela
de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, também em Juazeiro, foi autorizada a
instalação de um vitral multicolorido em que se destaca a imagem de Cícero, ao
lado de outros santos oficiais.
Em 2015,
finalmente, o perdão se tornou 100% oficial. O bispo Dom Fernando Pânico,
declarou sua reabilitação em 13 de dezembro. Esse é o primeiro passo para uma
posterior beatificação, ou seja, o reconhecimento canônico de que o homem
Cícero Romão Batista teria vivido na plenitude das virtudes cristãs, sendo um "bem-aventurado",
resultou na consequente autorização para o culto público a seu nome. Devido às
milhares de graças que os romeiros dizem ter alcançado por intercessão do padre
Cícero - cegos que teriam voltado a ver, aleijados que andaram novamente,
loucos que teriam recuperado o juízo -, o caso, ainda pode evoluir da simples
beatificação para a efetiva canonização, quando então ele seria elevado à honra
dos altares de toda a Igreja. Esse processo burocrático, como ocorreu com Frei
Galvão (1739-1822), o primeiro santo
nascido no Brasil e durou vários anos.
SANTO
SERTANEJO
A
POLÊMICA TRAJETÓRIA DE PADRE CÍCERO
➽1844: Cícero Romão Batista nasce na
cidade do Crato (CE).
➽1870: Cícero é ordenado padre, apesar
das reservas do reitor do seminário, que o julgava um aluno "teimoso"
e "dono de ideias confusas".
➽1872: Sem ter recebido nenhuma paróquia,
o jovem padre aceita o convite de moradores para rezar a missa de Natal no
pequeno povoado de Juazeiro, vizinho ao Crato. Segundo ele, um sonho faz com
que continue a morar ali para sempre. Jesus teria pedido a Cícero que
"tomasse conta" dos pobres do local.
➽1889: 1 de março, sexta-feira da
Quaresma, o padre Cícero oferece a comunhão à beata Maria de Araújo e a hóstia
se transforma em sangue. O fenômeno teria ocorrido por semanas seguidas, até 15
de agosto, dia da Ascensão de Nossa Senhora. Os paninhos manchados de sangue
são adorados como relíquias sagradas. O milagre vira notícia na imprensa de
todo o país.
➽ 1891: O bispo do Ceará, dom Joaquim José
Vieira, censura Cícero e o monsenhor Monteiro por proclamarem milagres ainda não
investigados pela Santa Sé. Cria uma comissão de inquérito eclesiástico,
formada pelos padres Francisco Antero e Clycério da Costa Lobo. A ordem é
desmascarar um possível embuste.
➽1892: O padre Antero viaja ao Vaticano
em defesa de Cícero. O Santo Ofício examina o caso. Em agosto, o bispo cearense
proíbe Cícero de rezar missas, pregar aos fiéis, confessar e ministrar
sacramentos.
➽ 1894: o Santo Ofício condena os fatos
como "prodígios vãos e supersticiosos. Os padres adeptos do milagre se
retratam. Menos Cícero.
➽1898: Cícero vai ao Vaticano se
defender. É interrogado e depois recebido pelo papa Leão XIII. O Santo Ofício
absolve Cícero das censuras, desde que ele guarde silêncio sobre o caso. O
padre jura submissão, mas segue suspenso das ordens sacerdotais. Os paninhos
sujos de sangue são roubados da matriz do Crato e desaparecem por vários anos.
➽1908: Atraído por notícias da existência
de uma valiosa mina de cobre na região, chega a Juazeiro um baiano misterioso:
Floro Bartolomeu. Médico, rábula e garimpeiro, ele passa a ser o principal
braço político de Cícero.
➽1909: Começa a circular O Rebate,
primeiro jornal de Juazeiro, fundado para defender a tese da emancipação do
povoado em relação ao Crato. Floro Bartolomeu é um dos editores.
➽1910: Morre misteriosamente o professor
José Marrocos, um ex-seminarista que exerce grande influência sobre Cícero.
Floro é acusado de tê-lo envenenado, mas nunca se prova nada a esse respeito.
➽1911: Juazeiro se emancipa. Cícero,
filiado ao Partido Republicano Conservador, é nomeado primeiro prefeito do novo
município. Permanecerá quase duas décadas no cargo, sendo reeleito
seguidamente. Na data da posse, sela um pacto de paz com os principais coronéis
da região, no qual todos prometem parar as animosidades mútuas.
