Jesus responde aos discípulos citando
Isaías, ou seja, dizendo que sua missão é de redenção, por isso os sinais que
faz são de salvação. Deus ama a todos, bons e maus. Todos são seus filhos,
foram criados por amor.
Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News
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iante de
um mundo arrasado, de um ambiente de profunda desolação, de corações sofridos e
enlutados, Isaías clama Vida, Alegria, Ressurreição! O texto da primeira
leitura de hoje, extraído do livro de Isaías, nos leva à Esperança. O Profeta
quebra a rotina desoladora e nos aponta a ação de Deus, a regeneração do mundo,
a redenção do ser humano. Mas o Senhor que pode fazer tudo sozinho, quer nossa
colaboração, quer fazer-nos partícipes de sua obra salvífica. Nesse próprio ato
de pedir nossa colaboração já está a redenção.
O Senhor
nos trata como pessoas maduras, capazes, pessoas criadas à Sua imagem e
semelhança. Por isso não é próprio do fiel ficar de braços cruzados, desanimado
e acomodado. Aquele que crê levanta a cabeça, solta os braços e busca dentro de
si a força do Senhor, e imediatamente começa a colaborar com o Criador. O fiel
reage contra qualquer ação oriunda da cultura de morte. Ele crê na Vida! Assim
aconteceu com a escravidão no Egito, em outras situações em que os
protagonistas foram os pobres, os marginalizados, os portadores de deficiência,
os pequenos segundo o mundo. Assim fez Jesus Cristo, colocando-se como servo de
todos, à disposição do Pai para assegurar a felicidade eterna ao Homem.
No
Evangelho de hoje, temos em primeiro lugar a dificuldade de João Batista em
reconhecer em Jesus o Messias prometido. Na pregação de João Batista, como
vimos no domingo passado, Jesus deveria tratar os pecadores com bastante
dureza, destruí-los até. Mas ele não o
faz, ao contrário, provoca mudanças em seus corações, possibilitando a
salvação, faz refeições com eles e até se torna amigo deles. Isso desorienta o
Batista.
Quando
interrogado pelos discípulos de João, Jesus responde citando Isaías, ou seja,
dizendo que sua missão é de redenção, por isso os sinais que faz são de
salvação. Deus ama a todos, bons e maus. Todos são seus filhos, foram criados
por amor.
Em
segundo lugar, Jesus elogia a pessoa do Batista dizendo que ele é mais que um
Profeta, o maior entre os nascidos de mulher – dirá o Mestre. Ao dizer que “O
menor no Reino dos céus é maior do que o Batista”, Jesus afirma que esse menor
entendeu que Deus vem ao encontro do Homem para perdoá-lo, acolhê-lo e amá-lo.
Menor e maior. Sem depreciar em nada a figura de João Batista, já que os tempos
do Reino transcendem inteiramente aqueles que os precederam e prepararam, essas
duas palavras opõem duas épocas da obra divina, duas “economias”, conforme nos
esclarece a Bíblia de Jerusalém.
Finalmente,
na 2ª leitura, São Tiago nos exorta a que fiquemos firmes até e chegada do
Senhor. Firme para Tiago significa manter a fé, a esperança e a caridade. Por
isso, ele toma como exemplo o agricultor que trabalha e depois fica à espera do
fruto prometido e nos aconselha a não nos queixarmos dos irmãos.
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