domingo, 31 de janeiro de 2021
sábado, 30 de janeiro de 2021
Reflexão Litúrgica do 4º Domingo do Tempo Comum - 31/01/2021
JESUS, NA
SINAGOGA DE CAFARNAUM
O |
texto
de Mc 1, 21-28 nos apresenta Jesus na sinagoga de Cafarnaum. A cidade de Cafarnaum é o lugar onde, a partir
de um certo momento, Jesus escolhe para habitar (Mt 4, 13). Jesus, muitas vezes
deve ter frequentado a sinagoga desta cidade. O texto é composto por duas
cenas. Primeiro, Jesus ensina e seu ensinamento causa a admiração das pessoas
(Mc 1, 21-22), depois, Jesus expulsa um demônio (Mc 1, 23-28). Logo após chamar seus quatro primeiros
discípulos, Jesus entra na cidade de Cafarnaum. A cena situa-se num dia de
sábado, na sinagoga de Cafarnaum. Sábado era o dia em que os judeus iam à
sinagoga para ouvir e meditar a Palavra de Deus. A Palavra de Deus estava no
centro da vida do judeu piedoso.
Na sinagoga Jesus
ensina, mas seu ensinamento não era como o dos mestres da Lei da época, “pois
ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da Lei” (Mc 1, 22). A
autoridade do ensinamento de Jesus vem daquilo que ele é, o Filho de Deus. Os
rabinos citavam os antigos mestres e os doutores do passado, Jesus lê a vontade
de Deus e a interpreta sem intermediários, pois ele está intimamente unido ao
Pai, toda a sua vida está repleta de Deus. Daí vem o poder (eksousía) de Jesus.
A atitude das pessoas que se encontravam na sinagoga era de admiração com o seu
ensinamento. A capacidade de admirar é
fundamental na vida humana. Admira-se diante daquilo que Deus fez na história
da Salvação e continua a fazer, hoje, na vida das pessoas e na história.
Agora, encontramos o
confronto de Jesus com o espírito impuro. A primeira luta de Jesus, no
Evangelho de São Marcos, não é contra os seus habituais adversários, mas contra
o espírito do mau, aquele espírito que aliena o ser humano. Estava na sinagoga
um homem possuído por um espírito impuro. No mundo judaico era opinião comum
que o demônio podia tomar posse de uma pessoa. Também certas doenças psíquicas
eram, nesta época, tidas como possessão diabólica. O demônio sabe quem é Jesus:
“tu és o santo de Deus”. No Evangelho de São Marcos a luta de Jesus contra os
espíritos impuros é constante, pois é uma das formas de mostrar a sua
messianidade. Jesus não dialoga com espírito impuro, mas manda com autoridade:
“Cala-te e sai dele”. Diz o texto bíblico que o “espírito mau sacudiu o homem
com violência, deu um grande grito e saiu” (Mc 1, 26). Jesus liberta esse
homem. O ser humano não foi feito para ser aprisionado pelo mau, mas foi criado
para viver livre como filhos (as) amados de Deus. De novo, a atitude das
pessoas é de espanto. Jesus fala com autoridade e age com autoridade. Ele manda
até nos espíritos maus e eles obedecem.
Jesus é o profeta como
Moisés que fala e age com autoridade. A sua salvação encontra a pessoa humana
lá onde ela está necessitada. Ele quer continuar a pronunciar uma Palavra de
salvação para a nossa vida lá onde nos encontramos, lá onde a nossa vida
precisa de salvação, de libertação. A sua salvação quer continuar a nos tocar
no hoje da história.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
domingo, 24 de janeiro de 2021
sábado, 23 de janeiro de 2021
Reflexão Litúrgica 3º Domingo do Tempo Comum - 24/01/2021
O REINO DE DEUS ESTÁ PRÓXIMO
A |
primeira leitura colocou diante de nós a
pregação de Jonas. Jonas deve dirigir-se à grande cidade de Nínive. Ela é uma
cidade pagã. O centro da pregação do
profeta é “ainda quarenta dias e Nínive será destruída” (Jonas 3,4). Os ninivitas acreditam em Deus, fazem
penitência e Deus salva a cidade. O livro de Jonas nos mostra que o amor de
Deus não é exclusivo de Israel, mas aberto a todo homem e mulher que se voltam
para Ele com o coração sincero, arrependendo-se de sua maldade, de seu pecado.
