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esde o início de seu evangelho (2,1-12)
Mateus deixa claro que Jesus veio para a salvação de todos, não só de um povo
escolhido e privilegiado. Por isso falou desses homens misteriosos, sem nome,
que vieram de longe, ninguém sabe de onde. Não sabemos qual era sua religião,
nem como receberam a mensagem de Deus. Mas acreditaram, vieram e adoraram o
Menino. Assim sabemos que todos são chamados para conhecer o salvador. E todos
podem conhecê-lo, porque ele fala ao coração de cada pessoa, mesmo de quem
nunca ouviu falar dele. Ele quer a salvação de todos, de todos de fato, e está
sempre incansável à procura de cada um. Mas, para se fazer conhecido de todos,
Jesus escolheu-nos para estar com ele e enviar-nos para anunciá-lo (Mc
3,14).
Cristo amou-nos cada um
pessoalmente, escolheu e chamou. Deu-nos a possibilidade de conhecê-lo,
acolheu-nos em sua comunidade e veio formando-nos aos poucos. E envia-nos todos
para anunciá-lo, cada um do seu jeito, segundo seu caminho e seu chamamento.
Há multidões esperando
por felicidade, salvação e esperança. Há tantos que o fazem conscientemente, e
outros tantos que procuram sem saber o quê. Para esses mais pobres de verdade e
esperança somos todos enviados. Somos responsáveis por eles, temos a riqueza de
Cristo, temos de levá-lo a eles.
Jesus fala muitas vezes
da urgência do Reino (Mt 4,17). Na minha cidade, na minha comunidade, na
minha rua, na minha casa há gente precisando
de uma palavra, um convite, um testemunho de vida. Não preciso
atravessar mares para anunciar os que o procuram ou para os que ainda não sabem
que é dele que precisam. O que preciso é estar atento para ser a epifania, a
manifestação de Cristo para todos.
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