➽1913: Em acordo com o governo federal e
com o aval de Cícero, Floro viaja ao Rio de Janeiro para tramar a queda do então
presidente (cargo igual ao de governador) do Ceará, Franco Rabelo. De volta,
Floro depõe as autoridades municipais e instala uma Assembleia estadual
paralela para caracterizar a duplicidade de poderes e provocar uma intervenção
federal.
➽1914: O governo estadual reage. Manda
tropas para atacar Juazeiro. Cícero segue o conselho de um sobrevivente de
Canudos e pede aos moradores que cavem um fosso gigantesco em torno da cidade:
o "Círculo da Mãe de Deus". Com isso, o ataque fracassa. Juazeiro
parte para a ofensiva. Comandado por Floro, um exército de jagunços e
cangaceiros toma o Crato e várias outras cidades cearenses, cercando Fortaleza.
O governo federal decreta a intervenção no Ceará. Cícero é nomeado
vice-presidente do estado.
➽1916: A Santa Sé declara que Cícero, aos
72 anos, por ainda alimentar o "fanatismo", está excomungado. Mas ele
jamais saberia disso. Temendo pela saúde do velho padre, o bispo do Crato,
Quintino Rodrigues, evita aplicar a excomunhão e exige dele uma retratação
pública. O Santo Ofício revê a pena, mas mantém suspensas as ordens
sacerdotais.
➽1926: A Coluna Prestes entra no Ceará. Cícero
escreve carta aberta a Prestes, conclamando-o à rendição. Floro tem a ideia de
convocar Lampião para integrar o chamado "Batalhão Patriótico",
organizado para dar combate à Coluna. É quando o cangaceiro recebe a patente de
capitão e passa a assinar "Capitão Virgulino". No mesmo ano, Cícero é
eleito deputado federal, mas não assume o cargo, por causa da idade avançada.
➽1930: Vitória da revolução que leva Getúlio
Vargas à Presidência da República. Cícero escreve uma carta aberta ao povo,
classificando os revolucionários de "mensageiros de Satanás".
➽1934: Morre Cícero Romão Batista. No
testamento, ele deixa a maior parte dos bens para a Igreja. Após o falecimento
do padre, os paninhos manchados de sangue reaparecem em poder de uma beata. Por
ordens do novo bispo do Crato, de acordo com o que determinara o Santo Ofício,
eles são destruídos e queimados.
➽2001: O cardeal Joseph Ratzinger,
prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, reabre o processo que culminou
na suspensão de Cícero.
➽2005: Ratzinger é eleito papa. No ano
seguinte, recebe a documentação de uma comissão interdisciplinar de estudos que
sugere a anistia, post-mortem, do padre.
➽2015: O padre Cícero é perdoado das punições
impostas e reconciliado com a Igreja Católica. O processo de beatificação passa
a ser possível.
Com informações do Site: "AH - Aventuras na História"
terça-feira, 21 de agosto de 2018
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
domingo, 19 de agosto de 2018
Reflexão: Nosso destino é o céu!
Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.
A
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Assunção de Maria ao céu
é um dogma da Igreja Católica. Não foi inventado, mas nos foi transmitido pela
Santa Tradição com fundamento nas Sagradas Escrituras. Tradição é a Fé que nos
foi ensinada desde o início da Igreja juntamente com a Palavra de Deus
anunciada pelos Apóstolos. Quem nos transmitiu essa verdade foram aqueles que
viveram com ela. A Santa Tradição e a Santa Palavra de Deus se fundamentam em
Jesus.
A RESSURREIÇÃO JÁ COMEÇOU
A Assunção de Maria está intimamente ligada à Ressurreição de
Jesus. Ele prometeu que todo aquele que crer e comer o Pão da Vida vai ter a
vida eterna (Jo 6,47.51). Não precisamos esperar até o fim dos tempos para
confirmar. Por isso, celebramos a Assunção de Maria para mostrar que nela já
temos certeza de que a gloriosa ressurreição de todos acontece; ela já está de
corpo e alma no Paraíso. Como a primeira dentre os mortais que chegou a essa
glória, Maria é poderosa intercessora e companheira em nossa caminhada. Ela
pode interceder por nós como a mais gloriosa de todos os mortais. Como nós, ela
faz parte do Corpo de Cristo e, como membro mais saudável depois do Filho, é
modelo de santidade, advogada nossa; ela intervém constantemente em favor do
Povo de Deus do qual ela faz parte.
