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o domingo,
27 de novembro, começamos um novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com
o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É
hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando
diz: Vigiai, para não sermos surpreendidos.
A
chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação
da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada
plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e
confiam na Palavra de Deus.
Estamos
em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que
trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve
ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida,
transformando-a de Seu jeito.
Neste
caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de
cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma
trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque
ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.
O
Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a
morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar
diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de
um mundo totalmente afastado de Deus.
Outro
fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que
aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os
primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse
Jesus, é servo vigilante.
Confiar
significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento
vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele
que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.
Preparar-se
para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos
enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus
Cristo como ação divina em todo o mundo.
Nas
duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a
vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na
História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo
após a morte.
Nas
duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos
mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas
anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de
Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com
zelo materno e O preparou para a missão terrena.
Para
nos ajudar nesta preparação usa-se a COROA DO ADVENTO, composta por 4 velas nos
seus cantos - presas aos ramos formando um círculo.
A
cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da
salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão
passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo,
quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa
alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, a
Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo, está para chegar, então, nós O
esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.
Advento
vem de adventus, vinda, chegada, a 27 de novembro e termina em 24 de dezembro.
Forma uma unidade com o Natal e a Epifania.
A
cor litúrgica neste tempo é o roxo. O sentido do Advento é avivar nos fiéis à
espera do Senhor e dura 4 semanas.
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