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mês de setembro é dedicado à Palavra de Deus.
É o mês da Bíblia. A Bíblia é um livro especial, diferente dos outros, um livro
antigo e atual ao mesmo tempo. A importância da Bíblia Sagrada deve-se ao fato
de ser portadora da Palavra de Deus para nossa Salvação. A Palavra de Deus é o
fundamento de nossa fé, de nossa espiritualidade, de nossa vida e missão. É a
Palavra Sagrada “inspirada” por Deus para nos orientar em Seu projeto de amor.
O Apóstolo Paulo diz que a
Bíblia foi escrita “para a nossa instrução” (1Cor 10,11), para “o nosso
ensinamento” (Rm 15,4). Ela é palavra “inspirada por Deus para nos
instruir, corrigir, educar na justiça, para nos qualificar para toda a boa
obra” (2Tm 3,16-17). Deus “nos educa a fim de nos comunicar a sua
santidade” (Hb 12,10).
Escrita ao longo dos séculos, a
Bíblia, traz o testemunho da vida de fé do povo de Israel e das primeiras
comunidades cristãs e, assim, ilumina a nossa vida. Ela é portadora de uma
Palavra que “permanece para sempre” (1Pd 1,25) “viva e eficaz” (Hb
4,12). Num contexto em que tudo é descartável, a Bíblia é a Palavra de Deus
documentada, que nunca perde a sua validade. Por isso, ler, estudar, meditar,
rezar os textos sagrados é mergulhar na experiência de Deus daquele povo. Assim
sendo, a Bíblia é luz e fonte de inspiração para nós. Ela nos
indica, acima de qualquer coisa, critérios de vida e de ação. As
maravilhas operadas por Deus, na história, eram transmitidas, e assim, o povo
se expressava: “O que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que estejais
também em comunhão conosco” (1Jo 1,3).
A Bíblia foi escrita para nos
ajudar a dar “razões de nossa esperança” (1Pd 3,15), como nos afirma o
próprio Evangelho de João: “Para crerdes que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus,
e, para que crendo, tenhais a vida em seu nome” (Jo 20,31). A Palavra de
Deus “não é uma palavra inútil para vós” (…) é a vossa vida e é por essa
palavra que prolongueis a vossa vida” (Dt 32,47).
Para o mês da Bíblia é sempre
proposto um texto ou livro bíblico para ler e estudar. Para este ano, foi
escolhida a Carta de São Paulo aos Efésios. Esta procura apresentar o sentido da unidade do Corpo de Cristo,
que significa a nossa vivência como filhos e filhas reconciliados com Deus,
assumindo, no cotidiano, a vida nova experimentada no Batismo, seja na dimensão
pessoal ou inserida na comunidade eclesial. O lema do mês da Bíblia também é tirado da própria Carta
aos Efésios: “Vestir-se da nova humanidade” (cf. Ef 4,24).
O Evangelho deste domingo, o
primeiro do mês da Bíblia, na sequência de domingo passado, apresenta Jesus que
tem consciência de que o Reino de Deus precisa ser anunciado a todos. Por isso,
começa a mostrar aos discípulos a necessidade de subir a Jerusalém, pois é a
capital, o centro do poder. Precisa anunciar o Evangelho às autoridades também.
Desse modo, para Jesus, ir a Jerusalém é abraçar o caminho da cruz, pois vai
sofrer muito e ser morto. Porém, tem a certeza que Deus o ressuscitará “no
terceiro dia”.
Pedro havia descoberto que
Jesus era o Messias, porém não aceitava as consequências de seu messianismo.
Disse a Jesus: “Que isso nunca te aconteça” (Mt 16,22). E Jesus o
repreendeu duramente, pois sua compreensão era limitada. Depois Jesus
apresentou as condições para segui-Lo: “Se alguém quer me seguir…” (Mt
16,24). Isso implica renunciar a si mesmo e carregar a própria cruz.
Jesus alertou a todos: “Quem
quiser salvar a vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim,
vai encontrá-la” (Mt 16,25). Com isso, Jesus chama a atenção a respeito
de como estamos vivendo.
Se estivermos vivendo apenas para nós mesmos, Jesus deixa claro
que vamos perder a vida. Só encontra realização plena quem faz de sua vida um
serviço aos outros, sobretudo aos necessitados. Assim, o Evangelho diz que o
cristão “encontra a Vida” na doação de sua vida, como Jesus. E como diz o lema
deste mês da Bíblia: é preciso “Vestir-se da nova humanidade” (cf. Ef 4,24).
Fonte: Site da CNBB
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