Deus é paciente e espera do homem a conversão, a mudança de vida, de atitudes.
Os “Quarenta dias” significam o tempo da paciência de Deus. Nínive, hoje,
representa a grande cidade moderna na sua grande complexidade e que deve ser
objeto da nossa evangelização, da nossa missão, onde o anúncio do amor de Deus
deve encontrar cada ser humano.
O Evangelho nos
apresenta Jesus, que, depois da prisão de João Batista, vai para a Galiléia
pregando o Evangelho de Deus: “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está
próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc1, 15). No Evangelho de São
Marcos, grande parte do seu ministério, Jesus o desenvolve na Galiléia; ela é a
pátria de Jesus. É na Galiléia que Jesus
coloca em movimento o anúncio do Reino de Deus. A expressão “Reino de Deus”
quer dizer que chegou o tempo – e este
se dá com Jesus de Nazaré – em que Deus está reinando na história. Jesus,
através dos seus gestos, milagres e da sua pregação, coloca em movimento o
Reinado de Deus. O Reino de Deus é inseparável de Jesus Cristo. Não é simplesmente a prática do bem, da
justiça etc. O cristianismo não se resume simplesmente em uma ética, é
seguimento de uma pessoa, Jesus Cristo. Na origem do caminho de fé, não está
uma decisão ética, mas o encontro com a pessoa de Jesus Cristo que muda a vida,
a existência, faz tomar rumos novos, caminhos novos. Papa Francisco afirma que “Jesus Cristo é a
descoberta fundamental, que pode fazer uma mudança decisiva na nossa vida,
enchendo-a de significado”.
O Evangelho termina com
o chamamento de alguns discípulos. Jesus os encontra onde eles estão. Estão no
seu ambiente de trabalho, conduzindo a sua vida ordinária. Simão e André que
lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores; Tiago e João, filhos de Zebedeu,
consertavam as redes. São chamados a se tornarem pescadores de homens. Eles
seguiram Jesus. Jesus nos encontra onde estamos, nas situações concretas da
vida, no dia-a-dia. Jesus não lhes oferece nenhuma segurança, nenhum projeto de
vida. O chamado é para segui-lo. É num caminho de discipulado, é seguindo Jesus
que vamos tomando as suas feições e nos tornando discípulos- missionários.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
quinta-feira, 21 de janeiro de 2021
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
domingo, 17 de janeiro de 2021
sábado, 16 de janeiro de 2021
Reflexão Litúrgica 2º Domingo do Tempo Comum - 17/01/2021
DISPOR-SE
NO
SEGUIMENTO DE CRISTO!
CONVIDADOS A IR E VER
André e seu companheiro ouviram o
testemunho de João, o que batizava, apontando Jesus como o salvador. Não
perguntaram nada, mas começaram logo a seguir Jesus, como quem quer estabelecer
contato. Diante da oportunidade,
perguntaram: - Onde moras? A resposta parece muito simples: - Vinde ver. Foram
e ficaram com ele desde às quatro da tarde.
Em primeiro lugar,
acolheram sem hesitar o testemunho de João e acreditaram que aquele
desconhecido era um enviado de Deus. E logo quiseram conhecê-lo. E aceitaram o
convite, foram ver onde morava e ficaram com ele bastante tempo, desde a tarde.
Conquistado, André logo levou seu irmão para conhecer o Salvador.
Ser discípulo é isso:
ouvir o testemunho de quem nos fala de Jesus, procurar conhecê-lo, ir atrás
dele, aceitar seu convite e ficar com ele. O tempo necessário. E depois, com
alegria falar dele para outros, muitos outros.
São tantos os que nos
falaram e falam de Jesus, de como é bom, como é poderoso e pode libertar-nos, e
fazer-nos felizes. São familiares nossos, gente de igreja, instruída ou muito
simples. É Deus quem nos fala por meio deles, e falam de Jesus porque o
encontraram e o seguem.
Não basta acreditar que
Jesus é nosso salvador. Nem basta tentar ouvi-lo às pressas, como quem não tem
tempo. Precisamos ficar com ele, desde às quatro da tarde, até quando for
necessário para ver bem como vive, assimilar seu jeito de pensar e suas
palavras. Precisamos ficar com ele, na conversa da oração, na escuta e no
estudo de suas propostas, na convivência de amizade que ele nos oferece. Só
assim o conheceremos e só assim nossa vida será outra.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
terça-feira, 12 de janeiro de 2021
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
domingo, 10 de janeiro de 2021
sábado, 9 de janeiro de 2021
Reflexão Litúrgica da Festa do Batismo do Senhor - 10/01/2021
TU ÉS O MEU FILHO AMADO!
