quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
domingo, 27 de dezembro de 2020
sábado, 26 de dezembro de 2020
Reflexão Litúrgica da Solenidade da Sagrada Família: Jesus, Maria e José - 27/12/2020
A |
Sagrada
Família, Jesus, Maria e José, celebrada no contexto do Natal do Senhor,
reafirma mais uma vez o caráter da humanidade de Deus que se encarnou e, como
os demais seres humanos, nasceu e viveu no seio de uma família. Para além de
sua teologia própria, esta celebração tem muito a nos dizer hoje, especialmente
em um contexto em que a vida familiar passa por um momento muito conturbado e
muitas famílias vivem dilaceradas por causa de tantos fatores, entre eles a
falta de diálogo, violência, crise no trabalho, drogas, falta de fé, crise nas
relações e a intolerância ao outro. As leituras de hoje merecem ser retomadas e
rezadas em família, pois trazem uma verdadeira lição para o convívio humano e
para as relações fraternas: "amai-vos uns aos outros, pois o amor é o
vínculo da perfeição" (Cl 3,14).
O Evangelho narra a
apresentação que Maria e José fazem do Menino no templo. Como praticantes, vão
cumprir os rituais religiosos prescritos pela lei judaica e agradecer a Deus
por tudo que realizou em suas vidas. Simeão deslumbra-se ao ver Jesus porque
pode ver com seus próprios olhos a salvação na figura terna do menino, que será
sinal de contradição e glória para Israel (v.29ss). A profetiza Ana
coloca-se em atitude de louvor a Deus e de anúncio ao "falar do menino
a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém" (v. 38).
Continua o texto afirmando que o menino crescia, tornava-se forte e cheio de
sabedoria e de graça (v. 40).
Maria e José põem Deus
como o centro de suas vidas e como pais cuidam da educação do menino Jesus.
Muitas vezes, estes dois elementos faltam nos lares cristãos atualmente. Não há
o cultivo de uma vida oracional e espiritual em casa e os pais delegam somente
à escola, à Igreja e ao Estado a educação de seus filhos, eximindo-se de tal
responsabilidade. A educação que os filhos recebem no seio familiar é o único
tesouro que ninguém lhes pode roubar e nem a ferrugem corroer. É a maior
herança que os pais podem deixar a seus filhos.
A bela lição que Paulo
deixa é muito propícia nesse contexto de relações humanas e de convívio
familiar: as esposas serem solícitas aos maridos; os maridos amá-las; os
filhos serem obedientes aos pais e os pais não intimidarem os filhos (Cl
3,18-21). São regras aparentemente simples, mas muito exigentes. Eis aí
alguns passos para que esse santuário escolhido e amado por Deus, a família,
continue subsistindo às crises de nossa sociedade.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
Como preparar-se para a Comunhão?
A |
Eucaristia é
verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra”, por isso devemos
nos preparar para recebê-la.
Para meditar sobre esse grande mistério da fé [a Eucaristia]
e saber como podemos nos preparar para recebê-Lo, gostaria de apresentar alguns
textos do Magistério da Igreja que nos serão de grande proveito:
A Eucaristia é “fonte e ápice de toda a vida
cristã”. “Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos
e todas as tarefas apostólicas ligam-se à Sagrada Eucaristia e a ela se
ordenam, pois, a Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja,
a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa” (Catecismo da Igreja Católica, 1324).
“A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho” (Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II, § 19).
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
domingo, 20 de dezembro de 2020
Qual é a melhor forma de se vestir para participar do Santo Sacrifício da Missa
O
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sábado, 19 de dezembro de 2020
Reflexão Litúrgica do IV Domingo do Advento - 20/12/2020
O |
Natal aproxima-se! Qual é o
espírito que podemos captar das leituras que ouvimos neste dia, especialmente
do Evangelho? O quadro cênico é o de uma Anunciação: nascimento de Jesus e de
João Batista. Portanto, trata-se de um texto de cunho jubilar, enquanto
alegria, no sentido mais profundo do termo, e também enquanto tempo novo para a
humanidade. Está aí a essência da mensagem e, por isso, preparação para
celebrar o Sol Nascente que nos veio visitar.
Se o texto do Evangelho nos fala de tanta vida e a
anuncia de forma tão contundente, ao romper a esterilidade dos homens e
mulheres novos, renovando-os na vida nascente de conversão (João Batista)
e do amor divino que se materializa no humano (Jesus), comunicando-nos,
assim, uma boa notícia, a indagação que nos vem é: como nós, cristãos, estamos
sendo comunicadores de boa notícia? O que temos para comunicar de diferente em
tempos tão obscuros, de tantas inverdades e de tanta superficialidade? Como
vamos comunicar aos outros nosso Natal?