OS POBRES SE LEVANTAM
Viver atentos às coisas do alto, como rezamos na coleta da
missa, é aprender a construir a vida na terra, e da terra, fazer um céu. É isso
que Maria canta em seu glorioso cântico: "Minha alma glorifica o
Senhor", o Magnificat. As maravilhas que fez por ela, Deus faz também para
nós, pois somos todos amados por Ele que olha para nossa humildade. Os pobres
vão se levantar, não para destruir os opressores, mas para fazer um mundo de
irmãos, todos saciados pela misericórdia de Deus.
Anunciar o Evangelho de Jesus é fazê-lo conhecido e amado. Maria
continua essa evangelização, pois a todo aquele que a ama, apresenta seu Filho,
como vemos nos ícones, em particular, o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro. O Espírito Santo que a fecundou com sua presença, fecunda a fé no
coração de cada um. Maria tem tantos nomes, pois nenhum é capaz de transmitir
tudo o que ela é diante de Deus para nós.
sábado, 18 de agosto de 2018
Importância do voto!
Dom Pedro Carlos Cipollini
Bispo Diocesano de Santo André, SP
N
|
ossa situação está difícil. O país não está bem, e o sinal mais
preocupante é a falta de esperança. Uma nuvem de tristeza baixou sobre nossa
Nação.
Não se pode negar, que grande parte da culpa desta situação está
nos maus políticos que temos. A maioria não segue os padrões éticos que são a
opção pelo caminho do bem, da lei e da justiça.
A ética regula os relacionamentos entre as pessoas e as
instituições, e é a base da vida social.
Para o bem da sociedade, é necessário que todos sejam justos,
honestos e tenham respeito com os semelhantes. Sem a ética na política, a
corrupção toma conta. A corrupção é uma “doença”
grave e contagiosa. Ela estimula o crime, inclusive o de “colarinho branco”. E a impunidade somente acentua esta doença.
O papa Francisco disse aos políticos latino-americanos, em
dezembro de 2017: “Há necessidade de dirigentes políticos que vivam com paixão o seu
serviço ao povo; solidários com seus sofrimentos e esperanças; políticos que
anteponham o bem comum aos seus interesses privados; que sejam abertos a ouvir
e a aprender no diálogo democrático, que conjuguem a busca da justiça com a
misericórdia e a reconciliação”.
No entanto, devemos fazer
a nossa parte e votar bem! Não deixe de votar, pois sua ausência enfraquece
a democracia. Não venda ou troque seu voto, porque é um crime eleitoral. Você
não deve mudar de opinião por influência da mídia ou amigos, e tenha cuidado
com as notícias falsas.
Além do mais, você precisa conhecer o político, o partido e a
coligação. Fique atento para não se deixar influenciar pelas pesquisas.
Precisamos ainda, respeitar sempre a opinião do outro e conviver
com o diferente. E acima de tudo, nosso voto seria incompleto se deixássemos de
acompanhar, controlar e fiscalizar o exercício do cargo do candidato eleito.
No dia 16 de agosto, iniciou-se a propaganda eleitoral, e no
último dia de agosto, tem início a propaganda eleitoral gratuita em rádio e
televisão. Em 7 de outubro teremos as eleições.
A Igreja Católica no Brasil é comprometida com a política no
sentido amplo do termo: bem comum, paz,
justiça, cuidado com a vida e a cidade, cuidado com o povo. Isto é verdadeira
política!
Por isso a Igreja deseja a mobilização de todos, pois somos
corresponsáveis pela situação em que vivemos. Situação que precisa mudar. E o
grande protagonista das mudanças que o Brasil precisa é o povo; é você.
Lembrem-se todos: VOTO
NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIA!
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
Comunidade católica festeja Nossa Senhora dos Prazeres, Padroeira de Maceió.
A
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devoção à Maria tornou-se fundamental para a
espiritualidade e a arte das Igrejas Católica e Ortodoxa. Ela figura com
proeminência na iconografia oriental e nas obras inspiradoras de grandes
artistas ocidentais. Venerada em todo mundo, na Arquidiocese Maria é Padroeira,
é a Senhora dos Prazeres.
No começo do
Evangelho de São Lucas, há um refrão que é anunciado, com toda clareza, pelos
anjos do céu: “Anuncio-vos uma grande alegria que o será para todo o povo” (Lc 2,10).
A perfeita alegria é Jesus Cristo, que Maria deu a toda humanidade.
