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ão é de
hoje que as Redes Sociais invadiram as vidas das pessoas de uma forma incontrolável.
Nesses últimos meses, a campanha eleitoral extrapolou todas as expectativas possíveis
e imagináveis.
Em
virtude do pleito eleitoral, as pessoas passaram a brigar, discordar das opiniões
contrarias, sem aceitar que discordassem da sua própria opinião, podendo estar
certo ou não, desfazendo laços de amizades de décadas e até familiares por
causa de opiniões políticas divergentes. É comum as pessoas exporem seus
posicionamentos políticos nas Redes Sociais, e por conta disso, desfazerem
muitas amizades.
A
maioria dos participantes das Redes Sociais tentam o diálogo, mas acabam atingindo amigos e parentes que têm pensamento divergente, mesquinho, tacanho e as vezes
agressivo, que dizem ter recebido ofensas pessoais e xingamentos e terminam em
conflito.
Muitos
não aceitam a opinião do outro e para não ver mais os posts deles e para que
eles não vejam mais os seus, excluem ou bloqueiam os amigos e parentes. Tudo isso
para não aceitar o posicionamento político ou partidário do outro.
É difícil,
num período eleitoral, evitar os embates, entretanto, é necessário que a sua
opinião não seja a única e que o assunto não entre na sua relação de amizade e
convívio pessoal.
O
respeito deve imperar, principalmente entre parentes e amigos. É preciso haver
equilíbrio e muito cuidado com o que for escrever nas Redes Sociais. É preciso respirar
antes de dar o “enter” na mensagem. Devemos entender que estamos em uma Rede Social
e é inevitável a crítica às suas opiniões. A discussão é saudável, desde que
seja equilibrada, sem palavrões e ofensas.
Diante
dessas situações, o Ministério da Justiça, no começo de outubro, começou uma
campanha pelas Redes Sociais para conscientizar as pessoas para que mantenham
os direitos individuais e evitem conflitos e brigas pessoais.
“Liberdade
de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões e ideias.
Entretanto, o exercício dessa liberdade não deve afrontar o direito alheio,
como a honra e a dignidade de uma pessoa ou determinado grupo. O discurso do
ódio é uma manifestação preconceituosa contra minorias étnicas, sociais,
religiosas e culturais, que gera conflitos com outros valores assegurados pela
Constituição, como a dignidade da pessoa humana. O nosso limite é respeitar o
direito do outro.”
O
momento eleitoral que agora terminou, foi muito preocupante. Foi uma eleição muita
polarizada, em que os ânimos se acirraram além dos limites. Houve muito ódio no
ar, muita mentira em forma de fake news nas redes sociais, muita divisão nas famílias.
No fundo, o que houve mesmo foi muita insatisfação nos corações devido a uma
grande crise econômica, que afeta todas as pessoas e toda a sociedade, e a
rejeição por uma ideologia político-partidária que assolou o país nesses
últimos anos e também por falta figuras públicas que cativassem e despertassem
o respeito e a confiança da população.
Passadas
as eleições, espero que a paz volte a reinar no país e que amigos e familiares
voltem a usufruir da amizade perdida durante o período eleitoral.
Finalizo
dizendo:
“Cada
um tem o direito de ter opinião e voto, e nós precisamos respeitar a opinião e
voto do outro, mesmo que não seja igual a nossa. Isso é democracia”.
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