sábado, 23 de julho de 2022

Reflexão Litúrgica do 17º Domingo do Tempo Comum - 24/07/2022

Deus Conosco – Reflexões Litúrgicas

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o Evangelho deste 17º Domingo do Tempo Comum, Lucas inicia a narrativa informando que Jesus estava em um lugar orando. O modo de rezar de Jesus desperta o desejo dos discípulos em aprender mais e provoca o pedido: “Senhor, ensina-nos a rezar como também João”.

Semelhante a outros grupos, que tinham preces, formas particulares de oração, o Pai Nosso caracteriza a oração dos discípulos de Jesus. Como Jesus, que encontrou forças na oração para vencer as tentações no deserto, para proclamar a Boa-Nova do Reino, para saciar a fome do povo, para perdoar até mesmo seus inimigos na cruz, os discípulos e discípulas buscavam, por meio da oração do Pai Nosso permanecer firmes no projeto de Deus.

Jesus ensina aos seus que podem dirigir-se a Deus com toda a confiança de serem acolhidos. Deus é muito mais disponível para acolher do que um amigo. Ele cuida de cada pessoa com um carinho maior do que aquele manifestado pelo pai a seu filho. Pedir, buscar, bater à porta, são expressões utilizadas para expressar a grande verdade relativa à oração: a persistência ou perseverança.

É necessário buscar com insistência o Reino e a comunhão com o Pai. O pão, o peixe e o ovo são alimentos básicos de uma região, como a pedra, a serpente e o escorpião, que pertencem à natureza. Deus oferece mais que “coisas boas”.

“O Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!” para que possam viver uma relação de confiança filial. A força do Espírito Santo de Deus ajuda a comunidade a realizar o projeto de amor fraterno e solidário proposto por Jesus.

Como vamos conhecer o projeto do Pai se não escutamos sua proposta, em um colóquio profundo, escutando sua palavra de vida e salvação? Como vamos colaborar na construção do Reino, interceder e comprometer-nos com a história sem conhecer o plano divino da salvação?

Resta-nos rever o nosso modo de rezar, tanto individual como comunitário. Uma dimensão não vive sem a outra. A oração particular ou individual prepara, prolonga e aplica a cada pessoa o encontro objetivo e sacramental com o Senhor que se realiza na liturgia.

Vale lembrar aqui as palavras de João Crisóstomo: “Assim como não se põe o incenso em fogo apagado, não adianta a celebração litúrgica sem uma verdadeira oração individual. O desejo espiritual é como um fogo, a oração individual faz a pessoa abrasar neste fogo. Então, quando as brasas estão acesas, se põe o incenso da liturgia e se realiza a oração comunitária”.

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