terça-feira, 30 de outubro de 2018

Redes Sociais: Ponto de discórdia?




N
ão é de hoje que as Redes Sociais invadiram as vidas das pessoas de uma forma incontrolável. Nesses últimos meses, a campanha eleitoral extrapolou todas as expectativas possíveis e imagináveis.

Em virtude do pleito eleitoral, as pessoas passaram a brigar, discordar das opiniões contrarias, sem aceitar que discordassem da sua própria opinião, podendo estar certo ou não, desfazendo laços de amizades de décadas e até familiares por causa de opiniões políticas divergentes. É comum as pessoas exporem seus posicionamentos políticos nas Redes Sociais, e por conta disso, desfazerem muitas amizades.

A maioria dos participantes das Redes Sociais tentam o diálogo, mas acabam atingindo amigos e parentes que têm pensamento divergente, mesquinho, tacanho e as vezes agressivo, que dizem ter recebido ofensas pessoais e xingamentos e terminam em conflito.

Muitos não aceitam a opinião do outro e para não ver mais os posts deles e para que eles não vejam mais os seus, excluem ou bloqueiam os amigos e parentes. Tudo isso para não aceitar o posicionamento político ou partidário do outro.

É difícil, num período eleitoral, evitar os embates, entretanto, é necessário que a sua opinião não seja a única e que o assunto não entre na sua relação de amizade e convívio pessoal.

O respeito deve imperar, principalmente entre parentes e amigos. É preciso haver equilíbrio e muito cuidado com o que for escrever nas Redes Sociais. É preciso respirar antes de dar o “enter” na mensagem. Devemos entender que estamos em uma Rede Social e é inevitável a crítica às suas opiniões. A discussão é saudável, desde que seja equilibrada, sem palavrões e ofensas.

Diante dessas situações, o Ministério da Justiça, no começo de outubro, começou uma campanha pelas Redes Sociais para conscientizar as pessoas para que mantenham os direitos individuais e evitem conflitos e brigas pessoais.

“Liberdade de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões e ideias. Entretanto, o exercício dessa liberdade não deve afrontar o direito alheio, como a honra e a dignidade de uma pessoa ou determinado grupo. O discurso do ódio é uma manifestação preconceituosa contra minorias étnicas, sociais, religiosas e culturais, que gera conflitos com outros valores assegurados pela Constituição, como a dignidade da pessoa humana. O nosso limite é respeitar o direito do outro.”

O momento eleitoral que agora terminou, foi muito preocupante. Foi uma eleição muita polarizada, em que os ânimos se acirraram além dos limites. Houve muito ódio no ar, muita mentira em forma de fake news nas redes sociais, muita divisão nas famílias. No fundo, o que houve mesmo foi muita insatisfação nos corações devido a uma grande crise econômica, que afeta todas as pessoas e toda a sociedade, e a rejeição por uma ideologia político-partidária que assolou o país nesses últimos anos e também por falta figuras públicas que cativassem e despertassem o respeito e a confiança da população.

Passadas as eleições, espero que a paz volte a reinar no país e que amigos e familiares voltem a usufruir da amizade perdida durante o período eleitoral.

Finalizo dizendo:

“Cada um tem o direito de ter opinião e voto, e nós precisamos respeitar a opinião e voto do outro, mesmo que não seja igual a nossa. Isso é democracia”.

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