Arquidiocese de Brasília – DF.
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proxima-se o encerramento do ano litúrgico. A Liturgia aponta para a
vinda gloriosa do Senhor no fim dos tempos e nos convida a perseverar no bom
combate da fé e a estar vigilantes na esperança.
A primeira Leitura fala da sabedoria que está na raiz
da virtude da prudência: “meditar sobre ela (a sabedoria) é a
perfeição da prudência” (Sab 6, 15). E acrescenta o hagiógrafo: “e
quem não dormir por causa dela depressa estará livre da inquietação”. A
sabedoria e a prudência nos tornam vigilantes e nos preparam para acolher a
Sabedoria eterna, o Verbo encarnado, o Senhor que virá um dia glorioso para
celebrar as núpcias eternas.
O Apóstolo dos gentios, escrevendo aos Tessalonicenses
ansiosos por saber das coisas últimas, procura deixa-los ancorados na
esperança: “Não queremos deixar-vos na ignorância a respeito dos que
faleceram, para não andardes tristes como os outros, que não têm esperança”
(I Tes 4,13). Paulo bem sabe que a fé na Morte e Ressurreição de Jesus
Cristo é, também neste campo, um divisor de águas decisivo. Sem o anúncio dessa
Boa-Nova ficamos “sem a esperança da Promessa e sem Deus neste mundo” (Ef 2,12). Até os cristãos que, por desleixo
ou por rebeldia ficaram sem a luz da fé, perderam o brilho e o sabor da vida em
Cristo, se não despertam, caem no vazio existencial e na radical solidão que o
Papa Francisco costuma chamar “consciência isolada”. “Se eliminamos
Deus, se tiramos Cristo – dizia Bento XVI – o mundo cai no vazio e na
escuridão”.
No Evangelho (Mt 25,1-13), Jesus narra a
célebre parábola das dez virgens convidadas para uma festa de núpcias. Esta
festa é uma feliz imagem da Vida Eterna, do Reino dos Céus. Mas Jesus não deixa
de nos ensinar uma verdade que coloca as nossas seguranças e as nossas escolhas
em questão. Aquelas dez virgens que aguardavam a chegada do Esposo para
entrarem com o cortejo nupcial. Cinco delas, as prudentes, ao chegar o Esposo,
puderam entrar porque suas lamparinas tinham azeite suficiente para vencer as
trevas da espera. As outras cinco, as insensatas, cujo azeite havia acabado
antes da chegada do Esposo, tinham se dispersado em busca de azeite para continuar
a espera… mas chegaram tarde. O cortejo já havia entrado e as portas estavam
fechadas.
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