Neste ano, a FESTA DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES
estará sintonizada com o Sínodo dos Bispos sobre a Juventude, convocado pelo
Papa Francisco e que se realizará de 3 a 28 de outubro, em Roma, com o tema: “Os
Jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Nós queremos que os jovens
sintam o chamado de Jesus e permaneçam com Ele em uma amizade pessoal e
verdadeira. E esta amizade é a fonte do verdadeiro prazer e da autêntica
alegria.
As noites de louvor
em honra de Nossa Senhora dos Prazeres
vão recordar aos jovens que sua vocação é ser amigo de Cristo, discípulos d’Ele
e sentinelas do amanhã. Por isso, convidamos a todos a cantar, de 17 a 27 de agosto
de 2018, na Catedral Metropolitana de Maceió, os louvores de Maria com a voz e
o coração: “Virgem Santa, Mãe Imaculada, vossos filhos vos querem louvar. Lá no
Céu, lá de vossa morada, recebei nossa prece e cantar”.
PROGRAMAÇÃO DA
FESTA DA PADROEIRA DE MACEIÓ - NOSSA SENHORA DOS PRAZERES
TODOS OS DIAS:
06h - Celebração
Eucarística e Café para os pobres.
De 10h às 12h -
Adoração ao Santíssimo Sacramento
DIA 17 - ABERTURA DA FESTA - “Maria personalizava cada
evento perguntando-se no fundo do coração o que o Senhor queria lhe dizer com
aquilo.” (Lc 1,19.51)
18h30min - Caminhada
saindo com a família Militar, Corpo de Bombeiros de Alagoas, 59 BIMTz, Marinha,
Aeronáutica e guarda Municipal de Maceió. do Batalhão Militar para a Igreja
Catedral. Ao chegar - Celebração da Santa Missa
Presidente: Exmo. e
Revmo. Dom Antonio Muniz Fernandes - Arcebispo Metropolitano de Maceió
Animação: Coral
Nossa Senhora Aparecida (INOCOOP)
DIA 18 - “Eu sou o caminho” (cf. Jo 14,6) - Se, para o
escritor francês Bernanos, “tudo é graça”, poderíamos dizer que, para o jovem,
“tudo é caminhar” no sentido de que cada gesto do cristão deve ser uma via que
nos leva, passo a passo, cada vez mais perto de Deus e do nosso próximo.
15h - Celebração
Eucarística
Responsabilidade -
Setor Lagoa
19h - Caminhada da Família
(Pais e Filhos)
Celebração
Eucarística
Presidente: Pe.
Márcio Manoel Machado Nunes
Responsabilidade:
Pastoral Familiar, Setor da Juventude e Pastoral Universitária e CNLB
Animação: Ministério
da Juventude
DIA 19 - “Jesus caminhava à frente deles.” (cf. Mt
10,32) - Jesus caminha à nossa frente. Precede-nos e abre-nos o caminho. E esta
é a nossa confiança e a nossa alegria: ser seus discípulos, estar com ele,
caminhar atrás dele, segui-lo.
15h - Celebração
Eucarística
Responsabilidade:
SSVP e PPI
19h - Celebração Eucarística
Presidente: Dom José
Francisco Falcão - bispo auxiliar do Ordinariado Militar do Brasil.
Responsabilidade.
Focolarinos, ECC, EJC, GEN
Animação: Ministério
do ECC
DIA 20 - “Jesus chamou-os” (cf. Mc 1,17) - O jovem
deve deixar que o Senhor Jesus o chame para junto de si! Deixemo-nos “convocar”
por ele e peçamo-lo, com alegria de acolhermos juntos sua Palavra.
15h - Celebração
Eucarística
Responsabilidade:
Romeiros, Área Noroeste e Setor Tabuleiro 1
19h - Celebração
Eucarística
Presidente: Pe.
Wendel Gomes Assunção - Administrador Diocesano de Palmeira dos Índios.
Responsabilidade:
Cursilho de Cristandade
Animação: Ministério
do Cursilho
DIA 21 - “Mestre, onde mora:” (cf. Jo 1,38-39) - A
maior parte das narrativas evangélica foi, mais do que um momento de formação
intelectual, uma escola de amizade e de vida. “Ficar com”, “permanecer”,
“caminhar ao lado” são sinônimos da palavra amizade. Fiquemos com Jesus. Ele é
o nosso melhor amigo.
15h - Celebração
Eucarística
Responsabilidade:
Área Norte e Setor Tabuleiro 2
19h - Celebração
Eucarística
Presidente:
Monsenhor José Augusto (Vigário-Geral)
Responsabilidade:
Pastoral da P. Idosa, Pastoral Carcerária, Pastoral de Rua, Pastoral da Aids e
Pastoral da Criança.
