O REINO DE DEUS ESTÁ PRÓXIMO
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primeira leitura colocou diante de nós a
pregação de Jonas. Jonas deve dirigir-se à grande cidade de Nínive. Ela é uma
cidade pagã. O centro da pregação do
profeta é “ainda quarenta dias e Nínive será destruída” (Jonas 3,4). Os ninivitas acreditam em Deus, fazem
penitência e Deus salva a cidade. O livro de Jonas nos mostra que o amor de
Deus não é exclusivo de Israel, mas aberto a todo homem e mulher que se voltam
para Ele com o coração sincero, arrependendo-se de sua maldade, de seu pecado.
Deus é paciente e espera do homem a conversão, a mudança de vida, de atitudes.
Os “Quarenta dias” significam o tempo da paciência de Deus. Nínive, hoje,
representa a grande cidade moderna na sua grande complexidade e que deve ser
objeto da nossa evangelização, da nossa missão, onde o anúncio do amor de Deus
deve encontrar cada ser humano.
O Evangelho nos
apresenta Jesus, que, depois da prisão de João Batista, vai para a Galiléia
pregando o Evangelho de Deus: “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está
próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc1, 15). No Evangelho de São
Marcos, grande parte do seu ministério, Jesus o desenvolve na Galiléia; ela é a
pátria de Jesus. É na Galiléia que Jesus
coloca em movimento o anúncio do Reino de Deus. A expressão “Reino de Deus”
quer dizer que chegou o tempo – e este
se dá com Jesus de Nazaré – em que Deus está reinando na história. Jesus,
através dos seus gestos, milagres e da sua pregação, coloca em movimento o
Reinado de Deus. O Reino de Deus é inseparável de Jesus Cristo. Não é simplesmente a prática do bem, da
justiça etc. O cristianismo não se resume simplesmente em uma ética, é
seguimento de uma pessoa, Jesus Cristo. Na origem do caminho de fé, não está
uma decisão ética, mas o encontro com a pessoa de Jesus Cristo que muda a vida,
a existência, faz tomar rumos novos, caminhos novos. Papa Francisco afirma que “Jesus Cristo é a
descoberta fundamental, que pode fazer uma mudança decisiva na nossa vida,
enchendo-a de significado”.
O Evangelho termina com
o chamamento de alguns discípulos. Jesus os encontra onde eles estão. Estão no
seu ambiente de trabalho, conduzindo a sua vida ordinária. Simão e André que
lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores; Tiago e João, filhos de Zebedeu,
consertavam as redes. São chamados a se tornarem pescadores de homens. Eles
seguiram Jesus. Jesus nos encontra onde estamos, nas situações concretas da
vida, no dia-a-dia. Jesus não lhes oferece nenhuma segurança, nenhum projeto de
vida. O chamado é para segui-lo. É num caminho de discipulado, é seguindo Jesus
que vamos tomando as suas feições e nos tornando discípulos- missionários.
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