A impressão é que nós cristãos estamos cansados e, em
meio a tantas vozes, não escutamos a nossa própria ecoar e, muitas vezes, essa
é marginalizada, pois não traz nenhum atrativo à sociedade atual. Vamos nos
tornando um pequeno rebanho, desunido e desnutrido, com medo, e vendo pouco a
pouco o Natal ser apenas uma data em que as pessoas realizam seus bons
propósitos, recordam de seu próximo e, no dia seguinte, esquecem-se de tudo.
Este modo esquizofrênico de sermos (ou não sermos) cristãos vai nos
afastando do centro do mistério que devemos celebrar e isso é muito perigoso para
nossa fé.
O encorajamento para superar os tempos difíceis, sem
horizontes claros, vem do próprio anjo a Maria que nos repete as mesmas
palavras: "Não tenhas medo porque encontraste graça diante de
Deus" (v. 30). A graça de Deus nos dá a ousadia para romper
com o cansaço, com o pessimismo, que nos tiram a criatividade de pensar
horizontes cheios de luz. "O povo que andava nas trevas viu uma
grande luz" (Is 9,2). Essa alegria de ver a luz deve-nos
fazer mensageiros de uma boa notícia, portadora de esperança para a humanidade.
A fonte na qual bebemos, o Evangelho, é rica e, mesmo naqueles contextos onde
não é possível seu anúncio explícito, é possível chegar por meio do agir ético
que dele aprendemos e pelo respeito ao outro, sob o fundamento do amor ao próximo.
Usemos nossa criatividade para fazer chegar essa boa
noticia aos corações humanos e, ao mesmo tempo, fecundar os ventres estéreis da
humanidade, para que essa gere valores que promovam o ser humano para que tenha
vida em abundância (Jo 10,10). Esse anúncio não é fake news, e é sempre
novidade.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
domingo, 13 de dezembro de 2020
sábado, 12 de dezembro de 2020
Reflexão Litúrgica do III Domingo do Advento - 13/12/2020
João Batista, Profeta do Advento!
Dom Paulo Cezar Costa - Arcebispo de Brasília–DF.
A |
Palavra de Deus, no Evangelho de
hoje, continua a falar da figura de João Batista. Ele, como profeta da espera,
encarna em si o espírito do Advento. Hoje, João Batista, dando testemunho de
si, afirma: “Eu sou a voz que clama no deserto; endireitai os caminhos do
Senhor” (Jo 1, 23).
Em todas as culturas o deserto assumiu a idéia de
lugar do vagar humano sem rumo, lugar de isolamento e de perda das condições de
vida, mas os desertos são também aqueles criados pela nossa civilização, que habitam
nossas cidades e casas. O deserto recorda a Israel e a cada um de nós, a
situação de precariedade da existência humana, de fragilidade dos projetos e
construções históricas. Ele é um convite àquilo que verdadeiramente faz viver a
pessoa humana, porque conduz ao essencial, àquela pergunta de sentido que
fazemos do início ao fim da existência. Para quem deseja uma vida cheia de
significados, buscando uma resposta às interrogações profundas, a boa notícia
do Evangelho é a voz: “Eu sou a voz que clama no deserto; endireitai os
caminhos do Senhor” (Jo 1, 23).
Parece paradoxal que a resposta à busca do homem seja
a voz. A voz nos remete aos profetas, como João Batista, mas conduz antes de
tudo à Aliança que une Deus e o seu povo no monte Horeb, quando Israel vem
reconhecido como Povo de Deus: “do céu, Ele fez com que ouvisses a sua
voz, para te instruir…” (Dt 4, 36). Aos que vivem no deserto,
que buscam a Deus, Ele não deixa faltar a sua voz. Tanto na Judeia, como também
no deserto de cada povo, de cada cidade, de cada pessoa, ressoa a voz divina
que grita, chama, consola, coloca a caminho: Jesus Cristo. Ele é a voz
de Deus que entra na história do mundo e que ressoa em meio às desolações
humanas.