Animação: Ângelus
DIA 22 - “Aproxima-te de mim, porque sou um homem
pecador”. - A santidade não é a impecabilidade, mas este movimento profundo em
nós de nos voltarmos para o outro, para o Todo-Ouro e deixarmo-nos atravessar
por uma experiência de reconhecimento e misericórdia.
15h - Celebração
Eucarística
Responsabilidade:
Área do Vale do Paraíba
19h - Celebração
Eucarística
Presidente: Dom
Dulcênio Fontes Matos - Diocese de Campina Grande - PB
Responsabilidade:
Legião de Maria, Mães que Oram pelos Filhos e Congregados Marianos.
Animação: Coral Rosa
Mística (Village) e Santa Teresinha (Rio Largo)
DIA 23 - “Discípulo e missão são como duas faces da
mesma moeda: quando o discípulo está apaixonado por Cristo, não pode deixar de
anunciar ao mundo que só Ele nos salva.” (cf. At 4,12) De fato, o discípulo
sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro.” (Bento XVI)
15h - Celebração
Eucarística
Responsabilidade:
Área Mundaú e Setor Atlântico
19h - Celebração Eucarística
Presidente: Dom
Henrique Soares da Costa - Diocese de Palmares - PE.
Responsabilidade:
Comunidades Terapêuticas - RECRIAR, Novas Comunidades, Caritas Arquidiocesana e
Pastoral Social.
Animação;
Fraternidade Casa de Ranquines
DIA 24 - A assistência dos pais com seus filhos à
Celebração Eucarística Dominical é uma pedagogia eficaz para comunicar a fé e
um estreito vínculo que mantém a unidade entre eles. “O domingo significou, ao
longo da vida da Igreja, o momento privilegiado do encontro das comunidades com
o Senhor Ressuscitado”. (Bento XVI)
15h - Celebração
Eucarística
Responsabilidade:
Colégios Católicos de Maceió e Setor Metropolitano Rio Largo
19h - Celebração
Eucarística
Presidente: Dom
Hélio Pereira dos Santos - Bispo Auxiliar de São Salvador - BA.
Responsabilidade:
Apostolado da Oração, MEJ e Seminário
DIA 25 - Os jovens se comprometem por uma constante
renovação do mundo à luz de Deus. Mais ainda: cabe-lhe a tarefa de opor-se às
fáceis ilusões de felicidade imediata e dos paraísos enganosos da droga, do
prazer, do álcool, junto com todas as formas de violência.
15H - Celebração
Eucarística
Responsabilidade:
Área Manguaba e Setor Centro
19h - Celebração
Eucarística
Presidente: Dom
Genival Saraiva (Vigário-Geral)
Responsabilidade:
RCC, Grupo Mãe de Deus, Arautos do Evangelho e Catequese.
Animação: Ministério
da RCC
DIA 26 - Os jovens, amigos de Cristo, discípulos dele,
sentinelas do amanhã, como costumava dizer São João Paulo II, são sensíveis à
chamada de Cristo que convida a segui-lo. Podem responder a essa chamada como
sacerdote, como consagrados ou ainda como pais e mães de família, dedicados
totalmente a servir aos seus irmãos com todo seu tempo, sua capacidade e com a
vida inteira.
15h - Celebração
Eucarística
Responsabilidade:
Mãe Rainha e Terço do Homens
19h - Celebração
Eucarística
Presidente: Dom Valério
Breda, Diocese de Penedo - AL.
Responsabilidade:
Equipes de Nossa Senhora, Encontro Matrimonial Mundial e Pascom Arquidiocesana.
Animação: Coral de
São Benedito – Maceió
DIA 27 – SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES - “Não
houve mulher que tenha vivido e sofrido uma desapropriação mais radical do
fruto de suas entranhas do que ela. Como Mãe, sentiu a força do instinto que
quer possuir e reter, e, ao mesmo tempo, toda a pulsão do amor e da vida que
quer dar e entregar. Ofereceu seu Filho a Deus e ao mundo.”
09h - Missa Solene
Presidente: Dom
Antônio Muniz Fernandes
Animação: Coral
Unidos em Cristo (Eustáquio Gomes)
15h - Celebração
Eucarística
Animação: Coral
Nossa Senhora das Graças - Levada
16h - Procissão
Encerramento no
Estacionamento de Jaraguá com
Celebração
Eucarística Presidida por Dom Antônio Muniz Fernandes.
Com informações da Arquidiocese de Maceió
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