BATIZADO, MERGULHADO NA HUMANIDADE
N |
a tradição do povo de Deus havia vários ritos de purificação, nos quais pessoas e objetos eram lavados ou mergulhados na água. João adotou esse rito como sinal de reconhecimento de pecado, de conversão e purificação. Jesus foi procurá-lo (Mc 1,9) e, entre os penitentes, foi mergulhado na água do rio Jordão. Ao contar isso, os evangelistas queriam também deixar claro que Jesus de Nazaré mergulhou em nossa humanidade, assumiu-a plenamente, conhece nossa limitação, foi e é um de nós. Veio para nos transformar por dentro, mudando o que há de mais íntimo em nós. Afundou-se em nosso jeito de ser para nos batizar, afundar em seu jeito divino de ser. E ele o pode fazer, porque não apenas fala de salvação como profetas e mestres, mas de fato nos salva, porque é o Filho de Deus.
TU
ÉS MEU FILHO
É o que nos diz Marcos, ao contar que, baixando do alto, como se fosse pomba que pousa, veio o Espírito sobre Jesus. E se ouviu uma voz: "Tu és meu Filho muito amado". Porque é Deus, o Filho de Deus, Jesus de Nazaré é salvação para nós. Como diz João em seu evangelho (1,1-13): "No princípio ele estava junto de Deus. ... Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. ... A todos, porém, que o acolheram, ele deu o poder de se tornarem filhos de Deus". A fé na divindade de Jesus é que nos marca e caracteriza como cristãos.
BATIZADOS,
MERGULHADOS EM CRISTO
Pelo batismo, que provavelmente
recebemos como crianças, mas que assumimos a certa altura da vida, estamos
unidos a Jesus, mergulhados em sua vida divina. Podemos viver como ele viveu,
na verdade, na justiça e na liberdade dos filhos de Deus. Enquanto unidos a
ele, o mal não nos pode vencer, e, mais ainda, unidos a ele podemos ser fator
de salvação e transformação na vida das pessoas. Para isso somos todos
enviados, cada um de nosso jeito e com nossas possibilidades.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
quarta-feira, 6 de janeiro de 2021
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
domingo, 3 de janeiro de 2021
sábado, 2 de janeiro de 2021
Reflexão Litúrgica da Solenidade da Epifania do Senhor - 03/01/2021
D |
esde o início de seu evangelho (2,1-12)
Mateus deixa claro que Jesus veio para a salvação de todos, não só de um povo
escolhido e privilegiado. Por isso falou desses homens misteriosos, sem nome,
que vieram de longe, ninguém sabe de onde. Não sabemos qual era sua religião,
nem como receberam a mensagem de Deus. Mas acreditaram, vieram e adoraram o
Menino. Assim sabemos que todos são chamados para conhecer o salvador. E todos
podem conhecê-lo, porque ele fala ao coração de cada pessoa, mesmo de quem
nunca ouviu falar dele. Ele quer a salvação de todos, de todos de fato, e está
sempre incansável à procura de cada um. Mas, para se fazer conhecido de todos,
Jesus escolheu-nos para estar com ele e enviar-nos para anunciá-lo (Mc
3,14).
Cristo amou-nos cada um
pessoalmente, escolheu e chamou. Deu-nos a possibilidade de conhecê-lo,
acolheu-nos em sua comunidade e veio formando-nos aos poucos. E envia-nos todos
para anunciá-lo, cada um do seu jeito, segundo seu caminho e seu chamamento.
Há multidões esperando
por felicidade, salvação e esperança. Há tantos que o fazem conscientemente, e
outros tantos que procuram sem saber o quê. Para esses mais pobres de verdade e
esperança somos todos enviados. Somos responsáveis por eles, temos a riqueza de
Cristo, temos de levá-lo a eles.
Jesus fala muitas vezes
da urgência do Reino (Mt 4,17). Na minha cidade, na minha comunidade, na
minha rua, na minha casa há gente precisando
de uma palavra, um convite, um testemunho de vida. Não preciso
atravessar mares para anunciar os que o procuram ou para os que ainda não sabem
que é dele que precisam. O que preciso é estar atento para ser a epifania, a
manifestação de Cristo para todos.