Mas Israel é o povo da escuta (Sl 95). A voz
clama por escuta, como se percebe sempre na Bíblia. A escuta vem expressa pelo
verbo (shama`), que diz ao mesmo tempo escuta e obediência. É uma escuta
empenhativa, e é próprio a este empenho que se dirige o pedido: “Endireitai
o caminho do Senhor…” (Jo 1, 23). A mesma ideia de João Batista
como aquele que prepara o caminho do Senhor está presente no Benedictus: “Tu
menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás à frente do Senhor para
preparar-lhe os caminhos” (Lc 1, 76). Jesus, falando de João
Batista, o relembra com este texto de Malaquias: “Eis que eu envio o meu
mensageiro à tua frente, ele preparará o teu caminho diante de ti” (Lc
7, 27). Sabemos que no tempo de Jesus, os essênios tinham ido habitar no
deserto para preparar-lhe a estrada. Jesus não pertencia aos essênios. Para Ele
a estrada do Senhor se abre e se prepara no meio dos homens: no meio dos
seus afazeres, tragédias, doenças, hipocrisia e pecados…
João não é o Messias, ele reconhece que o Messias é
maior do que ele. O Messias vem depois, com mais autoridade e direito. Ele não
é digno nem de desamarrar as suas sandálias. O profeta tem consciência clara de
que o seu caminho é aquele de preparar e de apontar para o Messias.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
domingo, 6 de dezembro de 2020
sábado, 5 de dezembro de 2020
Reflexão Litúrgica do II Domingo do Advento - 06/12/2020
PREPARAI OS CAMINHOS DO SENHOR!
Dom José Aparecido
Gonçalves de Almeida
Arquidiocese de Brasília – DF.
N |
este II DOMINGO DO ADVENTO, a mesa da Palavra nos alimenta com a
esperança do pleno cumprimento das profecias messiânicas. Ao mesmo tempo nos
exorta a preparar os caminhos do Senhor que vem e a reconhecer na demora de
Deus a Sua paciência misericordiosa.
A Primeira Leitura (Is. 40,1-5.9-11), tomada do
chamado “Segundo Isaías”, dá à Palavra de Deus uma tonalidade comovedora
ao anunciar aos Israelitas provados por décadas de amargo exílio na Babilônia
que finalmente chegou o tempo da libertação: “Consolai o meu povo,
consolai-o – diz o vosso Deus –. Falai ao coração de Jerusalém e dizei em alta
voz que sua servidão acabou e a expiação das culpas foi cumprida” (40,1-2).
É isto que o Senhor quer também para nós neste tempo do Advento: falar ao
coração do Seu Povo e, por seu intermédio, animar a humanidade inteira (cf.
Bento XVI, 2008). A Sua Igreja, a nossa Igreja hoje também eleva a voz
clamando: “Preparai no deserto o caminho do Senhor, aplainai na solidão a
estrada de nosso Deus” (Is 40,3).
Marcos abre o seu Evangelho indicando em João Batista
aquele que cumpre esta promessa de aplainar os caminhos do Senhor e endireitar
no deserto as suas veredas, “pregando o batismo de conversão para o
perdão dos pecados” (Mc 1,4). João prepara os caminhos da missão
messiânica de Jesus, que batiza com o Espirito Santo e, “como um pastor,
apascenta o rebanho, reúne com a força dos braços, os cordeiros e carrega-os ao
colo” (Is 40,11). Se por Isaías, Deus promete a volta à terra
prometida, onde Ele mesmo apascenta o seu povo, no Evangelho Jesus inaugura uma
nova humanidade, que faz elevar os olhos para a Jerusalém do alto.
Nesse meio tempo a Igreja nos ensina a olhar para a
imensa multidão de homens e nações que estão oprimidas pela fome e pela
miséria, pelas incontáveis vítimas de sistemáticas violações dos próprios
direitos. “A Igreja se coloca como sentinela sobre o monte elevado da fé
e anuncia: «Aqui está o vosso Deus! O Senhor Deus vem com fortaleza» (Is
40,9-10)” (Bento XVI, Ibid.). É Jesus, o Deus Salvador, Aquele
que vem!
Na segunda leitura (2Pd 3,8-14), São Pedro
procura consolar os cristãos que não viam chegar aquele Senhor a quem
suplicavam “Maranatá” – Vem, Senhor Jesus! Passavam os dias, vinham as
perseguições, o Senhor parecia tardar retornar em glória (cf At 1,11).
São Pedro os conforta asseverando que “o Senhor não tarda a cumprir a
promessa, como pensam alguns, achando que demora. Ele está usando de paciência
para convosco” (1Pd 3,9).
A liturgia deste domingo nos exorta com as palavras de
Pedro: “O que nós esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus
e nova terra, onde habitará a justiça. Vivendo nessa esperança, esforçai-vos
para que ele vos encontre numa vida pura e sem mancha, e em paz” (1Pd
3,13-14).
Confiemos à intercessão da Virgem Maria a nossa
esperança de paz e de salvação. VEM, SENHOR JESUS.